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<p>Poder Judiciário da União</p><p>Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios</p><p>Classe do Processo: 20160110168107APC - (0003689-70.2016.8.07.0018 - Res. 65 CNJ)</p><p>Registro do Acórdão</p><p>Número:</p><p>1068821</p><p>Data de Julgamento: 16/11/2017</p><p>Órgão Julgador: 3ª TURMA CÍVEL</p><p>Relator: MARIA DE LOURDES ABREU</p><p>Publicação: Publicado no DJE: 22/01/2018. Pág.: 675/680</p><p>Ementa:</p><p>ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. PRETENSÃO À</p><p>NOMEAÇÃO E À POSSE. APROVAÇÃO PARA CADASTRO DE RESERVA. DESISTÊNCIA DE CANDIDATO</p><p>APROVADO NA POSIÇÃO ANTERIOR. EXPECTATIVA DE DIREITO CONVOLADA EM DIREITO SUBJETIVO À</p><p>NOMEAÇÃO.</p><p>1. Consoante entendimento pacificado no âmbito dos Tribunais Superiores, o candidato aprovado em concurso</p><p>público fora do número de vagas possui, em regra, apenas mera expectativa de direitos. Todavia, adquire direito</p><p>subjetivo à nomeação caso consiga comprovar que I) surgiram novas vagas durante o prazo de validade do</p><p>concurso público e que II) existe interesse da Administração Pública em preencher essas vagas.</p><p>2. Quando o edital oferece número certo de vagas para formação de cadastro reserva, o candidato aprovado dentro</p><p>dessas vagas terá direito subjetivo à nomeação no prazo de validade do certame.</p><p>3. A mera expectativa de nomeação convola-se em direito subjetivo quando a Administração convoca os</p><p>candidatos aprovados no cadastro reserva e alguns candidatos desistem ou não preenchem os requisitos para a</p><p>sua posse. Nesse caso, deve ser assegurada a nomeação e a posse no referido cargo, do candidato classificado</p><p>em classificação imediatamente posterior ao desistente/inabilitado.</p><p>4. Recurso conhecido e provido.</p><p>Decisão: CONHECER E DAR PROVIMENTO, MAIORIA, QUÓRUM COMPLEMENTADO NOS TERMOS DO ART. 942 DO</p><p>CPC/2015</p>