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Universidade Federal de Uberlândia - UFU Faculdade de Engenharia Elétrica - FEELT Apostila de Conceitos TeóricosApostila de Conceitos TeóricosApostila de Conceitos TeóricosApostila de Conceitos Teóricos e Exercícios Propostose Exercícios Propostose Exercícios Propostose Exercícios Propostos Curso de Graduação Prof. Dr. Geraldo Caixeta GuimarãesProf. Dr. Geraldo Caixeta GuimarãesProf. Dr. Geraldo Caixeta GuimarãesProf. Dr. Geraldo Caixeta Guimarães Versão 2010 CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO SSUUMMÁÁRRIIOO i SUMÁRIO INTRODUÇÃO GERAL iii FORMULÁRIO GERAL v Capítulo I – ANÁLISE VETORIAL 01 1.1 – CONCEITOS GERAIS 01 1.2 – O PRODUTO ESCALAR (OU PRODUTO INTERNO) 01 1.3 – O PRODUTO VETORIAL (OU PRODUTO EXTERNO) 02 1.4 – SISTEMAS DE COORDENADAS CARTESIANAS, CILÍNDRICAS E ESFÉRICAS 03 1.4.1 – Representação de um ponto nos 3 sistemas de coordenadas 03 1.4.2 – Transformações entre os 3 sistemas de coordenadas 04 1.4.3 – Vetores unitários nos 3 sistemas de coordenadas 04 1.4.4 – Produtos escalares entre vetores unitários nos 3 sistemas de coordenadas 04 1.4.5 – Elementos diferenciais de linha, área e volume nos 3 sistemas de coordenadas 05 1.5 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 06 Capítulo II – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO 09 2.1 – LEI DE COULOMB 09 2.2 – INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO 09 2.3 – CAMPO ELÉTRICO DE UMA DISTRIBUIÇÃO VOLUMÉTRICA CONTÍNUA DE CARGAS 10 2.4 – CAMPO ELÉTRICO DE UMA DISTRIBUIÇÃO LINEAR CONTÍNUA DE CARGAS 10 2.5 – CAMPO ELÉTRICO DE UMA DISTRIBUIÇÃO SUPERFICIAL CONTÍNUA DE CARGAS 11 2.6 – LINHA DE FORÇA E ESBOÇO DE CAMPO 12 2.7 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 13 Capítulo III – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA 15 3.1 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO ( D ) 15 3.2 – A LEI DE GAUSS 15 3.3 – APLICAÇÃO DA LEI DE GAUSS – GAUSSIANA 15 3.4 – DIVERGÊNCIA 17 3.5 – TEOREMA DA DIVERGÊNCIA 18 3.6 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 19 Capítulo IV – ENERGIA E POTENCIAL 21 4.1 – ENERGIA (TRABALHO) PARA MOVER UMA CARGA PONTUAL EM UM CAMPO ELÉTRICO 21 4.2 – DEFINIÇÃO DE DIFERENÇA DE POTENCIAL (VAB) E POTENCIAL (V) 21 4.3 – O POTENCIAL DE UMA CARGA PONTUAL 21 4.4 – O POTENCIAL DE UM SISTEMA DE CARGAS DISTRIBUÍDAS 22 4.4.1 – VAB de uma reta ∞ com ρL constante 22 4.4.2 – VAB de um plano ∞ com ρs constante 22 4.5 – GRADIENTE DO POTENCIAL ( V∇ ) 23 4.6 – O DIPOLO ELÉTRICO 24 4.7 – ENERGIA NO CAMPO ELETROSTÁTICO 25 4.7.1 – Energia (trabalho) para uma distribuição discreta de cargas 25 4.7.2 – Energia (trabalho) para uma distribuição contínua de carga 25 4.8 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 26 Capítulo V – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA 29 5.1 – CORRENTE (I) E DENSIDADE DE CORRENTE ( J ) 29 5.2 – CONTINUIDADE DA CORRENTE 30 5.3 – CONDUTORES METÁLICOS – RESISTÊNCIA (R) 30 5.4 – O MÉTODO DAS IMAGENS 31 CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO SSUUMMÁÁRRIIOO ii 5.5 – A NATUREZA DOS MATERIAIS DIELÉTRICOS – POLARIZAÇÃO (P) 32 5.6 – CONDIÇÕES DE CONTORNO PARA MATERIAIS DIELÉTRICOS PERFEITOS 33 5.7 – CAPACITÂNCIA 34 5.8 – EXEMPLOS DE CÁLCULO DE CAPACITÂNCIA 34 5.9 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 39 Capítulo VI – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE 45 6.1 – IMPORTÂNCIA DAS EQUAÇÕES DE POISSON E LAPLACE 45 6.1.1 – Equação de Poisson 45 6.1.2 – Equação de Laplace 45 6.2 – TEOREMA DA UNICIDADE 46 6.3 – EXEMPLOS DE SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE LAPLACE 46 6.4 – EXEMPLO DE SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE POISSON 50 6.5 – SOLUÇÃO PRODUTO DA EQUAÇÃO DE LAPLACE 51 6.6 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 54 Capítulo VII – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO 59 7.1 – LEI DE BIOT-SAVART 59 7.2 – LEI CIRCUITAL DE AMPÈRE (CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO) 59 7.3 – ROTACIONAL 62 7.4 – TEOREMA DE STOKES 64 7.5 – FLUXO MAGNÉTICO (Φ) E DENSIDADE DE FLUXO MAGNÉTICO ( B � ) 64 7.6 – POTENCIAIS ESCALAR E VETOR MAGNÉTICOS 65 7.7 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 67 Capítulo VIII – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA 71 8.1 – FORÇA SOBRE UMA CARGA EM MOVIMENTO 71 8.2 – FORÇA SOBRE UM ELEMENTO DIFERENCIAL DE CORRENTE 71 8.3 – FORÇA ENTRE ELEMENTOS DIFERENCIAIS DE CORRENTE 72 8.4 – TORQUE EM UMA ESPIRA INFINITESIMAL PLANA 72 8.5 – A NATUREZA DOS MATERIAIS MAGNÉTICOS 73 8.6 – MAGNETIZAÇÃO E PERMEABILIDADE MAGNÉTICA 73 8.7 – CONDIÇÕES DE CONTORNO PARA O CAMPO MAGNÉTICO 74 8.8 – CIRCUITO MAGNÉTICO 75 8.9 – ENERGIA DE UM CAMPO MAGNETOSTÁTICO 77 8.10 – AUTO-INDUTÂNCIA E INDUTÂNCIA MÚTUA 77 8.11 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 80 Capítulo IX – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL 85 9.1 – A LEI DE FARADAY 85 9.1.1 – Fem devido a um campo que varia dentro de um caminho fechado estacionário 86 9.1.2 – Fem devido a um campo estacionário e um caminho móvel 87 9.1.3 – Fem total devido a um campo variável e um caminho móvel 88 9.2 – CORRENTE DE DESLOCAMENTO 88 9.3 – EQUAÇÕES DE MAXWELL EM FORMA PONTUAL OU DIFERENCIAL 90 9.4 – EQUAÇÕES DE MAXWELL EM FORMA INTEGRAL 90 9.5 – EXEMPLOS DE CÁLCULO DA INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA 91 9.6 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 94 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 99 Anexo I – SOLUÇÃO DE EQUAÇÃO DIFERENCIAL POR SÉRIE INFINITA DE POTÊNCIAS 100 Anexo II – CURVAS B-H DE VÁRIOS MATERIAIS FERROMAGNÉTICOS 102 CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO GGEERRAALL iii INTRODUÇÃO GERAL Importância do Curso de Eletromagnetismo Este curso deve ser encarado com bastante seriedade devido sua indiscutível importância no currículo de Engenharia. Para facilitar a aprendizagem, ele é iniciado apresentando os fundamentos matemáticos necessários para então considerar os aspectos físicos da disciplina. A teoria básica dos campos elétricos, da densidade de fluxo elétrico, a Lei de Gauss, os potenciais e correntes elétricas, todos da Eletrostática e Eletrodinâmica, são apresentados em seqüência até se chegar nas formulações da Equações de Poisson e Laplace. Já dentro do Magnetismo, considera-se primeiramente a teoria básica dos campos magnéticos, abordando importantes princípios como a Lei de Biot-Savart e a Lei Circuital de Ampère. Vários conceitos do Eletromagnetismo são então introduzidos, culminando com o estudo dos campos baseados nas equações de Maxwell, o qual justifica as aproximações que conduzem a teoria de circuitos elétricos. Todos os conceitos aqui apresentados devem formar a base para a construção de novos alicerces de conhecimento, como aqueles relacionados às disciplinas que tratam de máquinas elétricas, aterramentos elétricos, linhas de transmissão, propagação de ondas, antenas, etc. Metodologia Adotada • O curso foi esquematizado da forma mais simples possível para ser ministrado através de aulas expositivas, com diálogos, discussões, demonstrações, incluindo soluções de exercícios, e, sempre que possível, com interpretação e aplicação prática de cada resultado. • O conteúdo programático do curso é disposto de tal maneira que os assuntos mais difíceis são abordados no seu final, sendo os capítulos colocados numa forma seqüencial e lógica para auxiliar a aprendizagem. • Além dos livros indicados abaixo foi preparada esta apostila, intitulada Conceitos Teóricos e Exercícios Propostos de Eletromagnetismo, a qual tem o objetivo de servir de roteiro de aulas teóricas e fonte suplementar de exercícios, reduzindo o tempo utilizado na exposição de assuntos e transcrição de enunciados de exercícios no quadro, permitindo assim que mais tempo seja dedicado a explicação e aplicação prática de conceitos da disciplina.• Uma outra apostila de Exercícios Resolvidos de Eletromagnetismo também foi preparada, contendo numerosos exemplos numéricos e literais de cada capítulo do programa, visando com isto facilitar o entendimento e a auto-aprendizagem do aluno. • Vários recursos didáticos poderão ser empregados no curso como: quadro e giz, equipamentos audio-visuais, microcomputador e datashow. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO GGEERRAALL iv • São também selecionados estudantes monitores com objetivo de: � Prestar atendimento aos alunos, auxiliando-os na solução de listas de exercícios, � Corrigir as listas de exercícios que forem entregues pelos alunos, � Auxiliar o professor na correção de testes aplicados durante o curso, � Auxiliar o professor na supervisão da aplicação de provas e/ou testes. Formas de Avaliação • São realizadas 3 provas do tipo sem consulta, com questões abertas ou dissertativas, isto é, não são incluídas questões do tipo teste de múltipla escolha. • São também aplicados 3 testes rápidos (30 minutos no máximo), distribuídos ao longo do período, podendo estes ocorrem de surpresa, a critério do professor. • É preparado um total de 9 listas de exercícios, relativas aos 9 capítulos, com 4 exercícios cada uma, indicados previamente para cada aluno de acordo com a matéria lecionada nestes capítulos, tomando como base o livro texto (referência [1]) e o livro de exercícios adotado (referência [2]). Os exercícios são definidos pelo professor de tal maneira que nenhum aluno tenha os mesmos quatro exercícios de seu colega. Cada lista deverá ser entregue até no máximo uma semana após o encerramento das aulas correspondentes ao capítulo da lista. • Para ser aprovado na disciplina, cada aluno deverá cumprir os seguintes requisitos: � Freqüência mínima de 75% nas aulas ministradas, a qual é verificada através de chamada oral e/ou assinatura de lista de presença em sala de aula; � Soma total das notas obtidas nas diversas avaliações igual ou superior a 60 pontos de um total de 100 pontos, os quais são distribuídos segundo o quadro abaixo. TIPO DE AVALIAÇÃO VALOR DATA Primeira Prova (Capítulos I a IV) 20 Segunda Prova (Capítulos V e VI) 20 Terceira Prova (Capítulos VII a IX) 30 3 Testes Rápidos (4 pontos cada um) 12 9 Listas de Exercícios (2 pontos cada uma) 18 Total = 100 CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO FORMULÁRIO GERAL v FORMULÁRIO GERAL 1. DIVERGÊNCIA � CARTESIANAS: z zD y yD x xD ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ =•∇ D �� � CILÍNDRICAS: z zDD1)D(1 ∂ ∂ + ∂φ φ∂ ρ + ∂ρ ρρ∂ ρ =•∇ D �� � ESFÉRICAS: ∂φ φ∂ θ + ∂θ θθ∂ θ + ∂ ∂ =•∇ D senr 1)D(sen senr 1 r )rDr( r 1 2 2D �� 2. GRADIENTE � CARTESIANAS: zyx z V y V x VV aaa ��� � ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ =∇ � CILÍNDRICAS: z z VV1VV aaa ��� � ∂ ∂ + ∂φ ∂ ρ + ∂ρ ∂ =∇ φρ � ESFÉRICAS: φθ ∂φ ∂ θ + ∂θ ∂ + ∂ ∂ =∇ aaa ��� � V senr 1V r 1 r VV r 3. LAPLACIANO � CARTESIANAS: � ∇ = + +2 2 2 2 2 2 2V V x V y V z ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ � CILÍNDRICAS: � ∇ = + +2 2 2 2 2 2 1 1 V V V V zρ ∂ ∂ρ ρ∂ ∂ρ ρ ∂ ∂φ ∂ ∂ � ESFÉRICAS: � ∇ = + +2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 V r r r V r r V r V∂ ∂ ∂ ∂ θ ∂ ∂θ θ ∂ ∂θ θ ∂ ∂φsen sen sen 4. ROTACIONAL � CARTESIANAS: z xy y zx x yz y H x H x H z H z H y H aaaH ��� �� ∂ ∂ − ∂ ∂ + ∂ ∂ − ∂ ∂ + ∂ ∂ − ∂ ∂ =×∇ � CILÍNDRICAS: ( ) z zz HH1 H z H z HH1 aaaH ��� �� ∂φ ∂ − ∂ρ ρ∂ ρ + ∂ρ ∂ − ∂ ∂ + ∂ ∂ − ∂φ ∂ ρ =×∇ ρφφ ρ ρ φ � ESFÉRICAS: ( ) ( ) ( ) φθθ φθφ ∂θ ∂ − ∂ ∂ + ∂ ∂ − ∂φ ∂ θ + ∂φ ∂ − ∂θ θ∂ θ =×∇ aaaH ��� �� H r rH r 1 r rHH senr 1 r 1 HsenH senr 1 rr r CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO FORMULÁRIO GERAL vi 5. EQUAÇÕES DE MAXWELL Forma Pontual Forma Integral t∂ ∂ −=×∇ BE � �� ∫ ∫ •∂ ∂ −=• SBLE d t d S � � dt JJDJH �� � ��� += ∂ ∂ +=×∇ ∫ ∫ •∂ ∂ +=• SDLH d t Id S � � vρ=•∇ D �� dvd vol vS ∫∫ ρ=• SD � 0=•∇ B �� 0dS =•∫ SB � 6. CONDIÇÕES DE CONTORNO ENTRE 2 MEIOS Componentes tangenciais: Et1 = Et2 Ht1 – Ht2 = k Componentes normais: Dn1 – Dn2 = ρS Bn1 = Bn2 7. PERMISSIVIDADE DO ESPAÇO LIVRE Permissividade elétrica do vácuo: pi ≅×=ε − − 36 1010854,8 9 12 o [F/m] Permeabilidade magnética do vácuo: µ pio = × −4 10 7 [H/m] 8. FÓRMULAS IMPORTANTES DO ELETROMAGNETISMO Lei de Gauss: internaQ=•∫S dSD � Teorema da Divergência: ( )dv d volS ∫∫ •∇=• DSD ��� Equação de Poisson: � ∇ = −2V vρ ε Equação de Laplace: � ∇ =2 0V Lei de Biot-Savart: ∫ pi × = 2R4 dI RaLH � � onde dvdSdI JKL ��� == Lei Circuital de Ampère: enlacadaId∫ =• LH � Teorema de Stokes: ( )∫ ∫ •×∇=• SHLH dd S ��� CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO FORMULÁRIO GERAL vii 9. OUTRAS FÓRMULAS DO ELETROMAGNETISMO PED ��� +ε= o EP �� oeεχ= ED �� ε= ε ε ε= r o ∫ •= volE dv2 1W ED �� t N ∂ Φ∂ −=fem ∫ •= LE d �fem ( ) SBLBv d t d S •∂ ∂ −•×= ∫∫ � � �fem ∫ •=Φ S dSB � I NL Φ= 2= I W2L H 1 122 12 I NM Φ= ( )MHB ��� +µ= o HM �� mχ= HB �� µ= µ µ µ= r o ∫ •= volH dv2 1W HB �� EF �� QE = ( )BvF ��� ×= QM ( )BvEFFF ������ ×+=+= QME BLF � ×= dId BSFrT � � ×=×= dIdd Sm d Id = BmT � ×= dd AB ��� ×∇= ( )0=∇−= JH ��� mV CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO FORMULÁRIO GERAL viii 10. FÓRMULAS DE DERIVADAS # # u e v são funções de x; c, a e n são constantes arbitrárias. 