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u Origem do direito comercial: uCorporações de artes e ofícios na Idade Média; uMercantilismo e unificação nacional na França e na Inglaterra, resultando no aumento da jurisdição do Estado; uCriação da sociedade anônima (S/A); uCódigo de Napoleão de 1807 e a teoria dos atos de comércio (negócios da terra ficaram de fora, em razão da busca da burguesia por novo status social, em relação aos senhores feudais). ORIGEM DO DIREITO COMERCIAL uRumo à teoria da empresa: uCódigo Civil italiano de 1942: • Unificação do direito privado • Atividades rurais passaram a ser consideradas empresa (no modelo francês as atividades agrícola, pecuária, imobiliária e a prestação de serviço não eram consideradas como atos de comércio) • Diferenças no tratamento jurídico deixaram de ser colocadas sob o ponto de vista da atividade e passaram a ser feitas sob o prisma econômico ORIGEM DO DIREITO EMPRESARIAL u Empresa, nesse sentido, é a atividade voltada à obtenção de lucro, consistente no oferecimento ao mercado de bens ou serviços, mediante a organização de fatores de produção (força de trabalho, matéria prima, capital e tecnologia). u A empresa, pois, tem três características fundamentais: atividade econômica, profissional e organizada. CONCEITO JURÍDICO DE EMPRESA u A empresa é uma abstração jurídica, pois se trata, acima de tudo, de uma atividade. u Conceitualmente, separa-se a empresa do empresário, para melhor salvaguardar os interesses da coletividade, como consumidores, trabalhadores, etc. CONCEITO JURÍDICO DE EMPRESA CONCEITO JURÍDICO DE EMPRESA FONTE: GLADSON MAMEDE. CONCEITO JURÍDICO DE EMPRESA Ø Asquini concebeu a teoria poliédrica da empresa, um fenômeno reunindo quatro facetas, que ele denominou perfis. Ø O perfil subjetivo está relacionado ao empresário, exercente da atividade econômica. Ø O perfil funcional trata da atividade da empresa, seu ramo de atuação. Ø O perfil patrimonial ou objetivo reúne os bens da empresa e consubstancia a teoria do estabelecimento empresarial. Ø O perfil corporativo, por fim, é composto pela reunião do empresário com os trabalhadores, o que, na legislação brasileira, é campo do direito do trabalho. ORIGEM DO DIREITO COMERCIAL NO BRASIL ØCarta Régia de 28 de janeiro de 1808 (abria os portos às nações amigas); ØCom a Independência, a Assembleia Constituinte e Legislativa determinou que se aplicariam no país as leis portuguesas vigentes quando D. João VI voltou à Portugal: tratava-se da reunião das normas comerciais portuguesa, espanhola e francesa; ØCódigo Comercial de 1850. Embora inspirado na teoria francesa dos atos de comércio, não o mencionava expressamente. ØRegulamento nº 737 de 1850 definiu as atividades sujeitas à Jurisdição dos Tribunais de Comércio. FONTES NORMATIVAS DO DIREITO EMPRESARIAL Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; [...] Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. FONTES NORMATIVAS DO DIREITO EMPRESARIAL Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; [...] Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. EXTERNALIDADES O DIREITO EMPRESARIAL Conforme ensina Fábio Ulhoa Coelho, “externalidade é todo efeito (negativo ou positivo) que uma pessoa produz sobre a atividade econômica, a renda ou o bem-estar de outra, sem compensar os prejuízos que causa nem ser compensada pelos benefícios que traz”. CÁLCULO EMPRESARIAL DO DIREITO O direito custo trata-se de normas jurídicas que implicam aumento de custo da atividade produtiva, conforme explica Fábio Ulhoa Coelho. Assim, pensar no direito empresarial como direito custo importa em ter como dado objetivo para o cálculo empresarial, possíveis revezes, responsabilizações ou obrigações, decorrentes da própria atividade econômica e sua regulação, pelo Estado, sobretudo nas seguintes áreas: CÁLCULO EMPRESARIAL DO DIREITO a)responsabilidade civil; b)responsabilidade contratual; c)propriedade industrial; d)concorrência desleal e abuso do poder econômico; e)direitos dos consumidores; f) recuperação de crédito, etc. EMPRESÁRIO Código Civil: Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. EMPRESÁRIO Características do empresário: üExercício profissional da atividade econômica organizada; üPara a produção ou circulação de bens e serviços. EMPRESÁRIO O que determina, portanto, a caracterização dos exercentes de atividade intelectual como empresários, é a relevância do elemento de empresa. Por exemplo, quando a organização dos fatores de produção for mais importante do que a atividade pessoal desenvolvida, caracteriza-se exercício de empresa, conforme Enunciado 194, da III Jornada de Direito Civil do CJF. EMPRESÁRIO Essa expressão, “elemento de empresa”, demanda interpretação econômica. Portanto, tem de ser observado se a atividade intelectual é absorvida como um dos fatores de produção da organização empresarial, conforme Enunciado 195, da III Jornada de Direito Civil do CJF. EMPRESÁRIO Código Civil: Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo à associação que desenvolva atividade futebolística em caráter habitual e profissional, caso em que, com a inscrição, será considerada empresária, para todos os efeitos. (Incluído pela Lei nº 14.193, de 2021) https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14193.htm SOCIEDADE EMPRESÁRIA Código Civil: Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: [...] II - as sociedades; [...] SOCIEDADE EMPRESÁRIA Aduz Fábio Ulhoa Coelho “a empresa pode ser explorada por uma pessoa física ou jurídica. No primeiro caso, o exercente da atividade econômica se chama empresário individual; no segundo, sociedade empresária. Como é a pessoa jurídica que explora a atividade empresarial, não é correto chamar de “empresário” o sócio da sociedade empresária”. SOCIEDADE EMPRESÁRIA Código Civil: Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados. Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. OBRIGAÇÕES GERAIS DOS EMPRESÁRIOS Conforme se conjuga do texto dos Artigos 967 e 1.179 do Código Civil, os empresários e sociedades empresários, em geral, possuem três obrigações básicas: a) registrar-se na Junta Comercial antes de iniciar suas atividades; b) manter escrituração regular; e, c) levantar anualmente balanço patrimonial e de resultado econômico. O empresário que não cumpre quaisquer dessas obrigações é considerado irregular.OBRIGAÇÕES GERAIS DOS EMPRESÁRIOS Código Civil: Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. § 1º [...] § 2º [...]. OBRIGAÇÕES GERAIS DOS EMPRESÁRIOS Código Civil: Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. § 1º [...] § 2º [...]