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WBA1195_v1.0
Planejamento tributário e 
infrações tributárias
Grupos Econômicos e 
Qualificação das Infrações
Sociedades. Solidariedade. 
Bloco 1
Edmo Colnaghi Neves
Sociedades de sociedades
• Sociedades.
• Sociedades simples e sociedades empresárias.
• Sociedades anônimas e sociedades limitadas.
• Grupos de sociedades.
• Caracterização.
• União de recursos e esforços.
• Aumento da produtividade.
• Grupos econômicos de direito e grupos de fato.
Solidariedade tributária
• Pessoas com interesse comum na situação que constitui o 
fato gerador.
• Fato gerador, hipótese de incidência: aspectos material, 
espacial e temporal.
• Presunção de solidariedade no cumprimento da obrigação 
tributária.
• Outras hipóteses de solidariedade em matéria tributária.
• Exclusão do benefício de ordem.
• Artigo 124 do Código Tributário Nacional. 
Solidariedade no Direito
• Conceito legal de solidariedade.
• Cumprimento integral da obrigação por cada um dos 
coobrigados.
• Dispositivo do Código Civil sobre solidariedade: artigo 264.
• Inexistência de presunção de solidariedade: disposição em 
lei ou expressa manifestação das partes.
• Princípio da Legalidade.
• Direito Civil e Direito Tributário.
• A lei tributária e os conceitos de direito privado.
• Artigo 110 do CTN.
Caracterização da solidariedade
• Interesse comum na situação que constitua o fato gerador 
da obrigação principal.
• Fato gerador: fato imponível; aspectos material, espacial e 
temporal; subsunção do conceito do fato ao conceito da 
norma; hipótese de incidência.
• Obrigação principal: pagar o tributo.
• Obrigação acessória: registar operações tributáveis, 
produzir documentos e informar ao Estado.
• Pessoas que formam o grupo econômico: interesse comum, 
solidariedade?
Consequências do cumprimento da obrigação 
solidária
• Solidariedade: cumprimento integral da obrigação, 
impossibilidade de pagamento parcial.
• Direito de regresso contra os demais coobrigados.
• Relação de natureza civil.
• Grupos de direito: com participação societária.
• Grupos de fato: sem participação societária.
Grupos Econômicos e 
Qualificação das Infrações
Grupos econômicos e qualificação das 
infrações
Bloco 2
Edmo Colnaghi Neves
Elementos da solidariedade tributária
• Esforços conjuntos das empresas do grupo econômico e 
interesse comum na situação que constitua fato gerador da 
obrigação principal.
• Código Tributário Nacional, artigo 124, I.
• Grupo econômico de fato: comprovação por meio de 
evidências.
• Dispositivo legal e jurisprudência sobre a presunção de 
solidariedade das pessoas do grupo econômico ante a 
obrigação tributária.
Solidariedade e responsabilidade pela obrigação 
tributária
• Contribuição das empresas para a conformação do fato 
gerador.
• Comprovação.
• Dispositivo do artigo 128 do Código Tributário Nacional.
• Distinção entre contribuinte e responsável tributário.
• Condição: vinculação ao fato gerador da respectiva 
obrigação tributária.
• Exclusão da responsabilidade do contribuinte.
• Atribuição de responsabilidade supletiva ao contribuinte.
Responsabilidade tributária por sucessão
• Responsabilidade tributária por sucessão: o adquirente ou remitente, 
pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos.
• O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos 
pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada essa 
responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação do 
espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da 
sucessão.
• Pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação 
ou incorporação de outra: tributos devidos até a data do ato pelas 
pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou 
incorporadas.
• Aquisição a qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento 
comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva 
exploração: responsabilidade dos tributos devidos até o ato.
Responsabilidade tributária por transferência e 
substituição
• Responsabilidade tributária por transferência, casos de 
impossibilidade de cumprimento da obrigação principal pelo 
contribuinte.
• Descumprimento da obrigação principal pelo contribuinte.
