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TÉCNICAS DE
HIDROPONIA
 
 
 
 
 
 
TÉCNICAS DE
HIDROPONIA
 
TÉCNICAS DE 
HIDROPONIA 
l 
 
 
Vindo do grego, a palavra hidroponia significa trabalho com água, ou 
seja, a denominação de uma técnica de cultivo de hortaliças de folhas, 
frutos e flores em que o solo é substituído por uma solução nutritiva e um 
apoio. 
Toda planta para o seu desenvolvimento precisa de basicamente 5 
fatores : apoio, água, sol, ar e nutrientes. A hidroponia provê todos estes 
fatores independendo do solo, que é a fonte maior de patógenos, e ainda 
mais fornecendo uma proteção às intempéries mais fortes por meio de 
casas de vegetação. 
Vamos abordar rapidamente alguns aspectos importantes no cultivo 
hidropônico: 
S Luz 
É através da luz solar que as plantas adquirem energia, por 
meio de suas folhas portanto menor incidência de luz significa 
menor crescimento. Alguns estudos mostram que uma 
redução na luz Ultravioleta proporciona um aumento no 
crescimento. 
O2 Oxigênio 
A planta necessita de oxigênio para poder se alimentar e a 
retira do ar ou da própria solução nutritiva o oxigênio 
dissolvido. Por isso a oxigenação da solução é fundamental. 
Quanto mais oxigênio dissolvido na solução melhor absorção 
de nutrientes. 
T Nutrição 
A composição e concentração dos nutrientes na solução é que 
vão determinar a saúde, tamanho e grau de crescimento de 
folhas e frutos. Manter a solução ajustada e utilizar 
ingredientes de alta qualidade são imprescindíveis. 
pH Acidificação e alcalinidade 
O pH certo permite que as plantas se alimentem corretamente evitando 
deficiências. Alguns elementos não se dissolvem e se precipitam se o 
pH não estiver na faixa entre 5,5 e 6,5. 
 
 Temperatura 
A temperatura também pode provocar deficiência nutricional. 
O Fósforo, por exemplo não será bem absorvido em 
temperaturas inferiores a 15ºC, embora a planta suporte 
temperaturas inferiores a esta. Da mesma forma não exceder 
os 30ºC. 
 
 
 
 Areação 
Como as plantas utilizam CO2 no processo, precisam de ar 
fresco sempre renovado. Da mesma forma uma boa ventilação 
ajuda a planta a se alimentar. A escolha da estufa é 
fundamental neste aspecto. 
” Pureza da água 
A água deve ser potável e é preciso fazer uma análise da água 
para identificar possíveis minerais em excesso e atentar para 
tubulações de zinco que podem contaminar a água que 
embora boa para consumo humano é prejudicial às plantas. A 
água encanada pode ser usada sem problemas. 
 
O horticultor hidropônico hoje se destaca do tradicional e em grande 
parte não é oriundo dos meios agrícolas e são ex- engenheiros, 
vendedores, arquitetos, administradores, comerciantes de várias áreas, 
aposentados, desempregados, etc. cuja visão voltada ao futuro os 
encaminhou a esta técnica que se firma como a mais avançada da 
agricultura de hortaliças. O hidroponista é além de agricultor, um 
pesquisador e um homem de negócios com uma visão empresarial. 
O cultivo de hortaliças em hidroponia é uma técnica que vem se 
aprimorando e conquistando adeptos no exterior e no Brasil há vários 
anos devido às suas vantagens em relação ao cultivo tradicional no 
solo. Entre várias vantagens, destacamos as seguintes: 
 
 Melhor ergonometria pelo uso de bancadas que permitem o trabalho 
em posição ereta e não curvado sobre o solo. 
 
 Melhor higiene no cultivo pelo maior controle dos nutrientes e água 
utilizados. 
 
 Menor infestação de pragas e fungos e maior facilidade no 
tratamento destes. 
 
 Maior garantia de fornecimento ao cliente por se tratar de cultivo 
protegido. 
 
 Maior tempo de prateleira para a comercialização do produto. 
 
 Alta qualidade do produto e maior rapidez na colheita. 
 
 Maior controle e higiene sobre a produção. 
 
 Não há preocupação com a rotação de culturas e eliminação de 
operações como aração, gradeação, coveamento, capina. 
 
 A independência do solo permite o cultivo bem próximo ao 
consumidor final. 
 
 
 
 
 Retorno rápido do investimento e menor custo de operação. 
 
 Economia de água. 
 
Evidentemente não há apenas vantagens, já que o sistema exige um 
investimento inicial no equipamento e um certo conhecimento técnico a 
ser adquirido em cursos especializados. No entanto este investimento 
financeiro e intelectual compensa pelo rápido “payback” e o melhor lucro 
subseqüente. 
 
O QUE É HIDROPONIA? 
Hidroponia é uma técnica agrícola, através da qual se cultivam 
plantas sem a necessidade do solo como fonte dos nutrientes 
necessários ao seu desenvolvimento. 
A palavra Hidroponia, de origem grega, é formada pela composição das palavras 
HYDOR, que significa água, e PONOS (do grego antigo), significando trabalho, no 
sentido de obra executada (o livro de um escritor - o quadro de um pintor). 
Na prática da Hidroponia, as plantas podem ser cultivadas com as raízes 
suspensas no seio da água - Cultura em Água, suspensas no ar húmido - Aeroponia, 
ou ancoradas num Substrato ou Meio de Cultura, isento de Matérias Orgânicas 
Biodecomponíveis - Hidroponia em Substratos. 
Então, na prática da Hidroponia podemos utilizar o solo? 
Sim, desde que este esteja isento de matérias passíveis de biodecomposição, e 
de sais minerais, organo-minerais ou orgânicos, passíveis de dissolução e ionização 
em água. 
Pratica-se Hidroponia normalmente, nas areias de desertos. 
A História da Hidroponia, remonta às civilizações antigas, desde a Egípcia e a 
Chinesa, passa pela Civilização Azteca na América Central, e chega aos nossos 
dias, quando se conclui que sua aplicação é a única forma de produzirmos alimentos 
frescos para os futuros astronautas, em viagens espaciais, e na sua estadia em 
estações no espaço. 
A Hidroponia desenvolveu-se juntamente com a Química, na busca do Homem 
pelo conhecimento de "como e porquê as plantas crescem". 
Esse conhecimento, começou na verificação e comprovação da necessidade de 
água para a sobrevivência das plantas, até à necessidade dos sais minerais 
dissolvidos na mesma, para o seu desenvolvimento. 
E, na procura desse conhecimento, participaram filósofos e cientistas, como 
Aristóteles, Teofrasto, Dioscorides, Leonardo da Vinci, Andrea Cesalpino, Luca 
Ghini, John Woodward, e muitos outros mais atuais, cujos nomes ficaram gravados 
para sempre, na História da Hidroponia. 
Porém, esta técnica somente foi chamada de Hidroponia, em 1935, pelo então 
professor e pesquisador de Nutrição de Plantas, da Universidade da Califórnia, Dr. 
William Frederick Gericke, por muitos chamado Pai da Hidroponia. 
Gericke, como tantos outros pesquisadores de nutrição de plantas, usavam esta 
técnica a nível laboratorial, e foi este o primeiro cientista, que desenvolveu sua 
aplicação a nível comercial. 
Hoje, a Hidroponia está difundida pelo mundo, sendo utilizada para cultivar os 
mais diversos vegetais, sejam eles de que tipo ou estatura forem. 
 
 
 
Muitos paises já definiram os padrões de qualidade dos produtos vegetais, 
baseados naqueles que se obtém através da Hidroponia, na sua maioria 
impossíveis de se obterem pela prática da agricultura convencional. 
Outros, atualmente, produzem várias plantas exclusivamente através da 
Hidroponia, como é o caso das orquídeas da Nova Zelândia, um dos maiores 
exportadores mundiais dessas plantas. 
PORQUE USAR A HIDROPONIA? 
Considerando um solo agricultável normal, é muito difícil manejá-lo, de forma que 
as plantas nele cultivadas consigam no mesmo os alimentos que lhes são 
necessários. 
Mesmo fertilizando esse solo corretamente, os alimentos necessários às plantas 
são dele desviados pelas águas da chuva ou da irrigação artificial, perdendo-se para 
áreas superficiais não utilizáveis, para cursos de águas, e mesmo para o subsolo, 
atingindo até os lençóis freáticos. 
A ação daságuas sobre o solo, causa enormes perdas de fertilizantes 
adicionados a ele, além de desequilibrar sua constituição química. 
Além disso, o solo não existe somente para o benefício das plantas. 
Ele também é o "habitat" de um sem número de seres vivos minúsculos, como 
larvas e insetos, bem como milhões de bactérias, sendo estas tanto saprófitos 
quanto patogênicas. 
Larvas e insetos também saem do solo, e se alimentam das plantas que nele 
existirem, algumas constituindo muitas pragas que às vezes dizimam lavouras 
inteiras. 
As bactérias, também se deslocam do solo para as plantas, nelas se alojando, e 
delas também se alimentando, direta ou indiretamente. 
As bactérias saprófitos, alimentam-se de matérias orgânicas provenientes de 
seres vivos mortos, pelo que não constituem grande risco para a nossa saúde. 
Porém, as bactérias patogênicas alimentam-se de matérias orgânicas de seres 
ainda vivos, e constituem a maior parte das doenças que afetam o ser humano e 
outros seres, neles se incluindo as plantas. 
Felizmente para nós, a Natureza é pródiga, e mantém um equilíbrio perfeito entre 
os seres vivos. 
E neste equilíbrio, as bactérias patogênicas são mantidas em minoria, ficando sua 
ação dominada pela maioria das bactérias saprófitos. 
Quando, de alguma forma, esse equilíbrio é perturbado ou desfeito, podemos ter 
a dominância de bactérias patogênicas, e a incidência de doenças causadas por 
elas, nem sempre são de fácil domínio pela medicina. 
E, lamentàvelmente, o ser humano é especialista em provocar tais desequilíbrios. 
Na prática da hidroponia, as plantas não têm contacto com o solo, pelo que ficam 
isentas da invasão das larvas, insetos e bactérias dele provenientes. 
Isto traduz-se na obtenção de plantas de altíssimo nível de sanidade para o seu 
consumo pelo ser humano. 
Por outro lado, os alimentos dados às plantas para o seu desenvolvimento, 
estarão sempre perfeitamente em equilíbrio com as necessidades das mesmas, pois 
que não sofrem as perdas devidas à ação das chuvas e da irrigação artificial. 
Na hidroponia, o equilíbrio e as quantidades de alimentos fornecidos às plantas, 
são rìgidamente controlados, e com isso, não há desperdício dos mesmos. 
Conseqüência disso, as plantas desenvolvem-se dentro de um alto nível de 
salubridade, apresentando os níveis ideais de vitaminas, açúcares e proteínas, que 
 
 
 
serão sempre muito maiores do que os apresentados pelas plantas cultivadas em 
solos convencionais. 
Embora não seja uma exigência da hidroponia, as culturas levadas a efeito pela 
sua prática, são feitas dentro de estufas, umas mais, outras menos sofisticadas, de 
acordo com o clima da região onde são instaladas, e mesmo para atender às 
necessidades das plantas a cultivar. 
Conseqüência disso, por estarem as plantas confinadas, estão muito protegidas 
contra os ataques de pragas e sujeiras transmitidas pelo ar. 
As plantas e frutos hidropônicos são colhidos perfeitamente limpos, e podemos 
dizer, prontos para consumo, embora sempre seja aconselhável sua higienização, 
pois que o manuseio das mesmas desde sua colheita até chegarem às mãos do 
consumidor, sempre proporcionará algum tipo de sujeiras ou contaminações, que 
necessitam ser eliminadas. 
Por serem as plantas hidropônicas muito sãs, sua durabilidade depois de colhidas 
é muito grande, sendo normal atingirem vida útil de dez a vinte vezes maior do que 
as plantas oriundas de culturas em solos convencionais. 
Muitas plantas, como a alface, são fornecidas aos consumidores com as raízes, e 
se forem de colheita recente, poderão ser conservadas em casa, num vaso com 
água, vivas e prontas para consumo quando necessário. 
NA HIDROPONIA USAM-SE AGROTÓXICOS? 
Nos dias de hoje, é uma utopia falar-se de produtos vegetais cultivados 
intensivamente, isentos de agrotóxicos. 
Para cultivarmos plantas, seja a nível de subsistência familiar, como passa-tempo, 
ou a nível comercial, sempre estaremos provocando desequilíbrios no meio 
ambiente, pois que nos locais de cultivo estaremos forçando a predominância de um 
vegetal sobre outros. 
E a cada desequilíbrio provocado, estaremos sempre sujeitos ao desenvolvimento 
de pragas das mais variadas espécies, e das mais variadas origens. 
Caberá sempre a nós, seja de que maneira for, amenizar tais desequilíbrios, para 
reduzir ao mínimo essas pragas. 
Mas elas sempre estarão presentes, e para erradicá-las, ou no mínimo reduzir a 
possibilidade de seu desenvolvimento, necessitamos usar vários artifícios, sendo 
que a utilização de agrotóxicos é um deles. 
É um erro afirmar que todos os agrotóxicos são danosos à saúde humana. 
Lembremos-nos que, o veneno que mata, também cura, desde que devidamente 
utilizado. O envenenamento provocado pela mordida de uma cobra, é curado pela 
ingestão controlada do veneno da própria cobra. 
Existem agrotóxicos naturais e artificiais, sendo que os naturais, regra geral, não 
são danosos ao ser humano. 
Os agrotóxicos mais naturais são as próprias plantas, como a Cravo de Defunto 
(Tagates minuta L.), ou como a "Neem" ou Nim, árvore de origem indiana. 
É uma prática secular, cultivarem-se plantas repelentes de insetos e outras 
pragas, no meio das hortas. 
Também se plantam árvores Neem no meio dos pomares, pois que estas exalam 
princípios ativos que repelem muitos insetos. 
É também comum usarem-se chás e infusões de plantas repelentes, aplicados 
geralmente por aspersão ou por pulverização. 
O chá ou infusão de folhas de Neem, é um grande repelente de pragas tanto para 
vegetais quanto para animais. 
 
 
 
A Neem, também possui vários princípios ativos de cunho medicinal para muitas 
afecções, pelo que na Índia, essa árvore é conhecida como "A Farmácia das 
Aldeias". 
Chás ou infusões de folhas de tabaco e de pimenta malagueta, usados 
independentemente ou em conjunto, são repelentes e destruidores de muitas 
pragas. 
Cabe ressaltar aqui, que devemos hoje abandonar a utilização dos chás, infusões, 
ou extratos de folhas de tabaco, pois seu princípio ativo é a nicotina, composto hoje 
comprovadamente cancerígeno, quando utilizado sem controle. 
Quanto aos agrotóxicos artificiais, devemos considerar os inorgânicos e os 
orgânicos. 
Os inorgânicos, quando usados com parcimônia, de forma alguma afetam a saúde 
do ser humano e de outros animais superiores, e, por uma simples lavagem, se 
desprendem das plantas. 
Assim, podemos dizer que não são residuais, e na sua maioria, são constituídos 
de sais de metais muitas vezes necessários ao ser humano em doses ínfimas, 
chamados de micronutrientes. 
Já os agrotóxicos orgânicos, na sua maioria, são residuais nas plantas, e usados 
em doses até pequenas, a curto ou a longo prazo, são prejudiciais ao ser humano e 
a outros animais superiores. 
Lamentàvelmente, na agricultura extensiva, são os mais utilizados, e de forma 
desmesurada. 
As plantas hidropônicas são muito sãs, resistem muito bem a muitas pragas, e 
geralmente são colhidas antes que tais pragas possam ser-lhes prejudiciais. 
Porém, quando as pragas produzem seu efeito antes da colheita das plantas, 
necessário se faz o uso de agrotóxicos, e dentre estes, os hidroponistas utilizam 
sempre os naturais, ou, em doses homeopáticas, os artificiais inorgânicos. 
As doses de agrotóxicos utilizados na Hidroponia, quando necessários, o que é 
um fato raríssimo, são na ordem de um décimo ou um centésimo por cento daquelas 
usadas na hoje tão falada Agricultura Orgânica, ou mesmo na agricultura 
convencional. 
Eis porque, geralmente se diz, que na Hidroponia não se usam agrotóxicos, o 
que, até certo ponto, é uma verdade. 
A HIDROPONIA "TEM QUÍMICA? 
Centenas e centenas de vezes temos ouvido a afirmação de que "A Hidroponia 
Tem Química", especialmente vinda de agricultores que se dedicam à Agricultura 
Orgânica. 
Essa afirmação,por si, demonstra um grande desconhecimento de nutrição de 
plantas por parte de muitos agricultores, e até mesmo do tipo de agricultura que 
praticam. 
Vejamos: - A Química é uma Ciência, e a Hidroponia é uma Técnica Agrícola, e 
desconhecemos a maneira pela qual se possa colocar dentro de uma técnica, uma 
ciência, como se alguma das duas, ou ambas, pudessem ser adquiridas no comércio 
ou preparadas em um laboratório, e misturadas na forma mais conveniente. 
A Hidroponia, é uma técnica que se aprende e se pesquisa, e está baseada em 
conhecimentos científicos muitos deles pertencentes à Ciência Química. 
Ouvimos dizer frequentemente, também, que para uma planta ser saudável e de 
boa qualidade, deverá ser alimentada por Matéria Orgânica. 
Talvez quem faça tal afirmação, se esteja apoiando na teoria do Princípio da 
 