. REGISTRO DE EMPRESA Surgimento da Junta Comercial: üO Código Comercial de 1850 criou os Tribunais do Comércio, cujas funções assemelhavam com aquelas realizadas pelas corporações de ofício medievais: além da atividade administrativa relacionada ao registro, também competia ao órgão a jurisdição em matéria comercial. üQuanto ao registro comercial, o órgão encarregado de fazê-lo, era a Junta Comercial, repartição do Tribunal do Comércio. REGISTRO DE EMPRESA üComo a Constituição do Império de 1824 já estabelecia a separação dos poderes executivo e judicial, era patente a incompatibilidade da reunião das funções administrativa e jurisdicional na competência dos Tribunais do Comércio. üDevido à extinção dos Tribunais do Comércio em 1875, suas atribuições jurisdicionais foram transferidas para juízes de direito. As funções administrativas, no entanto, continuaram a cargo das Juntas Comerciais, cuja nomenclatura se manteve até o presente. REGISTRO DE EMPRESA üO Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins é regulado pela Lei nº 8.934 de 1994 e pelo Decreto nº 1.800 de 1996. üSomente as sociedades empresárias podem se registrar em referido órgão. As demais sociedades, não empresárias, devem fazê-lo no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. üJá as sociedades de advogados, por força do Artigo 15, § 1º, da Lei nº 8.906/94, devem se registrar na OAB. REGISTRO DE EMPRESA LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994. (Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências.) Art. 1º O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, observado o disposto nesta Lei, será exercido em todo o território nacional, de forma sistêmica, por órgãos federais, estaduais e distrital, com as seguintes finalidades: (Redação dada pela Lei nº 13.833,de 2019) I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta lei; II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter atualizadas as informações pertinentes; III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.934-1994?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13833.htm REGISTRO DE EMPRESA DECRETO Nº 1.800, DE 30 DE JANEIRO DE 1996.(Regulamenta a Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, que dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências) Art. 1º O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins será exercido no território nacional, de forma sistêmica, por órgãos federais, estaduais e distritais, com as seguintes finalidades: (Redação dada pelo Decreto nº 10.173, de 2019) I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas, submetidos a registro na forma da lei; (Redação dada pelo Decreto nº 10.173, de 2019) II - cadastrar e manter atualizadas as informações relacionadas às empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País; e (Redação dada pelo Decreto nº 10.173, de 2019) III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento. Art. 2º Os atos das organizações destinadas à exploração de qualquer atividade econômica com fins lucrativos, compreendidos os empresários individuais e as sociedades empresárias, independentemente de seu objeto social, serão arquivados no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, respeitadas as exceções previstas em lei. (Redação dada pelo Decreto nº 10.173, de 2019) http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/dec%201.800-1996?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8934.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10173.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10173.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10173.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10173.htm REGISTRO DE EMPRESA LEI Nº 8.906, DE 4 DE JULHO DE 1994. Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral. (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016) § 1o A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016) [...]”. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.906-1994?OpenDocument http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13247.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13247.htm REGISTRO DE EMPRESA 2.1. Órgãos do Registro de Empresas. üO registro de empresas é de responsabilidade do antigo Departamento Nacional do Registro de Comércio – DNRC, atual DREI – Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração e das Juntas Comerciais üTodos os estados da federação e o distrito federal possuem uma Junta Comercial üEmbora a lei 8.934 de 1994 tenha escolhido terminologia filiada à teoria da empresa, a denominação desses órgãos não foi modificada REGISTRO DE EMPRESA LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994. (Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências.) Art. 3º Os serviços do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins serão exercidos, em todo o território nacional, de maneira uniforme, harmônica e interdependente, pelo Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis (Sinrem), composto pelos seguintes órgãos: I - o Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração, órgão central do Sinrem, com as seguintes funções: (Redação dada pela Lei nº 13.833,de 2019) a) supervisora, orientadora, coordenadora e normativa, na área técnica; e (Redação dada pela Lei nº 13.833,de 2019) b) supletiva, na área administrativa; e (Redação dada pela Lei nº 13.833,de 2019) II - as Juntas Comerciais, como órgãos locais, com funções executora e administradora dos serviços de registro. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.934-1994?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13833.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13833.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13833.htm REGISTRO DE EMPRESA üCompete ao DREI normatizar, disciplinar, supervisionar e controlar o registro de empresa üA função das Juntas Comerciais, por sua vez, é praticar atos registrários, tais como matrícula de leiloeiros, arquivamentode documentos de sociedades, autenticação de livros, habilitação e nomeação de tradutores e intérpretes, entre outros serviços. üCompete à União legislar sobre direito comercial e sobre registro de comércio. O DREI, que está no âmbito federal, cria as regras sobre registro. A Junta Comercial as executa. A competência para legislar sobre as Juntas Comerciais é estadual. ü A Junta Comercial, em qualquer dos estados ou distrito federal, é composta por uma Presidência, um Plenário, Turmas, Secretaria Geral e Procuradoria. O Plenário é o órgão deliberativo de maior hierarquia, sendo composto por vogais – de 11 à 23. REGISTRO DE EMPRESA LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994. (Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências.) Art. 4º O Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (Drei) da Secretaria de Governo Digital da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia tem por finalidade: (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) I - supervisionar e coordenar, no plano técnico, os órgãos incumbidos da execução dos serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; II - estabelecer e consolidar, com exclusividade, as normas e diretrizes gerais do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; III - solucionar dúvidas ocorrentes na interpretação das leis, regulamentos e demais normas relacionadas com o registro de empresas mercantis, baixando instruções para esse fim; IV - prestar orientação às Juntas Comerciais, com vistas à solução de consultas e à observância das normas legais e regulamentares do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.934-1994?