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Neoclássicos
- Jevons
- Menger
- Walras
- Marshall
Por que a escola é chamada de "marginalista"?
A escola neoclássica é chamada de "marginalista" pois se concentra na ideia de que o
valor das coisas é determinado pela utilidade extra que obtemos quando consumimos mais
delas. Ou seja, a teoria marginalista diz que o valor de algo está na última unidade que
consumimos ou produzimos. Sendo importante para a compreensão de como as pessoas
tomam decisões sobre o que comprar, como os preços são definidos e como os recursos são
usados na economia.
Em que se funda a ideia do "equilíbrio geral"
A ideia do "equilíbrio geral" se baseia na noção de que numa economia, quando os
diferentes mercados interagem entre si, podem atingir um estado onde a oferta e a demanda
se igualam em todos os mercados simultaneamente.
Isso significa que não há excesso de oferta ou demanda em nenhum mercado específico.
Nesse estado, os preços e as quantidades de todos os bens e serviços são estáveis.
Explique a noção de "equilíbrio parcial" e qual autor a propôs
A noção de "equilíbrio parcial" é um conceito econômico que se concentra apenas em
um mercado específico, ignorando o impacto das mudanças em outros mercados. Ou seja, ao
analisar o equilíbrio parcial, os economistas consideram apenas a interação entre oferta e
demanda em um mercado isolado, sem levar em conta como essa interação afeta outros
mercados.
Este conceito foi proposto por Alfred Marshall. Ele usou o equilíbrio parcial em sua
análise para entender como os preços e as quantidades de bens são determinados em
mercados específicos, como o mercado de trigo ou o mercado de trabalho.
Qual dos autores acima protagonizou a Methodenstreit ou “Batalha dos Métodos” e
explique em que ela constituiu?
A Methodenstreit foi protagonizada pelo economista Carl Menger. Esta batalha
ocorreu entre os seguidores da Escola Austríaca, liderada por Menger, e os economistas da
Escola Histórica Alemã e foi constituída por um debate intenso sobre os métodos apropriados
para a análise econômica.
Os membros da Escola Austríaca defendiam um método dedutivo, baseado na lógica e
na análise de axiomas fundamentais, para entender os fenômenos econômicos, enfatizando a
importância da ação humana individual e da utilidade marginal na determinação dos valores
econômicos.
Já os economistas da Escola Histórica Alemã, favoreciam um método mais indutivo,
baseado na observação e na análise histórica dos eventos econômicos. Eles acreditavam que
as instituições e as tradições desempenhavam um papel crucial na formação das estruturas
econômicas.
Schumpeter
Por que a análise de Schumpeter é tida como evolucionária?
A análise de Schumpeter é considerada evolucionária por causa de sua ênfase na mudança e
no processo de desenvolvimento econômico ao longo do tempo.
Ênfase na inovação: Schumpeter argumentou que a inovação é a força motriz por trás do
desenvolvimento econômico.
Conceito de destruição criativa: Schumpeter introduziu o conceito de "destruição criativa",
que descreve o processo pelo qual a inovação substitui métodos antigos e menos eficientes de
produção e organização econômica.
Visão dinâmica da economia: Enquanto a visão neoclássica tradicional retrata a economia
como um sistema estático em equilíbrio, Schumpeter viu a economia como um processo
dinâmico, sempre em movimento e sujeito a mudanças contínuas.
Papel do empreendedorismo: Schumpeter destacou o papel crucial dos empreendedores na
introdução de inovações e na condução do processo de desenvolvimento econômico.
Qual a importância da Inovação tecnológica para Schumpeter?
Para Schumpeter, a inovação tecnológica desempenha um papel fundamental em diversas
esferas da sociedade e da economia, como por exemplo:
No Crescimento Econômico a inovação tecnológica é um dos principais impulsionadores do
crescimento econômico a longo prazo, novas tecnologias permitem o aumento da
produtividade, redução de custos de produção e criação de novos produtos e serviços,
impulsionando a atividade econômica e gerando empregos;
Melhoria da Qualidade de Vida: A inovação tecnológica frequentemente leva a melhorias
significativas na qualidade de vida das pessoas.