1. [ ] 0a dx d = 2. [ ] cxc dx d = 3. [ ] 1nn xncxc dx d − = 4. [ ] x2 1 x dx d = 5. [ ] dx du un 1 u dx d n 1n n − = 6. [ ] dx dv dx du vu dx d +=+ 7. [ ] dx du cuc dx d = 8. [ ] dx du v dx dv uvu dx d += 9. 2v u dx dv v dx du v u dx d − = 10. [ ] dx du unu dx d 1nn − = 11. [ ] dx du aaa dx d uu ln= 12. [ ] dx dv uu dx du uvu dx d v1vv ln+= − 13. ( )[ ] dx du du df uf dx d = 14. [ ] ( )1a,0a dx du u elog ulog dx d a a ≠≠= 15. [ ] dx du u 1 u dx d =ln 16. [ ] dx du ucosusen dx d = 17. [ ] dx du usenucos dx d −= 18. [ ] dx du usectgu dx d 2 = 19. [ ] dx du ucosecucotg dx d 2 −= 20. [ ] dx du tguusecusec dx d = 21.[ ] dx du ucotgucosecucosec dx d −= 22. [ ] dx du u1 1 uarcsen dx d 2 − = 23. [ ] dx du u1 1 uarccos dx d 2 − −= 24. [ ] dx du u1 1 uarctg dx d 2+ = 25. [ ] dx du u1 1 uarccotg dx d 2+ −= 26. [ ] dx du 1uu 1 uarcsec dx d 2 − = 27. [ ] dx du 1uu 1 uarccosec dx d 2 − −= 28. dx du du dy dx dy = (Regra de Chain) 29. dz z Fdy y Fdx x FdF ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ = (Diferencial total de )z,y,x(F ) 30. yF xF dx dy0)y,x(F ∂∂ ∂∂ −=⇒= CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO FORMULÁRIO GERAL ix 11. FÓRMULAS DE INTEGRAIS # # u e v são funções de x; C, a e n são constantes arbitrárias. 1. ( )[ ] )x(fdxxf dx d =∫ 2. ( ) Cdxvdxudxvu ++=+ ∫ ∫∫ 3. Cdxuadxua += ∫∫ 4. ( )1nC 1n uduu 1n n −≠+ + = + ∫ 5. ∫ += Cu u du ln 6. ∫ += Cedue uu 7. ( )1a,0aC a adua u u ≠>+=∫ ln 8. ∫ +−= Cucosduusen 9. ∫ += Cusenduucos 10. CusecCucosduutg +=+−=∫ lnln 11. CucosecCusenduucotg +−=+=∫ lnln 12. ∫ ++= Cutgusecduusec ln C 42 u tg + pi += ln 13. ∫ ++−= Cucotgucosecduucosec ln = C 2 u tg + ln 14. ∫ +−= C4 u2sen 2 uduusen 2 15. ∫ ++= C4 u2sen 2 uduucos2 16. ∫ += Cutgduusec 2 17. ∫ +−= Cucotgduucosec 2 18. ∫ +−= Cuutgduutg 2 19. ∫ +−−= Cuucotgduucotg 2 20. ∫ += Cusecduutgusec 21. ∫ +−= Cucosecduucotgucosec 22. C a u arctg a 1 au du 22 +=+ ∫ 23. C au au a2 1 au du 22 ++ − = − ∫ ln 24. C ua ua a2 1 ua du 22 ++ + = − ∫ ln 25. C a u arcsen ua du 22 += − ∫ 26. C a auu au du 22 22 + ++ =∫ + ln 27. Cauu au du 22 22 +−+= − ∫ ln 28. C a u arcsec a 1 auu du 22 += − ∫ 29. C u aua a 1 auu du 22 22 + ++ −= + ∫ ln 30. C u uaa a 1 uau du 22 22 + −+ −= − ∫ ln 31. ( ) Cau u a 1 au du 2222/322 + + = + ∫ 32. 2222 ua 2 uduua −=−∫ C a u arcsen 2 a 2 ++ 33. 2222 au 2 uduau ±=±∫ Cauu 22 +±+± ln 34. ∫ ∫−= duvvudvu (Integração por partes) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo II:: ÁÁNNÁÁLLIISSEE VVEETT 1.1 – CONCEITOS GERAIS • Grandeza Escalar – Representada por um Ex.: Tensão ou potencial, corrente, carga, tempo, massa, • Grandeza Vetorial – Representada por uma Ex.: Densidade de corrente, velocidade, aceleração, força, torque, etc. Atenção: No curso de Eletromagnetismo não será feita distinção entre a magn intensidade e valor absoluto de um vetor. A magnitude de um vetor é um valor sempre positivo. • Campo Escalar – Cada ponto Ex.: Campo de potenciais, campo de temperaturas, campo de pressões, etc. Notação: Seja yx 22 ++=φ Se φ = potencial ⇒ Se φ = temperatura Se φ = pressão ⇒ • Campo Vetorial – Cada ponto Ex.: Campo elétrico, campo magnético, campo gravitacional, etc. Notação: Seja x a4a3E �� � += Se E � = campo elétrico possuindo módulo igual a (também chamados de versores): Atenção: No curso de Eletromagnetismo adota que seu módulo pode ser representado por 1.2 – O PRODUTO ESCALAR (OU O produto escalar entre 2 vetores θ=• cosBABA ���� ( Propriedades do produto escalar (a) ABBA ���� •=• (propriedade comutativa) (b) 0BA =• �� ⇔ A ⊥ B (c) 22 AAAA ==• ��� CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO TTOORRIIAALL Capítulo I ANÁLISE VETORIAL Representada por um número real, positivo ou negativo. : Tensão ou potencial, corrente, carga, tempo, massa, volume, temperatura, pressão, etc. Representada por uma magnitude, direção e sentido. : Densidade de corrente, velocidade, aceleração, força, torque, etc. No curso de Eletromagnetismo não será feita distinção entre a magn intensidade e valor absoluto de um vetor. A magnitude de um vetor é um valor sempre Cada ponto da região é representado por um escalar. : Campo de potenciais, campo de temperaturas, campo de pressões, etc. 100z 2 =+ definindo um campo escalar. ⇒ temos uma superfície equipotencial esférica. = temperatura ⇒ temos uma superfície isotérmica esférica. ⇒ temos uma superfície isobárica esférica. Cada ponto da região equivale a um vetor. : Campo elétrico, campo magnético, campo gravitacional, etc. zy a5 � + definindo um campo vetorial. = campo elétrico ⇒ temos uma região onde o campo elétrico é uniforme, possuindo módulo igual a 25E = � e direção fixa definida pelos vetores unitários (também chamados de versores): xa � , ya � e za � . No curso de Eletromagnetismo adota-se a seguinte notação para vetores: que seu módulo pode ser representado por A � ou A , ou, simplesmente, A. PRODUTO ESCALAR (OU PRODUTO INTERNO) O produto escalar entre 2 vetores A e B é definido como: (θ = menor ângulo entre A e B ) Propriedades do produto escalar: (propriedade comutativa) B (o produto escalar entre 2 vetores perpendiculares é nulo) 1 , positivo ou negativo. volume, temperatura, pressão, etc. . No curso de Eletromagnetismo não será feita distinção entre a magnitude, módulo, intensidade e valor absoluto de um vetor. A magnitude de um vetor é um valor sempre : Campo de potenciais, campo de temperaturas, campo de pressões, etc. temos uma superfície equipotencial esférica. temos uma superfície isotérmica esférica. onde o campo elétrico é uniforme, e direção fixa definida pelos vetores unitários se a seguinte notação para vetores: A � ou A , sendo , ou, simplesmente, A. (o produto escalar entre 2 vetores perpendiculares é nulo) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo II:: ÁÁNNÁÁLLIISSEE VVEETT (i) Aplicação do produto escalar: A projeção (ou componente) escalar A ABaBBa .. == ( a = vetor unitário na direção de A projeção (ou componente) vetorial ( )aaBBa .= ⇒ BBa = A projeção escalar (Bx) do vetor aBB xx .= ( xa = vetor unitário do eixo A projeção vetorial ( B x) do vetor ( ) aaBaBB xxxxx .== (ii) Aplicação do produto escalar O ângulo θ compreendido entre 2 vetores 1.3 – O PRODUTO VETORIAL ( O produto vetorial entre 2 vetores naBABA � ���� θ=× sen onde na � = vetor unitário (versor) normal ao plano formado pelos vetores (e sentido) é obtida pela regra do saca Propriedades do produto vetorial (a) ABBA ���� ×−=× (propriedade não (b) 0BA =× �� ⇔ A // B (c) 0AA =× �� CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO TTOORRIIAALL : obtenção da componente ou projeção de um vetor (ex.: numa dada direção (ex.: o vetor A ou o eixo escalar do vetor B sobre o vetor A é: = vetor unitário na direção de A ) vetorial do vetor B sobre A é: A A A AB . B sobre o eixo x é: = vetor unitário do eixo x) ) do vetor B sobre o eixo x é: Aplicação do produto escalar: obtenção do ângulo compreendido entre 2 vetores quaisquer. compreendido entre 2 vetores A e B é obtido por: A A . =θcos O PRODUTO VETORIAL (OU PRODUTO EXTERNO) O produto vetorial entre 2 vetoresA e B é definido como: (θ = menor ângulo entre A e B ) vetor unitário (versor) normal ao plano formado pelos vetores (e sentido) é obtida pela regra do saca-rolhas (mão direita) indo de A para Propriedades do produto vetorial: (propriedade não-comutativa) B (o produto vetorial entre 2 vetores paralelos é nulo) 2 de um vetor (ex.: B ) ou o eixo x → ver figuras). compreendido entre 2 vetores quaisquer. B B. vetor unitário (versor) normal ao plano formado pelos vetores A e B , cuja direção para B . (o produto vetorial entre 2 vetores paralelos é nulo) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo II:: ÁÁNNÁÁLLIISSEE VVEETT (i) Aplicação do produto vetorial Obtenção do vetor ou versor normal por 2 vetores A e B . BAN ��� ×= BA BA N N a n �� �� � � � × × == (ii) Aplicação do produto vetorial Obtenção da área de um vetores A e B . BaseS ramologparale ×= S 2 1S logparaletriângulo = Exercício: Demonstrar que o volume de um paralelepípedo pode ser obtido através do produto misto: ( ) CBAvol ��� •×= sendo A � , B � e C � paralelepípedo. 1.4 – SISTEMAS DE COORDENA 1.4.1 – Representação de um ponto nos 3 sistemas de coordenadas CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO TTOORRIIAALL Aplicação do produto vetorial: versor normal a um plano formado (vetor normal) (versor normal Aplicação do produto vetorial: de um paralelogramo (ou triângulo) cujos lados são as magnitudes dos BAABAltura ���� ×=θ=× sen BA 2 1 ramolog �� ×= Demonstrar que o volume de um paralelepípedo pode ser obtido através do produto C � , respectivamente, o comprimento, a largura e a altura do SISTEMAS DE COORDENADAS CARTESIANAS, CILÍNDRICAS E ESFÉRICAS Representação de um ponto nos 3 sistemas de coordenadas 3 ) cujos lados são as magnitudes dos Demonstrar que o volume de um paralelepípedo pode ser obtido através do produto , respectivamente, o comprimento, a largura e a altura do ÍNDRICAS E ESFÉRICAS CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo II:: ÁÁNNÁÁLLIISSEE VVEETT 1.4.2 – Transformações entre os 3 sistemas de coordenadas Quadro das transformações entre os três sistemas de coordenadas SISTEMA Cartesiano Cartesiano zz yy xx = = = Cilíndrico zz 0 )x/y(tan yx 1- 22 = =φ ρ+=ρ Esférico ( ( )=φ +=θ ++= x/ytan yxtan zyxr 1- 221- 222 1.4.3 – Vetores unitários nos 3 sistemas de coordenadas 1.4.4 – Produtos escalares entre vetores unitários nos 3 sistemas de coordenadas Coordenadas cartesianas e cilíndricas Nota: O produto escalar entre o vetor unitário de coordenadas esféricas, é dado pelo coseno do ângulo formado entre o vetor unitário esférico ra � (ou θa � ) e sua projeção no plano por esta projeção e o vetor unitário � aρ � aφ � a � ax •••• cosφφφφ - senφφφφ � ay •••• senφφφφ cosφφφφ � az •••• 0 0 CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO TTOORRIIAALL Transformações entre os 3 sistemas de coordenadas Quadro das transformações entre os três sistemas de coordenadas Cartesiano Cilíndrico zz seny cosx = φρ= φρ= 2 0 pi≤φ≤ ≥ zz = φ=φ ρ=ρ ) pi≤φ≤ pi≤θ≤ ≥ 20 0 z 0r ( ) pi≤φ≤φ=φ pi≤θ≤ρ=θ ≥+ρ= 20 0 ztan 0r zr 1- 22 Vetores unitários nos 3 sistemas de coordenadas Produtos escalares entre vetores unitários nos 3 sistemas de coordenadas Coordenadas cartesianas e cilíndricas Coordenadas cartesianas e esféricas O produto escalar entre o vetor unitário xa � (ou ya � ) e o vetor unitário de coordenadas esféricas, é dado pelo coseno do ângulo formado entre o vetor unitário ) e sua projeção no plano xy, multiplicado pelo coseno do ângulo formado or unitário xa � (ou ya � ). � a r � aθ � ax •••• senθθθθ cosφφφφ cosθθθθ cos � ay •••• senθθθθ senφφφφ cosθθθθ sen � az •••• cosθθθθ - sen � az 0 0 1 4 Quadro das transformações entre os três sistemas de coordenadas Esférico θ= φθ= φθ= rcosz sen rseny cos senrx θ= φ=φ θ=ρ rcosz senr pi φ=φ θ=θ = rr Produtos escalares entre vetores unitários nos 3 sistemas de coordenadas Coordenadas cartesianas e esféricas ) e o vetor unitário ra � (ou θa � ) do sistema de coordenadas esféricas, é dado pelo coseno do ângulo formado entre o vetor unitário , multiplicado pelo coseno do ângulo formado θ � aφ cosφφφφ - senφφφφ senφφφφ cosφφφφ senθθθθ 0 CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo II:: ÁÁNNÁÁLLIISSEE VVEETT Exercício: Completar o quadro abaixo relativo ao produto escalar entre vetores unitários dos sistemas de coordenadas cilíndricas e esféricas 1.4.5 – Elementos diferenciais de linha Quadro dos elementos Sistema Linha Cartesiano x dyadxLd += Cilíndrico dL d a d a dz aρ φ= ρ + ρ φ + Esférico θ+= rdadrLd r � a r � aθ � a � aρ •••• � aφ •••• � az •••• CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO TTOORRIIAALL Completar o quadro abaixo relativo ao produto escalar entre vetores unitários dos sistemas de coordenadas cilíndricas e esféricas Elementos diferenciais de linha, área e volume nos 3 sistemas de coordenadas Quadro dos elementos diferenciais nos 3 sistemas de coordenadas Linha (d L ) Área (d S ) zy