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm REGISTRO DE EMPRESA LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994. (Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências.) V - exercer ampla fiscalização jurídica sobre os órgãos incumbidos do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, representando para os devidos fins às autoridades administrativas contra abusos e infrações das respectivas normas, e requerendo tudo o que se afigurar necessário ao cumprimento dessas normas; VI - estabelecer normas procedimentais de arquivamento de atos de firmas mercantis individuais e sociedades mercantis de qualquer natureza; VII promover ou providenciar, supletivamente, as medidas tendentes a suprir ou corrigir as ausências, falhas ou deficiências dos serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.934-1994?OpenDocument REGISTRO DE EMPRESA LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994. (Dispõe sobre o Registro Público de VIII - prestar colaboração técnica e financeira às juntas comerciais para a melhoria dos serviços pertinentes ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; IX - organizar e manter atualizado o cadastro nacional das empresas mercantis em funcionamento no País, com a cooperação das juntas comerciais; X - instruir, examinar e encaminhar os pedidos de autorização para nacionalização ou instalação de filial, de agência, de sucursal ou de estabelecimento no País por sociedade estrangeira, ressalvada a competência de outros órgãos federais; (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021) http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.934-1994?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm REGISTRO DE EMPRESA LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994. (Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências.) XI - promover e elaborar estudos e publicações e realizar reuniões sobre temas pertinentes ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins. (Redação dada pela Lei nº 13.833,de 2019) XII - apoiar a articulação e a supervisão dos órgãos e das entidades envolvidos na integração para o registro e a legalização de empresas; (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) XIII - quanto à integração para o registro e a legalização de empresas: (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) a) propor planos de ação e diretrizes e implementar as medidas deles decorrentes, em articulação com outros órgãos e entidades públicas, inclusive estaduais, distritais e municipais; (Incluída pela Lei nº 14.195, de 2021) b) (VETADO); (Incluída pela Lei nº 14.195, de 2021) c) (VETADO); e (Incluída pela Lei nº 14.195, de 2021) d) propor e implementar projetos, ações, convênios e programas de cooperação, em articulação com órgãos e com entidades públicas e privadas, nacionais e estrangeiras, no âmbito de sua área de competência; (Incluída pela Lei nº 14.195, de 2021) http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.934-1994?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13833.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm REGISTRO DE EMPRESA LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994. (Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências.) XIV - quanto ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, propor os planos de ação, as diretrizes e as normas e implementar as medidas necessárias; (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) XV - coordenar as ações dos órgãos incumbidos da execução dos serviços do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) XVI - especificar, desenvolver, implementar, manter e operar os sistemas de informação relativos à integração para o registro e para a legalização de empresas, em articulação com outros órgãos e observadas as competências destes; e (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) XVII - propor, implementar e monitorar medidas relacionadas com a desburocratização do registro público de empresas e destinadas à melhoria do ambiente de negócios no País. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) Parágrafo único. O cadastro nacional a que se refere o inciso IX do caput deste artigo será mantido com as informações originárias do cadastro estadual de empresas, vedados a exigência de preenchimento de formulário pelo empresário ou o fornecimento de novos dados ou informações, bem como a cobrança de preço pela inclusão das informações no cadastro nacional. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.934-1994?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm REGISTRO DE EMPRESA LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994. (Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências.) XIV - quanto ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, propor os planos de ação, as diretrizes e as normas e implementar as medidas necessárias; (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) XV - coordenar as ações dos órgãos incumbidos da execução dos serviços do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) XVI - especificar, desenvolver, implementar, manter e operar os sistemas deinformação relativos à integração para o registro e para a legalização de empresas, em articulação com outros órgãos e observadas as competências destes; e (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) XVII - propor, implementar e monitorar medidas relacionadas com a desburocratização do registro público de empresas e destinadas à melhoria do ambiente de negócios no País. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021) Parágrafo único. O cadastro nacional a que se refere o inciso IX do caput deste artigo será mantido com as informações originárias do cadastro estadual de empresas, vedados a exigência de preenchimento de formulário pelo empresário ou o fornecimento de novos dados ou informações, bem como a cobrança de preço pela inclusão das informações no cadastro nacional. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.934-1994?