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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA
APOLITÉCNICA
INSTITUTO SUPERIOR UNIVERSITÁRIO DE TETE - ISUTE
Teoria da Firma
Amílcar Dos Santos Andrade
Tete, Marҫo 2024
Amílcar Dos Santos Andrade
Teoria da Firma
Trabalho de pesquisa apresentado à Universidade Politécnica, Instituto Superior Universitário de Tete como requisito parcial para avaliação na disciplina de Microeconomia, curso Licenciatura em Engenharia Civil.
Docente: Msc.º Márcia Xavier
	
Tete, Marҫo 2024
Índice
CAPÍTULO I	4
1.	Introdução	4
1.1.	Objectivos	5
1.1.1.	Objectivo geral	5
1.1.1.1.	Objectivos específicos	5
1.2.	Metodologia do Estudo	5
CAPÍTULO II	6
1.3.	TEORIAS DA FIRMA COMO FUNDAMENTO PARA FORMULAÇÃO DE TEORIAS CONTÁBEIS	6
1.3.1.	Teoria Neoclássica	6
1.3.2.	A Teoria Contratual da Firma	7
1.3.3.	A Nova Economia Institucional	8
1.4.	FUNDAMENTOS TEÓRICOS DAS FIRMAS INOVADORAS	9
1.4.1.	Etapas da organização produtiva capitalista	9
1.5.	COMPORTAMENTO DOS ADMINISTRADORES, CUSTOS DE AGÊNCIA EESTRUTURA DE PROPRIEDADE	11
1.5.1.	Uma simples análise formal das fontes dos custos de agência do acionista externo e de quem arca com elas	11
1.5.1.1.	Pressupostos permanentes	11
1.5.1.2.	Pressupostos temporários	12
1.5.1.3.	Definição	12
1.6.	Conclusão	14
1.7.	Referências bibliográficas	15
CAPÍTULO I
1. Introdução
A firma como objecto teórico per si surgiu por meio de um processo longo de críticas aos pressupostos neoclássicos que lhe concediam um papel pouco significativo no todo explicativo do processo econômico. Observando o sistema como equilíbrio geral e/ou parcial, os teóricos da economia neoclássica compreendiam a firma como simples agente funcional do sistema, realizando uma tarefa de transformação de insumo em produto. Dadas a ausência de relevância do progresso técnico, a perspectiva da concorrência perfeita e ausência de assimetria de informação, não haveria qualquer possibilidade ou necessidade de pensar a firma, como agente autônomo, de participação ativa na ordenação do processo produtivo. Sua operação é escolher uma função de produção, adquirir os insumos necessários e proceder a realização da criação de mercadorias para serem vendidas no mercado (TIGRE, 1988). 
A partir crescente incapacidade explicativa do paradigma neoclássico vis a vis a realidade da firma, uma série de autores começam a questionar, um a um, seus pressupostos ou, ao mesmo, colocar-lhes restrições de validade teórica. É o caso para a questão da racionalidade perfeita dos agentes, para a racionalidade procedural e o problema da estrutura de decisão, a permanência histórica dos monopólios para além dos fatores naturais de determinação e a própria denúncia dos críticos da economia política sobre a hipótese de harmonia do sistema.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
· Estudar o fundamento das teorias firma.
1.1.1.1. Objectivos específicos
· Descrever o fundamento da teoria firma para formulação de teorias contábeis;
· Descrever análise formal das fontes dos custos de agência do acionista de acordo com o fundamento firma;
· Descrever tapas da organização produtiva capitalista.
1.2. Metodologia do Estudo
Este estudo é de cunho qualitativo e foi usada também a pesquisa bibliográfica que conforme Canastra, F; Haanstra F; Vilanculos, M (2015), esta metodologia de pesquisa tem a ver com a análise de documentos que é um processo que envolve selecção, tratamento e interpretação de informação existente em documentos quer seja escrito, áudios ou vídeos com o objectivo de deduzir algum sentido. Este trabalho baseou-se na revisão da literatura sobre o tema: mercantilismo análise de documentos que expressam a realidade do mercantilismo em Moçambique.