 
 
Vegetação, emitido por Rudlph Glauber em torno de 1635, e já destronado por 
Justus Von Liebig, O Pai da Química Orgânica, em 1840. 
Ora, desconhecemos totalmente alguma planta que consiga alimentar-se de 
matéria orgânica ou mesmo da grande maioria dos compostos orgânicos. Nem 
mesmo as plantas carnívoras. 
A natureza constitui-se no maior laboratório químico e bioquímico conhecido, e 
nela, tudo se processa através de reações químicas, bioquímicas e fotos-químicas, 
além de outras. 
As plantas são seres autotróficos, ou seja, produzem seu próprio alimento. E 
fazem-no utilizando 16 elementos químicos dos cerca de 100 conhecidos. 
Parte desses elementos, elas retiram do ar atmosférico, e outra parte, do Meio de 
Cultura onde estão submersas suas raízes, o qual, na agricultura convencional, é o 
solo. 
Os elementos químicos são retirados do solo pelas raízes, e para que estas 
possam cumprir esta função, é necessário que tais elementos estejam na forma de 
moléculas muito pequenas, dissolvidas e ionizadas em água. 
As únicas moléculas que apresentam estas características, são aquelas de sais 
inorgânicos. As moléculas de compostos ou sais orgânicos, são grandes demais, e 
não conseguem atravessar nem as paredes das células das raízes, nem os espaços 
intercelulares destas. 
Isto quer dizer, que as plantas não podem alimentar-se de matérias orgânicas, 
pois que sua estrutura celular e seus mecanismos de absorção, não o permitem. 
Convém notar, que hoje conhecemos alguns compostos orgânicos de moléculas 
muito pequenas, que conseguem ser absorvidos pelas plantas. 
Porém, tais compostos são normalmente produzidos pelas plantas, para sua 
própria utilização, e até hoje, não se conseguiu verificar ou provar que as plantas 
usem aqueles absorvidos pelas raízes, embora, pela lógica, isto seja perfeitamente 
viável. 
O que aqui falamos, integra conhecimentos simples e fundamentais de Nutrição 
de Plantas. 
Como, então, adubando solos com matéria orgânica, como acontece na Natureza, 
as plantas sobrevivem e se desenvolvem tão bem? 
Acontece que no solo, a matéria orgânica, junto com sais minerais nele 
existentes, e outros compostos existentes no ar, são o alimento para as bactérias 
existentes no dito solo. 
Essas bactérias, ao alimentar-se, decompõem tais compostos, e deitam os sais 
minerais que não lhes são necessários ou que já foram por elas utilizados em suas 
funções metabólicas. 
Esses sais, uma vez dissolvidos e ionizados na água do solo, são então 
absorvidos pelas plantas. 
Assim sendo, a conhecida e tão propalada Agricultura Orgânica, é na verdade 
uma Agricultura Inorgânica, ou como se diz da Hidroponia, "tem Química". 
Cabe no entanto notar, que as plantas produzidas no solo através da prática da 
Agricultura Orgânica, apresentam riscos sanitários muito grandes, os quais não são 
comentados ou propalados por seus praticantes. 
As matérias orgânicas são enorme fonte de bactérias patogênicas, causadoras de 
inúmeras doenças ao ser humano, como a cólera, e muitas outras. 
Para usar-se como fertilizante do solo, a matéria orgânica deverá passar por um 
processo de compostagem, durante o qual se processa a decomposição da mesma, 
pela ação das bactérias. 
 
 
 
Esta decomposição dá-se geralmente em duas fases principais, sendo que na 
primeira, ocorre uma fermentação, durante a qual a matéria orgânica aquece, 
podendo atingir temperaturas de até 70°C. 
Após a primeira fase, a matéria orgânica resfria-se, e inicia-se o processo final de 
decomposição, também chamada humificação. 
Ainda é crença de muitos agricultores, e até de muitos técnicos, que à 
temperatura atingida na primeira fase da decomposição, todas as bactérias 
patogênicas existentes na matéria orgânica são destruídas. 
Isso não é verdade. Existem bactérias patogênicas que, quando submetidas a 
altas temperaturas, que excedem 150° C, mutam-se, resistindo a elas, e não 
morrem. 
Assim, tais bactérias simplesmente se tornam inativas por estarem num ambiente 
que não lhes é favorável. 
Porém, à menor condição favorável, as bactérias patogênicas voltam à sua 
atividade, o que é um perigo iminente. 
Portanto, o fato de se compostar a matéria orgânica, não destrói as bactérias 
patogênicas nela existentes, e como se diz na prática, não provoca a sua 
esterilização. 
É pois recomendável, que os produtos agrícolas consumidos "in natura", como 
certas verduras, sejam previamente esterilizados "quìmicamente", ou pelo menos, 
cozidos. 
Verifica-se então, que todas as plantas, sejam hidropônicas sejam provenientes 
da agricultura orgânica, alimentam-se e desenvolvem-se da mesma maneira, ou 
usando as palavras tão em voga, "têm química". 
As diferenças entre umas e outras, na verdade estão na sanidade e na assepsia, 
que nas plantas hidropônicas, de longe, é muito maior. 
A HIDROPONIA É UMA TÉCNICA ESSENCIALMENTE INORGÂNICA? 
Considerando a História da Hidroponia, o real início desta técnica, foi à volta de 
1680, quando John Woodward cultivou plantas de menta, em soluções aquosas de 
diversos tipos de solo com matéria orgânica decomposta. 
Estas experiências foram, na verdade, o embrião da Hidroponia, e as soluções 
aquosas utilizadas, continham nutrientes de origem orgânica. 
Hoje, podemos considerar três tipos ou formas de hidroponia: - Inorgânica, 
Organo-Inorgânica, e Orgânica. 
Na prática da Hidroponia Inorgânica, as plantas são alimentadas através de uma 
solução aquosa de sais minerais altamente solúveis e de elevada pureza, a nível 
farmacêutico, ou a nível PA (Para Análise). 
Esta solução aquosa, é chamada de Solução Nutritiva, ou Solução de Nutrientes, 
e os elementos minerais que a constituem, são dosados de forma equilibrada com 
as necessidades alimentares de cada planta, em cada estágio do seu 
desenvolvimento. 
A solução nutritiva, até certo ponto, reproduz artificialmente a Solução do Solo, 
que a Natureza nos proporciona. 
Hoje, a bem da verdade, podemos afirmar que não existe Hidroponia Inorgânica. 
Analisando visualmente e ao tacto as raízes das plantas cultivadas por hidroponia 
inorgânica, podemos notar nelas um filme gelatinoso e escorregadio, constituído 
pelos dejetos dessas plantas. 
E ao microscópio, podemos observar que esses dejetos, aderidos às raízes, estão 
altamente povoados de bactérias que deles sobrevivem, decompondo-os 
 
 
 
biològicamente, e deitando por suas vez, vários outros compostos orgânicos e 
inorgânicos. 
Estes compostos, na sua maioria, dissolvem-se novamente na água que compõe 
a solução nutritiva. 
Os compostos inorgânicos, ionizam-se, e são novamente absorvidos pelas 
plantas, e pelo menos alguns dos compostos orgânicos, de cadeia muito pequena, 
presume-se que também sejam absorvidos. 
A Hidroponia Organo-Inorgânica, é essencialmente uma forma de hidroponia 
inorgânica, sendo que à solução nutritiva nela utilizada, são adicionados alguns 
compostos orgânicos mineralizados, extraídos da Natureza, seja para aumentar a 
produtividadedas plantas, seja para aumentar o valor nutritivo das mesmas. 
Esta prática, integra uma das muitas outra estudadas e aplicadas na Bioponia. 
A Hidroponia Orgânica é uma técnica muito recente, e ainda estamos no início 
dos estudos científicos da mesma. 
No entanto, já é muito utilizada no mundo inteiro, com excelentes resultados, 
muitas vezes melhores do que os obtidos pela hidroponia inorgânica, lògicamente, 
dentro de suas limitações. 
De forma sucinta, na Hidroponia Orgânica, a solução nutritiva é obtida a partir de 
matérias orgânicas bio-decompostas através do sistema convencional de 
compostagem, ou através da Biodigestão da mesmas em equipamentos 
denominados Biodigestores e ou Biofiltros. 
A Hidroponia Orgânica, vai de encontro à afirmação da maioria dos agricultores 
tradicionais, em especial os que se dedicam à prática da agricultura orgânica, de 
que, a Hidroponia é um processo inorgânico. 
As plantas cultivadas pela hidroponia orgânica, apresentam uma diferença 
marcante comparadas àquelas cultivadas pela agricultura orgânica convencional. 
Elas possuem elevadíssimo nível asséptico, podendo ser consumidas pelo ser 
humano e por outros animais superiores que delas se alimentam, com toda a 
segurança no que tange a eventuais contaminações com bactérias patogênicas. 
Finalmente, podemos concluir que a Hidroponia não é uma técnica 
essencialmente inorgânica. 
SISTEMAS HIDROPONICOS 
Existem várias maneiras de praticar-se a Hidroponia, as quais denominamos 
como Sistemas Hidropônicos. 
Os Sistemas Hidropônicos podem ser divididos em dois grupos básicos, que são 
os Sistemas Passivos e os Sistemas Ativos. 
Nos sistemas passivos, a solução nutritiva permanece estática, e é conduzida às 
raízes das plantas, geralmente, por capilaridade. 
Isto se consegue, utilizando-se um meio de cultura de alto poder capilar, 
geralmente adicionado de um pavio, como aquele utilizado em lamparinas ou em 
lâmpadas de óleo. 
Quando se utiliza um pavio, o sistema é denominado como Sistema de Pavio, ou, 
utilizando o termo em Inglês, Wick System. 
Todos os Sistemas Ativos, de uma forma ou de outra, necessitam a circulação das 
solução de nutrientes através de uma bomba, e grande parte deles também 
necessitam de algum sistema paralelo e conjunto para fazer-se a aeração ou 
oxigenação da solução. 
Considerando os sistemas passivos e os ativos, há um total de 6 sistemas 
básicos, que conhecemos por Sistema de Pavio, Sistema de Leito Flutuante, 
 
 
 
Sistema de Sub-Irrigação, Sistema NFT, Sistema de Gotejamento, e Sistema 
Aeropónico. 
Em Inglês, esses sistemas são conhecidos como Wick System, Floating Bed 
System, Ebb and Flow System ou Flood and Drain System, NFT System ou Nutrient 
Film Technique System, Drip System, e Aeroponic System. 
Existem centenas de sistemas hidropônicos, mas qualquer um deles, é sempre 
uma variação de um destes seis, ou uma combinação de dois ou mais deles. 
O SISTEMA DE PAVIO (WICK SYSTEM) 
 
 
O Sistema de Pavio, é provàvelmente o mais simples sistema hidropônico. 
É um sistema passivo, ou seja, nele não existem partes móveis, e a solução 
nutritiva é estática. 
A solução nutritiva é retirada de um depósito, e conduzida para o meio de cultura 
e para as raízes das plantas por capilaridade, através de um ou mais pavios. 
Normalmente neste sistema, é usada uma mistura de vários meios de cultura, de 
modo a incrementar ao máximo a capacidade capilar do meio de cultura. 
É comum também usar este sistema em vasos com plantas decorativas, com solo 
convencional convenientemente fertilizado, usando-se água pura no depósito, para 
simples irrigação. 
Como sistema hidropônico, é muito utilizado para plantas de pequeno e médio 
porte, especialmente em pequenas hortas domésticas, pois pode ser montado com 
dimensões muito reduzidas. 
O maior problema deste sistema, acontece com plantas de grande porte, que 
necessitam grandes quantidades de água, podendo absorver grande volume de 
solução nutritiva, a uma velocidade maior do que aquela que os pavios podem 
 
 
 
debitar. 
Assim sendo, é necessário dimensionar corretamente os pavios. 
O SISTEMA DE LEITO FLUTUANTE (FLOATING BED SYSTEM) 
 
 
Dentre os sistemas ativos, o sistema de leito flutuante é o mais simples. 
Nele, as plantas são ancoradas numa plataforma flutuante, colocada diretamente 
na superfície da solução de nutrientes, contida num depósito, e as raízes ficam total 
ou parcialmente imersas nessa solução. 
É necessário promover-se a oxigenação da solução nutritiva, o que pode ser feito 
pelo borbulhamento de ar na mesma, através de uma bomba de ar, de um 
ventilador, ou mesmo por uma recirculação periódica da solução. 
Quando a oxigenação da solução é feita através de borbulhamento de ar, este 
sistema também é considerado como um sistema passivo. 
Porém, como dissemos, a oxigenação pode ser promovida pela circulação da 
solução de nutrientes, usando-se ou não algum tipo de injetor de ar. 
Neste caso, passa a considerar-se como um sistema ativo. 
Este sistema é geralmente utilizado para plantas de pequeno porte, ávidas de 
água, como a alface, a qual apresenta enormes índices de produtividade quando 
cultivadas através dele. 
É também um sistema ideal para demonstração em aulas nas escolas, pois pode 
ser montado até com um aquário de peixes em desuso. 
O maior problema deste sistema, é o não ser adequado para plantas de médio e 
grande porte, com ciclos de vida muito longos. 
Para plantas de maior porte, é costume fixar a plataforma nas bordas do depósito 
de solução, quando o sistema passa a chamar-se de Sistema de Leito Fixo. 
De qualquer forma, é muito utilizado com plantas de médio porte, como 
tomateiros, usando-se para tanto, uma estrutura auxiliar para se promover o 
tutoramento das mesmas. 
Atualmente, sua utilização é mais freqüente em hortas domésticas externas, em 
laboratórios de pesquisa de nutrição de plantas, e como instalação para 
demonstração em escolas. 
 
 
 
O SISTEMA DE SUB-IRRIGAÇÃO OU SISTEMA DE ENCHENTE 
VAZANTE 
(EBB AND FLOW SYSTEM OU FLOOD AND DRAIN SYSTEM) 
 
 
O Sistema de Sub-Irrigação, funciona fazendo-se encher temporàriamente com a 
solução nutritiva, uma bandeja ou bancada de cultura, e logo após, esvaziá-la 
ràpidamente. 
Esta operação é feita através de uma bomba, controlada por um controlador de 
tempos, e assim, é um Sistema Hidropônico Ativo. 
A solução é retirada do depósito pela bomba, conduzida à bancada de cultura, e 
uma vez paralisado o bombeamento, retorna ao depósito, geralmente escoando 
através da própria bomba. 
O controlador de tempo é regulado para efetuar este ciclo várias vezes por dia, 
conforme for exigido pelo tipo de planta, seu tamanho, temperatura, humidade 
ambiente e o tipo de meio de cultura utilizado, quando for o caso. 
A bancada de cultura pode ser confeccionada de duas maneiras. 
Na primeira, usa-se uma plataforma fixa às bordas da bancada, na qual são 
ancoradas as plantas, que ficarão com as raízes suspensas no ar, ou somente com 
as pontas mergulhadas num resíduo de solução deixado permanentemente dentro 
da bancada. 
Este tipo de montagem, hoje, praticamente caiu em desuso, mas muitos ainda o 
utilizam. 
O segundo tipo de montagem de bancada, que é o mais usado, consiste em 
enchê-la com um meio de cultura, no qual se ancoram as raízes das plantas. 
O meio de cultura deverá ser biològicamente não decomponível. 
 