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm REGISTRO DE EMPRESA 2.2. Atos de Registro. üConforme explica Fábio Ulhoa Coelho, são três os atos compreendidos pelo registro de empesas: a matrícula, o arquivamento e a autenticação, conforme Artigo 32, da Lei nº 8.934 de 1994. REGISTRO DE EMPRESA üSão passíveis de matrícula a inscrição profissional de leiloeiros, tradutores públicos, intérpretes, trapicheiros e administradores de armazéns gerais. REGISTRO DE EMPRESA üSão atos de arquivamento o registro de todos os documentos relacionados à constituição, alteração, dissolução e extinção de sociedade empresária, bem como a firma individual, que é explorada pelo empresário pessoa física. üAtas de assembleia e demais documentos previstos em lei, também devem ser registrados na Junta Comercial sob a forma de arquivamento. üProcurações com a cláusula “ad negotia” também devem ser arquivadas na Junta Comercial para que produzam o efeito desejado pelo empresário, qual seja, maior segurança às suas relações jurídicas. REGISTRO DE EMPRESA üPor fim, devem ser levados à Junta Comercial para autenticação todos os livros e instrumentos de escrituração fiscal e contábil. REGISTRO DE EMPRESA üPor fim, devem ser levados à Junta Comercial para autenticação todos os livros e instrumentos de escrituração fiscal e contábil. REGISTRO DE EMPRESA LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994. (Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências.) Art. 32. O registro compreende: I - a matrícula e seu cancelamento: dos leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns-gerais; II - O arquivamento: a) dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e cooperativas; b) dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade de que trata a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976; c) dos atos concernentes a empresas mercantis estrangeiras autorizadas a funcionar no Brasil; d) das declarações de microempresa; e) de atos ou documentos que, por determinação legal, sejam atribuídos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins ou daqueles que possam interessar ao empresário e às empresas mercantis; III - a autenticação dos instrumentos de escrituração das empresas mercantis registradas e dos agentes auxiliares do comércio, na forma de lei própria. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.934-1994?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404.htm REGISTRO DE EMPRESA LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994. (Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências.) § 1º Os atos, os documentos e as declarações que contenham informações meramente cadastrais serão levados automaticamente a registro se puderem ser obtidos de outras bases de dados disponíveis em órgãos públicos. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) § 2º Ato do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração definirá os atos, os documentos e as declarações que contenham informações meramente cadastrais. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) Art. 33. A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedades, ou de suas alterações. § 1º (Vetado). § 2º (Vetado). Art. 34. O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.934-1994?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/VEP-LEI-8934-1994.pdf https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/VEP-LEI-8934-1994.pdf REGISTRO DE EMPRESA 2.2.1. Arquivamento de documentos das sociedades empresárias e firma individual. ü A Junta Comercial não faz juízo de mérito sobre os documentos registrados, apenas verifica se estão presentes as formalidades legais. ü O prazo para envio dos documentos ao registro é de 30 dias depois de sua assinatura. Observado este prazo, o documento produzirá os efeitos jurídicos desejados desde a data de sua assinatura. ü Apreciando a observância dos requisitos formais previstos em lei, a Junta Comercial pode constatar a existência de vício no ato a ser registrado. Verificando tratar-se de um vício formal sanável, o processo é colocado em exigência, cabendo ao interessado corrigir o ato em 30 dias. Após este prazo, o saneamento do vício é tratado como novo pedido, incidindo novas taxas, conforme Artigo 40, § 3º, da Lei nº 8.934 de 1994. REGISTRO DE EMPRESA Havendo pedido de reconsideração sobre o vício, ocorre a interrupção do prazo para seu saneamento, conforme Artigo 65, § 2º, do Decreto nº 1.800/96. Fábio Ulhoa Coelho explica que o decreto fala incorretamente em suspensão, mas o caso é de interrupção. REGISTRO DE EMPRESA ü Os atos submetidos à Junta Comercial são registrados através de decisão colegiada ou decisão singular. ü A decisão colegiada se aplica aos atos mais complexos, como aqueles relacionados às Sociedades Anônimas, consórcios e grupos de sociedade, além dos relacionados à transformação, incorporação, fusão e cisão, conforme Artigo 41, inciso I, da Lei nº 8.934 de 1994. ü Também são apreciados pelo colegiado, os recursos administrativos interpostos contra atos dos demais órgãos da Junta Comercial, conforme Artigos 19 e 41, inciso II, da Lei nº 8.934 de 1994. REGISTRO DE EMPRESA üTodos os demais atos são de decisão singular, realizados por um vogal ou funcionário, conforme designação do Presidente, nos termos Artigo 42, da Lei nº 8.934 de 1994. REGISTRO DE EMPRESA LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994. (Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências.) Art. 42. Os atos próprios do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, não previstos no artigo anterior, serão objeto de decisão singular proferida pelo presidente da junta comercial, por vogal ou servidor que possua comprovados conhecimentos de Direito Comercial e de Registro de Empresas Mercantis. § 1º. Os vogais e servidores habilitados a proferir decisões singulares serão designados pelo presidente da junta comercial. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) § 2º Os pedidos de arquivamento não previstos no inciso I do caput do art. 41 desta Lei serão decididos no prazo de 2 (dois) dias úteis, contado da data de seu recebimento, sob pena de os atos serem considerados arquivados, mediante provocação dos interessados, sem prejuízo do exame das formalidades legaispela procuradoria. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) § 3º O arquivamento dos atos constitutivos e de alterações não previstos no inciso I do caput do art. 41 desta Lei terá o registro deferido automaticamente caso cumpridos os requisitos de: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.934-1994?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm REGISTRO DE EMPRESA LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994. (Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências.) I - aprovação da consulta prévia da viabilidade do nome empresarial e da viabilidade de localização, quando o ato exigir; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) II - utilização pelo requerente do instrumento padrão estabelecido pelo Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (Drei) da Secretaria de Governo Digital da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) § 4º O arquivamento dos atos de extinção não previstos no inciso I do caput do art. 41 desta Lei terá o registro deferido automaticamente no caso de utilização pelo requerente do instrumento padrão estabelecido pelo Drei. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.934-1994?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm REGISTRO DE EMPRESA LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994. (Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências.) § 5º Nas hipóteses de que tratam os §§ 3º e 4º do caput deste artigo, a análise do cumprimento das formalidades legais será feita posteriormente, no prazo de 2 (dois) dias úteis, contado da data do deferimento automático do registro. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) § 6º Após a análise de que trata o § 5º deste artigo, a identificação da existência de vício acarretará: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) I - o cancelamento do arquivamento, se o vício for insanável; ou (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) II - a observação do procedimento estabelecido pelo Drei, se o vício for sanável. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.934-1994?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm REGISTRO DE EMPRESA • A partir de qual momento o empresário e a sociedade empresária são considerados registrados? LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994. Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências. Art. 36. Os documentos referidos no inciso II do art. 32 deverão ser apresentados a arquivamento na junta, dentro de 30 (trinta) dias contados de sua assinatura, a cuja data retroagirão os efeitos do arquivamento; fora desse prazo, o arquivamento só terá eficácia a partir do despacho que o conceder. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.934-1994?OpenDocument REGISTRO DE EMPRESA 2.3. Consequências da falta de registro. üSendo uma das obrigações gerais do empresário o registro de sua atividade na Junta Comercial, a sanção para inobservância desse dever é a responsabilidade solidária e ilimitada dos sócios pelas obrigações da sociedade. üAdemais, o empresário ou a sociedade empresária irregular não pode requerer a falência de um devedor que também seja empresário, tampouco requerer sua própria recuperação judicial. üImpossibilidade de se habilitar em licitações, de inscrição nos cadastros fiscais e de matrícula no INSS – o que culmina com a impossibilidade de contratar com o Poder Público. REGISTRO DE EMPRESA 2.4. Inatividade da empresa. ü Como previa o Artigo 60 da Lei do Registro de Empresas, se o empresário não registrasse, no prazo de 10 anos, ato sujeito à arquivamento, a empresa poderia ser considerada inativa. ü Nesses casos, deveria comunicar à Junta Comercial sua intenção de manter funcionamento. ü A inatividade da empresa implicaria no cancelamento do registro, mas essa não é uma forma de dissolução de sociedade, porquanto não prevista no Código Civil. ü O Art. 60 foi revogado pela pela Lei nº 14.195, de 2021 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14195.htm REGISTRO DE EMPRESA 3. Empresário Rural. ü No Brasil, a atividade econômica rural é explorada pelo agronegócio ou pela agricultura familiar. ü Qualquer que seja o caso, o empresário rural somente se submete ao regime jurídico do Direito Empresarial se requerer seu registro na Junta Comercial, conforme Artigo 971, do Código Civil. ü Caso contrário, o rural não fica obrigado às obrigações gerais impostas aos empresários, como registro, escrituração e levantamento das demonstrações contábeis periódicas. REGISTRO DE EMPRESA Código Civil: Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes. Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo à associação que desenvolva atividade futebolística em caráter habitual e profissional, caso em que, com a inscrição, será considerada empresária, para todos os efeitos. (Incluído pela Lei nº 14.193, de 2021) https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14193.htm NOME EMPRESARIAL • O nome empresarial identifica o empresário como exercente de uma atividade econômica. • O nome empresarial não tem função mercadológica, mas recebe proteção jurídica por ser um meio de distinção entre os fornecedores e financiadores. • O nome empresarial constituiu bem de propriedade do titular da empresa. O nome, pois, é patrimônio intangível. • A proteção do nome empresarial decorre, primeiramente, do disposto no inciso XXIX do Artigo 5º, da Constituição Federal. NOME EMPRESARIAL Constituição de 1988: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País. NOME EMPRESARIAL Nome empresarial, na definição de Maria Helena Diniz, consiste na: “[...] firma ou denominação com que o empresário, a sociedade empresária, e também, por equiparação, a sociedade simples, a associação e a fundação se apresentam no exercício de suas atividades, visto ser seu elemento de identificação ou sinal distintivo. [...] Nome empresarial é aquele sob o qual o empresário e a sociedade empresária exercem suas atividades e se obrigam nos atos a elas pertinentes.” NOME EMPRESARIAL Código Civil: Art. 1.155. Considera-se nomeempresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa. Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações. NOME EMPRESARIAL 1.1. Espécies de Nome Empresarial. • O nome empresarial é composto como firma ou denominação. • Por força de lei, o empresário individual somente pode adotar o nome como firma. • A S.A., por outro lado, somente pode adotar o nome empresarial na espécie denominação. • Já a sociedade limitada, pode adotar o nome empresarial por qualquer das modalidades, firma ou denominação. • A diferença entre firma e denominação está no que diz respeito à estrutura e à função. NOME EMPRESARIAL Quanto à estrutura a)Firma. Quanto à estrutura, a firma necessariamente tem por base o nome civil do próprio empresário individual, por extenso ou abreviado, ou de sócio da sociedade empresária. O nome pode se fazer acompanhar pela menção ao ramo de atividade ou não. No caso da sociedade, os nomes dos demais sócios podem ser substituídos pela expressão & Cia. Sendo pessoa jurídica que utiliza a modalidade firma, seu nome empresarial será o mesmo que “razão social”. NOME EMPRESARIAL Código Civil Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. NOME EMPRESARIAL Assim, como explica a Professora Mariana Helena Diniz, o empresário individual somente poderá adotar firma baseada em seu nome, podendo incluir, ou não, designação do gênero de atividade econômica que exerce. Assim: “Joaquim Antunes Vieira”, “J. A. Vieira”, “Antunes Vieira”, “A. Vieira-jóias” ou “A. Vieira joalheiro”. NOME EMPRESARIAL b) Denominação. A denominação, no entanto, pode ser qualquer expressão linguística, incluindo ou não o nome do sócio. Quando a denominação não incluir nome civil, poderá ser conhecida como “elemento fantasia”. NOME EMPRESARIAL Quanto à função a) Firma. Código Civil Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura. Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo. Sempre que em uma sociedade houver sócios de responsabilidade ilimitada, é o nome destes que deve constar do nome empresarial, sob a forma de firma. NOME EMPRESARIAL “Na sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada, como a sociedade em nome coletivo e a em comandita simples (quanto aos comanditados) e em conta de participação (relativamente aos sócios administradores), apenas os nomes civis desses sócios deverão figurar na firma social, sendo que ficarão solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a mencionada firma apenas aqueles cujos nomes nela figurarem. Para a formação dessa firma bastará aditar ao nome civil de um daqueles sócios a locução (e companhia) ou sua abreviatura “& Cia”, para fazer referência aos sócios dessa categoria. P. ex. “Júlio Caio Lara & Cia”. Mas pode ser formada pelo nome de todos os sócios. P. ex. Ricardo Alves, José Augusto Souza, David Soares & Cia. ou Alves, Souza, Soares, ou até mesmo por dois deles acrescido do aditivo “e companhia”, p. ex. Alves, Soares e Cia., que ficarão, perante terceiros, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. O credor, então, poderá acionar qualquer deles pleiteando o cumprimento de tais obrigações.” (Maria Helena Diniz) Assim, podemos dizer que a função da firma é obrigar solidária e ilimitadamente todos que nela constem. NOME EMPRESARIAL b) Denominação. Maria Helena Diniz aponta, quanto à função da denominação, que “na denominação social de sociedade empresária poder-se-á usar nome civil ou um “elemento fantasia”, ou, ainda, qualquer expressão indicativa de seu objeto, mas a assinatura, neste último caso, será sempre com o nome civil, lançado sobre o nome empresarial impresso ou carimbado”. NOME EMPRESARIAL c) Sociedade Limitada. No que tange à função, teoricamente, quanto às sociedades limitadas, a adoção de firma tem a finalidade de reproduzir a assinatura dos sócios da sociedade. O Artigo 1.158 do Código Civil traz regras especiais no que tange à função do nome empresarial para as sociedades limitadas: Código Civil Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura. § 1o A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social. § 2o A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios. § 3o A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade. NOME EMPRESARIAL Assim, seja firma ou denominação a espécie de nome empresarial adotado pela sociedade limitada, obrigatoriamente deve constar a expressão “limitada” ao final do nome empresarial, sob pena de responsabilidade solidária e ilimitada para os administradores que não a empregarem. NOME EMPRESARIAL De acordo com o Artigo 1.160 do Código Civil, a sociedade anônima necessariamente operará sob a forma de denominação. Código Civil Art. 1.160. A sociedade anônima opera sob denominação integrada pelas expressões ‘sociedade anônima’ ou ‘companhia’, por extenso ou abreviadamente, facultada a designação do objeto social. (Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022) Parágrafo único. Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14382.htm NOME EMPRESARIAL Embora a sociedade anônima, por força de lei, necessariamente tenha de adotar a espécie “denominação”, pode integrar seu nome empresarial, o nome civil do fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o êxito da empresa. Exemplo: Gerdau S.A., fundada por João Gerdau e Hugo Gerdau. Safra S.A., fundado por Joseph Safra, Edmond Safra, Jacob Safra. JBS S.A., cujo CEO é José Batista Sobrinho. Maganize Luiza S/A, que tem entre seus fundadores Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues, Pelegrino José Donato, Luiza Trajano Donato. https://www.google.com/search?client=safari&rls=en&q=banco+safra+joseph+safra&stick=H4sIAAAAAAAAAOPgE-LUz9U3SM4zTKtUAjNNirPMi7XUs5Ot9JNKizPzUouL4Yz4_ILUosSSzPw8q7T80ryU1KJFrBJJiXnJ-QrFiWlFiQpZ-cWpBRkQDgCTd9qHXAAAAA&sa=X&ved=2ahUKEwitqveCzpbiAhXGH7kGHRnmAaQQmxMoATAhegQIChAV https://www.google.com/search?client=safari&rls=en&q=banco+safra+edmond+safra&stick=H4sIAAAAAAAAAOPgE-LUz9U3SM4zTKtUAjNNq8qMjbTUs5Ot9JNKizPzUouL4Yz4_ILUosSSzPw8q7T80ryU1KJFrBJJiXnJ-QrFiWlFiQqpKbn5eSkQDgBnrO8VXAAAAA&sa=X&ved=2ahUKEwitqveCzpbiAhXGH7kGHRnmAaQQmxMoAjAhegQIChAW https://www.google.com/search?client=safari&rls=en&q=banco+safra+jacob+safra&stick=H4sIAAAAAAAAAOPgE-LUz9U3SM4zTKtU4gIxjQqSs4xMtNSzk630k0qLM_NSi4vhjPj8gtSixJLM_DyrtPzSvJTUokWs4kmJecn5CsWJaUWJClmJyflJEDYAEipleVwAAAA&sa=X&ved=2ahUKEwitqveCzpbiAhXGH7kGHRnmAaQQmxMoAzAhegQIChAX https://www.google.com/search?client=safari&rls=en&q=magazine+luiza+luiza+helena+trajano+in%C3%A1cio+rodrigues&stick=H4sIAAAAAAAAAOPgE-LSz9U3SDc1NSvMUuIGsQ0Ns0tSsiq01LOTrfSTSosz81KLi-GM-PyC1KLEksz8PKu0_NK8lNSiRaymuYnpiVVAaYWc0syqRCiZkZqTmpeoUFKUmJWYl6-QmXd4YXJmvkJRfkpRZnppajEACIeM9HwAAAA&sa=X&ved=2ahUKEwjU0NjQz5biAhUSAtQKHRltCzoQmxMoATAbegQIChAb https://www.google.com/search?client=safari&rls=en&q=magazine+luiza+pelegrino+jos%C3%A9+donato&stick=H4sIAAAAAAAAAOPgE-LSz9U3SDc1NSvMUuIGsQ0Ns0tScgy11LOTrfSTSosz81KLi-GM-PyC1KLEksz8PKu0_NK8lNSiRayquYnpiVVAaYWc0syqRIWC1JzU9KLMvHyFrPziwysVUvLzEkvyAf7N6fNsAAAA&sa=X&ved=2ahUKEwjU0NjQz5biAhUSAtQKHRltCzoQmxMoAjAbegQIChAchttps://www.google.com/search?client=safari&rls=en&q=magazine+luiza+luiza+trajano+donato&stick=H4sIAAAAAAAAAOPgE-LSz9U3SDc1NSvMUuLVT9c3NEwyM6gqKiix0FLPTrbSTyotzsxLLS6GM-LzC1KLEksy8_Os0vJL81JSixaxKucmpidWAaUVckozqxKhZElRYlZiXr5CSn5eYkk-AH6jW-9sAAAA&sa=X&ved=2ahUKEwjU0NjQz5biAhUSAtQKHRltCzoQmxMoAzAbegQIChAd NOME EMPRESARIAL e) Sociedade cooperativa. A cooperativa, obrigatoriamente, deve adotar a espécie “denominação”, conforme proclama o Artigo 1.159 do Código Civil: Código Civil Art. 1.159. A sociedade cooperativa funciona sob denominação integrada pelo vocábulo "cooperativa". NOME EMPRESARIAL f) Sociedade em comandita por ações. A lei faculta à sociedade em comandita por ações, tanto o uso de firma, quanto de denominação, devendo constar, em qualquer das hipóteses, a expressão “comandita por ações”, conforme Artigo 1.161, do Código Civil: Código Civil: Art. 1.161. A sociedade em comandita por ações pode, em lugar de firma, adotar denominação aditada da expressão ‘comandita por ações’, facultada a designação do objeto social. (Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022) https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14382.htm NOME EMPRESARIAL g) Sociedade em conta de participação. A sociedade em conta de participação por não poder ser registrada, não pode adotar a espécie firma, nem denominação, em seu nome empresarial, conforme aduz o