CAPÍTULO II	
1.3. TEORIAS DA FIRMA COMO FUNDAMENTO PARA FORMULAÇÃO DE TEORIAS CONTÁBEIS
1.3.1. Teoria Neoclássica
Mesmo tendo se aperfeiçoado, a teoria Neoclássica, segundo Tigre (2005), recebe críticas pelo fato de desconsiderar variáveis técnicas e organizacionais em favor de seus modelos de equilíbrio. Ocorre que, na teoria Neoclássica da Competição Perfeita, havia maior preocupação com o sistema de preços, a despeito da forma como as firmas se organizavam e competiam.
De acordo com Demsetz (1988), a teoria Neoclássica surge em meio ao debate que envolvia os mercantilistas e os defensores do livre mercado sobre qual seria o papel do estado na economia. Como destaca Tigre (2005), a concepção liberalista sustentava-se no fenômeno da “mão invisível”, proposta pelo “pai da economia”.
Crowley e Sobel (2010) afirmam que, para Adam Smith, com a mão invisível, conseguia-se o alinhamento dos interesses individuais com a prosperidade da sociedade, se somente se, a “mão” operasse livremente. Em outras palavras, a partir do princípio da mão invisível se requer a descentralização, em detrimento do comando e do controle pelos gestores da firma evidencia de crítica a construção teórica da acepção de firma clássica.
Para que a descentralização da tomada de decisão venha a gerar melhores resultados, e imprescindível a observância de duas questões basilares. Primeiro, deve haver uma estrutura de incentivos que alinhem o interesse individual aquele da empresa. Em segundo lugar, sabendo-se do consumo das receitas da empresa pelos incentivos de alinhamento, deve-se frisar aos recebedores de incentivos que suas decisões em relação a firma tem um custo, suportado pela empresa (Crowley & Sobel, 2010).
Depois de concebido o “perfil utópico” de firma clássica, demostravam-se intrínsecas a empresa algumas características especificas. Entre elas, se não aquela de maior relevância a este debate, a inexistência dos problemas de informação. Ora, considerando-se que todos os agentes relacionados a organização dispõem do mesmo conteúdo informacional, a busca por informação e, em sua totalidade, livre e sem custos adicionais (Lopes & Martins, 2012). Não é à toa a inclusão do adjetivo que faz alusão ao idealismo ou ao fantasioso, visto que, obviamente, tal cenário foge significativamente a realidade.
Tigre (2005) lembra que a teoria Neoclássica, desenvolvida a partir do século XX, foi dominada pela concepção de firma tratada como agente individual. Atribuiu-se a firma o princípio de comportamento único (maximização do lucro), desconsiderando-se o princípio de utilidade dos agentes econômicos. Este status de firma equiparava-se ao de um consumidor individual, não sendo ela tratada como uma instituição. Nesse sentido, as variáveis que a firma manipula são determinadas pela estrutura de mercado, que acaba se impondo a ela. Justamente no contexto descrito e que a Contabilidade encontra seu sentido. Essa mesma Contabilidade emerge como fruto de uma revolução do pensamento e uma necessidade iminente do indivíduo
ser dotado de racionalidade limitada.
1.3.2. A Teoria Contratual da Firma
O modelo de empresa que e descrito pela teoria clássica descreve a firma como possuidora de um proprietário-administrador. Assim, a mesma pessoa detém essas duas funções dentro da empresa, fornecer capital e administrar a organização. E dessa forma que se sedimenta a teoria da firma, sob uma concepção utópica de empresa, porque, sob esse arranjo, dois problemas comuns as organizações modernas inexistem: conflito de agencia e assimetria informacional (Lopes, 2012).
Ambos, conflito de agência e a assimetria informacional, são temas centrais da teoria da Agência, capaz de fornecer base teórica à compreensão de processos organizacionais à luz da perspectiva principal-agente. Em linhas gerais, essa relação configura-se quando a tomada de decisão é realizada pelo agente em nome do principal (Subramaniam, 2006). A teoria da Agência, como se observa, rompe o paradigma do modelo de firma da teoria Clássica. Antes, discutir a emergência de conflitos entre administradores (agente) e proprietários (principal) era absurdo, porque estes eram a mesma pessoa. Com o advento da corporação moderna, no entanto, essa vertente da teoria Contratual da Firma defende serem diferentes os interesses, visto que há assimetria informacional (Rocha, Pereira,Bezerra, & Nascimento, 2012).
