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<p>Adicionalmente, as Ações Integradas de Saúde (AIS) de 1986, e os Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS) de 1987 marcaram o término do ciclo de ações no âmbito institucional, buscando conferir uma coordenação mais eficaz aos serviços de saúde públicos. No que tange às organizações da sociedade civil, merece destaque a atuação do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (CEBES) e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO).</p><p>Essas propostas e debates foram influenciados pelo ambiente político resultante do início do processo de redemocratização do país, sendo impulsionados por iniciativas pioneiras em municípios que organizaram seus serviços de saúde com base na atenção primária, respaldadas pelas áreas de Medicina Preventiva e Comunitária de diversas Universidades Públicas.</p><p>A promulgação de uma nova Constituição em 1988 representou um momento crucial para a incorporação de uma série de ideias que emergiram no contexto de uma reconfiguração do sistema nacional de saúde, inspirada em experiências de sistemas semelhantes já existentes em outros países. Dois eventos fundamentais para solidificar os anseios do Movimento Sanitarista em relação à estruturação de um novo sistema público de saúde foram a 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada entre 17 e 21 de março de 1986, e o 1º Congresso Brasileiro de Saúde Pública, promovido pela ABRASCO entre 22 e 26 de setembro de 1986. Neste congresso, foi debatida uma proposta de reformulação do sistema público de saúde, baseada nas diretrizes da 8ª Conferência Nacional de Saúde, proposta que mais tarde seria endossada pela Comissão Nacional de Reforma Sanitária (CNRS) e levada à Assembleia Constituinte.</p><p>A prática da Economia da Saúde no SUS</p>