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• A teoria partícula-onda
 Se uma onda pode se comportar como matéria, a matéria 
também pode se comportar como onda. Esse foi o raciocínio que De 
Broglie utilizou para propor a natureza dual da matéria.
 De Broglie utilizou a mesma relação do comprimento de onda 
do fóton para a matéria:
Q
h
=λ
 onde Q é o momento linear associado a matéria, λ é o compri-
mento de onda da matéria, chamado também de comprimento de onda 
de De Broglie e h é a constante de Planck.
• O Modelo Atômico de Bohr
 O modelo atômico proposto por Rutherford apresentava uma 
incoerência teórica: os elétrons que orbitavam ao redor do núcleo o faziam 
de maneira acelerada. De acordo com a teoria eletromagnética, elétron 
com movimento acelerado libera energia, ou seja, os elétrons iriam perder 
gradualmente energia até se chocarem com o núcleo. Sendo assim, o 
átomo não existiria.
 Então, Bohr, em 1913, propôs um modelo atômico da seguinte forma:
- Os elétrons se movem em órbitas esféricas;
- Cada órbita tem um nível de energia associado (permitido), ou seja, a 
energia é quantizada;
- Quando o elétron muda de órbita, este ganha ou perde certa quantidade 
de energia;
- Nos estados eletrônicos permitidos, o momento angular do elétron é 
quantizado e vale L = nh/2π (n = 1, 2, 3 ....).
 
 - Calculando os raios e as energias do átomo de Bohr:
 Como foi visto anteriormente, os elétrons se movem em traje-
tórias circulares, sendo assim, podemos dizer que a força elétrica é uma 
resultante centrípeta e obtemos:
r
mv
r4
Ze 2
2
0
2
=
πε
 Podemos simplificar ainda mais a expressão acima, obtendo:
2
0
2
mv
r4
Ze
=
πε
 Utilizando o momento angular quantizado proposto por Bohr, 
temos que:
π
==
2
hn mvr L (n = 1, 2 ,3 ...)
 
 Combinando estas duas expressões obtemos as expressões 
para a distância do elétron ao núcleo (raio):
Z
a.n
Zrme
h.n
r 0
2
2
2
0
2
n =
ε
=
 Podemos encontrar também a energia associada a cada órbita 
do átomo de Bohr, a energia total é dada pela soma da energia cinética 
com a energia potencial elétrica, ou seja:
 
r4
Ze
2
mvEEE
0
22
pcn πε
−=+=
 
 Note que a energia potencia é negativa, pois a força elétrica 
entre o próton e o núcleo é atrativa.
 Já obtemos também a seguinte expressão 
r4
Zemv
0
2
2
πε
= , que 
pode ser substituída para o cálculo da energia cinética. Então obtemos 
a nova expressão:
r4
Ze
r8
ZeE
0
2
0
2
n πε
−
πε
=
00
2
22
n0
2
n
an8
eZ
r8
ZeE
πε
−=
πε
−=
Onde:
n → Números quânticos (n = 1,2,3 ...)
ε0 → Permissividade no vácuo
h → Constante de Planck
m → Massa do elétron
e → Carga de elétron
rn → Distância do elétron ao núcleo
En → Energia correspondente a cada estado quântico
z → número atômico
a0 → Raio de Bohr
0
2
2
0
0 A52918,0
me
h
a =
π
ε
=
Para o átomo de hidrogênio temos:
...3,2,1n,ev
n
6,13E 2n =−=
 Bohr também postulou que o elétron ao passar de uma órbita 
para outra, ganha ou perde certa quantidade de energia (quantum). 
Essa energia recebida ou perdida é igual à diferença de energias entre 
as órbitas de cada estado. Observe as ilustrações:
 O elétron da figura absorve uma 
energia igual hf, pasando de um estado 
de energia menor E2 para um estado 
de energia maior E3.
E3 – E2 = hf
 O elétron da figura passa de 
uma órbita de maior energia para uma 
de menor energia liberando uma certa 
quantidade de energia hf.
hf = E3 – E2 
• O Príncipio da Incerteza
 O príncipio da Incerteza de Heisenberg nos diz que é impossível 
determinar a posição e a velocidade de uma partícula em um mesmo ins-
tante. Ou seja, a teoria quântica tem caráter probabilístico, contrastando 
com a teoria clássica que tem caráter determinístico.
 O princípio da incerteza de Heisenberg pode ser traduzido em 
termos matemáticos como:
≥∆∆ Q.x (Princípio da incerteza de Heinsenberg)
Onde 
π
=
2
h

2E
23 EE