• Atribuição da responsabilidade a terceiro vinculado ao fato 
gerador.
• Exemplo: os pais pelos tributos devidos pelos filhos menores.
• Responsabilidade tributária por substituição:
• Situações expressamente definidas em lei, exemplo: 
retenção na fonte.
Efeitos da solidariedade das empresas do grupo 
econômico
• Efeitos da solidariedade.
• Aproveitamento do pagamento efetuado a todos os demais; 
extinção do crédito tributário contra todos os coobrigados.
• Isenção: desoneração de todos os coobrigados.
• Remissão: desoneração de todos os coobrigados.
• Ressalva: isenção de remissão de caráter pessoal a somente 
um coobrigado.
• Consequência: subsistência da solidariedade aos demais, pelo 
saldo.
• Interrupção da prescrição: de um favorece ou prejudica os 
demais.
Grupos Econômicos e 
Qualificação das Infrações
Grupos econômicos e qualificação das 
infrações
Bloco 3
Edmo Colnaghi Neves
Grupos econômicos e qualificação das infrações
• Infrações tributárias.
• Intenção do agente.
• Natureza da infração.
• Extensão.
• Efetividade.
• Disposições legais de forma diversa.
• Responsabilidade objetiva.
• Responsabilidade por culpa presumida.
• Doutrina de Hugo de Brito Machado.
• Art. 136 do CTN.
Grupos econômicos e qualificação das infrações
• Infrações.
• Retroatividade da lei e irretroatividade da lei.
• Definição de fato como não sendo mais uma infração.
• Situação do fato ainda não definitivamente julgado.
• Exceção à regra da irretroatividade.
• Art. 106, CTN.
Grupos econômicos e qualificação das infrações
• Infração – Descumprimento da obrigação principal: 
responsabilidade tributária por transferência.
• Dos pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; dos 
tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados 
ou curatelados.
• Dos administradores de bens de terceiros, pelos tributos 
devidos por estes; o inventariante, pelos tributos devidos pelo 
espólio.
• Síndico e comissário, pelos tributos devidos pela massa falida 
ou pelo concordatário.
• Os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos 
tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante 
eles, em razão do seu ofício.
• Os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas – Art. 
134, CTN.
Grupos econômicos e qualificação das infrações
• Infrações: interpretação mais favorável ao acusado no que 
se refere a:
• Capitulação legal do fato.
• Natureza ou circunstâncias materiais do fato, ou natureza 
ou extensão dos seus efeitos.
• Autoria, imputabilidade, ou punibilidade; natureza da 
penalidade aplicável, ou sua graduação.
• Art. 112, CTN.
Grupos econômicos e qualificação das infrações
• Infração à lei, estatuto, contrato social e mandato: 
responsabilidade dos gestores.
• Créditos correspondentes a obrigações tributárias 
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou 
infração de lei, contrato social ou estatutos: 
• Responsabilidade: mandatários, prepostos e 
empregados; diretores, gerentes ou representantes de 
pessoas jurídicas de direito privado.
• Art. 135, CTN.
Grupos econômicos e qualificação das infrações
• Conluio: práticas de infrações tributárias por grupos 
econômicos.
• CTN – Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as 
infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a 
concede, não se aplicando:
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes 
de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou 
jurídicas.
• Lei Complementar n. 123/2006, Simples Nacional, vedação 
a grupos econômicos: ter sócia pessoa jurídica ou ser sócia 
em pessoa jurídica, infração à lei, perda do regime.
Teoria em Prática
Bloco 4
Edmo Colnaghi Neves
Reflita sobre a seguinte situação
Uma determinadaempresa contratou consultores para fazer um 
planejamento tributário e assim buscar uma redução da carga tributária 
por meios lícitos, conforme dispositivos legais. A consultoria iniciou os 
trabalhos buscando identificar os elementos constitutivos da empresa, 
seus sócios ou acionistas, objeto social, cadeia de fornecedores, clientes 
e parceiros de negócios.