adzady + zz yy xx adxdySd adxdzSd adydzSd = = = dv zdL d a d a dz aρ φ= ρ + ρ φ + zz addSd adzdSd adzdSd φρρ= ρ= φρ= φφ ρρ dv φθ φθ+θ adsenra φφ θθ θ= φθ= φθθ= ardrdSd adrdsenrSd addsenrSd r 2 r dv � aφ 5 Completar o quadro abaixo relativo ao produto escalar entre vetores unitários dos nos 3 sistemas de coordenadas diferenciais nos 3 sistemas de coordenadas Volume (dv) dzdydxdv = dzdddv φρρ= φθθ= ddrdsenrdv 2 CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo II:: ÁÁNNÁÁLLIISSEE VVEETT 1.5 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1.1) As superfícies que delimitam um volume são definidas por: 7pi/9, z = 2 e z = 20. Determinar: a) O volume determinado pela b) O comprimento de um segmento linear que une dois vértices opostos do volume. Respostas: a) Volume = 375 1.2) Um vetor aaE ��� ++= φρ plana x y z+ + = 2 . Determinar: a) o vetor E � no sistema de coordenadas cartesianas; b) o ângulo θ que o vetor E � c) as duas componentes vetoriais de Respostas: a) x aaE � � +−= c) ( xN 31 aE � � = 1.3) Um vetor A � , com módulo igual a 10, está orientado do ponto P(r = 5; origem de um sistema de coordenadas a) coordenadas esféricas no ponto P. b) coordenadas cartesianas no ponto Respostas: a) r 10 aA −= � ; b) 1.4) Dado o vetor yx aaA �� � += a) As coordenadas esféricas b) O ângulo α que A � faz com a superfície esférica, centrada na origem, que passa por P; c) O ângulo β que A� faz com a superfície cônica, coaxial com o eixo z, que passa por P; d) O ângulo γ que A � faz com o semi Respostas: a) ;( = 22rP θ 1.5) Um vetor A � , de móduloigual 8, está situado sobre a linha reta que passa P(r = 10, θ = 30o, φ = 0o) e Determinar: a) O vetor A � expresso em coordenadas cartesianas; b) O ângulo que o vetor A � c) O módulo da projeção do vetor Respostas: a) 212 aA ,−= CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO TTOORRIIAALL EXERCÍCIOS PROPOSTOS As superfícies que delimitam um volume são definidas por: ρ = 5 e ρ /9, z = 2 e z = 20. Determinar: O volume determinado pelas superfícies em questão, utilizando integração; O comprimento de um segmento linear que une dois vértices opostos do volume. Respostas: a) Volume = 375pi; b) PQ = 21,59 . za � + está aplicado no ponto P(x = 0, y = 1, z = 1) da superfície . Determinar: no sistema de coordenadas cartesianas; E � faz com o vetor normal à superfície plana; as duas componentes vetoriais de E � normal e tangencial à superfície plana. zy aa �� + ; b) θ =70,53o; )zy aa �� ++ e ( yxT 22431 aaaE ��� � ++−= , com módulo igual a 10, está orientado do ponto P(r = 5; origem de um sistema de coordenadas cartesianas. Expressar este vetor em: coordenadas esféricas no ponto P. coordenadas cartesianas no ponto P. ; b) zyx 25 5 5 aaaA −−−= � . zy a � + aplicado ao ponto P(x = – 3 , y = 1, z = 2), determinar: As coordenadas esféricas r, θ e φ do ponto P; faz com a superfície esférica, centrada na origem, que passa por P; faz com a superfície cônica, coaxial com o eixo z, que passa por P; faz com o semi-plano radial, partindo do eixo z, que passa por P. );; °=°= 15045 φθ b) α = 75o; c) β = 123,9 , de módulo igual 8, está situado sobre a linha reta que passa ) e Q(r = 20, θ = 60o, φ = 90o) , e orientado no sentido de P a Q. expresso em coordenadas cartesianas; faz com o vetor normal à superfície plana z = 0; O módulo da projeção do vetor A� sobre a superfície plana z = 0. zyx 590 677 aaa ,, ++ ; b) α = 85,75o; c) Proj 6 = 10, φ = 2pi/9 e φ = superfícies em questão, utilizando integração; O comprimento de um segmento linear que une dois vértices opostos do volume. está aplicado no ponto P(x = 0, y = 1, z = 1) da superfície normal e tangencial à superfície plana. )za� . , com módulo igual a 10, está orientado do ponto P(r = 5; θ = pi/4; φ = pi/4) à . Expressar este vetor em: , y = 1, z = 2), determinar: faz com a superfície esférica, centrada na origem, que passa por P; faz com a superfície cônica, coaxial com o eixo z, que passa por P; plano radial, partindo do eixo z, que passa por P. = 123,9o; d) γ = 142,06o. , de módulo igual 8, está situado sobre a linha reta que passa pelos pontos ) , e orientado no sentido de P a Q. mal à superfície plana z = 0; 987 Proj ,=A . CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo II:: ÁÁNNÁÁLLIISSEE VVEETT 1.6) Transformar o vetor 5E = a) A(r = 4, θ = 30o, φ = 120 b) B(x = – 2 , y = 2 , z = Respostas: a) aE 4 5 r += 1.7) Sejam dados os pontos A(r = 1, representam 2 vértices extremos da porção de um volume esférico formado com estes pontos. Determinar, usando integração quando possível, o seguinte: a) O volume total (vol) da porção de volume esférico formado; b) Os vetores normais de área, esférico nas direções dos vetores unitários c) O comprimento do segmento AB (“diagonal principal” da porção de volume esférico); d) O vetor → AB , localizado em A e dirigido de A para B, expresso em coordenadas esf Respostas: a) vol. = 36 13pi ; b) d) =AB 3713,1 1.8) Sejam dados os dois pontos A(r = 10, Determinar: a) A distância d entre os dois pontos medida em linha reta; b) A distância d’ entre os dois pontos medida ao longo da superfície esférica r = 10. Respostas: a) d = 11,37 unidades de comprimento. b) d’ = 12,09 unidades de comprimento 1.9) a) Se os vetores axA = representam os lados de um paralelepípedo retângulo, quais os valores de b) Determinar o volume do paralelepípedo retângulo formado acima. Respostas: a) x = –1,5, y = b) vol. = 20,25 unidades de volume 1.10) Sejam 2 pontos em coordenadas esféricas Determinar: a) A distância entre os 2 pontos medida em b) A distância entre os 2 pontos medida ao longo da superfície esférica r = 5; c) O ângulo entre as 2 linhas que se estendem da origem até os 2 pontos; d) A área compreendida entre estas 2 linhas e o círculo de raio r = 5. Respostas: a) AB = 5,32 unida c) 64,34o = 1,123 rad, d) área = 14,04 unidades de área. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO TTOORRIIAALL x x5 a � para coordenadas esféricas nos seguintes pontos: = 120o); , z = –2). φθ aa 2 35 4 35 + ; b) aE 2 25 2 25 r −= Sejam dados os pontos A(r = 1, θ = pi/3, φ = pi/6) e B(r = 3, θ = pi/2, representam 2 vértices extremos da porção de um volume esférico formado com estes pontos. Determinar, usando integração quando possível, o seguinte: (vol) da porção de volume esférico formado; Os vetores normais de área, rS � , θS � φS � , que saem da superfície da porção de volume esférico nas direções dos vetores unitários ra � , θa � e φa � , respectivamente ; O comprimento do segmento AB (“diagonal principal” da porção de volume esférico); , localizado em A e dirigido de A para B, expresso em coordenadas esf ; b) rr 8 3 aS � � pi = , θθ pi = aS � � 3 , φφ pi = aS � � 3 2 ; c) AB = 2,2318 +=−+ aaaaa 4487,1 5093,1 5,0 6883,1 3713 rzyx Sejam dados os dois pontos A(r = 10, θ = 45o, φ = 0o) e B(r = 10, θ = 60 entre os dois pontos medida em linha reta; entre os dois pontos medida ao longo da superfície esférica r = 10. a) d = 11,37 unidades de comprimento. b) d’ = 12,09 unidades de comprimento. zyx a3a3a ++ , zyx a2aya2B ++= , e representam os lados de um paralelepípedo retângulo, quais os valores de b) Determinar o volume do paralelepípedo retângulo formado acima. 1,5, y = –1,0, z = –0,5 unidades de comprimento; b) vol. = 20,25 unidades de volume Sejam 2 pontos em coordenadas esféricas ( )oo 30,60,5r =φ=θ= e (r = A distância entre os 2 pontos medida em linha reta; A distância entre os 2 pontos medida ao longo da superfície esférica r = 5; O ângulo entre as 2 linhas que se estendem da origem até os 2 pontos; A área compreendida entre estas 2 linhas e o círculo de raio r = 5. a) AB = 5,32 unidades de comprimento; b) AB = 5,61 unidades de comprimento; = 1,123 rad, d) área = 14,04 unidades de área. 7 para coordenadas esféricas nos seguintes pontos: φθ aa 5 + . /2, φ = pi/4), os quais representam 2 vértices extremos da porção de um volume esférico formado com estes pontos. , que saem da superfície da porção de volume , respectivamente ; O comprimento do segmento AB (“diagonal principal” da porção de volume esférico); , localizado em A e dirigido de A para B, expresso em coordenadas esféricas. ; c) AB = 2,2318 φθ + aa 7786,0 . = 60o, φ = 90o). entre os dois pontos medida ao longo da superfície esférica r = 10. , e zyx azaaC ++= , representam os lados de um paralelepípedo retângulo, quais os valores de x, y e z? )oo 120,30,5 =φ=θ= . A distância entre os 2 pontos medida ao longo da superfície esférica r = 5; O ângulo entre as 2 linhas que se estendem da origem até os 2 pontos; des de comprimento; b) AB = 5,61 unidades de comprimento; CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo II:: ÁÁNNÁÁLLIISSEE VVEETT 1.11) Um círculo, centrado na origem, com raio de 2 unidades, situa Determinar o vetor unitário, situado sobre o plan( )0,1,3 e está apontado no sentido de crescimento do eixo(a) Em coordenadas cartesianas; Respostas: a) xa2 1 a +−= 1.12) Determinar uma expressão para calcular a distância entre dois pontos )z,,(Q 222 φρ em função das coordenadas cilíndricas dos pontos. Resposta: 22 2 1d −ρ+ρ= 1.13) Demonstrar que =α sencos α = ângulo entre o versor a� θ = ângulo entre o versor a� φ = ângulo entre o versor a� Resposta: Sugestão: Observar que φ=•ρ cosaa x �� CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO TTOORRIIAALL Um círculo, centrado na origem, com raio de 2 unidades, situa-se sobre o plano Determinar o vetor unitário, situado sobre o plano xy, que é tangente ao círculo no ponto P e está apontado no sentido de crescimento do eixo y: Em coordenadas cartesianas; (b) Em coordenadas esféricas. ya2 3 ; b) φ= aa Determinar uma expressão para calcular a distância entre dois pontos em função das coordenadas cilíndricas dos pontos. ( ) ( )2121221 zzcos2 −+φ−φρρ φθcossen , usando produtos escalares, sendo: ra � (coord. esférica) e o versor xa � (coord. cartesiana) za � (coord. cartesiana) e o versor ra � (coord. esférica) xa � (coord. cartesiana) e o versor ρa � (coord. cilíndrica). Sugestão: Observar que θ+θ= ρ cosasenaa zr ��� e que • aa r �� e 0aa xz =• �� 8 se sobre o plano xy. , que é tangente ao círculo no ponto P (b) Em coordenadas esféricas. Determinar uma expressão para calcular a distância entre dois pontos )z,,(P 111 φρ e usando produtos escalares, sendo: (coord. cartesiana) (coord. esférica) (coord. cilíndrica). α= cosa x � , CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIII:: LLEEII DDEE CCOOUULLOOMMBB EE IINNTTEENNSSIIDDAADDEE DDEE CCAAMMPPOO EELLÉÉTTRRIICCOO 9 Capítulo II LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO 2.1 – LEI DE COULOMB Força de uma carga Q1 sobre uma carga Q2: 122 12o 21 2 a R4 QQF piε = [N] onde: R 12 = vetor orientado de Q1 a Q2 a 12 = versor orientado de Q1 a Q2 Notas: O módulo de 2F depende dos valores das cargas pontuais, da distância entre elas e do meio. Adota-se vácuo como o meio neste caso, e em todas as análises posteriores até o capítulo 5. A orientação de 2F (ou sentido de 2F ) depende apenas dos sinais das 2 cargas pontuais. 2.2 – INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO Força de uma carga pontual Q1 sobre uma carga de prova positiva QP situada num ponto P: P12 P1o P1 P a R4 QQF piε = Campo elétrico gerado pela carga pontual Q1 no ponto P (definição): P12 P1o 1 P P a R4 Q Q F E piε == (Unidade: N/C ou V/m) Nota: A orientação do campo elétrico E depende apenas do sinal da carga que o produz (Q1). Assim, as linhas de força do campo elétrico saem (ou divergem) das cargas positivas e entram (ou convergem) para as cargas negativas. Campo elétrico gerado por n cargas pontuais: ( ) mn 1m 2mo m a rr4 Q rE ∑ −piε = = [V/m] onde: Qm = m-ésima carga pontual mr = posição da m-ésima carga pontual r = posição do ponto onde se quer o campo m m m rr rr a − − = = versor da m-ésima carga pontual CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIII:: LLEEII DDEE CCOOUULLOOMMBB EE IINNTTEENNSSIIDDAADDEE DDEE CCAAMMPPOO EELLÉÉTTRRIICCOO 10 2.3 – CAMPO ELÉTRICO DE UMA DISTRIBUIÇÃO VOLUMÉTRICA CONTÍNUA DE CARGAS Definindo dv dQ v =ρ = densidade volumétrica de carga (em C/m3), temos que dQ = ρvdv. Assim a fórmula para calcular o campo elétrico num ponto P, no vácuo, de um volume de cargas é: ∫ piε = R2 o a R4 dQE [V/m] (FÓRMULA GERAL) sendo: Ra = versor orientado de dQ ao ponto P (saindo) R = distância de dQ ao ponto P εo = permissividade elétrica do vácuo [F/m] Nota: Genericamente: ρv dv = ρS ds = ρL dL = dQ, para volume → superfície → linha → ponto. 