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BIOQUÍMICA 
CLÍNICA
Profa. Dra. Sandra Sayuri Nakamura de Vasconcelos
UNIDADE IV 
DETERMINAÇÃO E AVALIAÇÃO CLÍNICA DE 
ELETRÓLITOS, EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE E 
ENZIMOLOGIA
SISTEMA TAMPÃO, IMPORTÂNCIA NA REGULAÇÃO 
DO PH DOS LÍQUIDOS CORPORAIS
 A presença de sistema tampão em soluções aquosas é 
extremamente importante 
 Funções do sistema tampão
 Constituição do sistema tampão:
 Um ácido fraco, ou seja, um doador de prótons e sua base 
conjugada não seja no receptor de prótons
SISTEMA TAMPÃO, IMPORTÂNCIA NA REGULAÇÃO 
DO PH DOS LÍQUIDOS CORPORAIS
 Os transtornos do desequilíbrio ácido-base podem 
ser categorizados em quatro tipos:
 Acidose respiratória
 Alcalose respiratória
 Acidose metabólica
 Alcalose metabólica
ACIDOSE RESPIRATÓRIA
 Caracterizada pela deficiência ou incapacidade dos pulmões de 
eliminarem CO2 devidamente como consequência da hipoventilação
• São causas de acidose respiratória :
• Doença pulmonar obstrutiva crônica
• Distúrbio neuromuscular
• Desordem do sono
• Obesidade intensa
• Depressão do sistema nervoso central
• Desordens neurológicas
• Hipoventilação alveolar primária
• Estados comatosos
ACIDOSE RESPIRATÓRIA
 Respostas compensatórias:
 Fase aguda na qual nos primeiros 10 minutos quando acontece 
um aumento da pressão do CO2 sanguíneo, ocorrerá uma 
elevação de bicarbonato plasmático promovendo assim a 
quantidade de bicarbonato acima dos valores referenciais.
 Fase crônica na qual o aumento da pressão de CO2 e do pH 
estimula a secretar e os hidrogênios e também e carbonato.
ACIDOSE RESPIRATÓRIA
 Consequências da acidose respiratória:
 Hipercapnia no cérebro, ou seja, dilatação cerebral e o aumento do 
fluxo sanguíneo ocasionando aumento da pressão intracraniana
 Sonolência
 Torpor
 Dor de cabeça
 Coma 
ALCALOSE RESPIRATÓRIA
 Caracterizada pela eliminação excessiva de CO2 pelos pulmões 
consequentemente a uma diminuição na pressão de CO2 com 
quantidades normais de bicarbonato
 Pode acontecer em decorrência da hiperventilação alveolar com 
uma redução da pressão de CO2
 Fase aguda: redução de ácidos voláteis circulantes que estes, por 
sua vez, precisam na saída de água mais do compartimento o celular 
para os líquidos extracelulares
ALCALOSE RESPIRATÓRIA
 Alcalose respiratória pode ser decorrente de desordens pulmonares, 
desordens cardiovasculares, desordens metabólicas de sódio no 
sistema nervoso central, hipoxemia, entre outros 
 A resposta compensatória da alcalose pode ser dividida em duas 
fases: fase aguda e fase crônica
 Fase aguda em que acontece nos 10 primeiros minutos da redução da 
pressão de CO2, há uma diminuição do bicarbonato plasmático.
 Fase crônica que é posterior à fase aguda, há uma concentração do 
bicarbonato, na qual o pH é mantido pela retenção de hidrogênios, após 7 
dias pode ser estabelecido um sistema compensatório maior
ALCALOSE RESPIRATÓRIA
 Consequências:
 Alteração no metabolismo do cálcio
 Hipocalemia inicial moderada
 Hiperfosfatemia transitória
 Estimulação da glicólise
 Hipocapnia, esta última, por sua vez, pode induzir a 
vasoconstrição acompanhada de sonolência e torpor no 
cérebro 
ACIDOSE METABÓLICA
 Caracterizada pela dificuldade ou deficiência dos rins de eliminar o 
excesso de íons hidrogênio
 Não consegue reabsorver a quantidade de bicarbonato ideal na 
presença da pressão de CO2 normal
 Ocorre redução da razão entre o bicarbonato e o ácido carbônico
ACIDOSE METABÓLICA
 Classificação:
 Acidose metabólica com ânion em determinados normais
 Perda gastrointestinal de HCO3
 Aumento compensatório da quantidade de cloreto
 Acidose metabólica com ânions indeterminados altos
 Cetoacidose (diabetes, cetoacidose alcoólica, cetoacidose por 
inanição)
 Acúmulo de ácido lático
 Intoxicação pelo metanol
 Intoxicação por salicilatos
 Doença renal crônica
 Acidose tubular
ACIDOSE METABÓLICA
 Respostas compensatórias:
 Hiperventilação
 Rim
 Rápida secreção de fosfato
 Secreção de amônia
 Prejuízo na contração do miocárdio
 Mobilização do cálcio
ALCALOSE METABÓLICA
 Aumento na quantidade de bicarbonato no plasma
 Causas:
 Perda de ácidos do organismo
 Ou ganho de bicarbonato em excesso
 Para a alcalose respiratória, responsiva ao cloreto, as principais 
causas são:
 Perda da secreção gástrica
 Altas intenções de antiácidos não absorvíveis
 Tiazidas ou diuréticos de alça
 Hipercapnia e fibrose cística
ALCALOSE METABÓLICA
 Para a alcalose resistente ao cloreto com hipertensão 
associadas, as principais causas são:
 Hiperaldosteronismo primário
 Deficiência de 11-β-hidroxiesteroide-desidrogenase
 Síndrome de cushing
 Estenose da artéria renal
ALCALOSE METABÓLICA
 Para a alcalose resistente ao cloreto com hipotensão ou 
normotensão, as principais causas são:
 Síndrome de Bartter
 Síndrome de Gitelman
 Depressão severa de potássio
 Hipomagnesemia
ALCALOSE METABÓLICA
 Consequências:
 Maior ligação de íons cálcio a proteínas
 Aumenta a atividade neuromuscular
 Hipercalemia
 Elevação da reabsorção renal do cálcio
 Aumento da glicólise