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No texto é apresentada uma forma de integração da pai-
sagem geográfica com a vida social. Nesse sentido, a 
paisagem, além de existir como forma concreta, apre-
senta uma dimensão 
a) política de apropriação efetiva do espaço. 
b) econômica de uso de recursos do espaço. 
c) privada de limitação sobre a utilização do espaço. 
d) natural de composição por elementos físicos do espaço. 
e) simbólica de relação subjetiva do indivíduo com o es-
paço. 
 
11. (ENEM/2013) No final do século XIX, as Grandes So-
ciedades carnavalescas alcançaram ampla populari-
dade entre os foliões cariocas. Tais sociedades cultiva-
vam um pretensioso objetivo em relação à comemora-
ção carnavalesca em si mesma: com seus desfiles de 
carros enfeitados pelas principais ruas da cidade, pre-
tendiam abolir o entrudo (brincadeira que consistia em 
jogar água nos foliões) e outras práticas difundidas en-
tre a população desde os tempos coloniais, substi-
tuindo-os por formas de diversão que consideravam 
mais civilizadas, inspiradas nos carnavais de Veneza. 
Contudo, ninguém parecia disposto a abrir mão de suas 
diversões para assistir ao carnaval das sociedades. O 
entrudo, na visão dos seus animados praticantes, po-
deria coexistir perfeitamente com os desfiles. 
Pereira, C. S. Os senhores da alegria: a presença das mulheres nas 
Grandes Sociedades carnavalescas cariocas em fins do século XIX. 
 
Manifestações culturais como o carnaval também têm 
sua própria história, sendo constantemente reinventa-
das ao longo do tempo. A atuação das Grandes Socie-
dades, descrita no texto, mostra que o carnaval repre-
sentava um momento em que as 
a) distinções sociais eram deixadas de lado em nome da 
celebração. 
b) aspirações cosmopolitas da elite impediam a realização 
da festa fora dos clubes. 
c) liberdades individuais eram extintas pelas regras das au-
toridades públicas. 
d) tradições populares se transformavam em matéria de dis-
putas sociais. 
e) perseguições policiais tinham caráter xenófobo por re-
pudiarem tradições estrangeiras. 
 
12. (UFU/2012) A estética nas diferentes sociedades 
vem geralmente acompanhada de marcas corporais 
que individualizam seus sujeitos e sua coletividade. 
Discos labiais, piercings, tatuagens, mutilações, pintu-
ras, vestimentas, penteados e cortes de cabelo são al-
gumas marcas reconhecíveis de um inventário possível 
das técnicas corporais em toda sua riqueza e diversi-
dade. Embora universal, as formas das quais se valem 
os grupos e indivíduos para se marcarem corporal-
mente são vistas, às vezes, como estranhas a indiví-
duos que pertencem a outros grupos. 
 
Essa atitude de estranhamento em relação ao diferente 
é considerada conceitualmente como 
a) preconceito: reconhece no valor das raças o que é cor-
reto ou não na estética corporal. 
b) relativização: o outro é entendido nos seus próprios ter-
mos. 
 
c) etnocentrismo: só reconhece valor nos seus próprios ele-
mentos culturais. 
d) etnocídio: afasta o diferente e procura transformá-lo num 
igual. 
 
13. (ENEM) A Superintendência Regional do Instituto do 
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desen-
volveu o projeto “Comunidades Negras de Santa Cata-
rina”, que tem como objetivo preservar a memória do 
povo afrodescendente no sul do País. A ancestralidade 
negra é abordada em suas diversas dimensões: arque-
ológica, arquitetônica, paisagística e imaterial. Em regi-
ões como a do Sertão de Valongo, na cidade de Porto 
Belo, a fixação dos primeiros habitantes ocorreu imedi-
atamente após a abolição da escravidão no Brasil. O 
Iphan identificou nessa região um total de 19 referên-
cias culturais, como os conhecimentos tradicionais de 
ervas de chá, o plantio agroecológico de bananas e os 
cultos adventistas de adoração. 
Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/ 
 
O texto acima permite analisar a relação entre cultura e 
memória, demonstrando que 
a) as referências culturais da população afrodescendente 
estiveram ausentes no sul do País, cuja composição étnica 
se restringe aos brancos. 
b) a preservação dos saberes das comunidades afrodes-
cendentes constitui importante elemento na construção da 
identidade e da diversidade cultural do País. 
c) a sobrevivência da cultura negra está baseada no isola-
mento das comunidades tradicionais, com proibição de al-
terações em seus costumes. 
d) os contatos com a sociedade nacional têm impedido a 
conservação da memória e dos costumes dos quilombolas 
em regiões como a do Sertão de Valongo. 
e) a permanência de referenciais culturais que expressam 
a ancestralidade negra compromete o desenvolvimento 
econômico da região. 
 
14. (ENEM/2010) A hibridez descreve a cultura de pes-
soas que mantêm suas conexões com a terra de seus 
antepassados, relacionando-se com a cultura do local 
que habitam. Eles não anseiam retornar à sua “pátria” 
ou recuperar qualquer identidade étnica “pura” ou ab-
soluta; ainda assim, preservam traços de outras cultu-
ras, tradições e histórias e resistem à assimilação. 
CASHMORE, E. Dicionário de relações étnicas e raciais. 
 
Contrapondo o fenômeno da hibridez à ideia de “pu-
reza” cultural, observa-se que ele se manifesta quando: 
a) criações originais deixam de existir entre os grupos de 
artistas, que passam a copiar as essências das obras uns 
dos outros. 
b) civilizações se fecham a ponto de retomarem os seus 
próprios modelos culturais do passado, antes abandona-
dos. 
c) populações demonstram menosprezo por seu patrimônio 
artístico, apropriando-se de produtos culturais estrangeiros. 
d) elementos culturais autênticos são descaracterizados e 
reintroduzidos com valores mais altos em seus lugares de 
origem. 
e) intercâmbios entre diferentes povos e campos de produ-
ção cultural passam a gerar novos produtos e manifesta-
ções.