2.4 – CAMPO ELÉTRICO DE UMA DISTRIBUIÇÃO LINEAR CONTÍNUA DE CARGAS Definindo dL dQ L =ρ = densidade linear de carga (em C/m), temos que dQ = ρLdL. Demonstrar que a fórmula que fornece o campo elétrico num ponto P, no vácuo, devido a uma filamento retilíneo ∞∞∞∞ com carga uniformemente distribuída (ver figura), é expressa por: ρρpiε ρ = a 2 E o L sendo: ρL = densidade linear de carga [C/m] (valor constante) ρ = menor distância (direção normal) da linha ao ponto P [m] ρa = versor normal à linha orientado para o ponto P Solução: Posicionando o eixo z sobre o filamento e o plano xy sobre o ponto P para facilitar a solução (ver figura), temos: dzdQ Lρ= ρρ+−= aazR z e 22zR ρ+= ⇒ 22 z R z aaz R R a ρ+ ρ+− == ρ Substituindo na fórmula geral acima obtemos: ( ) ( ) ( ) ρ ρρ += ρ+piε ρ+−ρ∞+ −∞= = ρ+ ρ+− ρ+piε ρ∞+ −∞= = ∫∫ EE z4 aazdz z z aaz z4 dz z E z2/322 o zL 22 z 22 o L Por simetria 0Ez = . CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIII:: LLEEII DDEE CCOOUULLOOMMBB EE IINNTTEENNSSIIDDAADDEE DDEE CCAAMMPPOO EELLÉÉTTRRIICCOO 11 Fazendo a substituição trigonométrica (ver triângulo ao lado): αρ= tgz ααρ= ddz 2sec e levando na expressão acima e desenvolvendo, ( ) ρ ρ ρ ααρpiε ρ = ρ+αρ ααρ piε ρρ == ∫∫ pi pi−=α pi+ pi−=α ados4 ad 4 EE 2/ 2/ 2/ 2/ o L 2/322o L c tg sec 2 2 [ ] [ ] ρpi pi−=αρpi pi−=αρ +piε ρ =α piε ρ == a11 4 a 4 EE 2/ 2/ o L2/ 2/ o L sen Daí chegamos finalmente a: ρρ ρpiε ρ == a 2 EE o L Logo, para uma linha ∞ com carga uniformemente distribuída, a magnitude de E é inversamente proporcional à distância (ρ), e a direção de E é radial (normal) à linha. 2.5 – CAMPO ELÉTRICO DE UMA DISTRIBUIÇÃO SUPERFICIAL CONTÍNUA DE CARGAS Definindo dS dQ S=ρ = densidade superficial de carga (em C/m2 ), temos que dQ = ρS dS. Demonstrar que a fórmula que fornece o campo elétrico num ponto P, no vácuo, devido a uma superfície plana ∞∞∞∞ com carga uniformemente distribuída (ver figura), é expressa por: n o s a 2 E ε ρ = sendo: ρS = densidade superficial de carga [C/m2] (constante) na = versor normal ao plano orientado para o ponto P Solução: Observando a figura temos: φρρρ=ρ= dddSdQ ss zazaR +ρ−= ρ e 22 zR +ρ= ⇒ 22 z R z aza R R a +ρ +ρ− == ρ Substituindo na fórmula geral acima obtemos: ( ) 22 z22os z aza z4 dd 0 2 0E +ρ +ρ− +ρpiε φρρρ∞+ =ρ pi =φ= ρ ∫∫ ( ) ( ) z2/322o zs 2 s EE z4 ddaza 0 2 0E += +ρpiε φρρρ+ρρ−∞+ =ρ pi =φ= ρ ρ ∫∫ CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIII:: LLEEII DDEE CCOOUULLOOMMBB EE IINNTTEENNSSIIDDAADDEE DDEE CCAAMMPPOO EELLÉÉTTRRIICCOO 12 Por simetria 0E =ρ . ( ) ( ) 2/322o zs2/322ozsz z d 02 az z d 0d 2 04 az EE +ρ ρρ∞+ =ρε ρ = +ρ ρρ∞+ =ρφ pi =φpiε ρ == ∫∫∫ Fazendo a substituição trigonométrica (ver triângulo ao lado): α=ρ tgz αα=ρ dzd 2sec , e levando na expressão acima e desenvolvendo, ( ) αα pi =αε ρ = α ααpi =αε ρ = +α αααpi =αε ρ == ∫∫∫ d 2/ 02 ad2/ 02 a zz dzz2/ 02 azEE o zs o zs 2/322 2 o zs z sen sec tg tg sectg 2[ ] [ ] z o s2/ 0 o zs z a1022 a EE + ε ρ =α− ε ρ == pi =αcos ⇒ z o s z a2 EE ε ρ == De uma forma mais geral, fazendo nz aa = ⇒ n o s n a2 EE ε ρ == Logo, para o plano ∞ com carga uniformemente distribuída, a magnitude de E é independente da distância (z) do plano a P, e a direção de E é normal ao plano. 2.6 – LINHA DE FORÇA E ESBOÇO DE CAMPO Obtenção da equação da linha de força de E no plano xy: Para um ponto na linha de força no plano xy, temos: yyxx aEaEE += yx ayaxL ∆+∆=∆ onde L//E ∆ (2 vetores em paralelo) Fazendo LdL →∆ , obtemos: yx adyadxLd += Como, LdE ∝ , obtemos: dy E dx E yx = Logo, basta resolver esta equação diferencial para obter a equação da linha de força no plano xy. Nota: Para uma linha de força de E no espaço tridimensional, obtém-se a expressão: dz E dy E dx E zyx == (Atenção: Resolve-se duas a duas, segundo as projeções em xy, yz e zx) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIII:: LLEEII DDEE CCOOUULLOOMMBB EE IINNTTEENNSSIIDDAADDEE DDEE CCAAMMPPOO EELLÉÉTTRRIICCOO 13 2.7 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 2.1) Uma linha infinita possui uma distribuição de carga com densidade ρL = -100 [ηC/m] e está situada no vácuo sobre a reta y = –5 [m] e z=0. Uma superfície plana infinita possui uma distribuição de carga com densidade ρS = α/pi [ηC/m2] e está situada no vácuo sobre o plano z = 5 [m]. Determinar o valor da constante α para que o campo elétrico resultante no ponto P(5,5,-5) não possua componente no eixo z. Resposta: α = 4. 2.2) Dado um campo ( ) ( ) ( ) φφρρ φρ+φρ=φρ aaE ��� ,E,E, em coordenadas cilíndricas, as equações das linhas de força em um plano z = constante são obtidas resolvendo a equação diferencial: φρρ=φρ d dEE a) Determinar a equação da linha de força que passa pelo ponto P(ρ = 2, φ = 30o, z = 0) para o campo φρ φρ−φρ= aaE �� � 22 cossen . b) Determinar um vetor unitário passando pelo ponto P(ρ = 2, φ = 30o, z = 0), que seja paralelo ao plano z = 0 e normal a linha de força obtida no item anterior. Respostas: a) φ=ρ 2cos82 ; b) +±= φρ aaa ��� 2 3 2 1 . 2.3) Duas linhas infinitas de carga com mesmas densidades lineares uniformes ρL = k [ηC/m] estão colocadas sobre o plano z = 0. As duas linhas se cruzam no ponto (-2, 1, 0), sendo que uma é paralela ao eixo x e a outra paralela ao eixo y. Determinar exatamente em que posição no plano z = 0 deverá ser colocada uma carga pontual Q = k [ηC] para que o campo elétrico resultante na origem se anule. Resposta: − 0 5 52 5 5P 44 ;; . 2.4) Determinar a força que atua sobre uma carga pontual Q1 em P(0,0,a) devido à presença de uma outra carga Q2, a qual está uniformemente distribuída sobre um disco circular de raio a situado sobre o plano z=0. Resposta: ( ) z2 o 21 22 4 QQ aF −⋅= apiε 2.5) Seja um campo elétrico dado por ( ) [ ]mV y2cos y2sene5 yxx2 aaE −= − . Determinar: a) A equação da linha de força que passa pelo ponto P(x=0,5; y=pi/10; z=0); b) Um vetor unitário tangente a linha de força no ponto P. Respostas: a) 212,1x2ey2cos −= ou ( )606,0y2cosln5,0x += ; b) yxT 8090,05878,0 aaa −= . 2.6) O segmento reto semi-infinito, z ≥ 0, x = y = 0, está carregado com ρL = 15 nC/m, no vácuo. Determine E nos pontos: a) PA (0, 0, –1); b) PB (1, 2, 3) Respostas: a) zA a8,134E −= [V/m]; b) zyxB a0,36a2,97a6,48E −+= [V/m]. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIII:: LLEEII DDEE CCOOUULLOOMMBB EE IINNTTEENNSSIIDDAADDEE DDEE CCAAMMPPOO EELLÉÉTTRRIICCOO 14 2.7) Duas bolas dielétricas iguais de diâmetro bem pequeno, pesando 10 g cada uma, podem deslizar livremente numa linha plástica vertical. Cada bola é carregada com uma carga negativa de 1 µC. Qual é a distância entre elas, se a bola inferior for impedida de se mover? Resposta: d = 300 [mm] 2.8) Duas cargas pontuais de +2 C cada uma estão situadas em (1, 0, 0) m e (-1, 0, 0) m. Onde deveria ser colocada uma carga de –1 C de modo que o campo elétrico se anule no ponto (0, 1, 0)? Resposta: Em (x = 0, y = 0,16 m, z = 0) 2.9) a) Uma carga com densidade uniforme ρL = K C/m está distribuída sobre um pedaço de condutor circular de raio r = 2 m, posicionado sobre o plano y = 1 m, conforme mostra a figura abaixo. Determinar o campo elétrico E resultante na origem. b) Repetir o item (a), supondo, porém, que toda a carga seja concentrada no ponto (0,2,0). Respostas: a) y o a 8 3KE piε − = [V/m]; b) y o a 12 KE ε − = [V/m] 2.10) Uma carga é distribuída uniformemente, com densidade ( )pi=ρ − 1810 9s C/m2, sobre uma lâmina retangular finita de 1 mm × 1 m, estando centrada na origem, sobre o plano z = 0, e com os lados paralelos aos eixos x e y. Usando aproximações de senso comum, estimar o valor do campo elétrico E � nos seguintes pontos do eixo z: (a) z = 0,001 mm; (b) z = 1 cm; (c) z = 100 m Respostas: a) za1E = [V/m]; b) za 1,0E pi = [V/m]; c) z 7 a 2 10E pi = − [V/m] 2.11) Quatro cargas pontuais, iguais a 3 µC localizam-se, no vácuo, nos quatro vértices de um quadrado de 5 cm de lado. Determine o módulo da força que age em cada carga. Resposta: 61,9 N 2.12) Uma carga pontual de 1 nC localiza-se na origem, no vácuo. Determine a equação da curva no plano z = 0, para o qual Ex = 1 V/m. Resposta: ( )3222 yxx8,80 += ou φ=ρ cos998,2 2.13) Três cargas pontuais Q, 2Q e 3Q ocupam respectivamente os vértices A, B e C de um triângulo equilátero de lado l. Uma das cargas tem a máxima força exercida sobre ela e uma outra tem a mínima força. Determinar a razão entre as magnitudes destas 2 forças. Resposta: Razão = 1,82, sendo as magnitudes das forças máxima e mínima iguais, respectivamente, a 7,94k e 4,36k, onde k = Q2/(4pi εo l2) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIIIII:: DDEENNSSIIDDAADDEE DDEE FFLLUUXXOO EELLÉÉTTRRIICCOO,, LLEEII DDEE GGAAUUSSSS EE DDIIVVEERRGGÊÊNNCCIIAA 15 Capítulo III DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA 3.1 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO ( D ) É o fluxo por área produzido por cargas livres e é independente do meio onde estas estão situadas. Fórmula geral: ∫ pi =ε= R2o aR4 dQED (Unidade: C/m2) onde dQ = ρL dL= ρsds = ρvdv, dependendo da configuração de cargas. 3.2 – A LEI DE GAUSS “O fluxo elétrico (líquido) que atravessa qualquer superfície fechada é igual a carga total interna envolvida por esta superfície”. A expressão matemática é dada por: ∫ ==Ψ S internatotal QSd.D (Unidade: C) onde, ∫ρ= .vol vinterna dvQ (Nota: No SI: inttotal Q=Ψ ) 3.3 – APLICAÇÃO DA LEI DE GAUSS – GAUSSIANA Gaussiana (def.): É uma superfície especial com as seguintes propriedades: (i) É uma superfície fechada; (ii) Em cada um de seus pontos D é tangencial ou D é normal. Assim, se 0SdDSdD =⇒⊥ • ; (Neste caso D é tangencial à gaussiana) se dSDSdDSd//D =⇒ • (Neste caso D é normal à gaussiana) (iii) Em todos os pontos onde Sd//D , a magnitude de D é constante. Cálculo de D , aplicando a lei de Gauss (e gaussiana), para os seguintes casos especiais: a) Carga pontual Q Para uma gaussiana esférica de raio R ∫ =•gaussianaS int QSdD (Lei de Gauss) Como Sd//D e .cteD = em todos pontos da gaussianaD (área da esfera) = Q D 4piR2 = Q Logo: 2R4 QD pi = CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIIIII:: DDEENNSSIIDDAADDEE DDEE FFLLUUXXOO EELLÉÉTTRRIICCOO,, LLEEII DDEE GGAAUUSSSS EE DDIIVVEERRGGÊÊNNCCIIAA 16 Em forma vetorial: R2 aR4 QD pi = ( D é inversamente proporcional ao quadrado da distância) b) Filamento retilíneo ∞∞∞∞ com dLdQL =ρ = constante Para uma gaussiana cilíndrica de raio ρ ∫ =•gaussianaS int QSdD (Lei de Gauss) D (área lateral do cilindro) = ρL L D 2piρL = ρL L Logo: piρ ρ = 2 D L Em forma vetorial: ρ piρ ρ = a 2 D L ( D é inversamente proporcional à distância) c) Cabo coaxial ∞∞∞∞ com os condutores central (+Q) e externo (–Q) com ρρρρs constante Aplicando a lei de Gauss para uma gaussiana cilíndrica de raio ρ (ver figura), ∫ =• gaussianaS int QSdD temos as seguintes situações: i) Se ρ < a ⇒ D = 0, pois a carga interna é nula ii) Se ρ > b ⇒ D = 0, pois a carga interna líquida é nula (blindagem eletrostática) iii) Se a < ρ < b (gaussiana tracejada) ⇒ D 2pi ρ L = +Q Daí obtemos: L2 QD piρ = Sendo a carga uniformemente distribuída, com densidade superficial de carga ρS no condutor central, podemos re-aplicar a lei de Gauss, obtendo-se: D 2pi ρ L = ρS 2pi a L piρ ρ = ρ ρ = 2 D Ls a onde aa pi ρ = pi ===ρ 2L2 Q S Q dS dQ L s sendo ρL a densidade linear de carga no condutor central. Em forma vetorial: ρρ piρ ρ = ρ ρ = a 2 aD Ls a ( D é inversamente proporcional à distância) Nota: Observar a semelhança com a fórmula de D para a linha ∞, obtida acima. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIIIII:: DDEENNSSIIDDAADDEE DDEE FFLLUUXXOO EELLÉÉTTRRIICCOO,, LLEEII DDEE GGAAUUSSSS EE DDIIVVEERRGGÊÊNNCCIIAA 17 3.4 – DIVERGÊNCIA Seja A um vetor qualquer expresso por: zzyyxx aAaAaAA ++= aplicado ao vértice A(x,y,z) do pequeno volume retangular da figura acima dado por: zyxv ∆∆∆=∆ Definindo divergência de um vetor A , ou div A , com notação matemática A•∇ , como: v SdA limA S 0v ∆ =∇ • • ∫ →∆ (Nota: O resultado desta operação é um escalar.) onde ∇ representa o operador vetorial “nabla” ou “del”. Para a superfície que envolve o pequeno volume retangular da figura acima temos: SdASdA DCGHABFEBCGFADHEEFGHABCD SSSSSSS •• ∫∫∫∫∫∫∫ +++++= Cálculo da 1a e da 2a integral do 2o membro (fluxo de A na direção x): zy)x(Adzdy)x(A)a(dSa)x(ASdA xx yy yy zz zz xABCDxx SABCD ∆∆−≅−=−= ∫ ∫∫∫ ∆+ = ∆+ = •• zyx x A)x(Azy)xx(Adzdy)xx(ASdA Xxxx yy yy zz zzSEFGH ∆∆ ∆ ∂ ∂ +≅∆∆∆+≅∆+= ∫ ∫∫ ∆+ = ∆+ = • Somando estas duas integrais, obtemos o fluxo líquido de A na direção x como: zyx x ASdA x SS EFGHABCD ∆∆∆ ∂ ∂ ≅+ •∫∫ Similarmente a estas duas integrais, obtemos os fluxos líquidos de A nas direções y e z como: zyx y A SdA y SS BCGFADHE ∆∆∆ ∂ ∂ ≅+ •∫∫ zyx z ASdA z SS DCGHABFE ∆∆∆ ∂ ∂ ≅+ •∫∫ CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIIIII:: DDEENNSSIIDDAADDEE DDEE FFLLUUXXOO EELLÉÉTTRRIICCOO,, LLEEII DDEE GGAAUUSSSS EE DDIIVVEERRGGÊÊNNCCIIAA 18 Somando as 3 expressões anteriores, obtemos o fluxo total líquido que sai do pequeno volume: zyx z A y A x ASdA zyx S ∆∆∆ ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ ≅•∫ Substituindo esta última expressão na equação que define a divergência e simplificando, obtemos: z A y A x AA zyx ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ =∇ • Se A é substituído pelo vetor densidade de fluxo elétrico D e aplicado a definição de divergência: v 0v S 0v dv dQ v Qlim v SdD limD ρ== ∆ ∆ = ∆ =∇ →∆→∆ • • ∫ Assim obtemos uma importante equação da eletrostática: vD ρ=∇ • (1a equação de Maxwell da eletrostática) onde ρv representa a fonte de fluxo (divergência) de D . Notas: 0D >∇ • ⇒ A região é fonte de fluxo ou a carga líquida da região é positiva. 