De acordo com Rocha et al. (2012), é sabido que a informação contábil ocupa papel de destaque para a firma contemporânea. A problemática da assimetria informacional pode ser compreendida pelo fato de o agente, possuidor da informação útil à tomada de decisão, subsidiar o principal com informações incompletas.
Mas, por que isso ocorre? E por qual motivo isso não era observado na firma clássica? No momento em que acontece segregação do controle da firma, antes inteiramente na mão do principal, passa o agente a levar em consideração, na tomada de decisão, os seus próprios interesses além daqueles da empresa.
Com o exposto, compreende-se que a concepção de firma trazida pela abordagem clássica esvazia as funções da Contabilidade, visto que não existe conflito de agência e não há assimetria de informações, pois a propriedade e a tomada de decisão são funções acumuladas de uma mesma pessoa. A existência da Contabilidade apoia-se na deficiência relativa à produção de informação, normalmente considerada imperfeita. Nesse contexto é que a teoria dos Contratos se aplica, tendo como pilar esses dois problemas (Lopes & Martins, 2012).
Para a teoria Contratual da Firma, a empresa é considerada um conjunto de contratos que servem como intermédio entre os diversos agentes econômicos. Cada qual contribui com sua parcela no processo produtivo e, decorrente dessa contribuição, recebe algo em troca. Nessa relação, o agente é contratado pelo principal para realizar determinadas funções, aceitando remuneração por isso. 
Desta maneira, a contratação eficiente sugere alinhamento de interesses, redução dos conflitos de agência e, por conseguinte, diminuição do comportamento oportunista do administrador em detrimento dos interesses do acionista, lembram Machado, Silva, Moura, Benetti, Rocha e Bezerra (2012).
1.3.3. A Nova Economia Institucional
A Nova Economia Institucional (NEI) surge a partir da “evolução dialética tese-antítese-síntese” para aperfeiçoar a Teoria Neoclássica (Rocha, 2007, p. 7). Guerreiro (2006) explica que a nova economia institucional, embora se afaste da conjectura neoclássica da maximização da utilidade, não rompe com esta teoria, uma vez que se aproveita do ferramental neoclássico para explicar as instituições capitalistas.
Na mesma linha, Branco (2006) e Aguilar e Silva (2010) evidenciam que, mesmo criticando a abordagem neoclássica, a nova economia institucional pode ser considerada como extensão desta, sendo baseada nos mesmos fundamentos metodológicos. Porém, Cardoso (2005) apresenta com uma das diferenças com a teoria neoclássica a existência de transações que têm um custo monetário – o custo de transação.
A Nova Economia Institucional surge em decorrência da obra de Coase (1937) “The Nature of the Firm”, em que se tem a extrapolação do conceito de “firma”, ao indicar que as firmas devem corresponder ao “mundo real”. Além disso, tem-se a introdução dos custos de transação. 
De acordo com Santos (2007), a firma torna-se mais que uma função de produção, em que entram insumos e saem produtos, e passa a exercer a função de coordenação dos agentes econômicos, incorrendo em custos devido à coleta e ao processamento das informações e transformando-as em contratos que representam as transações. Caballero (2004) afirma que o marco teórico da Nova Economia Institucional concilia a visão “Coaseana” de custos de transação com a noção “Northiana” de instituições, em que as instituições são um meio para reduzir os custos de transação e alcançar maior eficiência.
Assim, a principal suposição da Nova Economia Institucional é de que as instituições formam-se a partir de contratos entre indivíduos e grupos de indivíduos para minimizar os custos de transação. Coase (1960) explica, a partir da crítica a tradição “Pigouviana”, que não se devem eliminar os custos de transação, mas sim utilizá-los como meio para maximizar os ganhos. Bueno (2004) expõe, com base no trabalho de Coase, que, se não existissem os custos de transações, as instituições não seriam necessárias para explicar o nível de eficiência com que a economia opera.