Criação de Novos Mercados e Indústrias: A inovação tecnológica frequentemente abre
caminho para a criação de novos mercados e indústrias.
Por que as inovações tecnológicas assumem uma dimensão transformadora das
estruturas econômicas e sociais?
As inovações tecnológicas mudam profundamente a maneira como fazemos negócios,
compramos e interagimos uns com os outros. Elas criam novas maneiras de produzir coisas,
distribuí-las e usá-las. Imagine como a internet mudou nossas vidas - agora podemos
comprar, aprender e nos comunicar de maneiras que eram impensáveis há algumas décadas.
Essas mudanças não afetam apenas a economia, mas também a forma como nos relacionamos
uns com os outros e como vemos o mundo ao nosso redor. Elas abrem novas oportunidades
para algumas pessoas, mas também podem tornar obsoletas certas formas de trabalho e renda.
Em que medida Schumpeter vê a economia neoclássica como “estática”?
Schumpeter defendia que a economia neoclássica tinha uma visão limitada, pois ela
considerava a economia como algo que ficava sempre igual, sem grandes mudanças. Para ele,
a economia está sempre mudando, com novas tecnologias, ideias e formas de fazer negócios
surgindo o tempo todo. Ele dizia que as economias funcionam como ciclos, com momentos
de inovação, crescimento e mudanças profundas.
Schumpeter defendia a importância de perceber que a inovação e a criatividade dos
empreendedores são cruciais para o desenvolvimento econômico. Ele via a economia como
algo vivo, que se adapta e evolui ao longo do tempo. Assim, ele diferenciava sua visão da
economia da ideia "estática" dos economistas neoclássicos, que viam a economia como algo
fixo e imutável.
Institucionalismo
Veblen
Na perspectiva de Veblen, instituição refere-se a padrões estabelecidos de
comportamento, crenças e práticas que são amplamente aceitos e mantidos por uma
sociedade.
Esses padrões não são apenas regras formais, mas também incluem tradições,
costumes e normas sociais que moldam a vida coletiva. Veblen via as instituições como
resultado da evolução histórica e como mecanismos que refletem as relações de poder e os
interesses das classes dominantes em uma sociedade.
O artigo "Why is economics not an evolutionary Science?", de 1898, de Thorstein
Veblen, oferece elementos para uma nova agenda de pesquisa porque desafia as concepções
tradicionais da economia ao introduzir ideias evolutivas.
Veblen argumenta que a economia deve ser estudada em termos de evolução social,
considerando como as instituições econômicas se desenvolvem ao longo do tempo. Isso abre
caminho para uma abordagem mais dinâmica e holística da economia, levando a novas áreas
de pesquisa e compreensão dos processos econômicos e sociais.
Na agenda econômica vebleniana, é fundamental entender como as instituições
sociais e econômicas funcionam, perceber como a sociedade evolui ao longo do tempo, olhar
para além do dinheiro como motivo das ações humanas, questionar se a competição é sempre
justa e dar bastante atenção à tecnologia e à produção.
Esses pontos mostram que é preciso ver a economia de uma forma mais ampla, levando em
conta como as pessoas interagem e como a sociedade funciona.
Em Veblen, a relação indivíduo-estrutura difere do neoclassicismo. Enquanto no
neoclassicismo se acredita que as pessoas sempre tomam decisões de forma racional, Veblen
pensa que a sociedade e as instituições têm um grande impacto sobre como as pessoas se
comportam.