Artigo 1.162, do Código Civil: Código Civil Art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação. NOME EMPRESARIAL Conforme explica a Professora Maria Helena Diniz: “a sociedade em conta de participação, por sua natureza secreta e por ser uma sociedade não personificada (CC, arts. 991 a 996), cujos estatutos independem de registro, está proibida de adotar nome empresarial, não podendo, portanto, ter firma ou denominação. A atividade constitutiva de seu objeto social será exercida por sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade (CC, art. 991). NOME EMPRESARIAL h) As microempresas e empresas de pequeno porte: A Lei Complementar nº 123 de 2006 dava discricionariedade às microempresas e às empresas de pequeno porte utilizar firma ou denominação (neste caso, sendo facultativa a inclusão do objeto da sociedade), obrigando-as, contudo, a utilizar obrigatoriamente a sigla ME ou EPP. Art. 72. As microempresas e as empresas de pequeno porte, nos termos da legislação civil, acrescentarão à sua firma ou denominação as expressões “Microempresa” ou “Empresa de Pequeno Porte”, ou suas respectivas abreviações, “ME” ou “EPP”, conforme o caso, sendo facultativa a inclusão do objeto da sociedade. (Revogado pela Lei Complementar nº 155, de 2016) https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp155.htm NOME EMPRESARIAL 1.2. Formação e Proteção do Nome Empresarial. De acordo com o Artigo 34, da Lei nº 8.934 de 1994, o nome empresarial deve atender aos princípios da veracidade e da novidade: Lei do Registro Público das Empresas Mercantis e Atividades Afins: Art. 34. O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade. Tais princípios têm por finalidade a proteção do nome empresarial junto à fornecedores e financiadores. O princípio da veracidade impede a veiculação de informação falsa. O princípio da novidade impede a adoção de nome igual ou semelhante à outro empresário. NOME EMPRESARIAL Princípio da veracidade: Assim, em decorrência do princípio da veracidade, quando a sociedade adotar a espécie “firma” para o nome empresarial, terá de alterá-lo nas hipóteses de retirada, expulsão ou morte de sócio, a fim de excluir a referência àquele que deixou de ser sócio. Poderá manter a espécie “firma”, alterando o nome empresário para o nome civil dos sócios remanescentes, conforme Artigo 1.165, do Código Civil: Código Civil Art. 1.165. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na firma social. NOME EMPRESARIAL Curiosidade: o EAOAB permite a manutenção do nome de sócio falecido, no escritório de advocacia, desde que haja autorização no contrato: EAOAB Art. 16. Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de advogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar. (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016) § 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. § 2º O impedimento ou a incompatibilidade em caráter temporário do advogado não o exclui da sociedade de advogados à qual pertença e deve ser averbado no registro da sociedade, observado o disposto nos arts. 27, 28, 29 e 30 desta Lei e proibida, em qualquer hipótese, a exploração de seu nome e de sua imagem em favor da sociedade. (Redação dada pela Lei nº 14.365, de 2022) § 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia. § 4o A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’. (Incluído pela Lei nº 13.247, de 2016) https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13247.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14365.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13247.htm NOME EMPRESARIAL Outra possibilidade é adotar a espécie “denominação”, conforme Artigo 1.158, § 2º, do Código Civil. Código Civil: Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura. [...] § 2o A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios. [...]” NOME EMPRESARIAL Atendendo ao princípio da veracidade, a sociedade anônima pode incluir o nome civil de fundador, acionista ou pessoa que tenha concorrido para o êxito da empresa, conforme Artigo 1.160, parágrafo único, do Código Civil e Artigo 3º, § 1º, da Lei nº 6.404 de 1976. Assim, em qualquer desses casos, o nome civil comporá a denominação, conforme visto acima. NOME EMPRESARIAL Princípio da novidade O princípio da novidade, por sua vez, garante a exclusividade do nome empresarial. Nesse sentido, explica Maria Helena Diniz: “O empresário deve, ante o princípio da novidade, corolário da garantia de exclusividade, adotar nome que o distinga de qualquer outro já inscrito no mesmo registro. Se optar por um nome empresarial idêntico (homonímia) ao de algum outro, anteriormente inscrito, deverá nele acrescentar elementos distintivos ou alguma designação que o diferencie daquele, sob pena de cometer crime de concorrência desleal por usurpação de nome empresarial [...]. O mesmo se diga se vier a escolher nome cuja pronúncia soe praticamente igual (homofonia) a de outro já registrado. O titular do nome empresarial tem direito à exclusividade de seu uso. Com isso, protege-se o nome empresarial e o interesse do empresário, seu titular, de preservar sua clientela e seu crédito”. NOME EMPRESARIAL Distinção A exclusividade do nome empresarial decorre do princípio da novidade: Código Civil: Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro. Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar designação que o distinga. Nesse sentido, vide Enunciado 1, da I Jornada de Direito Comercial, do CJF: “Decisão judicial que considera ser o nome empresarial violador do direito de marca não implica a anulação do respectivo registro no órgão próprio nem lhe retira os efeitos,preservado o direito de o empresário alterá-lo.” https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/1 NOME EMPRESARIAL Primazia do registro O empresário que 1º arquivar firma ou denominação pode impedir que outros adotem nome igual ou semelhante, conforme Artigo 1.166, do Código Civil: Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na forma da lei especial. NOME EMPRESARIAL • A lei especial que regulamentaria a abrangência nacional do registro empresarial, ainda não existe. • Assim, cabe ao empresário, em cada unidade da federação em que exercer suas atividades, arquivar seu ato constitutivo na respectiva Junta Comercial. NOME EMPRESARIAL Nesse sentido, vide também o Enunciado 2, da I Jornada de Direito Comercial, do CJF: “A vedação de registro de marca que reproduza ou imite elemento característico ou diferenciador de nome empresarial de terceiros, suscetível de causar confusão ou associação (art. 124, V, da Lei n. 9.279/1996), deve ser interpretada restritivamente e em consonância com o art. 1.166 do Código Civil.” NOME EMPRESARIAL Ou seja, quando o registro da marca encontra, como óbice, um nome empresarial, deve-se levar em conta sua exclusividade no respectivo