1.4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DAS FIRMAS INOVADORAS
1.4.1. Etapas da organização produtiva capitalista
Nesta seção, com a finalidade de facilitar o entendimento do texto, opta-se por dividir a história da firma em quatro fases:
· Fase inicial - Capitalismo comercial monopolista
Em The New Industrial System, Levy expõe que a indústria situada na origem do capitalismo não foi baseada na concorrência individual, na verdade, esse período é identificado por possuir pequenos monopólios. (apud LABINI, 1984)
A constituição das primeiras companhias comerciais por ações ocorreu mediante cartas patentes reais, estabelecidas como monopólios regionais ou nacionais (ROSENBERG E BIRDZELL, 1986, p. 200). Alguns desses monopólios articulavam-se com a manufatura; o privilégio comercial da Liga Hanseática para a compra de lã inglesa abastecia manufaturas de Flandres e na Alemanha (HUBERMAN, 2008, p.70). Paolo Labini (1984), com base em Levy, expõe que esse período só chega ao fim com a Primeira Revolução Industrial.
· Segunda fase (1ª Rev. Industrial até-1850): capitalismo industrial concorrencial com o advento da Primeira Revolução Industrial e surgimento das fábricas, a realidade passa a ser um sistema concorrencial. (LABINI, 1984). Achyles da Costa (2016), com base em Rosenberg e Birdzell Jr. (1986), afirma que embora não seja possível responsabilizar diretamente a Revolução Industrial, ela gerou as condições para que a firma industrial se estabelecesse e se difundisse.
Costa (2016) traça o perfil dessa firma como de pequeno porte e que atua de maneira a atender o mercado local, fazendo uso de intermediários para as suas vendas, já que não dispunha de uma estrutura própria para meios de distribuição de seus produtos.
Quanto a organização interna, no período anterior à 1850 as empresas eram negócios familiares e estavam também em um contexto de mercado regional e atomizado, por isso, não havia a necessidade do papel do administrador. Algumas funções que hoje são atribuídas ao administrador, eram realizadas por tesoureiros, proprietário da firma e superintendente geral. (LODI, 1971)
· Terceira fase: capitalismo industrial concentrado (nova concentração decorrente da evolução da estrutura industrial)
Nos Estados Unidos, os anos após a Guerra de Secessão (1870 e 1880), foram marcados pela revolução nos meios de transporte e na comunicação -com o uso do telégrafo e do cabo submarino. Segundo Costa (2016), essas novidades no âmbito do transporte e comunicação foram responsáveis, não apenas nesses segmentos, mas em todos os outros da cadeia produtiva, pelo surgimento da empresa burocratizada. Labini (1980) afirma que a nova estrutura ferroviária e os barcos à vapor foram responsáveis por um desenvolvimento que permite conectar mercados distantes. Lodi (1971) também atribui às ferrovias a maior urbanização e por consequência o surgimento de novas demandas diferentes em mercados que antes nem existiam.
· Quarta fase: Nova revolução das comunicações com a microeletrônica e a tecnologia da informação
Já em fins do século XX a firma passa por um novo processo de mudança, em razão de mudanças no seu ambiente. Com a intensificação da tecnologia da informação e comunicação tem início uma revolução tecnológica que atingiu todo o processo produtivo e posteriormente a vida diária. Essas novas tecnologias se aperfeiçoam rapidamente e a cada inovação radical há a possibilidade de uma onda de outras inovações as partir dessa impactando ainda mais na organização interna da firma e na sua relação produtiva com as novas tecnologias. (TIGRE 2005). Segundo La Rovere (2007), desde 1990 a importância da tecnologia da informação e comunicação vem aumentando cada vez mais no processo produtivo, se estabelecendo como elemento essencial para a produção em países desenvolvidos, já que as empresas estão enfrentando com produtos que cada vez tem mais tecnologia envolvida.
1.5. COMPORTAMENTO DOS ADMINISTRADORES,CUSTOS DE AGÊNCIA EESTRUTURA DE PROPRIEDADE
1.5.1. Uma simples análise formal das fontes dos custos de agência do acionista externo e de quem arca com elas
Para desenvolver uma estrutura para a análise a seguir, partimos de dois conjuntos de pressupostos. O primeiro conjunto (pressupostos permanentes) inclui aqueles que nos acompanharão praticamente ao longo toda a análise, os efeitos da relativização de alguns desses pressupostos são discutidos. O segundo conjunto (pressupostos temporários) é constituído exclusivamente para fins argumentativos e são relativizados assim que os pontos básicos tiverem sido esclarecidos (Ronald Coase (1937).