Veblen defende que a maneira como a sociedade funciona e as regras que ela
estabelece influenciam muito as escolhas das pessoas. Ele vê as pessoas como parte de um
sistema maior, sendo moldadas pelo ambiente ao seu redor. Enquanto os neoclássicos acham
que as pessoas fazem escolhas individuais que somadas formam a estrutura,
Veblen diz que a sociedade influencia as escolhas individuais de uma forma muito
forte.Assim, Veblen acredita que a maneira como a sociedade está organizada afeta muito o
comportamento das pessoas, enquanto os neoclássicos pensam que as escolhas individuais
são mais importantes do que a estrutura da sociedade.
Keynesianos
- Keynes
Em que consiste “a peculiar noção keynesiana de demanda efetiva?
A demanda efetiva segundo Keynes é a quantidade real de bens e serviços que são comprados
em uma economia em um determinado período de tempo. Ou seja, é a demanda que
realmente se materializa na forma de compras e transações.
Keynes enfatizou que a demanda efetiva é crucial para determinar o nível de atividade
econômica, como produção e emprego, argumentando que a demanda total na economia,
composta tanto pela demanda dos consumidores quanto pelo investimento empresarial, pode
ser insuficiente para utilizar plenamente os recursos disponíveis, como mão-de-obra e
capacidade de produção.
Quando a demanda efetiva é baixa, pode ocorrer desemprego e capacidade ociosa nas
empresas, o que significa que nem todos os recursos disponíveis estão sendo utilizados para
produzir bens e serviços. Isso pode levar a uma espiral negativa, onde a baixa demanda leva a
menos produção, o que por sua vez reduz a renda e a demanda ainda mais.
Qual a relação entre demanda efetiva, produção e emprego?
Quando a demanda efetiva, ou seja, o quanto as pessoas realmente estão comprando, é alta, as
empresas produzem mais para atender a essa demanda. Isso significa que elas precisam de
mais trabalhadores, o que aumenta o emprego.
Por outro lado, se a demanda efetiva é baixa, as empresas reduzem sua produção porque não
estão vendendo tanto. Isso leva a menos contratações e, às vezes, até demissões, reduzindo o
emprego.
Assim, a demanda efetiva influencia diretamente a produção e o emprego na economia.
E por isso que políticas econômicas frequentemente visam estimular a demanda efetiva para
impulsionar a economia, criando mais oportunidades de emprego e crescimento.
Produto e Emprego nas economias capitalistas.
Emprego: Nas economias capitalistas, as empresas contratam pessoas com base na
demanda pelos produtos ou serviços que oferecem.
Se as empresas estão indo bem e mais pessoas querem comprar o que elas estão vendendo,
elas tendem a contratar mais trabalhadores para atender a essa demanda, mas, se as empresas
estão enfrentando problemas ou se as pessoas estão comprando menos, elas podem precisar
reduzir o número de funcionários.
Produto: O produto é a unidade de medida de toda a produção de uma economia,
sendo a soma de tudo o que é produzido. Nas economias capitalistas, quando as empresas
produzem mais coisas e os consumidores compram mais, o produto da economia aumenta.
Isso geralmente significa mais empregos também.
Ex ante e Ex post
Ex ante: é utilizado para descrever previsões ou expectativas feitas antes de um
evento acontecer. Por exemplo, quando uma empresa prevê quantos produtos vai vender no
próximo ano, isso é uma previsão ex ante. É uma estimativa baseada em informações
disponíveis naquele momento, como tendências de mercado e comportamento do
consumidor.
Ex post: se refere a análises ou observações feitas após o evento ter ocorrido. Por
exemplo, quando uma empresa, após o final do ano, compara a quantidade real de produtos
vendidos com as previsões que foram feitas anteriormente. Essa comparação é uma análise ex
post.
Demanda Efetiva é um conceito ex ante ou ex post?
Demanda Efetiva é associada ao contexto "ex post", uma vez que reflete as transações e
atividades econômicas reais após sua ocorrência. Sua mensuração concentra-se nas compras
efetivamente realizadas na economia, fornecendo uma análise retrospectiva do
comportamento econômico.