A partir da análise do objeto social e das negociações habituais 
realizadas pela empresa, foram averiguados as espécies de tributos 
devidas pela empresa, créditos e débitos devidos, livros, informações e a 
existência de regime especial de alguma forma. Verificou-se também o 
regime de apuração e pagamento de tributos adotado pela empresa e 
sua adequação à legislação vigente.
Reflita sobre a seguinte situação
Após analisar os documentos e entrevistar sócios, gerentes e alguns 
prestadores de serviços, como contadores externos, a consultoria 
identificou que na verdade havia várias pessoas jurídicas, todas 
funcionando no mesmo local ou em imóveis separados somente por uma 
parede, em que umas empresas eram fornecedoras das outras, de modo 
exclusivo. Todas pertenciam a membros da mesma família, e cada uma 
delas apurava e recolhia seus tributos pelo regime do Simples Nacional, 
visto que o faturamento individual de cada uma estava abaixo do teto 
estabelecido pela Lei Complementar n. 123/2006. Foi externado pelos 
consultores o risco de caracterização de grupo econômico de fato e de 
infração à lei do Simples Nacional. 
Tem fundamento essa observação? Haveria solidariedade entre as 
empresas?
Norte para a resolução
• Para a resolução da questão, é necessário explorar o que 
caracteriza a existência de um grupo econômico de fato. 
• Deve-se também averiguar os dispositivos do CTN que 
determinam em que condições pessoas jurídicas passam a ter 
obrigação tributária de forma solidária. 
• O conceito de conluio também deve ser pesquisado, buscando-
se sua referência no CTN e suas respectivas consequências. 
• Deve-se por fim averiguar na Lei Complementar n. 123/2006 
quais são as restrições à adoção do regime nacional, 
especialmente sobre a questão de ter como sócia pessoa 
jurídica, ser sócia em outra pessoa jurídica, além de outros 
presentes no caso.
Dica do(a) Professor(a)
Bloco 5
Edmo Colnaghi Neves
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login 
por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em sites 
acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que 
você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional.
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Leitura Fundamental
Indicação de leitura 1
ACÓRDÃO DO CARF
Número do processo: 17546.000906/2007-44. Turma: Segunda Turma Ordinária 
da Quarta Câmara da Segunda Seção. Câmara: Quarta Câmara. Seção: Segunda 
Seção de Julgamento. Data da sessão: Tue Mar 23 00:00:00 UTC 2010.Data da 
publicação: Tue Mar 23 00:00:00 UTC 2010.Ementa: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
PREVIDENCIÁRL4S Período de apuração: 01/11/2004 a 30/07/2005 
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. NFLD. GRUPO ECONÔMICO DE FATO. 
EXISTÊNCIA DEMONSTRADA. I - Nos termos do art. 30, LX da Lei nº 8.212/91, as 
empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza respondem 
solidariamente pelos débitos fiscais de natureza previdenciária; II - Compõe 
grupo econômico de fato as empresas controladas e administradas conjunta e 
unitariamente, de forma que se confunde numa mesma pessoa a administração e 
controle interno, e a própria atuação de mercado RECURSO VOLUNTÁRIO 
NEGADO.
Número da decisão: 2402-000.708.Decisão: ACORDAM os membros da 4ª 
Câmara / 2ª Turma Ordinária da Segunda Seção de Julgamento, por unanimidade 
de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos do Relator. Matéria: 
Outros imposto e contrib federais adm p/ SRF - ação fiscal.
Nome do relator: ROGERIO DE LELLIS PINTO.