1.5.1.1. Pressupostos permanentes
(P.1) Todos os impostos são zero.
(P.2). Não há crédito mercantil disponível.
(P.3). Nenhuma ação de acionistas externos dá direito a voto.
(P.4). Nenhum resgate financeiro complexo, como títulos conversíveis em ações, ações preferenciais ou títulos conversíveis, pode ser emitido.
(P.5). Nenhum proprietário externo recebe utilidade proveniente da propriedade de uma firma de qualquer maneira além de por meio de seu efeito sobre a sua riqueza ou fluxos de caixa.
(P.6) Todos os aspectos dinâmicos da natureza multi-período do problema são ignorados pela premissa de que há apenas uma decisão de produção-financiamento a ser tomada pelo empresário.
(P.7). Os salários monetários do empresário-administrador são mantidos constantes ao longo da análise.
(P.8). Há um único administrador (o principal coordenador) com interesse proprietário na empresa.
1.5.1.2. Pressupostos temporários
(T.1) O tamanho da firma é fixo.
(T.2). Nenhuma actividade de monitoramento ou de concessão de garantias contratuais é possível.
(T.3). Nenhum financiamento do capital de terceiros por meio de obrigações, ações preferenciais ou empréstimos pessoais (garantidos ou não) é possível.
(T.4) Todos os elementos do problema de decisão do proprietário-administrador envolvendo considerações de portfólio induzidas pela presença da incerteza e pela existência de risco diversificável são ignorados.
1.5.1.3. Definição
 = vetor das quantidades de todos os fatores e atividades da firma das quais o administrador obtém benefícios não pecuniários;16 xi são definidos de forma que a utilidade marginal do administrador seja positiva para cada um deles; 
C(X) = custo total em unidades monetárias para prover qualquer determinada quantidade desses itens;
P(X) = valor total em unidades monetárias para a firma dos benefícios produtivos de X;
B(X) = P(X) – C(X) = benefício líquido de X para a empresa, em unidades monetárias, de ignorar quaisquer efeitos de X sobre o salário de equilíbrio do administrador.
Ignorando os efeitos de X sobre a utilidade do administrador e, consequentemente, o seu salário de equilíbrio, os níveis ótimos dos fatores e atividades X são definidos por X*, de forma que:
Desta forma, para qualquer vetor X ≥ X* (i.e., no qual pelo menos um elemento de X é maior do que seu elemento correspondente de X*), F ≡ B(X*) – B(X) > 0 mede o custo para a empresa, em unidades monetárias (líquido de quaisquer efeitos produtivos) de prover o incremento 
X – X* dos fatores e atividades que geram utilidade ao administrador. Supomos, deste ponto em diante, que, para qualquer determinado nível de custo para a firma, F, o vetor dos fatores e atividades nos quais F é gasto, , que rendem ao administrador a utilidade máxima. Desta forma, 
1.6. Conclusão
Assim, observa-se que a ideia teórica de firma que contemple firmas inovadoras e, nesse caso o APL Polo de Defesa e Segurança de Santa Maria, passa por uma combinação da Teoria da Penrose (1959), contribuindo com o entendimento interno da organização e seu crescimento e da Abordagem de Nelson e Winter (1982), fornecendo o foco maior em processos inovativos.
A visão Neoclássica não oferece recursos suficientes para o estudo de firmas inovadoras. Já Penrose (1959) sem dúvidas traz elementos fundamentais para o entendimento da organização interna da firma, suas competências, o protagonismo do corpo diretivo e suas mais diversas formas de crescimento. Enquanto Nelson e Winter (1982) trazem uma visão mais voltada para a inovação com foco nas rotinas da firma, que fortaleçam suas capacidades e possibilitem a firma inovar e aproveitar a inovação (IBARRA, 2004), e partem de uma estrutura evolucionária para construir essa abordagem.
1.7. Referências bibliográficas
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