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254 Prescrição: Deve saber interpretar mapas, modelos esquemáticos e gráficos, fundamentais para a compreensão das relações de poder e da produção socioeconômica em um espaço geográfico. A interpretação dessas figuras exige o domínio da linguagem cartográfica (formas de projeção, tipos de escala, uso de cores e convenções cartográficas), que permite identificar o tema tratado, as principais informações selecionadas e as relações estabelecidas entre elas. Também é importante entender as transformações técnicas e seus impactos no processo de produção. pRáticA dos conhecimentos - e.o. 1. (Enem) TEXTO I Entre os anos 1931 e 1935, o crescimento da imigração judaica para a Palestina foi expo- nencial, passando de 4.000 imigrantes/ano em 1931 para mais de 60.000 em 1935. Em vinte anos, a população judaica havia passa- do de menos de 10% para mais de 30% da população local. GATTAZ, A. A Guerra da Palestina. São Paulo: Usina do Livro, 2002. TEXTO II Um estado semi-independente sob controle britânico foi a fórmula que a Grã-Bretanha usou para a admiração das áreas que tomara do império turco. A exceção foi a Palestina, que eles administraram diretamente, ten- tando em vão conciliar promessas feitas aos judeus sionistas, em troca de apoio contra a Alemanha, e aos árabes, em troca de apoio contra os turcos. HOBSBWN, E. Era dos extremos. São Paulo: Cia. da Letras, 2002. Nos trechos, são tematizados o destino de um território no período entre as duas Gran- des Guerras Mundiais. A orientação da po- lítica britânica relativa a essa região está indicada na a) criação de um Estado aliado. b) ocupação de áreas sagradas. c) reação ao movimento socialista. d) promoção do comércio regional. e) exploração de jazidas petrolíferas. 2. (Enem) O papel da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) alterou-se desde sua origem em 1949. A Otan é uma aliança militar que se funda sobre um tratado de se- gurança coletiva, o qual, por sua vez, indica a criação de uma organização internacional com o objetivo de manter a democracia, a paz e a segurança dos seus integrantes. No começo dos anos de 1990, em função dos conflitos nos Bálcãs, a Otan declarou que a instabilidade na Europa Central afetava di- retamente a segurança dos seus membros. Foi então iniciada a primeira operação mi- litar fora do território dos países-membros. Desde então ela expandiu sua área de inte- resse para África, Oriente Médio e Ásia. BERTAZZO, J. Atuação da Otan no Pós-Guerra Fria: implicações para a segurança nacional e para a ONU. Contexto Internacional, Rio de Janeiro, jan.-jun. 2010 (adaptado). Os objetivos dessa organização, nos diferen- tes períodos descritos, são, respectivamente: a) Financiar a indústria bélica – garantir atua- ção global. b) Conter a expansão socialista – realizar ata- ques preventivos. c) Combater a ameaça soviética – promover au- xílio humanitário. d) Minimizar a influência estadunidense – apoiar organismos multilaterais. e) Reconstruir o continente devastado – asse- gurar estabilidade geopolítica. 3. (Enem) “As recentes crises entre o Brasil e a Argentina mostram o esgotamento do mo- delo mercantilista no Mercosul”, afirma o diretor-geral do Instituto Brasileiro de Re- lações Internacionais (Ibri). A imposição ar- gentina de cotas para produtos brasileiros, como os de linha branca, e a ameaça de ado- ção de salvaguardas comerciais indicam que o Mercosul foi construído sobre bases equi- vocadas. Segundo o diretor, a noção de que é possível exportar “sem limites” para um determinado parceiro comercial representa uma mentalidade “fenícia”, ou seja, uma vi- são comercial de curto prazo. JULIBONI, M. Disponível em: http://exame.abril. com.br. Acesso em: 7 dez. 2012 (adaptado). Nas últimas décadas foram adotadas várias medidas que objetivavam pôr fim às descon- fianças mútuas existentes entre o Brasil e a Argentina. Os conflitos no interior do bloco têm se intensificado, como na relação anali- sada, caracterizada pela a) saturação dos produtos industriais brasileiros, que o mercado argentino tem demonstrado. b) adoção de barreiras por parte da Argentina, que intenciona proteger o seu setor industrial. c) tendência de equilíbrio no comércio entre os dois países, que indica estabilidade no curto prazo.