0D <∇ • ⇒ A região é sorvedoura de fluxo ou a carga líquida da região é negativa. 0D =∇ • ⇒ A região não é fonte nem sorvedoura de fluxo ou a carga líquida é nula. 3.5 – TEOREMA DA DIVERGÊNCIA Da lei de Gauss, temos que: intS QSdD =•∫ Mas, sabemos que: dvQ v vol int ρρρρ∫= E também: Dv •∇=ρ Logo, juntando todas as expressões, obtemos: ∫ ∫∇= •• S vol dv DSdD (Teorema da divergência de Gauss) sendo S a área que envolve o volume vol, ou vol o volume envolvido pela área S. Notas: 1. O teorema da divergência pode ser aplicado a qualquer campo vetorial. 2. O operador vetorial ∇ é somente definido em coordenadas cartesianas pela expressão: zyx a z a y a x ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ =∇ Logo, não existe uma expressão para ∇ em coordenadas cilíndricas, nem em esféricas. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIIIII:: DDEENNSSIIDDAADDEE DDEE FFLLUUXXOO EELLÉÉTTRRIICCOO,, LLEEII DDEE GGAAUUSSSS EE DDIIVVEERRGGÊÊNNCCIIAA 19 3.6 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 3.1) Seja ρV = α r/ [C/m3] de r = 0 a r = R em coordenadas esféricas. Determinar D em todo o espaço. Resposta: r5 r2 aD α= [C/m2] para 0 < r < R e r2 2 r5 RR 2 aD α= [C/m2] para Rr ≥ . 3.2) Uma carga com densidade linear uniforme ρL = k [ηC/m] está distribuída sobre o semi-eixo positivo de z. No plano z = 0, uma outra carga com densidade superficial ρS = k/(2piρ) [ηC/m2] é distribuída. Determinar o fluxo elétrico total que atravessa o cilindro ρ = a [m], cujas bases estão situadas sobre os planos z = a e z = – a (a > 0). Resposta: ak2T =Ψ [ηC ]. 3.3) O plano z=0 contém uma distribuição superficial uniforme de carga com ρS = 10 [ηC/m2]. Determinar a quantidade de linhas de fluxo que atravessa o triângulo formado pelos pontos A (0,2,0), B (2,0,2) e C (–2,0,2). Resposta: 20=Ψ [ηC ]. 3.4) Determinar o fluxo elétrico líquido total que sai da porção de um cilindro definido por: 0 ≤ ρ ≤ 2, 0 ≤ φ ≤ pi/2, 0 ≤ z ≤ 3, devido as seguintes condições: a) uma carga distribuída no interior da porção do cilindro com densidade volumétrica de carga dada por ρv = 4xyz2 [C/m3], sendo que ρv = 0 no exterior da porção de cilindro. b) a mesma quantidade de carga do item anterior, porém sendo toda ela concentrada na origem. Respostas: a) 72 [C]; b) 9 [C]. 3.5) Seja 2v x6=ρ [µC/m3] na região – 1≤ x ≤ 1 [m] e ρv = 0 fora desta região. Determinar: a) A densidade de fluxo elétrico D na região 0 ≤ x ≤ 1 [m]; b) A densidade de fluxo elétrico D na região x > 1 [m]; c) A densidade de fluxo elétrico D na região –1 ≤ x ≤ 0 [m]; d) A densidade de fluxo elétrico D na região x < -1 [m]. Respostas: a) x3x2 aD = [µC/m2]; b) x 2 aD = [µC/m2]; c) x3x2 aD = [µC/m2]; d) x 2 aD −= [µC/m2]. 3.6) Determinar o fluxo total que atravessa um cubo de lado a = 1 [m], centrado na origem e arestas paralelas aos eixos coordenados para cada uma das seguintes situações: a) Uma carga pontual Q = 20 [ηC] situada na origem; b) Uma linha infinita de cargas com densidade ρL = 20 [ηC/m] situada sobre o eixo x. Repetir a questão e calcular o fluxo que atravessa a face superior do cubo nas duas situações. Respostas: a) 20T =Ψ [ηC ]; b) 20T =Ψ [ηC ] ea) 3 10 T =Ψ [ηC ]; b) 5T =Ψ [ηC ]. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIIIII:: DDEENNSSIIDDAADDEE DDEE FFLLUUXXOO EELLÉÉTTRRIICCOO,, LLEEII DDEE GGAAUUSSSS EE DDIIVVEERRGGÊÊNNCCIIAA 20 3.7) Seja ( )z1z8v −=ρ [C/m3] para 0 < z < 1, ( )z1z8v +=ρ [C/m3] para – 1 < z < 0 e 0v =ρ para o restante do espaço. Determinar D em todo o espaço usando a Lei de Gauss. Respostas: 0=D para z ≤ –1, ( ) z23 1z3z234 aD −+⋅= [C/m3] para –1 < z < 0, ( ) z23 1z3z234 aD −+−⋅= [C/m3] para 0 < z < 1, 0=D para z ≥ 1. 3.8) Determinar o quantidade de fluxo elétrico devido a uma carga pontual Q na origem que passa através das superfícies esféricas definidas por: a) raio = r, estendendo de θ = 30o a θ = 60o, e de φ = 0o a φ = 360o; b) raio = 2r, estendendo de θ = 0o a θ = 90o, e de φ = 0o a φ = 90o. Respostas: a) ( )[ ] Q183,0Q4/13 =−=ψ ; b) ψ = Q/8 3.9) Seja uma distribuição de carga no espaço onde ρV = K/r C/m3 para r < 2R e ρV = 0 para r > 2R, sendo K uma constante positiva. a) Determinar a carga total contida dentro da esfera de raio r = R; b) Determinar a densidade de fluxo elétrico que sai da superfície esférica r = R. Respostas: a) 2 .int KR2Q pi= ; b) ra2 KD = 3.10) Uma carga pontual Q =24pi µC está localizada na origem, uma carga de densidade 241s −=ρ µC/m2 está distribuída na superfície esférica r = a = 0,5 m, e uma carga de densidade 242s =ρ µC/m2 está distribuída na superfície esférica r = b = 1 m. Determinar D em todas as regiões. Resposta: r2 ar 6D = µC/m2 para r < 0,5 m; 0D = para 0,5 ≤ r < 1 m; r2 ar 24D = µC/m2 para r ≥ 1 m 3.11) Uma linha infinita de carga uniformemente distribuída com densidade m/C1L =ρ está colocada sobre o eixo y. Determinar o fluxo elétrico total que atravessa as seguintes superfícies: (a) a porção do plano z = 1 m, limitada por –1 < x < 1 m e –1 < y < 1 m; (b) a esfera de raio r = 1 m, centrada na origem. Respostas: a) ψ = 0,5 C; b) ψ = 2 C. 3.12) a) Calcular a carga total em todo o espaço se a densidade volumétrica de carga é expressa em coordenadas esféricas como 233v )r/(1 a+=ρ , sendo a uma constante. b) Qual é o raio da esfera, centrada na origem, com densidade volumétrica de carga constante, ρv = 8 , que contém a mesma carga total do item anterior. Respostas: a) 3T 3 4Q a pi = ; b) a2 1 r = . CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIVV:: EENNEERRGGIIAA EE PPOOTTEENNCCIIAALL 21 Capítulo IV ENERGIA E POTENCIAL 4.1 – ENERGIA (TRABALHO) PARA MOVER UMA CARGA PONTUAL EM UM CAMPO ELÉTRICO Observando a figura, e adotando La como um vetor unitário na direção de Ld , tem-se: ( ) ( ) LdFdLaFLdaaFLdFLdFdW ...... ELELLEEaplicada L −=−=−=−== Substituindo EQFE = , chega-se a: LdEQdW .−= Integrando, obtém-se o trabalho (energia) necessário para mover uma carga Q desde o início (ponto B) até o final (ponto A) de uma trajetória, sob a ação do campo elétrico E , dado por: LdEQW . )A(Final )B(Início ∫−= onde ∫ = 0LdE. , pois o trabalho do campo eletrostático depende apenas das posições inicial e final da trajetória. Nota: Na eletrostática, o campo elétrico é conservativo. 4.2 – DEFINIÇÃO DE DIFERENÇA DE POTENCIAL (VAB) E POTENCIAL (V) A diferença de potencial VAB entre 2 pontos A e B é definida como sendo o trabalho necessário para movimentar uma carga pontual unitária positiva desde B (tomado como referência) até A. Q WVAB = ⇒ ∫−= A BAB LdEV . (FÓRMULA GERAL) Como o campo elétrico E é conservativo (na eletrostática), tem-se, para 3 pontos A, B e C: VAB = VAC – VBC Os potenciais “absolutos” VA e VB são obtidos adotando-se uma mesma referência zero de potencial. Se, por exemplo, VC = 0, pode-se escrever VAB = VA – VB 4.3 – O POTENCIAL DE UMA CARGA PONTUAL Supondo-se a carga na origem, tem-se, aplicando a fórmula geral: A B A r AB r r2B r 0 QV E dL a dr a 4 r . .= − = − piε ∫ ∫ AB A B 0 A B Q 1 1V V V 4 r r = − = − piε CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIVV:: EENNEERRGGIIAA EE PPOOTTEENNCCIIAALL 22 Se B → ∞ ⇒ VB → 0 ⇒ A 0 A QV 4 r = piε (potencial absoluto) Escrevendo de forma genérica, o potencial absoluto devido a uma carga pontual Q fora da origem é: 0 QV 4 R = piε sendo R a distância da carga pontual Q ao ponto desejado. 4.4 – O POTENCIAL DE UM SISTEMA DE CARGAS DISTRIBUÍDAS Para uma carga distribuída, com referência zero no infinito: 0 dQ 4 RV piε= ∫ onde: dQ = ρL dL= ρsds = ρvdv, dependendo da configuração de cargas, rrRR ′−== = distância (escalar) de dQ ao ponto fixo P onde se quer obter V 4.4.1 – VAB de uma reta ∞∞∞∞ com ρρρρL constante Partindo de ∫−= ABAB LdEV . , obtemos: A B L AB 0 V a d a 2 . ρ ρ ρρ ρ = − ρ piε ρ∫ L B AB 0 A V ln 2 ρ ρ = piε ρ 4.4.2 – VAB de um plano ∞∞∞∞ com ρρρρs constante Partindo de ∫−= ABAB LdEV . , obtemos: A B z s AB z zz 0 V a dz a 2 . ρ = − ε∫ ( )sAB B A 0 V z z 2 ρ = − ε CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIVV:: EENNEERRGGIIAA EE PPOOTTEENNCCIIAALL 23 4.5 – GRADIENTE DO POTENCIAL ( V∇ ) O gradiente de uma função escalar (ex. V) é definido matematicamente por: NadN dVV =∇ (resultado = vetor) onde dV, dN e Na � são mostrados na figura. GaGa cosdL dV a dN dVV NNN � == θ ==∇ Daí, dVcosGdL =θ ⇒ dVLdG =• �� onde: Nzzyyxx aGaGaGaGG =++= ��� � Lzyx adLadzadyadxLd =++= dz z Vdy y Vdx x VdV ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ = sendo: Ld � = vetor comprimento diferencial medido numa direção qualquer, dN = dLcosθ = menor distância entre as 2 superfícies equipotenciais V1 e V2. Assim, obtemos a expressão do gradiente em coordenadas cartesianas: zyx a z V a y V a x VVG ��� �� ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ =∇= Propriedades do gradiente de uma função escalar V: a) V∇ é normal a V b) V∇ aponta no sentido do crescimento de V Logo V∇ é um vetor que dá a máxima variação no espaço de uma quantidade escalar (módulo do vetor) e a direção em que este máximo ocorre (sentido do vetor). Se V = função potencial elétrico, então: VE ∇−= ( E está apontado no sentido decrescente de V). Exemplo: Utilizando gradiente, determinar a expressão de E para uma carga pontual na origem. Solução: O potencial de uma carga pontual na origem (no vácuo) é: 0 Q 4 r = piε V Tomando o gradiente de V, em coordenadas esféricas, sabendo-se que V = f(r): e fazendo VE ∇−= ⇒ r r2 0 V Q 1E a a r 4 r ∂ − = − = − ∂ piε � � � ⇒ r2 0 QE a 4 r = piε � � CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIVV:: EENNEERRGGIIAA EE PPOOTTEENNCCIIAALL 24 4.6 – O DIPOLO ELÉTRICO É um sistema com 2 cargas pontuais iguais e simétricas (figura c) bem próximas tal que d < < r, sendo d a distância (separação) entre as cargas e r a distância do centro do dipolo a um ponto P desejado. Cálculo do potencial no ponto P devido ao dipolo na origem: P 0 1 0 2 Q QV 4 r 4 r + − = + piε piε P 0 1 2 Q 1 1V 4 r r =− piε 2 1 P 0 1 2 r rQV 4 r r − = piε Sendo d << r, fazemos θ≅− cosdrr 12 e 221 rrr ≅ . Daí, p 2 0 Qd cosV 4 r θ = piε Campo elétrico no ponto P devido ao dipolo elétrico na origem: ( )r3 0 QdE 2cos a sen a 4 r θ = θ + θ piε (obtido de VE ∇−= ) Definindo momento de dipolo elétrico como dQp = , onde d é o vetor cuja magnitude é a distância entre as cargas do dipolo e cuja direção (e sentido) é de –Q para +Q: r p 2 0 p a V 4 r . = piε Notas: a) Com o aumento da distância, o potencial e o campo elétrico caem mais rápidos para o dipolo elétrico do que para a carga pontual. b) Para o dipolo elétrico fora da origem, o potencial é dado por: R p 2 0 p a V 4 R . = piε onde: Ra = versor orientado do centro do dipolo ao ponto desejado; R = distância do centro do dipolo ao ponto desejado. