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Questões Resolvidas
I
II
X
Y Z
FÍ
SI
CA
 II
I
Dilatação dos Sólidos Anisótropos
Até agora consideramos os 
sólidos isótropos quanto a dilatação 
térmica, isto é, a dilatação ocorre sempre 
da mesma forma em qualquer direção 
considerada. Mas existem sólidos que 
são anisótropos quanto a dilatação. Nes-
tes materiais a dilatação ocorre de forma 
diferente nas diferentes direções, não havendo um único coeficiente de 
dilatação térmica. Observa-se experimentalmente que em todo cristal 
anisótropo, existem três particulares direções chamadas de direções 
principais. Imagine uma parte deste material sendo talhado em forma 
de um paralelepípedo onde suas arestas coincidem com as direções 
principais. Se aquecermos este corpo observamos que a dilatação con-
serva a sua forma embora as dimensões do corpo não guardam entre 
si a mesma proporção que tinham antes de ocorrer a dilatação. 
Para cada uma das direções principais em X, Y e Z podemos 
ter um coeficiente de dilatação linear principal: αx , αy , αz . A equação 
para a dilatação de um material anisótropo continua sendo:
0V V∆ = ⋅ γ ⋅ ∆θ onde γ = αx + αy + αz
Dilatação Térmica de Líquidos em Recipientes
De um modo geral, os líquidos se dilatam mais que os sóli-
dos. Por isso, um recipiente completamente cheio com líquido, ao ser 
aquecido, transborda.
Por exemplo, se o tanque de gasolina de um carro for cheio 
numa manhã fria, com o aumento da temperatura, poderá ocorrer va-
zamento.
Considere um recipiente provido de um “ladrão” L. Este 
recipiente é cheio com um líquido até o nível do ladrão. Ao aquecer o 
conjunto, parte do líquido sai por L. O volume líquido extravasado mede 
a dilatação aparente do líquido, e não a dilatação real, pois o recipiente 
também dilatou.
Assim, temos:
Ladrão
(L) (L)
∆V líquido = Vo γ líquido ∆θ
∆V recipiente = Vo γ recipiente ∆θ
∆V aparente = Vo γ aparente ∆θ 
∆V aparente = ∆V líquido - ∆Vrecipiente
Vo γ aparente ∆θ = Vo γ líquido ∆θ - Vo γ recipiente ∆θ
⇒ γ aparente = γ líquido - γ recipiente
Dilatação Anômala da Água
O comportamento da água de 0ºC até 4ºC é bem estranho, pois 
neste intervalo de temperatura, ela recebe calor e seu volume sofre uma 
redução. Esta diminuição pode ser entendida pelas sucessivas quebras 
das chamadas pontes de hidrogênio, no processo de fusão do gelo, 
fazendo as moléculas sofrerem uma certa aproximação e diminuindo 
desta forma o seu volume.
Do exposto acima, concluímos que o volume da água (líquida) é mínimo 
a 4ºC, e a essa temperatura a densidade é máxima.
De 0ºC a 4ºC há contração; de 4ºC a 100ºC há dilatação.
Esta explicação também nos mostra que as moléculas mais frias, ao 
atingirem 0ºC, estarão na parte superior (menor densidade). Por isso 
notamos que a solidificação da água começa de cima para baixo. 
Encontramos exemplos desta situação nas caçambas de gelo dentro 
de um congelador. É também o caso das superfícies de rios e lagos 
que congelam, enquanto embaixo existe água em movimento e vida 
aquática normal.
4° C
Água a 4°C
(mais densa)
0° C
Camada 
de gelo-10° C
Variação da densidade com a temperatura
Quando há uma va-
riação do volume de um sólido 
ou líquido, a sua massa não 
varia. Portanto, a densidade 
deste sólido ou líquido varia.
A densidade é de-
finida por: 
md
V
= . Quando 
há variação de volume, temos uma densidade inicial 
0
0
md
V
= e uma 
densidade final 
F
F
md
V
= que se relaciona por: 
)1(
dd
)1(V
md 0
F
0
F θ∆⋅γ+
=⇒
θ∆⋅γ+
=
Esta fórmula, no entanto, não é válida para a água no intervalo de 0°C 
a 4°C, devido à sua dilatação anômala.
4
d (densidade)
(temperatura em °C)θ
0
01. Uma rampa para saltos de asa del-
ta é construída de acordo com o esquema 
que se segue. A pilastra de sustentação 
II tem, a 0 °C, comprimento duas vezes 
maior do que a I. Os coeficientes de 
dilatação de I e II são, respectivamente, 
αI e αII. Para que a rampa mantenha a 
mesma inclinação a qualquer temperatura, é necessário que a relação 
entre αI e αII seja:
a) 0,5 b) 1 c) 2 d) 1/3 e) 3
Solução:
Para que se mantenha a mesma inclinação a dilatação da rampa I deve 
ser igual à dilatação da rampa II. Então, ∆LI = ∆LII substituindo os va-
lores nas equações ∆L = α L0 ∆θ e a equação dada pelo problema que 
L0II = 2 L0I temos ∆LI = ∆LII ⇒ αI L0I ∆θI = αIIL0II∆θII, como a variação de 
temperatura é a mesma para as duas pilastras ∆θI = ∆θII
Substituindo os valores, temos:
III LL ∆=∆ ∴ θ∆α=θ∆α )L2(L
I0III0I ∴ I0III0I L2L α=α
entrerelaçãoa,sejaou,2 III α=α ∴ 2
II
I =
α
α
ALTERNATIVA C
Prof. Sérgio Torres Caderno - 01 - Com Resoluções das Questões Física
15/05/2010 121/160