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43 uma onça domesticada, deitada sobre um cavalo da Pérsia; e dois leopardos, carregados em gaiolas doura- das. Não fora possível apresentar o rinoceronte, morto durante a viagem (mas depois empalhado), assim como os carregamentos de pimenta malagueta, cravo, canela e gengibre, caras especiarias transportadas em uma nau que naufragara. AMADO, J. e FIGUEIREDO, L. C. O Brasil no Império Português. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001, p. 8. A descrição da comitiva de D. Manuel confirma a con- solidação dos domínios portugueses sobre o(a) a) comércio da região mediterrânica b) percurso africano para a Ásia c) exploração do leste asiático d) tráfico de produtos norte-americanos e) rota comercial das Antilhas 150. (FUVEST/2020) A representação cartográfica a se- guir refere‐se à viagem de circunavegação, iniciada em Sanlúcar de Barrameda, na Andaluzia, em 20 de setem- bro de 1519, e comandada pelo português Fernão de Magalhães, a serviço da monarquia da Espanha. A des- peito da repercussão da viagem para o desenvolvi- mento dos conhecimentos náuticos e para a exploração do Oceano Pacífico, Battista Agnese foi um dos poucos cartógrafos a registrar a empreitada de Magalhães. Battista Agnese, Atlas Portulano, 1545. Biblioteca Digital Mundial. Disponível em https://www.wdl.org/pt/. A representação cartográfica de Battista Agnese a) revelava a permanência das técnicas e sentidos simbóli- cos da cosmografia medieval, que orientaram os navegado- res ibéricos na época da expansão ultramarina. b) estava vinculada aos dogmas cristãos e procurava con- ciliar o registro da viagem de Fernão de Magalhães com a perspectiva de Terra Plana ainda presente entre letrados cristãos. c) estava baseada nos relatos dos navegadores, no acú- mulo de conhecimentos acerca das rotas marítimas e em estimativas de distâncias a partir de cálculos matemáticos e da planificação do globo terrestre. d) apresentava o Oceano Pacífico em suas reais dimensões de acordo com o entendimento de Fernão de Magalhães e de Cristóvão Colombo e em desacordo com as perspectivas cristãs. e) estava assentada nos conhecimentos e detalhamentos geográficos bíblicos e nas formulações cosmológicas de Ptolomeu, fundamentais para o sucesso da viagem de Fer- não de Magalhães. 151. (PUCCamp SP/2020) O Brasil custou a ganhar o pri- meiro papel no teatro da expansão ultramarina de Por- tugal. Útil, promissora, mas não essencial, a posse do Novo Mundo não foi durante todo o século XVI, e nem nos inícios do século seguinte, a principal arma econô- mica ou simbólica a sustentar a potência portuguesa. Ainda em 1648, o padre Antônio Vieira escreveu um ar- razoado a pedido de D. João IV em que aconselhava a entrega de Pernambuco aos holandeses visando a pre- servação do Estado da Índia portuguesa, pela ‘pouca consideração que tem Pernambuco com tudo isto’, di- ante do que se tinha na Ásia: a conversão de ‘tantos reinos e impérios regados com o sangue de tantos már- tires’ (...)”. (Adaptado de: DORÉ, Andréa. Antes de existir o Brasil: os portugue- ses na Índia, entre estratégias da Coroa e táticas individuais. Histó- ria (São Paulo), v. 28, n. 1, 2009, p. 169-189) A expansão ultramarina de Portugal deve ser compre- endida no contexto a) do imperialismo lusitano, uma vez que Portugal tinha pos- sessões na África, na Ásia e no continente americano, con- tando com a burguesia comercial mais poderosa e influente, política e militarmente, da Europa. b) do mercantilismo, processo histórico de ampliação dos mercados no qual Portugal teve inegável pioneirismo, em virtude de sua precoce unificação garantida pela Revolução de Bragança, que expulsou os muçulmanos da Península Ibérica. c) do início do capitalismo comercial, quando surgem potên- cias marítimas europeias, Portugal e Espanha, cujos reis, com o apoio das burguesias nacionais, se empenham na busca pela descoberta de novas rotas e territórios, com vis- tas à aquisição de metais preciosos e matérias-primas ren- táveis, como as especiarias. d) do metalismo, política de extração e acúmulo de ouro pe- los Estados nacionais recém-constituídos na Europa, os quais, a exemplo da Inglaterra, investiam esse capital ad- quirido no desenvolvimento industrial a fim de ampliarem as exportações e obterem melhores resultados em sua ba- lança comercial. e) da União Ibérica, período em que Portugal e Espanha se unem por meio de casamentos que asseguram o poder ao Reino de Castela, patrocinando largamente as expedições marítimas a partir das técnicas e do conhecimento desen- volvido na Escola de Sagres. 152. (UNIRG TO/2020) Leia o texto a seguir. Os Descobrimentos não estiveram, na sua gênese, re- lacionados com atividade científica e pedagógica de- senvolvida pela Universidade em Lisboa, tendo antes sido consequência do desejo da expansão do comércio e da religião. Só lentamente contribuíram para a moder- nização do ensino universitário. RODRIGUES, Isilda Teixeira; FIOLHAIS, Carlos. O ensino da medi- cina na Universidade de Coimbra no século XVI. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 20, n. 2, abr./jun. 2013, p. 435-456. (Adaptado). De acordo com o texto, a gênese dos Descobrimentos se explica pela a) propagação dos princípios protestantes. b) decadência do conhecimento teórico. c) abundância de escolas náuticas. d) exploração das rotas oceânicas.