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIVV:: EENNEERRGGIIAA EE PPOOTTEENNCCIIAALL 25 4.7 – ENERGIA NO CAMPO ELETROSTÁTICO 4.7.1 – Energia (trabalho) para uma distribuição discreta de cargas WE = trabalho total para trazer 3 cargas Q1, Q2, Q3 do ∞ e fixá-las nos pontos 1, 2, 3, nesta ordem: WE =W1 + W2 + W3 WE = 0 + Q2 V2,1 + Q3 V3,1 + Q3 V3,2 (i) Nota: V2,1 = potencial no ponto 2 devido à carga Q1 no ponto 1 (V2,1 ≠ V21) Se as 3 cargas forem fixadas na ordem inversa, isto é, fixando Q3, Q2, Q1, nos pontos 3, 2, 1, temos: WE = W3’ + W2’ + W1’ WE = 0 + Q2 V2,3 + Q1 V1,2 + Q1 V1,3 (ii) (i) + (ii): 2WE = Q1 V1 + Q2 V2 + Q3 V3 ( )332211E VQVQVQ2 1W ++= Para N cargas: ∑ = = N 1i iiE VQ2 1W [J] 4.7.2 – Energia (trabalho) para uma distribuição contínua de carga Para uma região com distribuição contínua de carga, substituímos Qi da fórmula acima pela carga diferencial dQ = ρvdv e a somatória se transforma numa integral em todo o volume de cargas. ∫ρ= vol vE Vdv2 1W [J] Pode-se demonstrar que o trabalho pode ser também expresso em função de D e/ou E como: dvED 2 1W vol E ∫= • ou 2 E 0 vol 1W E dv 2 = ε∫ ou 2 E 0vol 1 DW dv 2 = ε∫ Nota: A densidade de energia do campo elétrico no vácuo pode ser obtida pelas expressões: 2 2E 0 0 dW 1 1 1 DD E E dv 2 2 2 •= = ε = ε [J/m3] CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIVV:: EENNEERRGGIIAA EE PPOOTTEENNCCIIAALL 26 Ex. 1 Calcular a energia WE armazenada num pedaço de cabo coaxial de comprimento L e condutores interno e externo de raios a e b, respectivamente, supondo que a densidade superficial de carga uniforme no condutor interno é igual a ρρρρs. Supondo uma gaussiana cilíndrica no interior do dielétrico (vácuo) de raio a < ρ < b, e aplicando a lei de Gauss ( int S QSdD =∫ • ), obtemos: ρ ρ =⇒piρ=piρ aa ss DL2L2D Substituindo na equação de energia obtida acima: ( )2L 22 s E 0 0vol z 0 0 /1 D 1W dv d d dz 2 2 pi = φ= ρ= ρ ρ = = ρ ρ φ ε ε∫ ∫ ∫ ∫ b a a [ ] 2 2 s E 0 1W 2 L 2 ρ = ρ pi ε b a a ln Daí, obtemos finalmente: 2 2 s E 0 LW pi ρ= ε a bln a Ex. 2 Calcular a energia WE armazenada num capacitor de placas paralelas no vácuo, sendo V a diferença de potencial entre as placas iguais de área S e separadas por uma distância d. Supor o campo elétrico entre as placas uniforme desprezando os efeitos de bordas. Da equação de energia obtida acima, e sabendo que V = E d, obtemos: 2 2 0 E 0 1 VW E dv dv 2 2 d ε = ε = ∫ ∫ ⇒ 20 E S1W V 2 d ε = Tomando a expressão da capacitância do capacitor de placas paralelas ideal (cap. 5), teremos: 2 E CV2 1W = onde 0SC d ε = 4.8 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 4.1) Três cargas pontuais idênticas de carga Q são colocadas, uma a uma, nos vértices de um quadrado de lado a. Determinar a energia armazenada no sistema após todas as cargas serem posicionadas. Resposta: ( )24 8 QW o 2 E +⋅ piε = a [J]. 4.2) Seja uma carga distribuída ao longo da porção |z| < 1 m do eixo z, com densidade linear de carga ρL = kz [ηC/m]. Determinar: a) O potencial em um ponto qualquer sobre o plano z = 0; b) O potencial em um ponto do eixo z situado a uma altura h = 2 m do plano z = 0. Respostas: a) VA = 0; b) VB = 1,775 [kV]. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIVV:: EENNEERRGGIIAA EE PPOOTTEENNCCIIAALL 27 4.3) Um quadrado de vértices A(0,0,0), B(0,1,0), C(1,1,0) e D(1,0,0), possui uma distribuição linear uniforme de carga com densidade ρL = 10 [pC/m] ao longo do lado AB, uma carga pontual Q1 = 1 [pC] no vértice C, uma carga pontual Q2 = -10 [pC] no vértice D. Determinar, no centro P do quadrado: a) O potencial elétrico devido a cada uma das três cargas; b) O potencial elétrico total devido às três cargas. Respostas: a) VP1 = 0,0127 [V], VP2 = – 0,127 [V], VL = 0,1584 [V]; b) VPT = 0,044 [V]. 4.4) Um campo elétrico é dado em coordenadas cilíndricas por: � �E a V m = 100 2ρ ρ Conhecidos os pontos A(3,0,4), B(5,13,0) e C(15,6,8), expressos em coordenadas cartesianas, determinar: a) A diferença de potencial VAB; b) O potencial VA se a referência zero de potencial está no ponto B; c) O potencial VA se a referência zero de potencial está no ponto C; d) O potencial VA se a referência zero de potencial está no infinito. Respostas: a) VAB = 26,15 [V]; b) VA = 26,15 [V]; c) VA = 27,14 [V]; d) VA = 33,33 [V]. 4.5) Uma superfície esférica no espaço livre, definida por r = 4 cm, contém uma densidade superficial de carga de 20 [µC/m2]. Determinar o valor do raio rA,, em centímetros, se a região compreendida entre as esferas de raios r = 6 cm e r = rA contém exatamente 1 mJ de energia. Resposta: rA = 6,54 [cm]. 4.6) O campo potencial no vácuo é expresso por V = k/ρ. a) Determinar a quantidade de carga na região cilíndrica a < ρ < b e 0 < z < 1. b) Determinar a energia armazenada na região cilíndrica a < ρ < b e 0 < z < 1. Respostas: a) −⋅= ab 11k2Q opiε ; b) −⋅= 22 2 oE 11k 2 1W ba piε . 4.7) Uma linha de cargas uniforme de 2 m de comprimento com carga total de 3 nC está situada sobre o eixo z com o ponto central da linha localizado a +2 m da origem. Num ponto P sobre o eixo x, distante +2 m da origem, pede-se: a) Determinar o potencial elétrico devido a linha de cargas; b) Determinar o potencial elétrico se a carga total for agora concentrada no ponto central da linha; c) Calcular e comentar sobre a diferença percentual entre os dois valores de potencial obtidos. Respostas: a) VPL = 9,63 V; b) VPQ = 9,55 V; c) (VPQ – VPL)x100%/VPQ = -0,83 % Uma carga concentrada produz um potencial menor do que esta mesma carga distribuída, caso sejam iguais as distâncias dos centros destas cargas ao ponto desejado. 4.8) Uma carga Q0 = +10 µC está colocada no centro de um quadrado de lado 1 m e vértices A, B, C, D. Supondo o meio o vácuo, determinar o trabalho necessário para: a) Mover a carga QA = +10 µC do infinito até fixá-la no vértice A do quadrado; b) Mover também a carga QB = –20 µC do infinito até fixá-la no vértice B do quadrado; CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIVV:: EENNEERRGGIIAA EE PPOOTTEENNCCIIAALL28 c) Finalmente mover também a carga QC = +30 µC do infinito até fixá-la no vértice C do quadrado. Respostas: a) WA = 1,271 J; b) WB = –4,340 J; c) WC = 0,327 J. 4.9) a) Determinar o potencial VP no ponto P(2, 0, 0) devido a uma carga total Q = 2 nC distribuída uniformemente ao longo do eixo y, de y = 0 até y = 2 m. b) Supondo que a mesma carga total Q = 2 nC seja agora concentrada num ponto, determinar em que posição esta deverá ser colocada ao longo do eixo y para produzir o mesmo potencial VP no ponto P(2, 0, 0) obtido no item (a). Respostas: a) VP = 7,9324 V; b) y = ± 1,072 m. 4.10) a) Determinar a fórmula para o cálculo da diferença de potencial entre 2 pontos quaisquer A e B devido a uma carga pontual Q, no vácuo. (Supor a carga na origem.) b) Determinar a fórmula para o cálculo da diferença de potencial entre 2 pontos quaisquer A e B devido a uma carga distribuída uniformemente numa linha infinita com densidade ρL, no vácuo. c) Uma carga com densidade linear constante ρL está distribuída sobre todo o eixo z e uma carga pontual Q está localizada no ponto (1, 0, 0). Sejam os pontos A(4, 0, 0), B(5, 0, 0) e C(8, 0, 0). Se VAB = VBC = 1 volt, determinar os valores numérico de ρL e de Q. O meio é o vácuo. Respostas: a) − piε = BAo r 1 r 1 4 Q ABV ; b) A B o L ln 2 ρ ρ piε ρ =ABV ; c) 81,86L −=ρ pC/m; Q = 1800,04 pC 4.11) Sabendo-se que ( )222 yxln4z20yx2 +−+=V V, no vácuo, determine o valor das seguintes grandezas no ponto P(6; -2,5; 3): a) V; b) E ; c) D ; d) ρv. Respostas: a) 135P −=V [V]; b) zyxP a20a5,72a1,61E −−= [V/m]; c) zyxP a177a642a541D −−= [pC/m2]; d) 5,88v =ρ [pC/m3]. 4.12) Um dipolo z1 a20p = nC.m, localiza-se na origem, no vácuo, e um segundo dipolo z2 a50p −= nC.m localiza-se em (0, 0, 10). Determine V e E no ponto médio entre os dipolos. Resposta: 2,25M =V [V]; zM a32,4E −= [V/m]. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VV:: CCOONNDDUUTTOORREE CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA 5.1 – CORRENTE (I) E DENSI A corrente elétrica (convencional) representa o movimento de cargas positivas e é expressa por: dt dQI = > 0 (Unidade de corrente: C/s ou A) A densidade de corrente de convecção volume (nuvem) de cargas com densidade volumétrica vJ vρ= (Unidade de densidade de corrente: A/m Para um condutor com densidade de carga dos elétrons velocidade de arrastamento (“drift speed”) ( ) (EvJ eede −=µ−ρ=ρ= Definindo eeµρ−=σ como condutividade do condutor (em S/m), obtemos finalmente: EJ σ= → densidade de corrente de condução A tabela a seguir mostra as expressões para cálculo da condutividade que o sinal menos é compensado pelo valor negativo da densidade volumétrica de carga negativa. Líquido ou gás Condutor Semicondutor µ = mobilidade da carga (sempre +) [m ρ = densidade volumétrica de carga ( h → e → elétron Relação entre corrente e densidade de corrente (ver figura): A corrente dI que atravessa uma área dS é dada por (ver figura): dSJdI N= (de onde tem θ=θ= coscos dSJdSJdI SdJdI •= Daí, ∫= •s SdJI CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO EESS,, DDIIEELLÉÉTTRRIICCOOSS EE CCAAPPAACCIITTÂÂNNCCIIAA Capítulo V CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA CORRENTE (I) E DENSIDADE DE CORRENTE ( J ) (convencional) representa o movimento de cargas positivas e é expressa por: (Unidade de corrente: C/s ou A) densidade de corrente de convecção J (uma grandeza vetorial) representa o movimento de um volume (nuvem) de cargas com densidade volumétrica ρv (em C/m3) numa velocidade (Unidade de densidade de corrente: A/m2) m densidade de carga dos elétrons ρv = ρe, onde os elétrons se deslocam com velocidade de arrastamento (“drift speed”) Evv ed µ−== (µe = mobilidade dos elétrons), tem ) Eeeµρ− como condutividade do condutor (em S/m), obtemos finalmente: densidade de corrente de condução (Forma pontual da Lei de Ohm) A tabela a seguir mostra as expressões para cálculo da condutividade σ de vários meios. O sinal menos é compensado pelo valor negativo da densidade volumétrica de carga negativa. Meio Condutividade σσσσ [S/m] Líquido ou gás σ = – ρ – µ – + ρ+ µ+ Condutor σ = – ρe µe Semicondutor σ = – ρe µe + ρh µh = mobilidade da carga (sempre +) [m2/(V s)] = densidade volumétrica de carga (±) [C/m3] lacuna ou buraco (do inglês “hole”) elétron Relação entre corrente e densidade de corrente (ver figura): A corrente dI que atravessa uma área dS é dada por (ver figura): (de onde tem-se: dS dIJ N = ) 29 CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA (convencional) representa o movimento de cargas positivas e é expressa por: (uma grandeza vetorial) representa o movimento de um ) numa velocidade v (em m/s). , onde os elétrons se deslocam com = mobilidade dos elétrons), tem-se: como condutividade do condutor (em S/m), obtemos finalmente: (Forma pontual da Lei de Ohm) de vários meios. Observe sinal menos é compensado pelo valor negativo da densidade volumétrica de carga negativa. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VV:: CCOONNDDUUTTOORREE 5.2 – CONTINUIDADE DA CORR A corrente através de uma superfície igual a razão do decréscimo de cargas região – princípio da continuidade dt dQSdJ s I i−== •∫ onde + dt dQi = razão (taxa) de acréscimo (incremento) de cargas no tempo dentro da superfície. Aplicando o teorema da divergência à expressão acima, obtemos: t J v ∂ ρ∂ −=∇ • “A corrente ou carga por segundo que sai de decréscimo de carga p 5.3 – CONDUTORES METÁLICOS Definição de resistência de um condutor qualquer: ∫σ ∫− == • • s a bab SdE LdE I V R Para um condutor que possui seção reta uniforme cilíndrico da figura, com área S e comprimento E SdE LdE I V R s 0 ab σ = ∫σ ∫− == • • � Exemplo: Calcular R para o condutor em forma de cunha da figura, para ⇒ ρ = ρφ== E k h I S IJ k dzdk dk R h 0 0 b a σ = ∫ ∫ φρρ ∫ ρ σρ = φ ρ ρ CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO EESS,, DDIIEELLÉÉTTRRIICCOOSS EE CCAAPPAACCIITTÂÂNNCCIIAA CONTINUIDADE DA CORRENTE A corrente através de uma superfície fechada (fluxo de cargas positivas para fora da superfície) é de cargas positivas (ou acréscimo de cargas negativas) no interior da continuidade. Matematicamente, expressamos como: (Forma integral da equação da continuidade) = razão (taxa) de acréscimo (incremento) de cargas no tempo dentro da superfície. ivergência à expressão acima, obtemos: (Forma pontual da equação da continuidade) “A corrente ou carga por segundo que sai (diverge) de um pequeno volume é igual a razão de decréscimo de carga por unidade de volume em cada ponto.” CONDUTORES METÁLICOS – RESISTÊNCIA (R) de um condutor qualquer: [Ω] (parâmetro positivo) seção reta uniforme (condutor cilíndrico da figura, com área S e comprimento � ): SE E σ � ⇒ S R σ = � Calcular R para o condutor em forma de cunha da figura, para J (ou I) no sentido radial. ρ σρ = σ = a kJ h ln hk lnk a b b a σφ ρ ρ =φ ρ σ ρ ρ 30 (fluxo de cargas positivas para fora da superfície) é (ou acréscimo de cargas negativas)no interior da (Forma integral da equação da continuidade) = razão (taxa) de acréscimo (incremento) de cargas no tempo dentro da superfície. (Forma pontual da equação da continuidade) de um pequeno volume é igual a razão (ou I) no sentido radial. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VV:: CCOONNDDUUTTOORREE 5.4 – O MÉTODO DAS IMAGENS Aplicação: Na solução de problemas envolvendo um plano condutor aterrado pela substituição deste por uma superfície equipotencial mais as Exemplo: Calcular o campo elétrico Aplicando o método das imagens, temos: 21 EEE += onde 1E e 2E são os campos no ponto P devido, respectivamente, a carga objeto (carga original) e a carga imagem. Assim, 1 2 2o 2 R2 1o 1 a R4 Q a R4 Q E piε + piε = onde: 11R R/Ra 1 = , sendo R 22R R/Ra 2 = , sendo Substituindo os valores, temos: 104 10 2 aa 2 36 104 1010E zy9 9 pi − + − pi pi × = − − ( ) (zy a1010 90 aa 22 90E −−= Daí: zy a35,40a97,28E −= CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO EESS,, DDIIEELLÉÉTTRRIICCOOSS EE CCAAPPAACCIITTÂÂNNCCIIAA O MÉTODO DAS IMAGENS Na solução de problemas envolvendo um plano condutor aterrado pela substituição deste por uma superfície equipotencial mais as cargas imagens, como ilustra a figura. Calcular o campo elétrico E no ponto P(0,1,1) m, para a configuração mostrada abaixo. Aplicando o método das imagens, temos: são os campos no ponto P devido, respectivamente, a carga objeto (carga original) e a carga imagem. 2Ra zy1 aaR −= o vetor distância orientado de Q , sendo zy2 a3aR += o vetor distância orientado de Q valores, temos: 10 a3a 10 36 10 1010 zy 9 9 + pi × − − ) ( ) ( )zyzyzy a3a85,2aa82,31a3a +−−=+ z [V/m] (Nota: Conferir o sentido de E na figura) 31 Na solução de problemas envolvendo um plano condutor aterrado pela substituição cargas imagens, como ilustra a figura. no ponto P(0,1,1) m, para a configuração mostrada abaixo. o vetor distância orientado de Q1 = Q a P, o vetor distância orientado de Q2 = –Q a P. na figura) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VV:: CCOONNDDUUTTOORREE 5.5 – A NATUREZA DOS MATER Polarização P é definido como sendo o momento elétrico total por unidade de volume, isto é: limp v 1limP v vn 1i i 0v =∑ ∆ = →∆ ∆ =→∆ onde n é o número de dipolos elétricos por unidade de volume A lei de Gauss relaciona a densidade de fluxo elétrico ∫ •= SdDQ ( Por analogia, pode-se também relacionar o campo sendo esta carga chamada de carga de polarização ∫ •−= SdPQP ( A lei Gauss em termos da carga total ∫ •ε= SdEQ oT onde: QT = Q + QP = soma da carga livre com a carga de polarização εo = 8,854×10-12 = permissividade elétrica do vácuo Substituindo as cargas pelas suas expressões com integrais, obtemos a seguinte expressão geral que relaciona os 3 campos D , E e P PED o +ε= Para um material linear, homogêneo e isotrópico (mesma propriedade em todas as direções) tem EP oeεχ= [C/m2] sendo χe é a suscetibilidade elétrica do material constante é relacionada com a permissividade elétrica relativa εR, (grandeza também adimensional) através da expressão: 1Re −ε=χ Combinando estas 3 últimas equações obtém ED ε= onde: oR εε=ε sendo ε a permissividade elétrica absoluta CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO EESS,, DDIIEELLÉÉTTRRIICCOOSS EE CCAAPPAACCIITTÂÂNNCCIIAA A NATUREZA DOS MATERIAIS DIELÉTRICOS – POLARIZAÇÃO (P) é definido como sendo o momento elétrico total por unidade de volume, isto é: v plim total 0 ∆→ (Unidade: C/m2 – mesma unidade de é o número de dipolos elétricos por unidade de volume ∆v A lei de Gauss relaciona a densidade de fluxo elétrico D com a carga elétrica livre (Nota: D sai ou diverge da carga livre positiva se também relacionar o campo P com uma carga, QP, que produz este campo, carga de polarização. (Nota: P sai ou diverge da carga de polarização carga total, QT, (lei de Gauss generalizada) é expressa por: = soma da carga livre com a carga de polarização permissividade elétrica do vácuo (unidade: F/m) Substituindo as cargas pelas suas expressões com integrais, obtemos a seguinte expressão geral que P , para qualquer tipo de meio: (Nota: No vácuo 0P = ) Para um material linear, homogêneo e isotrópico (mesma propriedade em todas as direções) tem suscetibilidade elétrica do material (constante adimensional, permissividade elétrica relativa (ou constante dielétrica) do material, , (grandeza também adimensional) através da expressão: Combinando estas 3 últimas equações obtém-se: permissividade elétrica absoluta do material, dada em F/m. 32 POLARIZAÇÃO (P) é definido como sendo o momento elétrico total por unidade de volume, isto é: mesma unidade de D ) carga elétrica livre, Q, isto é: positiva) , que produz este campo, carga de polarização negativa) ressa por: (unidade: F/m) Substituindo as cargas pelas suas expressões com integrais, obtemos a seguinte expressão geral que Para um material linear, homogêneo e isotrópico (mesma propriedade em todas as direções) tem-se: (constante adimensional, χ lê-se “csi”). Esta (ou constante dielétrica) do material, CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VV:: CCOONNDDUUTTOORREE Relações usando as densidades volumétricas de carga livre, polarização, ρP, e de carga total, ρ dvQ vv ρ∫= dvQ PvP ρ∫= dvQ TvT ρ∫= 5.6 – CONDIÇÕES DE CONTORN Condição de contorno para as componentes tangenciais: Para o pequeno percurso fechado retangular da figura, pode 0LdE retângulo =•∫ Fazendo 0h →∆ (tendendo a fronteira), obtemos: 0LELE 2t1t =∆−∆ ⇒ E Condição de contorno para as componentes normais: Para o pequeno cilindro da figura, pode interna cilindro QSdD =•∫ Fazendo 0h →∆ (tendendo a fronteira), obtemos: (i) Para a fronteira com carga ( SDSD S2n1n ρ=∆−∆ (ii) Para a fronteira sem carga ( 2n1n DD = (Neste caso D Relação de contorno se o meio 2 for um Componentes tangenciais: Componentes normais: D CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO EESS,, DDIIEELLÉÉTTRRIICCOOSS EE CCAAPPAACCIITTÂÂNNCCIIAA Relações usando as densidades volumétricas de carga livre, ρv (ou simplesmente ρT: ρ=∇ • D v PP ρ−=∇ • ToE ρ=ε∇ • CONDIÇÕES DE CONTORNO PARA MATERIAIS DIELÉTRICOS PERFEITOS componentes tangenciais: Para o pequeno percurso fechado retangular da figura, pode-se aplicar: (válida para o campo E conservativo) (tendendo a fronteira), obtemos: 2t1t EE = ⇒ 2t1t EE = (Et é contínuo) Condição de contorno para as componentes normais: Para o pequeno cilindro da figura, pode-se aplicar: (Lei de Gauss) ndo a fronteira), obtemos: carga (ρS ≠ 0): SS∆ ⇒ S2n1n DD ρ=− (Neste caso D carga (ρS = 0): (Neste caso Dn é contínuo) Relação de contorno se o meio 2 for um condutor perfeito (σ2 → ∞ ⇒ E2 = D2 Componentes tangenciais: 0E 1t = ⇒ 0D 1t = (as comp. tangenciais se anulam) s1nD ρ= ⇒ 1s1n /E ερ= (existem somente comp. normais) 33 (ou simplesmente ρ), de carga de LÉTRICOS PERFEITOS conservativo) (Neste caso Dn é descontínuo) 2 = 0): (as comp. tangenciais se anulam)(existem somente comp. normais) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VV:: CCOONNDDUUTTOORREE 5.7 – CAPACITÂNCIA Qualquer dispositivo formado por 2 condutor forma um capacitor (figura) cuja ∫− ∫ ε == + − • • LdE SdE V QC s o 5.8 – EXEMPLOS DE CÁLCULO Análise do capacitor de placas planas paralelas: adzaE adSaE V QC zz 0 d zz S 0 o ∫− ε∫ == • • Observe também as fórmulas: EdVo = SS QED ρ==ε= onde os campos E e D são considerados constantes no dielétrico do capacitor ideal. Ex. 1: Carrega-se um capacitor de placas pla constante. Desconsiderando os efeitos de bordas (capacitor ideal), determinar as variações instantâneas sofridas por: W a) O espaço livre entre as placas é substituído por um dielétrico com b) A fonte de tensão é removida com as placas afastadas tal que d Solução do caso 1(a) – ver figura abaixo CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO EESS,, DDIIEELLÉÉTTRRIICCOOSS EE CCAAPPAACCIITTÂÂNNCCIIAA Qualquer dispositivo formado por 2 condutores separados por um dielétrico forma um capacitor (figura) cuja capacitância é definida como: [F] (parâmetro positivo) EXEMPLOS DE CÁLCULO DE CAPACITÂNCIA Análise do capacitor de placas planas paralelas: ( )d0E SE z z −− ε = ⇒ d SC ε= onde os campos E e D são considerados constantes no dielétrico do capacitor ideal. se um capacitor de placas planas paralelas no espaço livre com uma fonte de tensão constante. Desconsiderando os efeitos de bordas (capacitor ideal), determinar as variações instantâneas sofridas por: WE, D, E, C, Q, V, e ρs, quando: O espaço livre entre as placas é substituído por um dielétrico com εR A fonte de tensão é removida com as placas afastadas tal que d2 = 3d ver figura abaixo: V2 = V1 = V (mesma fonte de tensão) E2 = E1 (E = V/d) D2 = 3 D1 (D = εR ε0 E) C2 = 3 C1 (C = εR ε0 S/d) ρS2 = 3 ρS1 (ρS = DN = D) Q2 = 3 Q1 (Q = ρS S) W2 = 3 W1 (W = (1/2) C V2 ou W = (1/2) 34 onde os campos E e D são considerados constantes no dielétrico do capacitor ideal. nas paralelas no espaço livre com uma fonte de tensão constante. Desconsiderando os efeitos de bordas (capacitor ideal), determinar as variações R = 3; = 3d1. (mesma fonte de tensão) ou W = (1/2) εRε0 E2 vol) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VV:: CCOONNDDUUTTOORREE Solução do caso 1(b) – ver figura abaixo Ex. 2: Determinar C de um capacitor coaxial Para uma Gaussiana cilíndrica de raio a < ∫ =• ernaintQSdD 2 QDQL2D piρ =⇒+=piρ ρ piερ = ε = a L2 QDE ∫ =ρ piερ −== a babo aL2 QVV Vln L2 QV o a b o ⇒ ρ piε − = )a/bln( L2 V QC o piε == Ex. 3: Determinar C de um capacitor esférico Para uma gaussiana esférica de raio a < r < b ∫ =• ernaintQSdD 2 2 r4 QDQr4D pi =⇒=pi r2 ar4 QDE piε = ε = ∫ = piε −== a br 2abo ar4 QVV =⇒ − piε − = V r 1 4 QV o a b o CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO EESS,, DDIIEELLÉÉTTRRIICCOOSS EE CCAAPPAACCIITTÂÂNNCCIIAA ver figura abaixo: Q2 = Q1 (fonte de tensão removida) ρS2 = ρS1 (ρS = Q/S) D2 = D1 (D = DN = ρS) E2 = E1 (E = D/ε0) C2 = C1/3 (C = εR ε0 S/d) V2 = 3V1 (V = Q/C ou V = E d) W2 = 3 W1 (W = (1/2) C V2 ou W = (1/2) capacitor coaxial de raios a e b (a < b). Para uma Gaussiana cilíndrica de raio a < ρ < b e comprimento L L Q piρ ρρ ρ• ada a bln L2 Q piε = ) capacitor esférico de raios a e b (a < b). Para uma gaussiana esférica de raio a < r < b • rr adra − piε b 1 a 1 4 Q o 35 (fonte de tensão removida) (V = Q/C ou V = E d) ou W = (1/2) εRε0 E2 vol) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VV:: CCOONNDDUUTTOORREE b 1 a 1 4 V QC o − piε == (Se b Ex. 4: Determinar C de uma linha de transmissão com dois fios infinitos paralelos Seja uma configuração condutora constituída por 2 fios (infinitos) paralelos, situados em um meio de permissividade ε, conforme mostrado na figura abaixo. Foi visto no capítulo 4 que a diferença de potencial entre 2 pontos A e B devido com carga uniformemente distribuída é dada por: A BL AB ln2 V ρ ρ piε ρ = ( Para os 2 fios infinitos paralelos da figura, com cargas simétricas com densidade linear uniforme, o potencial do ponto P(x, y, 0) em relação a um ponto qualquer O (referência) no plano x = 0, é: L 1 0L PO ln2 ln 2 V piε ρ − ρ ρ piε ρ = onde: ρ1 e ρ10 = ρ0 são as menores distâncias do fio 1 (carga +) aos pontos P e O, respectivamente; ρ2 e ρ20 = ρ0 são as menores distâncias do fio 2 (carga Da figura tem-se: ( ) 221 yax +−=ρ ( ) 222 yax ++=ρ Substituindo (03) e (04) em (02) e fazendo V ( ) ( ) 22 22 L yax yaxln 2 V +− ++ piε ρ = Seja V = V1 = constante, uma superfície equipotencial. Então, o lugar geométrico dos pontos no espaço em que V = V1 é obtido fazend ( ) ( ) /V4 22 22 e yax yax L1 = +− ++ ρpiε onde k1 é uma constante arbitrária dependente de V 1 L 1 kln4 V piε ρ = CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO EESS,, DDIIEELLÉÉTTRRIICCOOSS EE CCAAPPAACCIITTÂÂNNCCIIAA Se b → ∞ ⇒ a4C piε= = capacitância do capacitor esférico isolado) linha de transmissão com dois fios infinitos paralelos Seja uma configuração condutora constituída por 2 fios (infinitos) paralelos, situados em um meio , conforme mostrado na figura abaixo. Foi visto no capítulo 4 que a diferença de potencial entre 2 pontos A e B devido com carga uniformemente distribuída é dada por: (ρA e ρB são as menores distâncias do fio aos pontos A e B) Para os 2 fios infinitos paralelos da figura, com cargas simétricas com densidade linear uniforme, o potencial do ponto P(x, y, 0) em relação a um ponto qualquer O (referência) no plano x = 0, é: 1 2L 2 0 ln 2 ln ρ ρ piε ρ = ρ ρ são as menores distâncias do fio 1 (carga +) aos pontos P e O, respectivamente; são as menores distâncias do fio 2 (carga –) aos pontos P e O, respectivamente. stituindo (03) e (04) em (02) e fazendo VPO = V (com a referência V0 = 0 implícita), obtém ( ) ( ) 22 22 L 2 2 yax yaxln 4 +− ++ piε ρ = = constante, uma superfície equipotencial. Então, o lugar geométrico dos pontos no é obtido fazendo: 1k= é uma constante arbitrária dependente de V1 e expressa por: 36 apacitância do capacitor esférico isolado) linha de transmissão com dois fios infinitos paralelos Seja uma configuração condutora constituída por 2 fios (infinitos) paralelos, situados em um meio Foi visto no capítulo 4 que a diferença de potencial entre 2 pontos A e B devido a um fio infinito são as menores distâncias do fio aos pontos A e B) (01) Para os 2 fios