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União estável: conceito, requisitos e efeitos
A união estável é uma forma de constituição de entidade familiar reconhecida pelo Direito Brasileiro, que não exige formalidades ou celebração oficial como o casamento. Embora, tradicionalmente, a união estável fosse vista como uma relação informal, ao longo dos anos, ela conquistou o mesmo reconhecimento jurídico do casamento, assegurando direitos aos seus membros. De acordo com a Constituição Federal de 1988 e o Código Civil de 2002, a união estável é uma convivência pública, contínua e duradoura com o objetivo de constituição de família, podendo gerar direitos e deveres semelhantes ao casamento.
Conceito de união estável
A união estável é uma relação afetiva, com características de um casamento, mas sem as formalidades exigidas por este. Ela ocorre quando duas pessoas vivem juntas com o propósito de constituir uma família, ainda que não estejam oficialmente casadas. Não há necessidade de celebração pública, e a união pode ser formada independentemente de coabitação permanente, desde que haja uma convivência duradoura e pública.
A união estável pode ser entre pessoas de sexos opostos ou do mesmo sexo, sendo reconhecida legalmente pela Constituição e por decisões judiciais. O reconhecimento da união estável não depende de documentos formais, como certidão, mas pode ser comprovada através de documentos, testemunhas ou até mesmo o tempo de convivência.
Requisitos para a união estável
Para que uma união seja considerada estável, é necessário que haja a convivência pública, contínua e duradoura com a intenção de constituir uma família. Diferente do casamento, não é exigido um tempo mínimo para configurar a união estável, embora o tempo de convivência seja um fator importante para a comprovação. A relação deve ser duradoura e não caracterizada por mera coabitação temporária.
Além disso, assim como no casamento, não pode haver impedimentos legais, como a existência de vínculo matrimonial prévio com outra pessoa. Os parceiros devem ser maiores de 16 anos, com a devida autorização para menores de 18 anos.
Efeitos jurídicos da união estável
A união estável gera efeitos jurídicos importantes, que garantem direitos e deveres semelhantes aos do casamento. Dentre os principais efeitos, destacam-se a divisão de bens adquiridos durante a união, os direitos sucessórios (herança) e os deveres alimentícios. O regime de bens, no caso da união estável, pode ser acordado pelos parceiros, mas, na falta de acordo, aplica-se o regime de comunhão parcial de bens, onde os bens adquiridos durante a convivência são comuns ao casal.
Além disso, os parceiros têm direitos em relação à assistência à saúde, pensão alimentícia e, no caso de falecimento, o direito de herdar os bens do companheiro, conforme a legislação vigente. A união estável também confere aos filhos nascidos durante a convivência o direito de serem reconhecidos e terem os mesmos direitos dos filhos de casais formalmente casados.
Reconhecimento e dissolução da união estável
A união estável pode ser reconhecida judicialmente ou extrajudicialmente, por meio de uma escritura pública, se o casal desejar formalizar a união. Para a dissolução, não é necessário o processo judicial, mas a formalização da separação pode ser feita no cartório de registro civil, caso não haja bens a dividir ou filhos menores envolvidos.
Perguntas e Respostas:
1. O que caracteriza a união estável? A união estável é uma convivência pública, contínua e duradoura entre duas pessoas com a intenção de constituir uma família, sem necessidade de formalização por meio de casamento.
2. Quais são os requisitos essenciais para a configuração de uma união estável? A união estável requer convivência pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituir uma família, sem a exigência de um tempo mínimo para a configuração. Além disso, os parceiros devem ser maiores de 16 anos e não ter impedimentos legais.
3. Quais são os efeitos jurídicos da união estável? Os efeitos jurídicos da união estável incluem o direito à divisão de bens adquiridos durante a convivência, direitos sucessórios (herança), direitos alimentícios e a assistência em questões de saúde, entre outros.
4. A união estável gera os mesmos direitos que o casamento? Sim, a união estável gera direitos semelhantes ao casamento, como a divisão de bens, direitos sucessórios e pensão alimentícia, embora o regime de bens deva ser acordado entre as partes.
5. Como é formalizada e dissolvida uma união estável? A união estável pode ser formalizada por meio de escritura pública ou ser reconhecida judicialmente. Sua dissolução pode ocorrer de forma amigável, no cartório de registro civil, ou por meio de processo judicial, se houver bens a dividir ou filhos menores envolvidos.