 
 
O SISTEMA N.F.T. (NUTRIENT FILM TECHNIQUE SYSTEM) 
 
 
Este é o sistema hidropônico mais conhecido atualmente, e muitas pessoas, 
quando se referem à hidroponia, imediatamente a relacionam com ele. 
No Sistema N.F.T. normal, existe um fluxo constante de solução nutritiva, e assim 
sendo, não existe nenhum controlador de tempo para ligar ou desligar a bomba de 
circulaçãode nutrientes. 
A solução nutritiva é bombeada de um depósito para um canal de cultura, e flui 
constantemente no seu fundo, na forma de um filme muito fino. 
Parte das raízes, fica submersa neste filme de solução, onde são banhadas 
constantemente, e outra parte fica em constante contacto com o ar húmido acima do 
filme líquido, de onde absorvem oxigênio. 
Após percorrer o canal, a solução nutritiva retorna ao seu depósito. 
Na cultura de plantas de pequeno porte, o canal é geralmente substituído por um 
tubo de secção retangular. 
Neste sistema, normalmente não existe meio de cultura, e as plantas, geralmente, 
ficam apoiadas em vasos ou redes de germinação, de onde as raízes ficam 
suspensas no ar, com as pontas mergulhadas no filme de solução nutritiva. 
O grande problema deste sistema, é a falta eventual de energia elétrica e falhas 
nas bombas, o que provoca a interrupção do filme de solução nutritiva, e como 
conseqüência, rápido ressecamento das raízes, e morte das plantas. 
Por esse motivo, no projeto de um sistema N.F.T., devemos considerar uma fonte 
de energia alternativa, como um gerados elétrico ou uma bomba acionada por 
baterias. 
Devidamente desenhado e construído, pode ser utilizado com plantas de porte 
pequeno e médio, como alfaces e tomateiros. 
 
 
 
O SISTEMA DE GOTEJAMENTO (DRIP SYSTEM) 
 
 
O Sistema de Gotejamento, provàvelmente, é o sistema hidropônico mais utilizado 
em todo o mundo. 
Sua operação é muito simples. 
A solução nutritiva é retirada do depósito por uma bomba, cujo funcionamento é 
comandado por um controlador de tempo, e conduzida através de tubos e micro- 
tubos até ao colo de cada planta, onde é descarregada na forma de gotas, por meio 
de pequenos dispositivos chamados de gotejadores. 
Existem dois sistemas de gotejamento normalmente utilizados: - O Sistema a 
Solução Perdida, e o Sistema com Recuperação de Solução. 
O sistema a solução perdida, exige menos trabalho de manejo, uma vez que os 
excessos de solução nutritiva utilizada, são descartados, geralmente por infiltração 
no subsolo, através de um sumidouro. 
Assim sendo, as plantas são irrigadas sempre com uma solução nutritiva nova, e 
não há necessidade de controle constante do seu pH e sua Condutividade Elétrica. 
Basta fazer-se o controle destes parâmetros, quando se prepara a solução e se 
enche o depósito. 
Convém ressaltar no entanto, que o descarte da solução perdida para o solo, 
poderá causar problemas de poluição ambiental, os quais poderão não só atingir 
águas subterrâneas como também provocar, a médio ou longo prazo a acidificação 
localizada do solo onde se monta o complexo hidropônico. 
Alguns paises, como a Holanda, já proibiram este tipo de irrigação. 
No sistema com recuperação de solução, os excessos desta são reconduzidos ao 
depósito, e reciclados para o sistema. 
Para tanto, é necessário que se utilize um controlador de tempos de maior 
 
 
 
precisão, e portanto mais caro, para poderem obter-se ciclos de rega muito precisos, 
o que não chega a ser uma desvantagem. 
Além disso, quando se faz a recuperação da solução, teremos sempre oscilações 
no pH e na condutividade elétrica desta, o que exige maior trabalho e atenção no 
manejo da mesma. 
A falta de energia elétrica ou desarranjos nas bombas, são um problema típico 
deste sistema, como a susceptibilidade de entupimento dos orifícios dos 
gotejadores, que necessitam ser inspecionados com frequência diária. 
 
SISTEMA AEROPONICO OU AEROPONIA (AEROPONIC SYSTEM) 
 
O Sistema Aeroponico, provàvelmente é o sistema hidropônico de mais alta tecnologia. 
Até certo ponto similar ao sistema N.F.T.,o meio de cultura utilizado é o Ar Húmido. 
Neste sistema, as raízes das plantas ficam suspensas e imersas numa Câmara de 
Cultura, ou Câmara de Cultivo, onde são aspergidas com uma névoa de solução nutritiva, a 
intervalos de tempo muito curtos, geralmente de alguns minutos. 
Como em quase todos os sistemas hidropônicos, a solução nutritiva é retirada de seu 
depósito por uma bomba, comandada por um controlados de tempo de grande precisão, e 
com capacidade de regulagem para ciclos muito curtos, desde alguns segundos, a alguns 
minutos. 
Como o sistema N.F.T., o sistema aeroponico é muito susceptível às falhas de energia 
elétrica e falhas nas bombas. 
Quando houver interrupção de energia, ou falhas nas bombas, as raízes das plantas 
secarão ràpidamente, com perdas totais. 
A aspersão da solução de nutrientes, pode ser feita por aspersores de média ou alta 
pressão, por nebulizadores de alta pressão, por nebulizadores ultra-sónicos, e por 
nebulizadores centrífugos. 
Assim, outro grande problema dos sistemas aeroponicos, é o entupimento dos orifícios 
dos aspersores e dos nebulizadores. 
Sua grande utilidade, é na produção de mudas por enraizamento de estacas e brotos 
comestíveis. 
 
 
 
A HIDROPONIA ORGÂNICA 
 
Sabemos, comprovadamente, que a hidroponia, pelo menos aquela praticada a 
nível comercial, não funciona como um processo totalmente inorgânico. 
Mesmo assim, essa técnica é hoje um fato, e através de sua prática, podemos 
conseguir maiores velocidades no desenvolvimento das plantas, usufruindo 
melhores colheitas, com qualidade superior à de produtos agrícolas provenientes da 
prática de qualquer outro processo agrícola convencional. 
E esta afirmação, não é aquela que muitos de nós gostaríamos de ouvir por 
lisonja, mas um simples fato e uma verdade científica. 
E todo e qualquer cientista ou educador ligado às técnicas agrícolas, químicas e 
ou biológicas, se ainda não o fizeram, cedo ou tarde, de qualquer forma, terão que 
aceitar estes fato. 
Para o preparo da solução de nutrientes, na hidroponia, usamos sais da mais 
elevada pureza, de alta solubilidade, produzidos ou purificados industrialmente. 
Utilizamos também água do mais alto nível de pureza, seja química, seja 
biológica. 
Mas, muitos agricultores que desejam ingressar na prática hidropônica, poderão 
não ter acesso fácil a esses produtos. 
E aqueles que já se dedicam à prática da hidroponia, como enfrentariam a falta 
repentina ou gradual no fornecimento dos materiais que lhes são necessários? 
Esta situação não é impossível, se considerarmos, por exemplo, catástrofes 
naturais ou mesmo situações bélicas, quando indústrias químicas especializadas 
poderão sofrer interrupções nas suas linhas de produção. 
Teriam os hidroponistas condições de iniciar ou continuar suas atividades? 
Podemos afirmar que sim. 
E fazemos isso, baseados no que hoje se conhece acerca do relacionamento de 
certas bactérias com as plantas, nos sistemas hidropônicos. 
Este relacionamento tem sido estudado com profundidade, e a matéria de tal 
estudo, tem sido chamada de Bioponia. 
Esta matéria envolve uma série de conhecimentos práticos, além de experimentos 
de vários hidroponistas dedicados, que não só anteviram as dificuldades que 
apontamos, como também consideraram a defesa de eco-sistema, procurando não 
só manter seu equilíbrio natural, como deles tirarem proveito para a humanidade. 
A Bioponia, envolve também o estudo de sistemas para se produzirem alimentos 
mais nutritivos, sempre usando processos e produtos naturais. 
Assim sendo, destas pesquisas, surgiram duas novas técnicas ou sistemas 
hidropônicos, denominados como Aquaponia e Geo-Hidroponia. 
Os estudos feitos dentro da Bioponia, conseqüência dos quais temos hoje a 
Aquaponia e a Geo-Hidroponia, deram o grande passo para a prática da Hidroponia 
Orgânica. 
Mas afinal, o que é a Hidroponia Orgânica? 
Os sistemas hidropônicos orgânicos, mecanicamente, não apresentam nenhumas 
diferenças dos convencionais inorgânicos, pois baseiam-se nos seis sistemas 
básicos conhecidos. 
A diferença está na solução de nutrientes. 
Esta, em vez de preparada a partir de sais mineraisindustrializados, é preparada 
a partir de dejetos animais e resíduos vegetais e animais bio-digeridos em 
dispositivos conhecidos como Biofiltros e Biodigestores. 
Os Biofiltros, beneficiam, através de um processo biológico, águas poluídas com 
 
 
 
excrementos de peixes, transformando-as numa solução de nutrientes. 
Dos biodigestores, obtém-se o Biofertilizante, e a partir deste, se prepara a 
solução de nutrientes. 
A Hidroponia Orgânica, diferencia-se radicalmente da Agricultura Orgânica. 
Primeiro, porque é um sistema hidropônico, e como tal, não utiliza o solo, e 
segundo, porque produz plantas altamente sãs, e com elevado nível de assepsia. 
Uma das características mais importantes da hidroponia orgânica, é a 
possibilidade que ela nos dá, de montar sistemas ecológicos fechados, onde tudo o 
que se utiliza é reciclado, não agredindo de modo algum o meio ambiente. 
O SISTEMA AQUAPONICO OU AQUAPONIA (AQUAPONIC SYSTEM) 
 
A Aquaponia, ou Sistema AQUAPONICO, é um sistema hidropônico onde se 
integra a criação de peixes em cativeiro, com a hidroponia. 
Utilizando este sistema, obtemos não só os vegetais, como também os peixes, 
sempre frescos e sãos. 
Seu funcionamento é muito simples, pois que, os nutrientes necessários à 
alimentação das plantas, são fornecidos pelos peixes, e ao mesmo tempo, as 
plantas purificam a água poluída por eles, e onde os mesmos deitam. 
Este ambiente mutuamente benéfico, reproduz as condições que a Natureza 
proporciona, porém, elas ficam sob o nosso controle total. 
O sistema aquaponico é o ideal para manter-se em nossas próprias residências, 
até mesmo num apartamento, e ao mesmo tempo, permite a instalação de grandes 
complexos comerciais, onde são possíveis duas fontes de renda simultâneas: - as 
plantas e os peixes. 
Existem dois sistemas AQUAPONICO distintos. 
No primeiro, as fezes dos peixes são mantidas na água, que é circulada por um 
Biofiltro, que na verdade é um tipo de Biodigestor, onde se processam duas 
biodecomposições. 
A primeira biodecomposição dá-se no nível superior do biofiltro, em ambiente 
aeróbio, onde bactérias aeróbias transformam o nitrogênio expelido pelos peixes 
através das guelras, na forma de amônia, em nitratos. 
A segunda, dá-se na parte mais profunda do biofiltro, em ambiente anaeróbio, 
onde as fezes dos peixes são transformadas em vários sais minerais. 
Os sais minerais das duas biodecomposições, dissolvem-se e ionizam-se na 
água, e são absorvidos pelas plantas, restando então uma água livre de sais e 
impurezas, que é retornada aos tanques de criação de peixes. 
No segundo sistema, as fezes dos peixes são retiradas da água por filtragem 
mecânica, e a água carregada de amônia, deitado através das guelras dos peixes, 
passa por um biofiltro. 
Neste biofiltro, a amônia é transformado em nitratos pelas bactérias, e estes 
nitratos são absorvidos pelas plantas, restando uma água pura, que é retornada aos 
tanques de criação de peixes. 
As fezes dos peixes, retiradas dos filtros mecânicos, é utilizada de duas maneiras 
diferentes. 
A mais simples, é sua compostagem por decomposição aeróbia, e posterior 
utilização do composto orgânico obtido, na fertilização de solos na agricultura 
convencional. 
A outra forma de utilização destas fezes, é o seu processamento em 
Biodigestores Anaeróbios, e posterior utilização do Biofertilizante obtido, tanto no 
 
 
 
processo hidropônico, por reciclagem, como para fertilização de solos como no 
processo anterior. 
Note-se, que não existem perdas no sistema, a não ser a água consumida pelas 
plantas e pelos peixes, além daquela evaporada à superfície dos tanques de criação 
e das bancadas de cultivo, bem como a perdida durante a transpiração das plantas. 
Apesar de aparentemente simples, o sistema é bem mais complexo, pois estamos 
lidando com duas biomassas totalmente antagônicas. 
A biomassa constituída pelos peixes, essencialmente aquática, e a biomassa 
constituída pelas plantas, totalmente terrestre. 
Equilibrar estas duas biomassas, é uma tarefa difícil, e exige conhecimentos e 
pesquisas. 
Desta feita, é sempre aconselhável o apoio de uma boa assessoria técnica, para 
montar um sistema aquapónico comercial. 
Além disso, é recomendável ler e estudar livros que possam proporcionar 
conhecimentos básicos sobre hidroponia, pois que esta técnica é baseada em 
conhecimentos científicos, extraídos e desenvolvidos a partir de práticas agrícolas 
milenares. 
A integração da hidroponia orgânica pura com a Aquacultura ou Aquicultura, como 
é conhecida a criação de peixes em cativeiro, constitui um mini-sistema ecológico 
fechado, altamente amigável ao meio ambiente, onde temos a recuperação e 
reciclagem de todos os elementos que participam do processo. 
O SISTEMA GEO-HIDROPONICO OU GEO-HIDROPONIA (GEO- 
HYDROPONIC SYSTEM) 
 
O Sistema Geo-Hidroponico, ou Geo-Hidroponia, foi recentemente desenvolvido 
no Brasil, e apesar de continuar em estudos, já demonstrou sua eficiência e 
economia. 
Como na aquaponia, utiliza os escrementos de animais terrestres, criados em 
cativeiro ou em confinamento. 
São utilizados desde escrementos de gado bovino, até os de aves, como as 
galinhas poedeiras. 
O importante, é que tais escrementos sejam de animais criados em confinamento 
total, para não termos contaminações indesejáveis. 
Eis porque, os escrementos de galinhas poedeiras têm sido os mais pesquisados, 
não só pela facilidade na sua coleta, mas também pelos benefícios paralelos que se 
podem obter com seu aproveitamento. 
Por exemplo, não podemos desprezar o grave problema que os escrementos 
representam nas granjas de galinhas poedeiras. 
E a Geo-Hidroponia, apresenta a solução ideal para tal problema. 
Quaisquer que sejam os escrementos utilizados, estes devem ser processados 
num Biodigestor Anaeróbio, para que se consiga uma total biodigestão dos mesmos. 
Após este processamento o produto final obtido é o Biofertilizante, uma solução 
altamente concentrada de sais minerais e organo-minerais, de alto valor nutritivo 
para as plantas. 
O biofertilizante é então controlado, dosado, e diluido em água, obtendo-se assim, 
uma solução nutritiva, que será utilizada em qualquer sistema hidropônico. 
Aparentemente simples, o processo envolve uma série de controles, que deverão 
ser levados a cabo com meticulosidade. 
O ponto principal, é a construção e manejo correto de um Biodigestor, 
 
 
 
equipamento lamentàvelmente bastante em desuso nos dias atuais. 
Como na Aquaponia, é um sistema muito amigavel ao meio ambiente, pois não o 
agride, e pelo contrário, mantem-no limpo. 
Todas as etapas deste sistema, são absolutamente naturais, e estão sob nosso 
controle total. 
Diferentemente do sistema aquaponico, nossa solução de nutrientes não está 
sujeita ao controle do equilíbrio de duas biomassas antagónicas, o que simplifica 
nossas tarefas. 
Mas, os controles necessários às soluções inorgânicas, deverão ser aqui 
observados. 
O QUE É BIODIGESTÃO? 
 
A palavra Biodigestão, é derivada da palavra grega Bios, que significa vida, e da 
palavra latina Digestione, que significa Digestão ou Decomposição, ou ainda, 
transformação de matérias não assimiláveis, por outras assimiláveis pelos seres 
vivos. 
Cientìficamente, Biodigestão, é um processo de degradação, transformação ou 
decomposição de substâncias vegetais e ou animais (conhecidas por Matéria 
Orgânica), levado a efeito por seres vivos, como o homem, ou mesmo por 
microorganismos ou bactérias. 
Vários produtos sintéticos produzidos pelo homem, também são passíveis de 
biodigestão, os quais são conhecidos como Produtos Biodegradáveis . 
O meio ou aparelho através do qual se processa a biodigestão, é denominado 
Biodigestor, e conforme este, a biodigestão se processa de três maneiras básicas 
diferentes.Na primeira, ela se processa através de um organismo animal, que digere os 
alimentos, assimila uma parte dos mesmos, e escreta outra. É a Biodigestão 
Animal. 
A excreção, de uma ou de outra forma, acaba indo para o solo, onde, através da 
ação de bactérias, também é digerida até ao ponto de solubilização em água. 
Esta solução, conhecida por Solução do Solo, é rica em sais minerais, os quais 
estão ionizados na água, e prontos para serem absorvidos pelas plantas. 
Desta forma, se estabelece e completa-se um ciclo biológico, na sequência: 
VEGETAL - ANIMAL - DEGRADAÇÃO - SOLO - DEGRADAÇÃO - VEGETAL 
Neste caso, o biodigestor é um animal. 
Na segunda maneira ou processo de biodigestão, a Matéria Orgânica e ou a 
Matéria Organizada, não passa pelo organismo de um animal, e é lançada 
diretamente ao solo. 
Aqui, sofre a ação mecânica de ventos, chuvas e outras intempéries, e 
eventualmente, a ação de pisoteio de vários animais. 
Sofre ainda a ação química do oxigênio do ar, ajudada pela ação catalítica dos 
raios solares. 
Pela ação mecânica das intempéries e do pisoteio, a matéria orgânica vai 
entrando em maior contacto com o solo, incorporando-se ao mesmo, onde sofre a 
ação de macro e microorganismos animais e vegetais. 
Lentamente, essa matéria orgânica vai sendo decomposta, até à forma de 
compostos solúveis em água, os quais passam a compor a solução do solo, a qual é 
absorvida pelas plantas, completando-se assim o ciclo biológico já mencionado. 
 
 
 
Esta é a Biodigestão Natural, e o biodigestor é o solo. 
A terceira maneira ou processo de biodigestão, é bastante semelhante à segunda, 
porém nesta, consideramos o homem como elemento participante do processo. 
Nesta, dejetos animais, inclusive os humanos, além de produtos sintéticos 
preparados pelo homem para seu uso, são deliberadamente lançados ao solo ou 
nos cursos de água. 
No solo ou na água, tais dejetos sofrem a ação de macro e microorganismos, são 
bio-degradados num ciclo bastante curto, e uma vez na forma de sais solúveis em 
água, passam a integrar a solução do solo. 
E aqui, o biodigestor é o solo, um rio, um lago ou até mesmo uma lagoa. 
MATÉRIA ORGÂNICA E MATÉRIA ORGANIZADA 
 
É de conhecimento geral, que substâncias vegetais e ou animais, mortas, e às 
vezes parcialmente mortas e mesmo ainda vivas (como é o caso de muitas plantas), 
constituem o que chamamos de Matéria Orgânica. 
Os elementos constituintes da matéria orgânica passível de decomposição, 
normalmente não mais são dotados de vida ativa, e, quando esta ainda existe, já 
está em fase final, como algumas plantas, que apesar de cortadas, ainda mantém 
vida residual, e mesmo os ossos dos animais, que mantém vida parcial durante 
longos períodos. 
Adotamos o neologismo Matéria Organizada, para definir a matéria orgânica, a 
matéria organo-mineral e a matéria mineral, ordenadas de forma adequada a poder 
assumir vida própria. 
Desta forma, teremos a Matéria Organizada imediatamente antes de um conjunto 
ordenado de compostos químicos assumirem vida própria, e portanto passarem a 
constituir um "ser vivo", e imediatamente após deixarem de ter vida própria. 
Após a extinção da vida, a matéria organizada mantém-se durante pequenos 
períodos de tempo, após os quais, passa a ser simplesmente matéria orgânica, 
passível de biodecomposição. 
Note-se que, embora denominemos este complexo de compostos como matéria 
orgânica, isto não significa que seja constituído apenas de compostos orgânicos. 
Na sua constituição entram também compostos inorgânicos, elementos químicos 
unitários, como o oxigênio e o hidrogénio, e compostos organo-inorgânicos ou 
organo minerais, como o citrato de sódio, sal organo-mineral derivado do Ácido 
Cítrico, que é um ácido orgânico, com o Sódio, que é um elemento inorgânico ou 
mineral. 
O BIOFERTILIZANTE 
 
Durante a crise do petróleo nos anos 70, o Biodigestor foi apresentado como 
alternativa para obtenção de energia térmica, pela produção do Biogás. 
Na verdade, o gás combustível obtido do mesmo, é em quantidades muito 
pequenas, e difìcilmente justifica a construção de um biodigestor, exclusivamente 
para sua produção e utilização como fonte de energia térmica, ou mesmo como 
fonte de produção de gás carbônico ou de ácido sulfídrico. 
O verdadeiro valor de um biodigestor, está no adubo produzido pelo mesmo, o 
qual é conhecido como Biofertilizante, e no saneamento que ele proporciona. 
Após as diversas fases da Biodigestão, o produto resultante é um líquido escuro, 
em virtude da presença do Húmus, a que denominamos Biofertilizante Puro, o qual 
pode ser usado em qualquer solo, como adubo de origem orgânica de alta 
 
 
 
qualidade, ou como corretivo de acidez, de vida bacteriana e de textura. 
O Biofertilizante puro, apresenta uma concentração de nutrientes relativamente 
alta, e apesar disso, pode ser utilizado diretamente no solo. 
É um grande auxiliar quando utilizado como aditivo na preparação de Soluções 
Nutritivas na prática da Hidroponia Organo-Inorgânica, promovendo enorme 
aumento na produtividade dos cultivos hidropônicos. 
Uma vez diluido, constitui um grande adubo foliar, e nesta forma, é geralmente 
conhecido como Biofertilizante Diluido. 
O biofertilizante diluido, apresenta também excelentes condições para utilização 
como Solução Nutritiva, na prática da Hidroponia Orgânica. 
As vantagens na utilização do biofertilizante são enormes, não só pelo seu custo 
muito baixo, mas também pelos resultados na produtividade agrícola. 
No entanto, pode eventualmente não ser o adubo mais adequado para todas as 
culturas. 
Além disso, sua composição pode variar muito, dependendo das variações da 
matéria orgânica utilizada para alimentar o Biodigestor que o produz. 
Desta forma, para se obter uma linearidade na composição do biofertilizante, é 
aconselhável que também se mantenha uma linearidade no tipo, qualidade e 
composição da Matéria Orgânica básica utilizada na sua preparação. 
A utilização correta de um biofertilizante, é a chave principal para atingirmos os 
melhores índices de produtividade agrícola, e para tanto, existem algumas regras 
que devem ser observadas, e que poderíamos enumerar como segue: 
1 - Proceder periòdicamente a análises fisico-químicas do biofertilizante, para 
determinar quais os teôres dos elementos químicos componentes do mesmo, e sua 
solubilidade total ou parcial na água. 
Não havendo grandes modificações ou variações na composição da matéria 
orgânica básica, uma análise mensal é suficiente. 
2 - Conduzir uma análise fisico-química do solo onde se pretende cultivar 
determinado vegetal, para determinar o teor e os componentes químicos dêsse solo, 
e seu grau de solubilidade. 
3 - Saber por literatura especializada ou por análise, quais os teôres e os 
componentes do vegetal a ser cultivado. 
Com os dados enumerados nos itens acima, faz-se então a correção da 
composição química do biofertilizante, por adição de nutrientes solúveis, operação 
esta denominada como Mineralização do Biofertilizante. 
O processo de mineralização, poderá não ser uma operação fácil para muitos 
agricultores, e é aconselhável àqueles que sentirem dificuldades para tanto, 
servirem-se de uma acessoria adequada. 
Os procedimentos aqui descritos, também devem ser observados quando da 
utilização do biofertilizante como Solução Nutritiva na Hidroponia. 
 
 
 
O BIOGÁS 
 
Considerado como sub-produto da Biodigestão, e consequentemente do 
Biodigestor, pois atinge somente de 2,0 a 4,0 % do peso da Matéria Orgânica inicial 
utilizada no processo, o Biogás é uma mistura de gases, e sua composição média é: 
Metano (CH4) - 60,0% 
Gás Carbónico (CO2) - 38,0% 
Gás (Ácido) Sulfídrico (SH2) e outros gases - 1,5% 
Conseqüência do alto teor de metano, é um gás ótimo para geração de energiatérmica, e mesmo como combustível para motores de explosão. 
Para aumentar o rendimento térmico do biogás, e eliminar sua característica 
corrosiva, devido à presença do ácido sulfídrico, é aconselhável tratá-lo. 
Assim sendo, o gás sulfídrico deverá ser eliminado por lavagem em lixívia de 
Hidróxido de Potássio, e o sal resultante, adicionado ao Biofertilizante para 
enriquecê-lo com Enxôfre e Potássio. 
O gás carbônico pode ser eliminado por lavagem do biogás com água sob média 
pressão, e posteriormente utilizado para enchimento de extintores de incêndio. 
Também podemos eliminar o gás carbônico, por lavagem do biogás com hidróxido 
de cálcio, e o sal resultante (carbonato de cálcio ou calcário), utilizado para correção 
do pH de solos ácidos. 
O gás final, será metano puro, um ótimo combustível, que tanto poderá ser 
utilizado a baixas pressões, em fogões e estufas, como armazenado sob altas 
pressões em cilindros apropriados, que apresentem resistência à pressão similar 
àquela dos utilizados para engarrafamento de hidrogénio ou de oxigênio. 
 
 
EU SOU O HUMUS 
 
 
Para aqueles que já me conhecem e convivem comigo, saibam que me sinto o 
mais gratificado personagem do Universo, e que continuarei, como sempre, 
humildemente, a propiciar-lhes mais colheitas do que qualquer outro possa ter, ao 
mais baixo custo que alguém, por mais que faça, possa imaginar. 
Para aqueles que já me conhecem, e ainda não convivem comigo, só lhes peço 
mais uma vez, que me deem uma chance para ajudá-los. 
Será que algum agricultor se arrependeria de colher o dôbro, pela metade do 
custo? É difícil de acreditar. 
Para aqueles que não me conhecem, permitam-me que me apresente: 
Meu nome é HUMUS, seu fiel servidor, personalizado pelo autor destas páginas 
 
 
 
no boneco que nelas tem aparecido frequentemente. 
Meu Pai, é o Grande Arquiteto do Universo. 
Minha Mãe, bem, é a Matéria Orgânica. 
Minha residência, quando não me mandam embora ou me destroem, é o solo. 
Qualquer solo. Até o de sua propriedade agrícola. 
Eu começo a existir, quando a matéria orgânica, minha mãe, entra em 
decomposição, pela ação de fenómenos bioquímicos, provocados por 
microorganismos, e por fenómenos puramente químicos. 
Fundamentalmente, a matéria orgânica é uma mistura muito variada de resíduos 
vegetais e ou animais, que todos os agricultores, mesmo involuntáriamente, 
incorporam ao solo, ou deixam abandonada sobre ele. 
Por sua origem, vegetal ou animal, essa massa traz incorporada uma variedade 
imensa de microorganismos, que para sobreviverem, decompõem-na, retirando da 
mesma, energia e elementos que lhe são necessários tanto à sua formação e 
sobrevivência, quanto à sua multiplicação. 
Por isto, o solo aparece-nos assim como uma massa em contínua evolução. 
Tem vida. 
E é precisamente a matéria orgânica e a sua constante decomposição, que 
imprimem ao solo, características químicas e biológicas de extrema importância para 
a vida das plantas. 
A matéria orgânica pode então considerar-se constituída por duas frações. 
A primeira, constituída pelos resíduos vegetais e ou animais em constante 
decomposição, que se tem denominado como Matéria Não Húmica, ou Substância 
Não Húmica, a qual produz por mineralização, carbohidratos, e libera elementos 
fertilizantes. 
Por esse motivo, também é designada por Húmus Nutritivo. 
As substâncias não húmicas, têm um papel muito importante na dinâmica do solo, 
porque servem de alimentação aos microorganismos vegetais, a animais 
microscópicos, e até a algumas espécies um pouco mais evoluidas, como os 
anelídeos (minhocas). 
A segunda parte da matéria orgânica, de cor escura, resiste fortemente à 
decomposição biológica, e tem sido denominada como Húmus Estável, ou Húmus 
Permanente, ou ainda como Húmus Ativo. 
Esse, sou EU. 
Sim, aqui estou. Uma substância negra, formada no solo pela decomposição de 
substâncias orgânicas, sob a ação combinada do ar, do espectro solar, da 
humidade, e de microorganismos. 
Sou Matéria Viva, e não gosto de viver sòzinho. 
Estou sempre acompanhado de microorganismos, como bactérias, de anelídeos, 
de algas, de fungos, e de outros. 
Cá para nós, tenho de confessar: - sem eles, eu não poderia existir. 
O autor destas linhas, resolveu personificar-me naquele bonequinho que se 
encontra várias vezes nesta página. Acho que não fiquei muito feio. 
Quìmicamente, sou composto, na maior parte, de ácidos húmicos, ou ácido 
húmico (para facilitar), e humus insolúvel, além de outras substâncias mais ou 
menos complexas, como aminoácidos, ácidos nucleicos, fosfolipídeos, fitina (fosfato 
de tiamina), vitaminas, hormonios, enzimas, antibióticos, complexos 
organometálicos, e muitas outras substâncias. 
Se alguém me tratar com amoníaco, a frio, verá que me transformo num líquido 
negro, e num depósito ou precipitado insolúvel. 
 
 
 
Êsse líquido negro, á uma substância coloidal, que foi denominada como Humato 
de Amonea, formada pela combinação de meu ácido húmico com o amoníaco. 
A parte insolúvel, é o Húmus Insolúvel. 
O meu ácido húmico, tem a propriedade de se comportar como um colóide, da 
mesma maneira como a argila. Só que é ainda mais estavel do que o da argila. 
Assim, provoca os mesmos fenómenos de absorção, porém, de maneira muito 
mais intensa. 
Como lhes disse, não gosto de viver sòzinho. 
Também me associo aos colóides minerais do solo, e desta forma, passo a ter um 
papel determinante no equilíbrio de retenção e liberação dos elementos fertilizantes, 
e na própria retenção da água. 
Se alguém me comparar aos colóides minerais, garanto que não poderá distinguir 
qual de nós é o mais favorável ao solo. 
Juntos, nós nos completamos, e nossa presença é fundamental para a 
manutenção da produtividade agrícola. 
Nos solos pesados e compactos, eu produzo um efeito mecânico de 
destorroamento, aumento os espaços lacunares, estabilizo os agregados, 
aumentando a capacidade de retenção de água no solo, e evitando a formação de 
crostas superficiais. 
Assim sendo, eu melhoro a drenagem hídrica e o arejamento, diminuindo assim a 
erosão provocada pela água. 
Ainda por estas propriedades, facilito a atividade dos microorganismos, e crio 
condições para a completa difusão pelo solo das raízes e pêlos radiculares das 
plantas. 
Pela minha presença, a densidade aparente do solo diminui. 
Nos solos leves, meus compostos coloidais exercem um efeito opôsto, 
aglutinando-os, granulando-os, e dando-lhes assim mais corpo. 
Os espaços lacunares, e consequentemente, a permeabilidade do solo, reduzem- 
se, mas por outro lado, aumento-lhe a retenção da água. 
Eu também absorvo água, à razão de 5 a 6 vezes meu peso. 
Quando eu absorvo água, aumento de volume, e, quando a perco, diminuo de 
volume. 
Com isto, eu mexo na estrutura do solo, através da movimentação mecânica que 
provoco. 
Conseqüência do meu efeito de granulação sobre os solos leves, também evito, 
em parte, a erosão causada pelos ventos (erosão eólica). 
Como eu reduzo a plasticidade e a coesão das partículas do solo, eu o torno mais 
fàcilmente trabalhável. 
Devido à minha cor preta, escureço a cor do solo, e assim este absorve, como é 
óbvio, maior quantidade de energia radiante. 
Desta forma, o solo aquece-se mais ràpidamente, e resfria-se mais lentamente, 
diminuindo o tempo de germinação das sementes, e linearizando um pouco mais as 
oscilações térmicas a que está submetido. 
Tenho uma enorme Capacidade de Troca de Cátions (CTC), e por mim, a CTC 
também aumenta. 
Como já lhes disse, tenho um comportamento coloidal, e como tal, sou 
especialmente recomendado para solos arenosos, pois vou aumentar-lhes o teor em 
elementos coloidais. 
Como colóide, tenho propriedades aderentes, e provoco a coagulação das 
partículas arenosas, possibilitando assim a formação de agregados,especialmente 
 
 
 
quando há cátions bivalentes, como o Cálcio e o Magnésio. 
Eu, como colóide, sou eletronegativo, e assim sendo, absorvo e retenho os 
elementos nutritivos sob a forma de cátions, como o Cálcio, o Magnésio, o Potássio, 
o Amonio, e impeço o seu arrastamento, por minha ação eletromecânica. 
No entanto, deixo esses elementos suficientemente livres, para poderem 
fàcilmente ser absorvidos pelas plantas. 
De fato, as substâncias das quais sou composto, constituem uma reserva de 
elementos nutritivos muito útil, pois está à disposição das plantas de forma lenta e 
progressiva. 
Porisso, minha incorporação ao solo permite economizar elementos nutritivos 
minerais. 
Como eu aumento a Capacidade de Troca de Cátions (CTC), e em virtude da 
minha constituição parcial de ácidos orgânicos, os ácidos húmicos, quando estes se 
associam ao Fósforo e ao Cálcio, atuam no solo como tamponizantes da acidez, e 
como fontes de fosfato assimilável pelas plantas. 
Isto acontece, provàvelmente numa reação anfótera, semelhante ao que ocorre 
com o leite. 
Quanto mais Húmus, maior a resistência do solo às mudanças do pH. 
Assim, quando o solo onde eu for colocado estiver ácido ou alcalino, não exagere 
na preocupação em corrigir o pH. Deixe primeiro eu trabalhar. 
Se eu não conseguir fazer tudo, pedirei ajuda. 
Acham que eu iria deixar alguém gastar desnecessàriamente doses elevadas de 
calcário ou enxôfre? 
Ainda como conseqüência de meus ácidos húmicos, eu solubilizo substâncias 
minerais do solo, colocando-as à disposição das plantas. 
Exemplo típico, é o que eu faço com o Potássio fixado ao solo. 
Como já lhes disse, e volto a repetir, não gosto de viver sòzinho, e se há alguém 
que procuro manter perto de mim, é aquela parcela de minha mãe, a que chamei de 
Matéria Não Húmica, ou Substância Não Húmica, ou ainda Húmus Nutritivo. 
O húmus nutritivo é muito importante, porque é o manancial de alimentos dos 
microorganismos. 
E não é só isso. Ele também contribui para a formação de produtos úteis ao 
metabolismo desses organismos. 
Uma parte do húmus nutritivo, é consumida pela respiração dos microorganismos, 
pela qual se forma gás carbônico. 
Parte deste, difunde-se na atmosfera, e é assimilado pelas plantas verdes por 
ação clorofiliana. 
Outra parte, solubiliza-se na solução do solo, e forma ácido carbônico, o qual 
provoca a solubilização dos elementos nutritivos em forma não assimilável, e 
contribui para a formação de uma estrutura granulada estável, por dissolução dos 
compostos cálcicos. 
Durante a transformação biológica das substâncias orgânicas, as mais fàcilmente 
atacáveis, decompõem-se, ao passo que as mais resistentes se acumulam. 
O desaparecimento das primeiras, facilita a transformação das segundas. 
Estas, logo que as condições forem favoráveis, transformam-se por auto- 
oxidação, condensação, e polimerização, em compostos húmicos, de cor escura e 
de peso molecular mais elevado. 
Devido à respiração dos microorganismos, estes consomem grandes volumes de 
oxigênio, que é retirado do ar acumulado nas lacunas do solo, criando assim uma 
diminuição do teor de oxigênio desse ar. 
 
 
 
Ocorre então, que elementos como o Ferro e o Manganês, que em solos arejados 
estão em formas oxidadas, Fe+++ e Mn+++, não aproveitáveis pelas plantas, se 
reduzem para Fe++ e Mn++, que são formas bem absorvíveis. 
Eu ainda vou mais longe. 
Durante minha formação, formam-se complexos orgânicos com o Ferro, 
Manganês, Boro, Zinco, e outros, a que chamamos de micro elementos, complexos 
esses que não permitem que tais elementos se precipitem, colocando-os sempre 
disponíveis às plantas. 
Eu sei fazer isso há muito tempo, e sempre coloquei essa capacidade à 
disposição de quem a quisesse. 
Porém, só há relativamente pouco tempo, os cientistas desenvolveram os 
complexos organometálicos sintéticos, como os quelados. 
Resumindo, posso apontar-lhes minhas principais funções no solo: 
1 - Melhoro as propriedades físicas, favorecendo o estabelecimento e a 
manutenção de uma estrutura propícia ao desenvolvimento das plantas. 
2 - Sou um manancial de elementos nutritivos. 
3 - Sou uma fonte de Carbono, e promovo a formação de gás carbônico, que, 
dissolvendo-se na água do solo, aumenta o seu poder de solubilização. 
4 - Mantenho o Fósforo em estado assimilável pelas plantas, mesmo em presença 
de calcário e Ferro livres, devido à formação de complexos fosfo-húmicos. 
5 - Sou uma fonte muito importante de Nitrogênio 
6 - Reduzo a fixação do potássio. 
7 - Forneço ao solo quantidades prodigiosas de microorganismos, e favoreço o 
seu desenvolvimento. 
8 - Formo com a argila, em presença do calcário, o Complexo de Absorção dos 
Solos, e contribuo também para a retenção de matérias nutritivas. 
9 - Aumento a capacidade de produção agrícola, sendo justamente considerado 
como base da fertilidade dos solos. 
Infelizmente, eu desapareço aos poucos dos solos cultivados. 
Por quê? Há muitas razões, algumas das quais poderão conhecer a seguir. 
As matérias orgânicas, quais sejam, as restevas e todo e qualquer resíduo que 
fica no solo após as colheitas, são em quantidade muito pequena para que eu me 
refaça. Sou mais consumido do que reposto. 
repostoração mal equilibrada do solo, ou não permite a minha formação, ou não 
permite a minha fixação. 
A aração do solo é uma das operações que mais contribuem para a minha 
destruição. 
Quanto a queimarem por cima de mim, resíduos da limpeza dos solos, nem quero 
falar. Que crime comete comigo. 
A temperatura e a humidade do solo, normalmente com estrutura física mal 
condicionada, ou inibem minha formação, ou me destroem. 
Solo de onde me mandaram embora se torne infértil, e dificultam meu retorno. 
A topografia do solo, às vezes, também dificulta minha formação. 
 
 
 
E também, como todos os seres viventes, a idade do solo nem sempre me facilita 
a vida. 
Num solo jovem, eu sempre estou lá, mas não mais do que 5 anos, se esse solo 
for usado e não cuidarem um pouquinho de mim. 
Após utilizarem o solo para agricultura, esquece-se de mim, desgastam-me, não 
repõem matéria orgânica para que eu me refaça, e no final, na realidade, estão me 
mandando embora. 
Mas eu não sou humano. Não tenho sentimentos. Simplesmente existo. 
Não me entristeço, não choro, não fico alegre, e, o que é mais importante, não 
morro. Simplesmente vou para os lugares onde me queiram. 
Quem me criou, também providenciou, em algum lugar, sempre, uma fração de 
solo para eu me acomodar. 
Por favor, não queiram destruir isso também. 
Mas eu não sou tão bonzinho assim, como alguém possa pensar. 
Se me mandarem embora, e me quiserem de volta, devo dizer-lhes que eu 
demoro para me formar. 
Afinal de contas, qualquer ser vivo precisa de algum tempo para se tornar adulto, 
e exercer plenamente as atividades de sua espécie. 
E, afinal de contas, de uma forma ou de outra, eu sou Matéria Viva. 
Seguindo os processos naturais, aquele que me quiser de volta, e começar agora 
a incorporar matéria orgânica ao seu solo, mesmo que use somente os conhecidos 
"compostos orgânicos", ou os "estercos curtidos", só daqui a uns 5 anos teria de 6,0 
a 7,0% dessa matéria orgânica transformada na minha pessoa. 
Demorado, não acham? 
Ora, isso não é motivo para entristecer ninguém, ou mesmo fazer com que 
desistam da idéia de me ter. Aliás, a melhor idéia que já puderam ter. 
Alguns grupos de estudiosos e pesquisadores, integrando Agrônomos, 
Engenheiros, Biólogos, Biomédicos e Bioquímicos, inconformados com o meu 
desaparecimento paulatino, e por me terem como um amigo, decidiram ajudá-los. 
Meteram mãos à obra. 
Pesquisaram a Natureza, colheram dados, informações, pernoitaram em seus 
laboratórios, e finalmente, triunfaram. 
Descobriram processos simples, baratose eficientes para, estimulando os 
processos da natureza, fazerem eu me desenvolver, e aparecer ràpidamente. 
De acordo com os processos descobertos, em apenas 30 dias, qualquer Matéria 
Orgânica terá 40,0% de seu total transformado em Húmus Ativo, e no máximo em 90 
dias, 70,0% de seu total, serei EU. 
Isso é muito mais do que 5,0% de Húmus que a natureza vos dá em 5 anos. 
Ainda existe quem gosta de mim. 
Bem, amigos, este sou EU, o Húmus. 
Espero que agora me conheçam bem, e possam dar-me algum valor. 
Neste texto, procurei mostrar-me o melhor possível, através de algumas de 
minhas facetas principais, e espero que tenham gostado de mim. 
E, se dentre vocês que agora passaram a conhecer-me um pouco melhor, tiver 
alguém que me queira no solo de sua propriedade, de forma rápida, procure aquele 
grupo de cientistas de que lhes falei. 
Em algum lugar vocês os encontrarão. 
Quanto a mim, bem, estou prontinho a ir com quem me querer. 
Que a Força Maior do Universo esteja sempre com todos vocês. 
 
 
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A HIDROPONIA HOJE 
 
A Hidroponia é uma técnica bastante jovem, pois está sendo utilizada da 
comercialmente há pouco mais de 60 anos. 
Muitos autores e pesquisadores consideram-na já como sendo uma Ciência. 
Todavia, mesmo neste curto período de tempo, foi adaptada às mais diversas 
situações, desde culturas ao ar livre, em estufas, até em culturas especializadas em 
submarinos atômicos, nas naves espaciais, e nas futuras estações no espaço 
sideral. 
É uma ciência da era espacial, e no entanto, pode ser usada em paises 
subdesenvolvidos do todo o mundo, para produzir grandes quantidades de alimentos 
em áreas muito reduzidas. 
Suas únicas restrições, são água limpa e nutrientes. Onde não houver água 
potável, pode usar-se água salobra ou água do mar desalinizada. Onde não houver 
nutrientes industrializados, podem usar-se os extraídos de dejetos tratados em 
biodigestores. 
Assim sendo, apresenta enorme potencial de aplicação no provimento de 
alimentos em áreas de terras não agricultáveis, como os desertos, seja os naturais, 
seja os provocados pelo ser humano. 
Os complexos hidropônicos podem ser localizados ao longo das costas marinhas, 
em coberturas de edifícios em grandes centros urbanos, nos quintais de residências, 
e nos apartamentos em edifícios. 
Pela hidroponia, podemos produzir não só folhagens e frutos utilizados em 
saladas como complemento alimentar de alto valor nutritivo, como também erva para 
alimentar gado de corte e leiteiro 
Numa área de 20 m², podem produzir-se hidropònicamente, 450 kg diários de 
erva fresca, que não só pode alimentar gado doméstico, como animais em jardins 
zoológicos. 
A erva hidropônica aumenta em cerca de 30% a produção de leite dos animais em 
lactação, e a relação de conversão em animais de corte, aumenta cerca de 20%. 
Com alimentação constituída de erva hidropônica, a potência dos machos e a 
concepção da fêmeas aumentam consideràvelmente. 
Usando-se erva hidropônica nas granjas de galinhas poedeiras, a postura 
aumenta cerca de 40%, ao mesmo tempo que desaparece o canibalismo nas 
granjas produtoras de frangos de corte. 
Pela hidroponia, produzem-se ervas aromáticas e medicinais, que em nada 
diferem em qualidade das produzidas convencionalmente em solos comuns. 
As ervas medicinais podem ser produzidas em ambientes totalmente assépticos, 
e conforme a parte da planta utilizada, podemos dirigir o maior desenvolvimento da 
mesma para folhas ou raízes. 
Também se produzem normalmente plantas aproveitadas pelas folhas, pelos 
frutos, pelas sementes, pelas raízes ou pelos tubérculos. 
Podemos ainda controlar a qualidade das plantas, no que diz respeito ao teor de 
açúcar, de vitaminas e de compostos essenciais. 
Pela hidroponia, podemos enriquecer as plantas, de tal forma que apresentem 
maior poder alimentício não só para o ser humano mas também para outros animais 
que delas se alimentem. 
Plantas produzidas hidropònicamente, podem ser dotadas de micro-elementos 
necessário ser humano, e não necessários a elas mesmas. E tudo isto de forma 
natural, pelo simples gerenciamento da nutrição das mesmas. 
 
 
 
A hidroponia não só possibilita a produção de alimentos, como proporciona um 
sistema simples e eficiente na purificação do ar ambiente poluído, sistema esse 
desenvolvido e testado pela N.A.S.A., e que será usado na primeira estação 
espacial. 
Com tudo isto, a hidroponia ainda enfrenta problemas que freiam seu 
desenvolvimento como um todo. 
Um deles é a atitude negativa que muitos mestres e pessoas de elevadas 
posições nas universidades e escolas agrícolas tomam frente a esta técnica. 
Tais atitudes vão desde o total desinteresse até à hostilidade abertamente 
declarada. E são, na maioria, resultado de sua relutância em aceitar, ou pelo 
menos estudar sistemas que podem conflitar com suas tradições. 
Enfim, como é típico do ser humano, procura destruir-se o que não se conhece. 
Mas felizmente, espalhados pelo mundo, existem pessoas de mente aberta e 
suficientemente generosas, sempre prontas a auxiliar os produtores a instalar seus 
complexos hidropônicos. 
Para a Hidroponia, o futuro é muito promissor. 
No entanto, é necessário frisar que a Hidroponia não é "A SOLUÇÃO", mas é 
"UMA SOLUÇÃO" dentre muitas, que pode auxiliar a diminuir a fome que domina 
tantas partes de nosso planeta. 
Sua aplicação poderá ser vista tanto pelo lado simplesmente comercial, como 
pelo lado de absoluta necessidade, frente à impossibilidade na aplicação de outros 
métodos agrícolas mais tradicionais. 
Seja num caso, seja no outro, sua aplicação jamais deverá ser levada a efeito 
sem o conhecimento de seus princípios fundamentais, seguidos de um estudo e 
planejamento adequados. 
 
ANÁLISE E IMPLANTAÇÃO 
 
A implantação de um sistema hidropônico deve sempre ser precedido 
por algumas análises para que esta decisão financeira venha de fato 
preencher suas aspirações e necessidades. 
Basicamente deve-se considerar principalmente dois aspectos: o 
comercial e o técnico. O primeiro varia muito de região a região com todas 
as suas características culturais, sociais e climáticas. O segundo 
praticamente em função da característica climática. 
Destacamos alguns pontos para orientar estas análises: 
 
 Análise de mercado, para determinar o mercado consumidor e a 
demanda, determinando-se locais de entrega, preços, prazos, etc. 
Esta análise é fundamental pois através dela é que se vai 
dimensionar a produção e calcular todo o investimento, o retorno e 
o lucro. Por outro lado pode-se ter uma idéia melhor do produto que 
este mercado potencialmente consumiria. 
 
 Local de implantação em função do mercado consumidor. Quanto 
mais perto, menor o custo de frete. 
 
 
 
 Desenvolver sua habilidade de marketing para fazer ver ao cliente 
que se trata de produto diferenciado, com inúmeras vantagens 
(como citado anteriormente) e em sintonia com a atual demanda de 
mercado por qualidade e garantia. 
 
 Ter em mente que uma aparente economia inicial irá se refletir em 
custo de mão-de-obra e produtividade ao longo do tempo, portanto 
a modernização de equipamentos é fundamental. 
 
 Eventuais problemas de energia devem ser previstos para 
determinar quais as melhores alternativas a serem adotadas em 
função do custo-benefício. 
 
 Tamanho da instalação; embora seja o mercado consumidor que vai 
ditar os números de produção, é interessante iniciar-se com um 
projeto piloto, enquanto se adquire experiência, prevendo-se as 
futuras ampliações. 
 
 Disponibilidade de mão-de-obra constante, como qualquer outra 
atividadeagrícola. 
 
 Prever capitalização para num futuro próximo iniciar o pré- 
processamento. 
 
Deve-se ter em conta que é essencial manter-se constantemente 
atualizado, pois esta técnica é recente e alvo de muita pesquisa e 
novidades aparecem freqüentemente tanto na parte técnica como de 
produtos especializados. Para isto o ideal é procurar informar-se 
constantemente, fazer todos os cursos disponíveis, revistas 
estrangeiras, seminários, internet, fóruns, grupos de discussão, visitas 
às universidades, congressos, etc. No site da Hidrogood sempre 
estarão disponíveis e atualizadas as últimas novidades. 
 
 
Finalmente podemos resumir que a qualidade e produtividade em 
hidroponia estarão na razão direta de uma série de cuidados que somados 
contribuirão para o produto final. 
Assim deve-se levar em conta uma grande gama de detalhes: 
 
 Monitoramento da solução, temperatura, pH, condutividade, 
nível do reservatório. 
- Alguns diariamente, outros mais espaçadamente. 
 
 Limpeza e higiene do equipamento e ambiente. 
- Trabalho diário de verificação e higienização a cada colheita 
recomendável. 
 
 
 
 Atenção à possíveis infestações. A rapidez no tratamento é 
fundamental. 
- Quanto mais cedo se detecta e se trata,menos tempo 
perdido. 
 
 Observar possíveis vazamentos ou entupimentos. 
- A rapidez aqui é crítica pois pode significar perda de 
produção e de dinheiro. 
 
 Treinamento da mão-de-obra. Implantar nos funcionários o 
conceito de qualidade. 
- Um bom funcionário levará meses até estar bem treinado e 
deve ser acompanhado de perto durante este período. 
 
 Apresentação do produto, embalagem, etc. 
- Os produtos hidropônicos são embalados individualmente 
embalagens que trazem o produtor e assim transmitem mais 
confiança ao consumidor final. 
 
 Cuidado com a qualidade dos insumos; nutrientes, sementes, 
etc. 
- A economia na qualidade de insumos fatalmente resultará 
numa perda de venda, ou por perda de produção ou por obter 
um produto de qualidade inferior. 
 
 Pesquisa de novos materiais e cultivares, etc. 
- Como dito anteriormente a hidroponia é uma atividade 
muito dinâmica e diariamente surgem novos conceitos, 
variedades, produtos e equipamentos. Aquele que não se 
moderniza também não otimiza seu lucro. 
 
 Alternativas para quedas de energia. 
- Sendo uma técnica essencialmente dependente de energia, é 
vital a viabilização de alternativas para os momentos de falta 
de energia, desde uma alimentação manual, bombas a 
gasolina, geradores, etc. A análise custo–benefício dirá qual a 
maneira mais viável. 
 
Da mesma maneira que qualquer indústria alimentícia faz, o produtor 
hidropônico é hoje um empresário que utiliza tecnologia de ponta e tem 
os olhos voltados ao futuro e quanto mais assumir esta postura maior 
será o seu sucesso. 
 
 
 
 
EQUIPAMENTOS 
 
CASA DE VEGETAÇÃO OU “ESTUFA” 
 
 
O equipamento de proteção da área de cultivo é chamado de casa 
de vegetação, também chamado de estufa embora este último termo não 
seja o apropriado para nós, pois a função das estufas é proteger e 
aquecer o ambiente. 
A hidroponia se faz no modo de cultivo protegido, ou seja, utiliza-se 
uma cobertura como proteção para as intempéries mais fortes como 
ventos e chuvas. Isto protege não só o equipamento como a própria 
produção, permitindo ao produtor uma maior garantia na entrega de 
seu produto. 
Existem vários tipos e fabricantes de casas de vegetação no mercado 
com uma larga gama de qualidade e preços. A análise aqui é no custo- 
benefício de um cultivo cujo valor agregado nem sempre é tão elevado. 
Assim como não se utiliza um automóvel de luxo para levar sua 
produção ao cliente, não há necessidade de uma “estufa” muito 
sofisticada para o seu cultivo. O importante é a qualidade, resistência e 
durabilidade e que atenda ao requisito básico de não criar bolsão de ar 
quente. 
Pensando desta maneira se desenvolveu uma casa de vegetação 
adequada à produção hidropônica quer seja no preço, quer seja na 
qualidade, durabilidade e resistência. Há mais de 6 anos no mercado a 
estufa tipo túnel, provou ser a melhor opção em se tratando de custo- 
benefício para o cultivo de hidroponia, tendo se adequado também a 
várias outras atividades. Esta qualidade se mostrou em várias regiões 
do país e exterior; tanto em locais de alta temperatura como Manaus, 
Angola (África), Cuiabá e litoral nordestino, como em regiões mais frias 
como Santa Catarina, Rio Grande do Sul. 
A orientação norte-sul é a desejada na instalação da estufa, mas não 
necessariamente uma condição “sine qua non” ou imprescindível. 
Novamente o custo-benefício pode levar à decisão. 
Recomenda-se que o comprimento não exceda os 50m, até mesmo por 
uma questão de circulação das pessoas e do ar. 
O filme plástico deve ser transparente para permitir plena insolação no 
interior da estufa. A espessura dependerá da sua análise: mais grosso 
durará mais tempo e custa mais caro; menor espessura é mais barato e 
durará menos tempo. Para um filme de 100 micra será necessário a 
troca dali a 1,5 a 2 anos, dependendo do grau de insolação da região. 
Um aspecto bastante importante a considerar é que, sendo a casa de 
vegetação o item geralmente mais caro na implantação do projeto, é 
 
 
 
essencial que a área interna seja aproveitada ao máximo, com o 
máximo de cultivo e o mínimo de corredores e áreas livres. 
Com a casa de vegetação elimina-se a perda de produção que o cultivo 
de solo sofre com as chuvas e geadas, dando ao produtor um grande 
trunfo de negociação: a certeza da entrega no prazo. Outro aspecto é o 
de que ao fazer-se o fechamento lateral com tela (não com filme para 
não impedir a ventilação) também mantém-se do lado de fora várias 
pragas, protegendo ainda mais a produção. 
Percebe-se assim que este investimento é altamente rentável e vale a 
pena... 
 
APARELHOS DE MEDIÇÃO 
 
1. O medidor de pH ou Peagâmetro 
 
Tem a função de fazer a leitura do pH ou potencial de Hidrogênio da 
solução nutritiva ou seja, seu grau de alcalinidade ou acidez. A solução 
deve trabalhar numa faixa entre 5,5 a 6,5 como ideal e o 
desbalanceamento deve ser corrigido, ou com hidróxido de sódio 
para subir o pH ou com ácido fosfórico para baixar o pH. Existem 
outras opções de substâncias que fazem este ajuste também. 
2. O timer ou temporizador 
 
Tem a função de ligar e desligar a bomba em intervalos regulares, uma 
vez que não é necessário que a bomba funcione todo o tempo. Este 
intervalo depende de algumas condições de temperatura, mas se utiliza 
como ponto de partida 15 minutos ligado e 15 minutos desligados 
durante o dia . À noite o intervalo de desligamento pode ser 
aumentado pois o nível de evaporação torna-se menor. O importante é 
observar que as raízes das plantas não sequem pois isso acarretaria 
danos à planta. 
3. O termômetro 
 
Utilizado para medir a temperatura da solução que para a alface deve 
situar-se na faixa ideal de 25 a 30 graus Celsius. Temperaturas acima 
desta faixa devem ter mecanismo de resfriamento da solução, caso 
contrário haverá problemas na produção. A tubulação e o reservatório 
enterrados já contribuem para isso. 
4. O condutivímetro 
 
Para medir a quantidade de íons dissolvidos na solução, portanto dando 
uma idéia da concentração da solução, embora os modelos comuns não 
façam esta medida em separado para cada tipo de íon, razão pela qual 
é necessário a troca periódica da solução. 
 
 
 
5. A balança 
 
É utilizada para pesar os ingredientes que fazem parte da formulação 
da solução nutritiva. 
 
RESERVATÓRIO 
 
O reservatório conterá toda a solução nutritiva e é onde mais 
facilmente se farão as medições necessárias para o controle e ajustes . 
Normalmente o reservatórioé colocado enterrado no solo, uma vez 
que a bomba envia a solução para as bancadas e o retorno é feito por 
gravidade. Estando enterrado também vai ajudar no resfriamento da 
solução nas épocas mais quentes. 
1.Tipo 
 
O reservatório pode ser encontrado no mercado em fibra de vidro ou 
plástico ou pode ser construído no local. 
 
2.Capacidade 
 
A capacidade será determinada em função do tamanho e tipo de 
cultivo desejado. Para o caso da alface, por exemplo, pode-se calcular de 
1,2L a 1,5L para cada pé. Leva-se sempre em conta que podendo-se 
dimensionar o reservatório ao máximo é sempre interessante pois o 
desbalanceamento da solução é menor assim como a variação da 
temperatura. 
Outro aspecto a ser considerado é o tamanho do reservatório, pois 
enquanto um único reservatório resulta num gasto inicial menor, deve-se 
avaliar o risco de contaminação por patógenos que dessa maneira se 
dissemina mais rápido. Enquanto que utilizando-se vários depósitos 
menores torna-se mais fácil este controle, bem como o manejo, ajuste e 
oxigenação. Neste caso o investimento inicial é naturalmente maior. 
 
3. Alternativas 
 
Outra consideração que se deve fazer é quanto ao uso de 2 
depósitos como uma medida de prevenção no caso de falta de energia. 
Neste caso um reservatório é colocado numa posição elevada e a entrada 
se faz por gravidade, sendo a solução recolhida num segundo 
reservatório, onde uma bomba envia a solução para o primeiro depósito. 
 
4. Oxigenação 
 
A oxigenação é um fator importante e pode ser feito através de 
um retorno da bomba ao reservatório, provocando borbulhamento ou 
pode ser instalado um sistema tipo “Venture”, que é mais eficiente e 
recomendado. O ideal é fazer os dois sistemas. 
 
 
 
 
CONJUNTO MOTOBOMBA 
 
Recomenda-se utilizar uma bomba simples (centrífuga), já que a 
vazão não é tão grande e a altura manométrica não ultrapassa 1,5m, num 
terreno plano. O cálculo deve incluir a altura, a vazão por canal e o 
número de canais a serem atendidos. Dimensionar também com uma 
folga, prevendo um retorno para o reservatório para melhorar a 
oxigenação. 
A bomba para levar a solução às bancadas trabalha normalmente 
“afogada”, ou seja num nível inferior ao da solução (do lado de fora do 
reservatório, naturalmente), para evitar a entrada de ar no sistema. 
O dimensionamento é feito em função do número de bancadas e 
linhas a serem alimentadas. Como regra geral para a alface calcula-se a 
vazão em cerca de 1,5L/ minuto em cada linha. O fornecedor poderá 
ajudar e fazer este cálculo sem problemas. 
 
 
PERFIS E BANCADAS 
 
Há algum tempo, no início dos cultivos hidropônicos utilizava-se 
basicamente telhas de amianto ou tubos de esgoto para os canais de 
cultivo. Sendo improvisações, ambas as formas apresentavam vários 
problemas: a telha tinha que ser revestida por plástico e era necessárioa 
construção de cavaletes muito fortes devido ao peso, colocava-se brita ou 
isopor ou lonas para segurar as plantas, levando a um cultivo difícil e 
trabalhoso, tanto na implantação como no manejo. Por outro lado os 
tubos de esgotos, sendo fabricados para esta finalidade não são 
recomendados por possuírem contaminantes de metais pesados que 
devem ser evitados a todo custo. Em ambos os casos havia total 
inexistência de acessórios adequados. 
 
Os perfis existem em vários tamanhos, de acordo com a sua 
utilização: 
 
 Pequenos, para a fase de berçário do cultivo de folhas. 
 Médios , para a fase de crescimento final de folhas e flores de corte 
e berçário de frutos com estrias internas para melhor aeração das 
raízes. 
 Grandes . para a fase final de frutos. 
 Perfis de seção retangular de 75mm, 100mm e 150mm com estrias 
internas, para folhas e frutos e especial para rúcula. 
 Tipo R , para mudas de reflorestamento em tubetes. 
 Bandejas , para forragem animal. 
 Mesas especiais para a germinação e cultivo de flores em vasos. 
 
 
 
Os perfis são dupla face, pretos na parte da raiz para evitar a 
incidência de luz e brancos na parte superior para refletir e evitar 
aquecimento da solução. 
 
Os cavaletes das bancadas também podem ser montadas com o 
perfil base de bancadas, desenvolvido em um polipropileno especial, 
permitindo lavagem e proporcionando uma maior higienização em toda a 
instalação, pois não absorvem umidade nem alojam patógenos. 
 
Para a montagem das bancadas, atentar aos seguintes pontos. 
 
 Os perfis pequenos para berçário, no caso de alface têm os furos 
distanciados de centro a centro de 10 cm e entre perfis de 2 cm. 
Outras variedades terão outras medidas. 
 A altura média deve ser em torno de 0,80/1,0m, para melhor 
ergonometria. 
 Os perfis pequenos devem ser apoiados em cavaletes com distância 
máxima de 1m enquanto que os perfis médios e grandes têm os 
cavaletes separados por 1,5m. 
 Os perfis médios para alface têm em geral 25cm de espaçamento e 
9cm entre perfis, variando para outras variedades. 
 Os grandes para frutos têm espaçamento de 50cm e 45/60 cm entre 
perfis, no caso do tomate. 
 Para outras culturas adotam-se espaçamentos diferentes de acordo 
com cada planta. 
 As bancadas são instaladas com um declive que permite o 
escoamento da solução numa faixa preferencialmente entre 2% e 
4%, podendo ser maior em alguns casos. 
 A largura não deve exceder os 2m para permitir o acesso ao meio 
da bancada 
 O comprimento depende em princípio do tamanho da estufa, mas 
não deve ultrapassar os 18m. 
 Em cada bancada deve ser colocado um registro para controle da 
vazão e a entrada pela parte central da bancada para melhor 
distribuição do fluxo. 
 Os corredores são, em geral estreitos para aproveitar espaço dentro 
da estufa, mas suficientes para a circulação com caixas; no mínimo 
com 0,50m. 
 O layout com uma bancada central de berçário, ladeada por duas 
bancadas de crescimento final, permite uma facilidade no 
 
 
 
transplante, melhorando a eficiência, eliminando a necessidade de 
circular com as mudas na época de troca de perfil. 
 Os perfis, por serem leves não exigem uma estrutura de suporte tão 
forte, pois o peso maior será o das verduras em fase final. 
 O uso adequado dos acessórios permite uma maior eficiência em 
todo o equipamento uma vez que eliminam vazamentos, 
deslocamentos do perfil, impedem a entrada de luz, que associada à 
solução nutritiva propicia ao crescimento de algas. 
 Os tubos condutores e coletores de entrada e retorno da Hidrogood 
são confeccionados na cor cinza, para evitar a incidência de luz e 
evitar o aquecimento da solução. 
 
GERMINAÇÃO E CULTIVO 
 
O cultivo no sistema NFT é feito geralmente em três fases que vão 
desde a formação das mudas e etapas de crescimento até a colheita final. 
Esta separação acontece com o intuito de obter a maior eficiência possível 
no cultivo, trabalhando os espaços. Desta forma conseguimos uma 
produtividade cerca de 30% maior que o cultivo tradicional no solo. Isto 
não é difícil de perceber : ao se plantar no solo, a muda é colocada no 
espaçamento que vai necessitar no final do crescimento, sem opção uma 
vez que plantada no solo não se pode remover pois afetaria o sistema 
radicular. No entanto, na hidroponia, trabalha-se melhor os espaços pois 
adota-se a fase de pré-crescimento com espaçamento menor e apenas no 
final do ciclo é que utilizamos o espaçamento maior, assim ganha-se no 
agrupamento por metro quadrado e conseqüentemente na produtividade 
em relação ao solo. 
O produtor pode utilizar-se de mudas já feitas e que são vendidas 
por produtores de mudas, porém com a facilidade atual de se criar as 
próprias, o custo é bem menor e o fornecimento melhor controlado. 
A utilização de sementes de qualidade é fundamental para a 
obtenção de boas hortaliças. Uma economia na comprade sementes pode 
também significar uma economia de qualidade final e conseqüente menor 
preço de mercado. 
 
 
MATERNIDADE 
 
A fase inicial de formação de mudas também chamada de 
maternidade é geralmente feita em local separado e normalmente 
ocupando pouco espaço. 
As mudas podem ser formadas em vários substratos como 
vermiculita, lâ de rocha, fibra de coco, perlita, etc. e novos substratos são 
 
 
 
criados todos os dias. Cada um deles tem suas vantagens e desvantagens. 
Recomendamos atualmente a espuma fenólica por ser mais prática e 
higiênica, prover um bom apoio para a muda pequena e sendo altamente 
higroscópica, o que propicia a manutenção ideal da umidade. 
A espuma fenólica, é adquirida em placas com 345 células, sendo 
cada célula utilizada para a formação de uma muda. O procedimento é o 
seguinte: 
 
1) Colocar em uma bandeja ou similar e lavar a espuma 
abundantemente em água corrente para retirar todos os resíduos de 
fabricação. 
 
2) Fazer um furo em cada célula e colocar uma semente (ou mais, 
dependendo do cultivar) até mais ou menos metade da altura da 
espuma. Dê preferência às sementes peletizadas pois são mais 
fáceis de manusear. 
 
3) Deixar a placa em local sombreado e manter a espuma úmida com 
água pura até o aparecimento das primeiras folhinhas (cerca de 48 
horas), utilizando um spray manual. 
 
4) Após o aparecimento das folhas, retirar da sombra e manter a 
espuma úmida com uma diluição de 50% da solução nutritiva. 
 
5) Em cerca de 7 a 10 dias a muda pode ser transplantada para o 
berçário. 
 
BERÇÁRIO OU PRÉ-CRESCIMENTO 
 
Na fase de berçário ou pré-crescimento a planta passa a receber a 
mesma solução nutritiva utilizada na fase de crescimento final. 
Para o caso da alface as plantas ficarão no berçário cerca de 4 
semanas ou até que as folhas comecem a se tocar. Por esta razão o 
berçário é dimensionado com o dobro de capacidade das bancadas de 
crescimento final. Assim nas bancadas de berçário sempre teremos 
plantas em duas etapas distintas de crescimento, com uma diferença 
média entre si de 2 semanas. 
Quando as plantas já não têm mais espaço para crescerem é feito o 
transplante para os perfis médios para que completem o crescimento. Por 
isto é altamente eficiente ter as bancadas de berçário ao lado das 
bancadas de crescimento final, para agilizar o trabalho e não ter que ficar 
se deslocando entre estufas para carregar as plantas. 
É também na fase de berçário que é feito o controle de qualidade, 
pois para as plantas que não se desenvolveram bem, não vale a pena que 
continuem o crescimento. 
 
 
 
 
 
CRESCIMENTO FINAL 
 
Vindas do berçário as plantas ficarão no perfil médio até atingirem o 
ponto de colheita. Isto normalmente levará cerca de duas semanas no 
caso de alface. Outras variedades e tipos de plantas têm ciclos diferentes 
que devem ser conhecidos e acompanhados de acordo. 
O ponto de colheita variará de acordo com o que o mercado local 
está acostumado, pois no caso da alface, por exemplo, dependendo do 
tempo em que ela permanece em produção o seu peso pode variar entre 
400g a 1.200g por pé. Há de se considerar o que isto significa em termos 
de tempo de produção, pois ao longo do ano pode significar uma ou duas 
safras a mais ou a menos. 
Da mesma forma, deve-se conhecer as peculiaridades de cada 
planta no que tange a necessidades nutricionais, insolação, etc., para 
obter hortaliças da melhor qualidade possível. 
Para a colheita, em hidroponia se utilizam embalagens individuais 
cônicas que trazem os dados do produtor, o que significa uma proteção 
maior e conseqüentemente menor perda no manuseio e principalmente 
uma confiança muito grande por parte do consumidor 
 
SOLUÇÃO NUTRITIVA 
 
 
A solução nutritiva é talvez a parte mais crítica de toda a instalação 
de um sistema hidropônico. 
Pode-se utilizar kits prontos ou fazer a própria dosagem , 
lembrando que o importante é utilizar produtos da melhor qualidade e alto 
grau de pureza para preservar a qualidade da produção 
A água utilizada para a solução nutritiva é toda água potável para 
consumo humano, mas é importante fazer uma análise da água para ter a 
certeza de que não apresenta alguns minerais em excesso. A água deve 
ter um CE abaixo de 0,5 mS/cm e sais numa proporção inferior a 200 
ppm. 
Como já foi mencionado anteriormente é preciso manter a melhor 
oxigenação possível. 
O controle da solução deve ser feito diariamente para preservar a 
sua qualidade: 
 
 O nível da solução deve ser completado diariamente para evitar a 
concentração de nutrientes. 
 A condutividade medida dará a dimensão dos nutrientes dissolvidos 
e seu consumo. 
 O pH ideal para a planta deve se manter entre 5,5 e 6,6, e deve ser 
ajustado acidificando ou alcalinizando a solução. 
 
 
 
 A temperatura também deve se situar por volta dos 25ºC e não 
ultrapassar os 28ºC. 
 Para algumas espécies diferentes pode ser preciso fazer alguns 
ajustes na formulação para atender a diferentes necessidades. 
 
Observar sempre que em regiões muito quentes, a planta absorve 
mais água do que nutrientes e conseqüentemente deve-se trabalhar com 
soluções mais diluídas. Estas e outras alterações precisam ser 
esclarecidas. 
 
Soluções básicas: 
 
A solução nutritiva hidropônica contém e fornece de forma 
balanceada todos os elementos que a planta precisa para crescer 
saudável, vigorosa e dar bons frutos e safras. 
Existem diferentes fórmulas para a preparação das soluções de nutrientes e 
que tem sido utilizadas em vários países. 
Uma das formas de preparar a solução nutritiva que tem sido aprovada 
com sucesso em vários países da América Latina e Caribe para a 
produção de uma grande variedade de hortaliças, plantas ornamentais e 
medicinais, está composta de duas soluções concentradas às quais 
chamaremos de: 
Solução concentrada A 
Solução concentrada B. 
A solução concentrada A proporciona às plantas elementos nutritivos que 
são consumidos em maior proporção ou quantidade. 
A solução concentrada B proporciona elementos nutritivos que são 
requeridos em menor quantidade ou proporção, mas que são essenciais 
para que as plantas consigam realizar de forma normal os processos 
fisiológicos necessários para o seu bom desenvolvimento e possam 
produzir frutos bonitos e abundantes safras. 
 
Elementos que compõe m cad a solução concentrada: 
Solução concentrada A: 
Monoamônio fosfato 
Nitrato de cálcio 
Nitrato de potássio 
Solução concentrada B: 
Sulfato de magnésio 
Sulfato de cobre 
Sulfato de manganês 
Sulfato de zinco 
Ácido bórico 
Molibdato de amônio 
Quelato de ferro 
 
 
 
 
Procedimento para a preparação de 10 litros da solução concentrada A: 
 
Pesar na balança: 
340 g de monoamônio fosfato 
2.080 g de nitrato de cálcio 
 g de nitrato de potássio 
 
Medir e verter 6 litros de água em um recipiente de 15 litros de capacidade. 
Colocar os elementos já pesados seguindo a ordem indicada. 
Dissolver utilizando o agitador até que esteja dissolvido por completo o 
primeiro elemento. 
Verter o segundo elemento dissolvendo-o por completo como o anterior. 
Por último colocar o terceiro elemento agitando até conseguir uma 
dissolução total de todos os elementos. 
Completar com água até obter 10 litros e agitar por 10 minutos até ficar 
sem resíduos sólidos. 
Verter o conteúdo da mistura em recipiente de vidro ou plástico , etiquetar 
e guardar em lugar arejado. 
 
Procedimento para a preparação de 4 litros de solução concentrada B: 
Pesamos na balança separadamente e seguindo a ordem: 
492 g de sulfato de magnésio 
0,48 g de sulfato de cobre 
2,48 g de sulfato de manganês 
1,20 g de sulfato de zinco 
6,20 g de ácido bórico 
0,02 g de molibdatode amônio 
15-50 g de quelato de ferro 
 
Medimos 2 litros de água em recipiente de plástico. 
 
No recipiente com água colocamos um a um os elementos já pesados, 
seguindo a ordem na qual foram pesados, dissolvendo cada um deles. 
 
Dissolvemos pelo menos 10 minutos mais até ficar sem resíduos sólidos 
dos componentes. 
Completamos o volume de água até obter 4 litros e agitamos de novo para 
dissolver a solução de forma uniforme. 
Esvaziamos o conteúdo da solução num recipiente de vidro ou plástico, 
etiquetamos e guardamos em local arejado. 
 
Já temos prontas as soluções concentradas A e B. 
Agora vamos ver como se prepara a solução nutritiva que vai se 
aplicar ao cultivo. 
 
 
 
 
 
Preparação da solução nutritiva e sua aplicação em substrato sólido: 
Preparação: 
Água solução concentrada A solução concentrada B 
 
 
1 litro 5 cc 2 cc 
5 litros 25 cc 10 cc 
 
 
Passos para a preparação: 
Exemplo: para 5 litros de água 
Medir a quantidade de água necessária 
Adicionar os 25 cc de solução concentrada A e misturar 
Lavar com água limpa a seringa antes de medir a solução 
concentrada B 
Adicionar os 10 cc de solução concentrada B e misturar 
 
Aplicação da solução nutritiva à rega diária: 
Uma vez preparada a quantidade de solução nutritiva necessária procede- 
se à aplicação no substrato. 
Lembre-se que: O volume da solução nutritiva a ser aplicada por metro 
quadrado vária de 2,0 a 3,5 litros, dependendo do estádio de 
desenvolvimento das plantinhas e do clima predominante na região. 
Se utilizarmos a solução nutritiva em sementeiras e em clima frio 
ou ameno, dá para uma superfície de 2,5 m2. 
Por outro lado, se utilizarmos a solução nutritiva em plantas que 
estão no período de floração ou na formação da suas partes 
aproveitáveis e em clima quente, dá para 1,5 m2 
aproximadamente. 
 
Nos tínhamos preparado 5 litros de solução nutritiva, esta dará 
para .... 
 
Aplicação em sementeiras 
 
Para sementeiras recomenda-se usar uma concentração media, isto é, a 
metade da dose. Se você prepara 2 litros de água deve empregar 2,5 cc da 
solução concentrada A e 1,0 cc da solução concentrada B. 
 
Utilizar um regador de crivo fino, para evitar danos às plantinhas recém 
 
 
 
emergidas. A aplicação deve-se fazer, de preferência, de manhã cedo. 
 
Preparação e aplicação em raiz flutuante: 
 
Calcular a quantidade de água, isto é, a capacidade do recipiente. Por 
exemplo: se o recipiente é de 1 m2 e 10 cm de profundidade, a capacidade 
em volume é de 100 litros 
de água. 
 
Calcular os volumes das soluções concentradas A e B de acordo com a 
quantidade de água requerida. Se tenho 100 litros de água devo adicionar: 
500 centímetros cúbicos da solução concentrada A e 200 centímetros cúbicos 
da solução concentrada B. 
Aplicar as doses das soluções 
à água do recipiente. 
Despejar os 500 cc de solução concentrada A, misturar e depois os 200 cc da 
solução concentrada B. 
 
Aeração: você deve agitar manualmente a água, ao menos duas vezes por 
dia. 
 
Recomendações 
 
Nunca se deve misturar a solução concentrada A com a solução 
concentrada B, sem a presença de água. 
A mistura deve ser feita na água, colocando primeiro uma e depois a 
outra solução concentrada. 
 
As soluções concentradas A e B não devem se guardadas em locais onde 
haja luz direta ou onde a temperatura seja muito alta. 
Deve-se preparar somente o volume de solução que vai ser empregada. 
 
CUIDADOS GERAIS 
 
Lembrando novamente que este texto não substitui um curso 
específico, podemos alertar para alguns cuidados que devem ser tomados 
para melhoria e eficiência da produção. 
A hidroponia não é imune a pragas e doenças, apesar de que este 
tipo de cultivo minimiza bastante este tipo de ocorrência. A forma de 
combate evidentemente depende de cada um e existem várias técnicas de 
defesas contra patógenos, desde o uso de defensivos químicos como 
técnicas de bio controle. O mais importante é que seja sempre feito com 
responsabilidade e de acordo com todas as normas necessárias. 
Da mesma forma a instalação requer conhecimentos de elétrica e 
hidráulica e o acompanhamento de um técnico é importante 
 
 
 
A seguir destacamos alguns pontos interessantes: 
 
 Para o iniciante o ideal é começar com o cultivo da alface e numa 
escala pequena. Após adquirir a experiência necessária crescer 
gradualmente e diversificar a produção. 
 Se utilizar mudas criadas em substrato é recomendável colocar um 
filtro no depósito de solução para evitar entupimentos no sistema. 
 A instalação do sistema deve ser em local que não seja sombreado 
ao longo do dia. 
 Para completar o nível do reservatório, desligar o sistema e esperar 
que toda a solução volte ao reservatório. 
 O produto hidropônico é embalado um a um com os dados do 
produtor, o que confere mais confiança ao consumidor final. 
 É interessante fazer o fechamento de toda a estufa com tela para 
maior proteção da produção, sem impedir a ventilação (de cor 
clara). 
 A canalização deve chegar na bancada pelo centro para que a 
distribuição da solução nos perfis se dê de maneira mais uniforme. 
 As algas competem com as plantas por nutrientes e podem ser fonte 
de patógenos. É essencial evitar a combinação solução nutritiva-luz 
que favorece o seu aparecimento. 
 Para a lavagem e desinfecção do equipamento utiliza-se uma 
solução de hipoclorito de sódio a 1%. 
 A limpeza deveria ser feita a cada colheita como prevenção ao 
aparecimento de pragas e doenças. 
 Eliminar o atravessador na distribuição dá mais trabalho mas 
aumenta o lucro. 
 A preparação e cuidado da solução nutritiva deve ser feita por uma 
pessoa qualificada. 
 A estufa deve ser adequada para locais quentes, que não forme 
bolsões de ar quente. 
 
 
Projeto Básico de Cultivo Hidropônico 
 
Este projeto foi elaborado, utilizando tecnologia de ponta, para o cultivo 
hidropônico de alface no sistema NFT, em escala comercial. Visa a produção de 
91 pés de alfaces/dia ou 2.740 pés/mês, com a utilização de espuma fenólica e 
perfis de polipropileno. . 
 
O sistema é composto de 1 túnel de vegetação de 5,5m x 26m ocupando uma 
área de 143 metros quadrados e está dividido em 3 fases: 
 
 
 
1) Fase : GERMINAÇÃO Tempo aproximado - 1 semana. 
 
Área necessária de aproximadamente 1,5 
m2. A germinação é feita em placas de 
espuma fenólica, com 345 células, 
semeando 6,3 placas a cada vez. Esta área 
deve ser mantida sombreada por 2 dias e 
acomodar as placas onde será feita a 
irrigação com água . Depois de 2 dias 
passam a tomar sol e após o aparecimento 
da segunda folhinha, fazer a mudança para o berçário. 
 
 
2) Fase : BERÇÁRIO (B) Tempo aproximado- 3 semanas. 
 
Serão 36 perfis pequenos de 6 m, 
encaixados 2 a 2, formando 18 linhas de 
12m., com 120 mudas por linha, 
totalizando 2.160 mudas, distribuídas 
em 2 bancadas de 0,65m x 12m. 
 
Espaçamento - 2 cm entre perfis e 10 
cm entre furos . 
 
 
 
se tocar. 
A passagem para a próxima fase deve 
ocorrer quando as folhas começarem a 
 
 
 
3) Fase : CRESCIMENTO (C) Tempo aproximado - 3 semanas 
 
Serão 80 perfis médios de 90mm de 
6m, encaixados 2 a 2, formando 40 
linhas de 12m, cada linha com 48 
plantas distribuídos em 4 bancadas de 
1,85m x 12m, com 10 linhas de perfil 
em cada bancada, cada bancada 480 
plantas, totalizando 1.920 plantas. 
 
Espaçamento- 9 cm entre perfis e 25 
cm entre furos. 
 
Ao finalizar o primeiro ciclo passaremos a ter então as três fases em produção 
simultânea de forma que: 
 
 
A cada 21 dias é feita a colheita de 1.920 plantas, totalizando 2.742 
plantas / mês. 
 
 
 
A tabela abaixo especificaos materiais necessários para iniciar o projeto 
proposto anteriormente, salientando que poderão existir variações. 
 
 Material Permanente Quantidade 

Estufa de 5,5m x 26m c/ cobertura transp. 
de100
1 
 Perfis pequenos (canais B ) 6m c/ furo 36 
 Perfis médios de 90mm (canais C ) 6m c/ furo 80 
 Tampões para perfil pequeno 36 
 Tampões para perfil médio 80 
 Suportes para perfil pequeno 108 
 Suportes para perfil médio 200 
 Luva de união para perfil pequeno 18 
 Luva de união para perfil médio 40 
 Canos em PP especial 50 mm x 6m 3 
 Canos em PP especial 25 mm x 6m 3 
 Sistema injetor de solução completo 58 
 Perfil de bancada barras de 4,25 m 36 
 Perfil de travamento barras de 1,00 m 36 
 Perfil de bancada barras de 3,05 m 26 
 Mesa em plástico para germinação de 1,3m x 
2m 
1 
Demais materiais 
Bomba centrifuga (1/2 H.P.) 1 
Timer digital multiprogramável 1 
Reservatório 2.000 L em fibra de vidro 1 
Registro de esfera 25mm 8 
Medidor de pH p/ soluções digital 1 
Condutivímetro digital 1 
 
 
LAYOUT 
 
 
 
 
 
1,00m 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26m 
 
 
MANUAL DE MONTAGEM DE
 
 
 
 
 
 
 Os perfis deverão ser montados em bancadas com espaçamento 
de 1,5 m para o perfil médio com estrutura de perfil base (barras 
de 2,5x8cm) e 1 m 
 
 A inclinação deve ficar em torno de 2 a 5% , não devendo 
ultrapassar 8%.(pg. 5 e
 
 
 A tubulação no reservatório deve ter um ladrão interno, que 
ajudará a oxigenação da solução e permitirá um controle de 
vazão. Recomenda
“venturi”.(pg. 8 e
 
 
 Cada bancada deve ter um registro separado para controle
vazão. A entrada da tubulação deve subir pelo centro da bancada 
e sob a bancada sair para os dois
MANUAL DE MONTAGEM DE BANCADAS 
MONTAGEM 
Os perfis deverão ser montados em bancadas com espaçamento 
para o perfil médio com estrutura de perfil base (barras 
1 m para o perfil pequeno. (pg. 6 e 7) 
A inclinação deve ficar em torno de 2 a 5% , não devendo 
ultrapassar 8%.(pg. 5 e 6) 
A tubulação no reservatório deve ter um ladrão interno, que 
ajudará a oxigenação da solução e permitirá um controle de 
vazão. Recomenda-se também um sistema de oxigenação tipo 
“venturi”.(pg. 8 e 9) 
Cada bancada deve ter um registro separado para controle
vazão. A entrada da tubulação deve subir pelo centro da bancada 
e sob a bancada sair para os dois lados. 
Os perfis deverão ser montados em bancadas com espaçamento 
para o perfil médio com estrutura de perfil base (barras 
A inclinação deve ficar em torno de 2 a 5% , não devendo 
A tubulação no reservatório deve ter um ladrão interno, que 
ajudará a oxigenação da solução e permitirá um controle de 
se também um sistema de oxigenação tipo 
Cada bancada deve ter um registro separado para controle da 
vazão. A entrada da tubulação deve subir pelo centro da bancada 
 
 
 
 O reservatório fica colocado em nível abaixo das bancadas para 
que o esgotamento se dê por gravidade e auxiliando no 
resfriamento da solução. Pela mesma razão, toda a tubulação de 
entrada e retorno deve ficar enterrada. 
 
 As emendas dos perfis são feitas utilizando-se a luva de união, 
apenas encaixando nas duas pontas a serem unidas. 
 
 
Esquema Geral de montagem 
 
Na montagem dos perfis há vários tópicos a serem observados: 
 Os perfis devem ser colocados com os furos alternados. 
 A tubulação de entrada e saída deve ser colocada por baixo da 
bancada para proteção. 
 A bomba trabalha de forma “afogada” ( abaixo do nível do 
reservatório). 
 O registro de esfera é colocado junto à entrada de cada 
bancada para controle da vazão. 
 Colocar sempre um filtro na entrada da bomba. 
 O reservatório assim como a tubulação devem estar 
enterrados para ajudar a resfriar a solução nutritiva. 
 
 
A entrada do tubo deve ser feita pelo centro da bancada para que a 
distribuição do fluxo da solução se dê da maneira mais uniforme possível, 
conforme mostra o desenho. 
 
 
 
Tubo 
condutor de 
solução 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tubo condutor de 
25mm (3/4) 
Registro 
 
 
 
 
 
 
 
Bomba 
 
A furação 
dos perfis 
deve ser 
colocada 
alternada- 
 
 
 
Reservatório 
Tubo coletor 
de 50mm 
 
 
Luvas de união 
 
 
As luvas de união foram criadas para substituir o antigo sistema de 
emendas através de bolsas de encaixe. Sendo confeccionadas em material 
flexível acompanham as variações de contração e dilatação do material, 
evitando possíveis vazamentos. 
 
 
 
Para utilizar as luvas, basta colocar a luva numa das pontas da emenda e 
depois o outro lado, observando que as duas pontas dos perfis se 
encontram no interior da luva. O processo exigirá um certo esforço, já que 
 
 
a luva entra sob pressão justamente para vedar completamente a 
emenda. 
 
 
 
 
 
As luvas possuem diversos tamanhos para atender a todos os tipos de 
perfis : 50mm, 75mm, 100mm e 150mm. 
 
 
Tampão e Injetor 
 
 
TAMPÃO P/ FECHAMENTO DO PERFIL 
 
 O tampão é colocado no lado da entrada da solução, ou na saída. 
 Conforme a utilização o furo se faz na parte de cima ou de baixo do 
tampão. 
 Como o tampão foi dimensionado para a entrada onde se situa a 
bolsa, quando utilizado para saída, se for necessário, cortar uma tira 
de borracha de câmara de moto para ser colocada no perfil antes da 
colocação do tampão, para evitar vazamentos. 
 
 
Tampão 
 
 
 
SISTEMA INJETOR DE SOLUÇÃO 
 
 Fazer um furo de diâmetro inferior ao da rosca da borboleta 
(6,5mm) e atarrachar . 
 Fazer um furo na parte superior do tampão e inserir o Microtubo. 
 
 
 
 
 
 
COLOCAÇÃO DO TAMPÃO NA SAÍDA DO PERFIL. 
 
 Fazer um furo na parte inferior do tampão para inserir o tubo de 
escoamento da solução, utilizando um vazador para que o furo fique 
bem regular. 
 
 
Entrada da 
solução nutritiva 
num tubo condutor 
de 25 mm 
Sistema injetor (Borboleta 
autoatarrachante + microtubo)
Fazer um orifício de 
cerca de 6mm de 
diâmetro, para a entrada 
do microtubo. 
Fazer um furo de 
6,5mm para enroscar
o injetor. 
 
 
 
 
 
SUPORTE 
 
 Colocar os suportes nos dois cavaletes das extremidades da 
bancada e espaçados cavalete sim e cavalete não. 
 
 Fazer o furo e aparafusar os suportes diretamente no perfil de 
bancada. 
 
 Observar que nos cavaletes em que não vai colocado o suporte, é 
necessário compensar a altura do cavalete para manter o nível 
da inclinação constante. 
 
Fazer um furo com um 
vazador ou punção de 
20mm de diâmetro e 
inserir o tubo de 25mm 
sob pressão para evitar 
vazamentos 
Tubo coletor de
50mm 
Tubo de 
25mm 
Fazer um furo de 27mm de
diâmetro no tubo coletor 
para encaixe do tubo que 
vem do tampão. 
 
 
dos 
 
m 
e 
os 
Linha de 
declividade 
Alternar a colocação dos suportes e 
compensar a altura do cavalete onde 
não for o suporte. 
 
 
Aparafusar com 
parafuso 
autoatarrachante de 
4mmx15mm, 
fazendo o furo guia 
com uma broca de 
3mm 
 
 
 
 
 
 
 
Perfil Base para bancada 
 
 
 
 
Os perfis base de bancada são forneci 
em barras no tamanho do cavalete, 
portanto cada barra deve ser cortada e 
3 partes: duas travessas para os pés 
uma travessa transversal para apoio d 
perfis, onde serão fixados os suportes. 
 
 
 
A travessa superior transversal é cortada na largura da bancada e o resto 
da barra é cortada em duas partes que serão os pés (com 1,20m cada). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não esquecer que o distanciamento entre cavaletes para o perfil 
médio é de 1,5m e para o perfil pequenode 1,0m. 
 
Travessa 
superior 
transversal
1,5m ou 1,0m 
Os pés são enterrados a 
cerca de20cm dentro do 
solo, variando para regular a 
altura dos cavaletes 
Perfil 
 
 
8 cm 
2,8 cm
Fazer um orifício com 
uma serra copo de 
28mm de diâmetro e 
cortar para fazer o 
berço para a travessa 
superior. 
Encaixar 
a 
travessa 
 
 
 
 
 
 
Para qualquer largura de bancada o distanciamento entre os pés deve ser 
de no máximo 0,90m, para maior estruturação do cavalete para perfil 
médio e de perfis pequenos. As pontas da travessa superior ficarão em 
balanço. 
 
O perfil de travamento será encaixado na metade da altura exposta dos 
pés. Faz-se as aberturas com uma serra copo de 29mm de diâmetro e 
corta-se o excedente no tamanho da largura do perfil para o encaixe 
conforme mostra o desenho. 
 
 
 
 
Após colocado o perfil de travamento, faz-se um pequeno furo na parte 
que fica fora do pé para encaixar um arame que mantenha o perfil no 
lugar. 
 
Esquema do cavalete do perfil grande 
 
 
 
Para a montagem do cavalete de perfil grande, os pés são enterrados 
formando uma angulação de forma que o cavalete servirá também de 
suporte conforme se vê na figura abaixo 
Furo feito 
com serra 
copo 29mm
090 m
Parte a ser 
retirada 
Perfil de 
travamento 
Arame para travar 
o perfil 
 
 
 
8
 
 
 
 
 
 
 
 
No caso de linhas duplas separadas por 30cm o cavalete suporta as duas 
linhas conforme o desenho. As linhas podem ser seguras ao cavalete com 
fitilho. 
Os pés também são enterrados de forma a acompanhar a declividade. 
 
0,30m 
 
 
 
 
 
 
Distância 
variável entre 
50cm e 20cm, 
acompanhando 
a declividade 
Perfil 
0,80m
0,60m
1,5m
Perfil 
Grande 
Declividade de 3 a 
4% 0
cm 
A travessa superior 
é colocada mais 
acima ou mais 
abaixo conforme a 
montagem ; simples 
ou dupla 
 
 
0m 
 
 
 
Tomateiro 
 
Nas extremidades e a cada 10 m deve ser colocado um mourão forte de 
2m de altura para que seja colocado um arame de cultura aérea para 
tutoramento das plantas. 
 
 
 
 
 
Esquema de montagem da mesa de germinação 
 
Para montar a mesa de germinação o processo se inicia com a furação do 
solo onde serão enterrados os pés. 
 
0,2 0,8m 0,8m 0,2 
 
 
0,3 
 
 
 
0,70m 
 
 
 
 
0,3m 
Tutoramento com fitilho ou barbante
Arame de
cultura 
aérea 
Mourões
2m 
 
 
 
 
 
 
Observar sempre ao colocar os pés que a fenda de encaixe da travessa 
superior estará sempre voltada para os lados. 
 
Fazer um caimento de cerca de 3 a 4% para o lado da entrada e saída que 
leva ao reservatório 
 
Conectar uma mangueira ou tubulação que ligará a mesa ao reservatório 
e instalar um registro junto à entrada para controle do fluxo. 
 
Encaixar a travessa superior no pé que já foi enterrado, deixando cerca de 
30cm para cada lado. 
 
Colocar as travessas de suporte das prateleiras inferiores antes de fixar 
completamente os pés e só então apiloar o solo e fixar os pés. 
 
 
 
 
Quando se tratar de mesa com as prateleiras inferiores, deve-se encaixar 
as travas entre os pés para apoiar as peças que comporão a base onde 
serão colocadas as placas sombreadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Suporte das 
prateleiras 
 
Placa de 
espuma 
fenólica 
Travessa 
superior 
Travessa 
superior 
Travessa 
do chão da 
prateleira 
 
 
 
 
 
 
 
Os pés são enterrados 60cm no solo, ficando 90cm de altura para a mesa. 
 
Caimento de 2 a 3% 
Entrada e 
saída da 
solução 
 
Travessa 
superior 
 
Registro 
 
Para 
o 
rese 
rvat 
ório 
 
 
 
 
 
 
 
 
É possível automatizar o sistema colocando uma válvula solenóide na 
saída da bomba, controlado por um conjunto de 2 temporizadores que 
trabalhariam da seguinte forma: 
 
1.O temporizador aciona a bomba e abre a válvula solenóide , iniciando a 
inundação da mesa. 
 
2. Ao atingir o nível desejado do líquido o temporizador desliga a bomba e 
fecha a válvula, mantendo o líquido na mesa. 
 
3. Passado o tempo desejado de encharcamento das placas que estão na 
mesa, o temporizador abre a válvula solenóide, permitindo que a solução 
retorne ao reservatório por gravidade. 
 
 
 
Esquema para retorno do reservatório 
 
 
Pode-se fazer um retorno na saída da bomba, forçando parte do líquido a 
voltar ao reservatório, provocando um maior turbilhonamento e 
conseqüente oxigenação da solução. 
Pés 
Nível do 
solo 
1,50m 0,90m 
 
 
 
Bomba 
 
 
O registro controlará a vazão do retorno. 
 
Observar que o jato de retorno não deve estar posicionado acima da 
entrada da bomba para evitar que entrem bolhas na entrada da bomba 
causando mau funcionamento. 
 
Na entrada da bomba deve ser colocado um filtro que pode ser simples, 
feito com uma tela fina ou meia feminina, para evitar a entrada de 
detritos maiores e sujeira na bomba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Retorno 
Registro Entrada 
para 
Perfis 
 
 
Saída 
alternativa para 
esvaziamento 
do tanque 
 
Filtro 
Solução 
nutritiva 
 
 
 
Bomba 
 
 
 
 
Esquema de um venture simples 
 
Para fazer um tipo de venture simples para melhor oxigenação, deve-se 
fazer um retorno da tubulação para o reservatório que entra na solução 
até mais ou menos 20 cm do fundo do reservatório. 
 
Na tubulação, logo acima da entrada na solução faz-se um pequeno furo 
orientado na diagonal para baixo, para permitir que o líquido ao retornar 
ao reservatório leve consigo bolhas de ar que sairão pela tubulação no 
fundo fazendo a oxigenação da solução. 
 
 
 
 
Retorno 
Furo de 4mm 
a 6mm 
 
 
 
 
 
 
 
 
Solução 
nutritiva 
 
Entrada 
para os 
perfis 
 
 
 
 
 
 
Saída 
alternativa para 
esvaziamento 
Filtros do tanque 
 
 
 
Esquema para resfriamento da solução nutritiva 
 
O aquecimento da solução nutritiva é um dos fatores de importância no 
cultivo e influencia o manejo pois pode desde propiciar o aparecimento de 
fungos como até impedir a nutrição da planta. Os nineis aceitáveis são os 
seguintes: 
- Dentro da estufa, até 35°C. 
Registros 
 
 
- Na solução nutritiva, entre 20°C e
Um sistema de resfriamento simples é feito na tubulação de retorno ao 
reservatório, de forma que a solução ao voltar se resfrie o suficiente para 
que se mantenha uma temperatura de até 25°C na solução nutritiva.
 
o Enterrar a tubulação pelo menos 1,5m no
o Antes de chegar ao reservatório, fazer as curvas na tubulação para 
aumentar o percurso e assim dar mais tempo da solução resfriar 
(serpentina). 
o A tubulação deve ter uma pequena inclinação em direção ao 
reservatório, para que a serpentina pode ser esvaziada quando 
necessário. 
o Na entrada do reservatório fazer uma pequena elevação
garantir que a serpentina sempre esteja
o Sobre a área da serpentina fazer um buraco raso para colocar água, 
de forma que esta água ao percolar pelo solo e passar pela 
serpentina ajude o resfriamento.
o O reservatório terá que ser enterrado mais fundo para receber a 
tubulação. 
o O tamanho da serpentina ficará a critéri
que quanto maior haverá mais tempo para a troca de
 
Vista Lateral 
 
 
 
 
 
Nível do Solo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reservatório
Na solução nutritiva, entre 20°C e 25°C. 
Um sistema de resfriamento simples é feito na tubulação de retorno ao 
reservatório, de forma que a solução ao voltar se resfrie o suficiente para 
que se mantenha uma temperatura de até 25°C na solução nutritiva.
Enterrar a tubulação pelo menos 1,5m no solo. 
Antes de chegar ao reservatório, fazeras curvas na tubulação para 
aumentar o percurso e assim dar mais tempo da solução resfriar 
A tubulação deve ter uma pequena inclinação em direção ao 
reservatório, para que a serpentina pode ser esvaziada quando 
Na entrada do reservatório fazer uma pequena elevação para 
garantir que a serpentina sempre esteja cheia. 
rpentina fazer um buraco raso para colocar água, 
de forma que esta água ao percolar pelo solo e passar pela 
resfriamento. 
O reservatório terá que ser enterrado mais fundo para receber a 
O tamanho da serpentina ficará a critério de cada um, salientando 
que quanto maior haverá mais tempo para a troca de calor.
 
Bancada 
 
Serpentina 
Reservatório Nesta junção colocar um desvio de forma que se 
possa esgotar totalmente a serpentina na lavagem, 
sem que volte ao reservatório. 
 
água 
Um sistema de resfriamento simples é feito na tubulação de retorno ao 
reservatório, de forma que a solução ao voltar se resfrie o suficiente para 
que se mantenha uma temperatura de até 25°C na solução nutritiva. 
Antes de chegar ao reservatório, fazer as curvas na tubulação para 
aumentar o percurso e assim dar mais tempo da solução resfriar 
A tubulação deve ter uma pequena inclinação em direção ao 
reservatório, para que a serpentina pode ser esvaziada quando 
para 
rpentina fazer um buraco raso para colocar água, 
de forma que esta água ao percolar pelo solo e passar pela 
O reservatório terá que ser enterrado mais fundo para receber a 
o de cada um, salientando 
calor. 
 
 
 
Tubulação 
de retorno 
Nesta junção colocar um desvio de forma que se 
possa esgotar totalmente a serpentina na lavagem, 
 
1,5m 
 
 
Reservatório
Serpentina
Buraco para
colocar 
água 
Bancada 
 
 
Vista de Cima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tubulação 
de retorno