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<p>1.3 Materiais e suas normalizações</p><p>Condições de conclusão</p><p>Concluído</p><p>Durante a escolha de um material, o interesse geral recai sobre o que tiver</p><p>um bom preço, que aceite manutenção, que possa ser aplicado/instalado</p><p>com certa facilidade e que, se for o caso, tenha peças para substituição.</p><p>Antes de definirmos como encontrá-los, é preciso saber o que são e para</p><p>que servem as normas técnicas.</p><p>Normas técnicas</p><p>As normas técnicas são regras de como os materiais de construção e de</p><p>muitas outras aplicações, como embalagens e serviços, devem ser</p><p>produzidos, classificados e empregados de maneira a atender os usuários.</p><p>Essas normas determinam padrões de fabricação, forma, dimensão,</p><p>composição química, métodos de ensaios, nomenclaturas e simbologias.</p><p>E cada país encarrega-se, através de seus organismos (governamentais e</p><p>não governamentais), em estabelece-las. Algumas dessas organizações</p><p>internacionais são:</p><p>• ASTM – American Society for Testing and Materials.</p><p>• ISO – International Organization for Standardization.</p><p>• DIN – Deustsches Institut Fü Normung.</p><p>• ACI – American Concrete Institute.</p><p>No Brasil, o maior organismo normatizador é a ABNT – Associação Brasileira</p><p>de Normas Técnicas. Ela é formada por um quadro social mantido, técnica</p><p>e financeiramente, por empresas, indústrias, comércios, órgãos de defesa</p><p>do consumidor, entidades de classes, governos, universidades e pessoas</p><p>físicas como profissionais liberais. É subdividida por grupos de pessoas que</p><p>se destinam a estudar determinados materiais e suas aplicações, propondo</p><p>projetos de normas e métodos de ensaios para posterior aprovação. Esses</p><p>grupos constituem os comitês que, após estudos regulares, emitem</p><p>instruções técnicas, respectivamente denominadas:</p><p>• Normas regulamentares: instruções de procedimentos para cálculos</p><p>e execução de serviços de engenharia.</p><p>• Especificações: determinações de quantificações e/ou</p><p>qualificações que os materiais devem atender após ensaios</p><p>padronizados. Métodos de ensaio – instruções de como se deve</p><p>avaliar experimentalmente os materiais, de modo que possam ser</p><p>ensaiados igualmente em todos os laboratórios do país, a fim de que</p><p>os resultados obtidos sejam, basicamente, os mesmos.</p><p>• Terminologia: conjunto de termos utilizados para uma determinada</p><p>técnica, inferindo-se nomes e definições que favoreçam a</p><p>linguagem e a comunicação.</p><p>• Padronização: regulamentação de dimensões e formas dos produtos</p><p>fabricados de maneira a uniformizar tipos, facilitar a fabricação em</p><p>série e permitir a continuidade de serviços com produtos de</p><p>diferentes marcas.</p><p>• Simbologia: padronização de representação gráfica de projetos,</p><p>visando uma linguagem geral uniforme.</p><p>A existência da ABNT não impede o aparecimento de outras entidades</p><p>particulares ou oficiais com os mesmos objetivos, mas que geralmente</p><p>dedicam-se a campos específicos e mais restritos ou a estudos mais</p><p>aprofundados. São exemplos de outras entidades brasileiras:</p><p>• ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland.</p><p>• INT – Instituto Nacional de Tecnologia.</p><p>• IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas.</p><p>• INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia.</p><p>Quando adquirimos um produto, supomos que todos os fabricantes</p><p>seguem as regulamentações da norma, inferindo a cada produto um</p><p>mínimo de garantia que nos atendam. Mas isso não quer dizer que não</p><p>existam produtos que apresentem qualidades que vão além daquelas</p><p>exigidas pelas normas.</p><p>Condições de emprego dos materiais</p><p>Para serem aplicados em obras, os materiais de construção devem</p><p>apresentar, pelo menos, boa parte das condições listadas a seguir.</p><p>• Resistência: condição técnica de emprego do material que garante</p><p>o suporte aos esforços que lhe serão impostos e para os quais ele</p><p>tenha sido projetado. Pode ser resistência mecânica, à umidade, à</p><p>temperatura ou às agressividades do ambiente, como acidez ou</p><p>alcalinidade.</p><p>• Durabilidade: é a garantia de que a resistência perdure por um</p><p>período que se resume na vida útil do material. Para alguns materiais</p><p>bastam seis meses, para outros seis anos, enquanto outros podem</p><p>ultrapassar 60 anos.</p><p>• Trabalhabilidade: é a condição de utilização do material com</p><p>manuseio seguro, utilizando-se de ferramentas relativamente simples.</p><p>• Higienicidade: é a condição do material de não ser nocivo à saúde</p><p>do homem ou dos animais. São materiais higiênicos os que não</p><p>causam reações no corpo humano ou animal (dores de cabeça,</p><p>vômitos, alergias, entre outros) durante sua aplicação e,</p><p>obviamente, durante a sua vida útil. Materiais como cimento, cal e</p><p>tintas apresentam menor grau de higienicidade durante a</p><p>aplicação, mas que se aplicados com os devidos cuidados</p><p>compensam-nos com propriedades destacáveis de resistência e</p><p>durabilidade. Recomenda-se ao aplicá-los, o uso dos EPI</p><p>(equipamento de proteção individual), como máscaras, luvas ou</p><p>outros que se tornem necessários.</p><p>• Economicidade: condição econômica que se refere aos custos de</p><p>compra, aplicação e manutenção do material, onde as análises de</p><p>preços são sempre feitas considerando o custo e o benefício. Muitas</p><p>vezes, custar pouco (barato) pode não representar uma condição</p><p>econômica favorável.</p><p>• Estética: condição de emprego dos materiais onde se primam por</p><p>sensações agradáveis ao toque e à visão.</p><p>Este material foi baseado em:</p><p>LARA, Luiz. Materiais de Construção. Instituto Federal do Norte de Minas</p><p>Gerais/Rede e-Tec Brasil, Ouro Preto: 2013.</p>