estado da federação. O CJF, no entanto, defende que, em razão dos efeitos do Artigo 8º da Convenção de Paris para a Proteção da Propriedade Industrial, de 20 de março de 1883, bem como do inciso XXIX da Constituição Federal, a proteção jurídica ao nome empresarial se estende, sim, por todo o território brasileiro. NOME EMPRESARIAL Vide Enunciado 491, da V Jornada de Direito Civil, do CJF: “A proteção ao nome empresarial, limitada ao Estado- Membro para efeito meramente administrativo, estende-se a todo o território nacional por força do art. 5º, XXIX, da Constituição da República e do art. 8º da Convenção Unionista de Paris.” NOME EMPRESARIAL Convenção de Paris “Art. 8. O nome comercial será protegido em todos os países da União sem obrigação de depósito ou de registro, quer faça ou não parte de uma marca de fábrica ou de comércio.” A Convenção de Paris foi promulgada no Brasil por força do Decreto nº 75.572 de 8 de abril de 1975. Constituição de 1988: Art. 5º “XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País” NOME EMPRESARIAL Imprescritibilidade da impugnação O nome empresarial decorre do direito ao nome, que é um direito da personalidade, por isso, a impugnação judicial ao arquivamento de ato constitutivo que tenha nome empresarial idêntico, é imprescritível. Código Civil: Art. 1.167. Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para anular a inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou do contrato. NOME EMPRESARIAL Sócio, credor, o Ministério Público – qualquer interessado -, pode requerer o cancelamento do nome empresarial no Registro Público das Empresas Mercantis. No caso das sociedades simples, o cancelamento é requerido junto ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, na forma do Artigo 1.168, do Código Civil: Art. 1.168. A inscrição do nome empresarial será cancelada, a requerimento de qualquer interessado, quando cessar o exercício da atividade para que foi adotado, ou quando ultimar-se a liquidação da sociedade que o inscreveu. Explica a Professora Maria Helena Diniz, que a cessação de exercício de atividade pode ser demonstrada por declaração judicial ou administrativa. Com ela, é feito o cancelamento, cuja consequência é a perda da proteção jurídica. DA MICRO E PEQUENA EMPRESA E DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL 1. Microempresa, empresa de pequeno porte e microempreendedor individual. üAs obrigações geralmente impostas aos empresários também não se aplica à microempresa. üO microempresário ou empresário de pequeno porte tem tratamento jurídico diferenciado por força do Artigo 179 da Constituição Federal. üNo Artigo 970 do Código Civil, o Microempresário fica dispensado das obrigações gerais dos empresários. üO problema é que a legislação não definiu quem é o microempresário. Por isso, para Fábio Ulhoa Coelho as referências que o Código Civil faz ao microempresário, estendem-se ao empresário de pequeno porte. 2. Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. ü De acordo com o Artigo 3º de referida Lei, o conceito de microempresa e empresa de pequeno porte é econômico. ü Assim, conforme dispõe o inciso I, do Artigo 3º, da Lei Complementar nº 123/2006, para considerar-se microempresa é preciso que o empresário, a sociedade empresária ou a sociedade simples tenha o faturamento anual máximo de R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais). DA MICRO E PEQUENA EMPRESA E DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL 2. Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. A empresa de pequeno porte, por sua vez, é aquela que aufere faturamento anual entre R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). DA MICRO E PEQUENA EMPRESA E DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL 3. Microempreendedor Individual. ü A Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006 também define o microempreendedor individual, que é considerado modalidade de microempresa, conforme Artigo 18-E, § 3º. ü O MEI trata-se de uma política pública cujo objetivo é a formalização de pequenos empreendimentos, bem como inclusão social e previdenciária, nos termos do Artigo 18-E, do Estatuto da Microempresa. ü O caput do Artigo 18-A, acrescentado pela Lei Complementar nº 128 de 19/12/2008, trata da possibilidade do microempreendedor individual optar pelo Simples Nacional, recolhendo seus tributos em valores fixos mensais, independentemente do faturamento mensal. ü O § 1º do Artigo 18-A, acrescentando pela Lei Complementar nº 155 de 27 de outubro de 2016, define o microempreendedor individual como sendo o empresário individual de que trata o Artigo 966 do Código Civil, ou empreendedor que exerça atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural, que seja optante do Simples, que aufira o faturamento anual de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais) – REGRAGERAL - e que não esteja impedido de optar pela sistemática. DA MICRO E PEQUENA EMPRESA E DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL 3. Microempreendedor Individual. üConforme § 4º do Artigo 18-A da Lei Complementar nº 123 de 2006, acrescido pela Lei Complementar nº 128 de 2008, estão impedido de optar pela sistemática de recolhimento de tributos do MEI aqueles: ü a) cuja atividade seja tributada conforme anexos V e VI da Lei Complementar nº 123 de 2006 (patamar de faturamento superior a R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais), salvo atividade que tiver autorização do CGSN, conforme inciso I, do § 4º, do Artigo 18-A; ü b) que possuir mais de um estabelecimento, nos termos do inciso II, do § 4º, do Artigo 18-A; ü c) que participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador, conforme inciso III, do § 4º, do Artigo 18-A; ü d) que tenha se construído como startup, conforme inciso V, do § 4º, do Artigo 18-A, incluído pela Lei Complementar nº 167 de 2019). DA MICRO E PEQUENA EMPRESA E DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL 3. Microempreendedor Individual. üCompete ao Comitê Gestor do Simples Nacional determinar as atividades autorizadas a optar pela sistemática de recolhimento como MEI, na forma do § 4ºB, do Artigo 18-A. De acordo com o anexo XI, da Resolução nº 140 de 22 de maio de 2018 do CGSN, podem optar pela sistematização do MEI os exercentes de uma longa lista de atividades. üAinda, aduz o Artigo 18-C, da Lei Complementar nº 123 de 2006 (Estatuto da Microempresa), cuja redaçãofoi acrescentada pela Lei Complementar nº 155 de 27 de outubro de 2006, que no caso do empresário individual ou microempreendedor rural, este poderá ter um único empregado, cujo salário deverá ser o mínimo nacional ou o piso da categoria profissional. Este, portanto, é mais um critério para enquadramento de um empresário como MEI. DA MICRO E PEQUENA EMPRESA E DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL