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263 adquirir propriedade ou arrendamento. Por não possuírem recursos, engrossaram a ca- mada cada vez maior de jornaleiros e tra- balhadores volantes, outros, mesmo tendo propriedade sobre um pequeno lote, suple- mentavam sua existência com o assalaria- mento esporádico. MACHADO, P. P. Política e colonização no Império. Porto Alegre: EdUFRGS, 1999 (adaptado). TEXTO II Com a globalização da economia ampliou-se a hegemonia do modelo de desenvolvimento agropecuário, com seus padrões tecnológicos, caracterizando o agronegócio. Essa nova face da agricultura capitalista também mudou a forma de controle e exploração da terra. Am- pliou-se, assim, a ocupação de áreas agricul- táveis e as fronteiras agrícolas se estenderam. SADER, E.; JINKINGS, I. Enciclopédia Contemporânea da América Latina e do Caribe. São Paulo: Boitempo, 2006 (adaptado). Os textos demonstram que, tanto na Euro- pa do século XIX quanto no contexto latino americano do século XXI, as alterações tec- nológicas vivenciadas no campo interferem na vida das populações locais, pois: a) induzem os jovens ao estudo nas grandes cida- des, causando o êxodo rural, uma vez que for- mados, não retornam à sua região de origem. b) impulsionam as populações locais a buscar linhas de financiamento estatal com o obje- tivo de ampliar a agricultura familiar, garan- tindo sua fixação no campo. c) ampliam o protagonismo do Estado, possibi- litando a grupos econômicos ruralistas pro- duzir e impor políticas agrícolas, ampliando o controle que tinham dos mercados. d) aumentam a produção e a produtividade de determinadas culturas em função da inten- sificação da mecanização, do uso de agrotó- xicos e cultivo de plantas transgênicas. e) desorganizam o modo tradicional de vida impelindo-as à busca por melhores condi- ções no espaço urbano ou em outros países em situações muitas vezes precárias. 33. (Enem) Se, por um lado, o ser humano, como animal, é parte integrante da natureza e ne- cessita dela para continuar sobrevivendo, por outro, como ser social, cada dia mais so- fistica os mecanismos de extrair da natureza recursos que, ao serem aproveitados, podem alterar de modo profundo a funcionalidade harmônica dos ambientes naturais. ROSS, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2005 (adaptado). A relação entre a sociedade e a natureza vem sofrendo profundas mudanças em razão do conhecimento técnico. A partir da leitura do texto, identifique a possível consequência do avanço da técnica sobre o meio natural. a) sociedade aumentou o uso de insumos químicos – agrotóxicos e fertilizantes – e, assim, os riscos de contaminação. b) O homem, a partir da evolução técnica, con- seguiu explorar a natureza e difundir har- monia na vida social. c) As degradações produzidas pela exploração dos recursos naturais são reversíveis, o que, de certa forma, possibilita a recriação da na- tureza. d) O desenvolvimento técnico, dirigido para a recomposição de áreas degradadas, superou os efeitos negativos da degradação. e) As mudanças provocadas pelas ações huma- nas sobre a natureza foram mínimas, uma vez que os recursos utilizados são de caráter re- novável. 34. (Enem) De todas as transformações impos- tas pelo meio técnico-científico-informacio- nal à logística de transportes, interessa-nos mais de perto a intermodalidade. E por uma razão muito simples: o potencial que tal “ferramenta logística” ostenta permite que haja, de fato, um sistema de transportes condizente com a escala geográfica do Brasil. HUERTAS, D. M. O papel dos transportes na expansão recente da fronteira agrícola brasileira. Revista Transporte y Territorio, Universidade de Buenos Aires, n. 3, 2010 (adaptado). A necessidade de modais de transporte in- terligados, no território brasileiro, justifica- -se pela(s) a) variações climáticas no território, associadas à interiorização da produção. b) grandes distâncias e a busca da redução dos custos de transporte. c) formação geológica do país, que impede o uso de um único modal. d) proximidade entre a área de produção agrí- cola intensiva e os portos. e) diminuição dos fluxos materiais em detri- mento de fluxos imateriais. 35. (Enem) Tanto potencial poderia ter fica- do pelo caminho, se não fosse o reforço em tecnologia que um gaúcho buscou. Há pouco mais de oito anos, ele usava o bico da boti- na para cavoucar a terra e descobrir o nível de umidade do solo, na tentativa de saber o momento ideal para acionar os pivôs de ir- rigação. Até que conheceu uma estação me- teorológica que, instalada na propriedade, ajuda a determinar a quantidade de água de que a planta necessita. Assim, quando inicia um plantio, o agricultor já entra no site do sistema e cadastra a área, o pivô, a cultura, o sistema de plantio, o espaçamento entre li- nhas e o número de plantas, para então rece- ber recomendações diretamente dos técnicos da universidade. CAETANO. M. O valor de cada gota. Globo Rural. n. 312. out. 2011.