Indicação de leitura 2
ACÓRDÃO DO CARF
Número do processo: 36624.015779/2006-71.Turma: 2ª TURMA/CÂMARA SUPERIOR 
REC. FISCAIS. Câmara: 2ª SEÇÃO. Seção: Câmara Superior de Recursos Fiscais. Data da 
sessão: Wed Jul 26 00:00:00 UTC 2017.Data da publicação: Mon Oct 02 00:00:00 UTC 
2017.Ementa:... ...RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. CARACTERIZAÇÃO DE GRUPO 
ECONÔMICO DE FATO. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DOS ELEMENTOS QUE 
VINCULAM O AUTUADO AO GRUPO DE FATO. As empresas integrantes de grupo 
econômico respondem solidariamente pelo cumprimento das obrigações tributárias 
para com a Seguridade Social. Somente quando demonstrados os elementos 
necessários à caracterização de Grupo Econômico de fato, poderá a autoridade fiscal 
assim proceder, atribuindo a responsabilidade pelo crédito previdenciário a todas as 
empresas integrantes do Grupo constituído, conforme preceitos contidos na legislação 
tributária, notadamente no artigo 30, inciso IX, da Lei nº 8.212/91 c//c com os artigos 
121, 124 e 128, do Código Tributário Nacional. Número da decisão: 9202-005.655. 
Decisão: Vistos...os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do 
Recurso Especial e, no mérito, em negar-lhe provimento. (assinado digitalmente) Luiz 
Eduardo de Oliveira Santos - Presidente em Exercício (assinado digitalmente) Elaine 
Cristina Monteiro e Silva Vieira – Relatora Participaram do presente julgamento os 
Conselheiros Luiz Eduardo de Oliveira Santos (Presidente em Exercício), Maria Helena 
Cotta Cardozo, Patricia da Silva, Elaine Cristina Monteiro e Silva Vieira, Ana Paula 
Fernandes, Heitor de Souza Lima Junior, João Victor Ribeiro Aldinucci (suplente 
convocado) e Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri. Nome do relator: ELAINE CRISTINA 
MONTEIRO E SILVA VIEIRA.
Dica do(a) Professor(a)
ACÓRDÃO DO CARF
Número do processo: 11516.723075/2015-63.Turma: Primeira Turma Extraordinária da 
Primeira Seção. Seção: Primeira Seção de Julgamento .Data da sessão: Thu Jul 05 00:00:00 
UTC 2018.Data da publicação: Mon Aug 06 00:00:00 UTC 2018.Ementa...: Assunto: Normas 
Gerais de Direito Tributário Ano-calendário: 2011 EXCESSO DE RECEITA BRUTA. Não poderá se 
beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto na Lei Complementar nº 123, de 
2006, a pessoa jurídica cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra 
pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite 
legalmente estabelecido para opção pelo referido sistema. Constatado que a administração 
da pessoa jurídica foi transferida para a figura de administrador, que administra todas as 
empresas de um mesmo grupo, com características de grupo de fato, atuando como longa 
manus de todas elas, como sócio administrador, ainda que de direito não conste dos quadros 
societários, é possível que sejam somadas as receitas brutas do grupo para fins de apuração 
do limite legal de opção. PRÁTICA REITERADA DE INFRAÇÃO À LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. A 
prática reiterada de infração à legislação tributária, caracterizada pela omissão de receitas e o 
excesso de receita bruta são causas de exclusão da pessoa jurídica do Simples Nacional. 
Número da decisão: 1001-000.679Decisão: Vistos,.. Acordam os membros do colegiado, por 
unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, ...Presidente e Relator. Participaram 
da sessão de julgamento os conselheiros: Lizandro Rodrigues de Sousa (presidente), Edgar 
Bragança Bazhuni, José Roberto Adelino da Silva e Eduardo Morgado Rodrigues. Nome do 
relator: LIZANDRO RODRIGUES DE SOUSA.
BRASIL. Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto 
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte [...]. Brasília: 
Presidênciada República, 2006.
BRASIL. Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário 
Nacional [...]. Brasília: Presidência da República, 1976.
BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por 
Ações. Brasília: Presidência da República, 1976.
BRASIL. Ministério da Economia. Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. 
Acórdãos CARF. Gov.br, 2022. Disponível em: 
http://idg.carf.fazenda.gov.br/jurisprudencia/acordaos-carf-2. Acesso em: 13 set. 
2022.
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 35. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2014.
Referências
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