infinitos paralelos da figura, com cargas simétricas com densidade linear uniforme, o potencial do ponto P(x, y, 0) em relação a um ponto qualquer O (referência) no plano x = 0, é: (02) são as menores distâncias do fio 1 (carga +) aos pontos P e O, respectivamente; ) aos pontos P e O, respectivamente. (03) (04) = 0 implícita), obtém-se: (05) = constante, uma superfície equipotencial. Então, o lugar geométrico dospontos no (06) (07) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VV:: CCOONNDDUUTTOORREE Desenvolvendo a expressão (06) temos: ( )2221 xyaax2xk =++− ( ) ( ) (1kax21kx 112 ++−− ( ya 1k 1k ax2x 22 1 12 ++ − + − 2 2 1 1 k a2 y 1k 1k ax =+ − + − A equação (08) representa uma circunferência centrada em: 1k 1k ahx 1 1 − + == e 0y = e raio: 1k ka2 br 1 1 − == De (09), pode-se isolar k1, do seguinte modo: akahhk 11 +=− ( ) ahahk1 +=− ah ahk1 − + = Substituindo (11) em (10): ah ah a21 ah ahb − + = − − + ah ah a2 ah a2b − + = − ( ) ah ah ah b 2 2 − + = − ah ah b2 += − 222 ahb −= 22 bha −= Substituindo agora (12) em (11) e racionalizando o denominador: 22 22 1 h h bhh bhhk − + = −− −+ = ou 2 22 1 b bhhk −+ = CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO EESS,, DDIIEELLÉÉTTRRIICCOOSS EE CCAAPPAACCIITTÂÂNNCCIIAA Desenvolvendo a expressão (06) temos: 222 yaax2x +++ ( )( ) 01kya 122 =−+ ) 0= 2 1 1 1k ka − A equação (08) representa uma circunferência centrada em: 0 , do seguinte modo: Substituindo agora (12) em (11) e racionalizando o denominador: ( )222 2 22 22 22 22 22 bhh bhh bhh bhh bh bh −− −+ = −+ −+ × − − 37 (08) (09) (10) (11) (12) 2 2 22 2 b bhh −+ = (13) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VV:: CCOONNDDUUTTOORREE Substituindo (13) em (07): b bhhln 4 V 22 L 1 −+ piε ρ = De (14) podemos obter a capacitância de um capacitor formado por um condutor cilíndrico no potencial V = V1 e um plano condutor no potencial V = 0, separados por uma distância h (ver figura abaixo). Esta pode ser obtida pela definição de capacitância por: 0V L V QC 1 L o − ρ == ⇒ C Para b << h, obtém se a capacitância de um capacitor formado por um fio condutor (de raio muito pequeno e igual a b) e um plano condutor, separados por uma distância h: C A expressão (15) também permite cilíndricos nos potenciais V1 e – 2h (ver figura abaixo). Esta capacitância, obtida pela definição e da aplicação do método das i metade do valor encontrado em (15), isto é: 2)V(V L V Q 'C 11 L o ρ = −− ρ == Para b << h, obtém se a capacitância de um capacitor formado por 2 fios condutores (de raios muito pequenos e iguais a b), separados por uma distância 2h transmissão: C CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO EESS,, DDIIEELLÉÉTTRRIICCOOSS EE CCAAPPAACCIITTÂÂNNCCIIAA b bhhln 2 22 L 2 2 −+ piε ρ = De (14) podemos obter a capacitância de um capacitor formado por um condutor cilíndrico no e um plano condutor no potencial V = 0, separados por uma distância h (ver figura abaixo). Esta pode ser obtida pela definição de capacitância por: −+ piε = bbhhln L2C 22 h, obtém se a capacitância de um capacitor formado por um fio condutor (de raio muito pequeno e igual a b) e um plano condutor, separados por uma distância h: ( )bh2ln L2C piε= A expressão (15) também permite obter a capacitância do capacitor formado por 2 condutores –V1 (cargas simétricas), separados um do outro por uma distância Esta capacitância, obtida pela definição e da aplicação do método das imagens, corresponde a metade do valor encontrado em (15), isto é: 2 C V2 L 1 L = ⇒ −+ piε = bbhhln L 'C 22 Para b << h, obtém se a capacitância de um capacitor formado por 2 fios condutores (de raios muito pequenos e iguais a b), separados por uma distância 2h – configuração de uma linha de ( )bh2ln L 'C piε= 38 (14) De (14) podemos obter a capacitância de um capacitor formado por um condutor cilíndrico no e um plano condutor no potencial V = 0, separados por uma distância h (ver (15) h, obtém se a capacitância de um capacitor formado por um fio condutor (de raio muito (16) obter a capacitância do capacitor formado por 2 condutores (cargas simétricas), separados um do outro por uma distância magens, corresponde a (17) Para b << h, obtém se a capacitância de um capacitor formado por 2 fios condutores (de raios configuração de uma linha de (18) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VV:: CCOONNDDUUTTOORREE 5.9 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 5.1) Uma carga está distribuída. com densidade linear de carga segmento que se estende do ponto (0,0, plano z = 0 existe um plano condutor bastante grande, pede a) Determinar a densidade superficial de carga na origem; b) Se esta carga linearmente distribuída fosse concentrada em um ponto, determinar a posição no eixo z que ela deveria ser colocada para obter a mesma solução de (a). Respostas: a) 2S 9 2 a − =ρ [ 5.2) Suponha que o plano z = 1 m separa o espaço em duas regiões com dielétricos de permeabilidades relativas ε [ηC] situada na origem. dielétricos perfeitos (Dn1 = D a) O campo elétrico na região 1, aplicado ao ponto (0, 2, 1); b) O campo elétrico na região 2, aplicado ao ponto (0, 2, 1); c) O ângulos formados pelos dois campos com a direção normal ao plano z = 1. Respostas: a) 2( 5 59E1 � ⋅= c) θ1 = 63,44o e 5.3) A região 1, definida por 0 < relativa εR1 = 2, enquanto que a região 2, definida por material dielétrico de permissividade relativa elétrico na região 1 é dada por a) 2nD � ; Respostas: a) φ= a4D 2n �� ; b) d) 2 a5,4P �� += ρ 5.4) A superfície de separação entre dois dielétricos é expressa pela equação do plano dada por: 1z 4 y 3 x =++ . O dielétrico 1 contém a origem e possui permissividade relativa dielétrico 2 possui pemissividade relativa elétrico uniforme expresso por condições de contorno, quando necessário): a) 2na (versor normal ao plano do lado da região 2); b) Respostas: a) 4( 13 1 2n aa ⋅= c) (t2 13 1E ⋅= e) (t1 913 1E ⋅= CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO EESS,, DDIIEELLÉÉTTRRIICCOOSS EE CCAAPPAACCIITTÂÂNNCCIIAA EXERCÍCIOS PROPOSTOS Uma carga está distribuída. com densidade linear de carga ρL = pi/z [ segmento que se estende do ponto (0,0,a) ao ponto (0,0,3a), sendo a > 0. Sabendo que sobre o plano z = 0 existe um plano condutor bastante grande, pede-se: Determinar a densidade superficial de carga na origem; Se esta carga linearmente distribuída fosse concentrada em um ponto, determinar a posição no eixo z que ela deveria ser colocada para obter a mesma solução de (a). [ηC/m2]; b) aln3 2 3 z = = 1,5722a [m]. Suponha que o plano z = 1 m separa o espaço em duas regiões com dielétricos de εR1 = 2 e εR2 = 4. A região 1 contém uma carga pontual de 10 C] situada na origem. Determinar, a partir das condições de contorno para materiais = Dn2 e Et1 = Et2), o seguinte: O campo elétrico na região 1, aplicado ao ponto (0, 2, 1); O campo elétrico na região 2, aplicado ao ponto (0, 2, 1); los formados pelos dois campos coma direção normal ao plano z = 1. )aa2 zy �� + [V/m]; b) )aa4( 10 59E zy2 ��� +⋅= [V/m]; e θ2 = 75,96o. A região 1, definida por 0 < φ < pi/4 rad, contém um material dielétrico de permissividade = 2, enquanto que a região 2, definida por pi/4 < φ < pi material dielétrico de permissividade relativa εR2 = 4. Sabendo-se que a densidade de fluxo é dada por z1 a5a4a3D ���� ++= φρ [ηC/m2], determinar, na região 2: b) 2tD � ; c) 2D � ; d) ; b) z2t a10a6D ��� += ρ ; c) 2 10a4a6D ��� ++= φρ za5,7a3 �� ++ φ . A superfície de separação entre dois dielétricos é expressa pela equação do plano dada por: . O dielétrico 1 contém a origem e possui permissividade relativa dielétrico 2 possui pemissividade relativa εR2 = 4. Na região do dielétrico 2 existe um campo elétrico uniforme expresso por yx2 3aaE += . Determinar os seguintes parâmetros (usando as condições de contorno, quando necessário): (versor normal ao plano do lado da região 2); b) n2E ; c) t2E ; d) )123 zyx aaa ++ ; b) 1234( 13 1 yxn2 aaE ++⋅= )( zyx 12369 aaa −+ ; d) ( xn1 413 2 aE ⋅= )( zyx 12369 aaa −+ . 39 /z [ηC/m], ao longo do > 0. Sabendo que sobre o Se esta carga linearmente distribuída fosse concentrada em um ponto, determinar a posição no eixo z que ela deveria ser colocada para obter a mesma solução de (a). Suponha que o plano z = 1 m separa o espaço em duas regiões com dielétricos de = 4. A região 1 contém uma carga pontual de 10 Determinar, a partir das condições de contorno para materiais los formados pelos dois campos com a direção normal ao plano z = 1. [V/m]; /4 rad, contém um material dielétrico de permissividade pi/2 rad, contém outro se que a densidade de fluxo ], determinar, na região 2: d) 2P � ; za10 � ; A superfície de separação entre dois dielétricos é expressa pela equação do plano dada por: . O dielétrico 1 contém a origem e possui permissividade relativa εR1 = 2 e o = 4. Na região do dielétrico 2 existe um campo . Determinar os seguintes parâmetros (usando as ; d) n1E ; e) t1E . )12 za ; )zy 123 aa ++ ; CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VV:: CCOONNDDUUTTOORREE 5.5) Seja um condutor plano no potencial zero situado uma distância cilíndrico, de raio b, no potencial V o módulo da densidade de carga (em C/m) no cilindro, no plano, ou na linha equivalente de cargas (supondo uniforme) e a) A capacitância (a partir da definição) entre o condutor plano e o b) A capacitância entre dois condutores cilíndricos paralelos, mesmo raio simétricos ±V1, com seus eixos separados por uma distância 2 c) Repetir os itens (a) e (b) supondo Respostas: a) + = h 1 ln C c) ( bh2ln L 2C1 piε = 5.6) a) Determinar a expressão que fornece a diferença de potencial V no espaço livre devido a uma linha infinita de carga com densidade linear constante b) Uma linha infinita de carga está paralela a um plano condutor. Determinar o potencial V no ponto P eqüidistante entre o plano condutor (com V [C/m]. c) Para a mesma configuração do item (b) determinar a magnitude do campo elétrico resultante E neste mesmo ponto P. Respostas: a) piε ρ = o L AB 2 V 5.7) Uma configuração de carga é constituída por duas cargas pontuais Q situadas em (0, a, 0) e (2a, = 0. Determinar (em função de Q, a) O potencial elétrico no ponto P( b) O vetor campo elétrico no ponto P( c) O vetor força resultante sobre a carga Q Respostas: a) VP = 0; b) E 5.8) Um condutor de cobre (condutividade truncada, de dimensões 2 < Se ρρ aE � � 410− = [V/m], no interior do condutor, determinar: a) A corrente total que atravessa o condutor; b) A resistência do condutor, c) O valor do potencial no centro do condutor em relação a uma de suas extremidades. Respostas: a) I = 121,47 [A]; b) R = 1,475 [ c) Pb 540V = , CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO EESS,, DDIIEELLÉÉTTRRIICCOOSS EE CCAAPPAACCIITTÂÂNNCCIIAA Seja um condutor plano no potencial zero situado uma distância h do eixo de um condutor , no potencial V1, expresso por: b hh 2L 1 ln2 V + piε ρ = o módulo da densidade de carga (em C/m) no cilindro, no plano, ou na linha equivalente de cargas (supondo uniforme) e ε a permissividade elétrica do meio. Determinar: A capacitância (a partir da definição) entre o condutor plano e o condutor cilíndrico acima; A capacitância entre dois condutores cilíndricos paralelos, mesmo raio , com seus eixos separados por uma distância 2h; Repetir os itens (a) e (b) supondo b << h. −+ piε bbh 22 L 2 ; b) −+ piε = bhh 22 2 ln L C )b L e ( )bh2ln L C2 piε = . Determinar a expressão que fornece a diferença de potencial VAB no espaço livre devido a uma linha infinita de carga com densidade linear constante Uma linha infinita de carga está paralela a um plano condutor. Determinar o potencial V no ponto P eqüidistante entre o plano condutor (com V = 0) e a linha com Para a mesma configuração do item (b) determinar a magnitude do campo elétrico resultante E neste mesmo ponto P. ρ ρ A B o ln ; b) VP = 50 ln3 = 54,93 [V]; c) E (Nota: h = distância da linha infinita ao plano condutor.) Uma configuração de carga é constituída por duas cargas pontuais Q , a, 0), respectivamente, e um plano condutor aterrado (V = 0) em y = 0. Determinar (em função de Q, a e εo): O potencial elétrico no ponto P(a, a, 0); O vetor campo elétrico no ponto P(a, a, 0); O vetor força resultante sobre a carga Q2. x2 o P 50 525Q aE apiε )( −⋅ = ; c) ( o 2 2 64 2QF ⋅= apiε Um condutor de cobre (condutividade σ = 71085 ⋅, [S/m]) tem a forma de uma cunha truncada, de dimensões 2 < ρ < 12 [cm], 0 < φ < 30o, 0 < z < 4 [cm]. [V/m], no interior do condutor, determinar: corrente total que atravessa o condutor; b) A resistência do condutor, c) O valor do potencial no centro do condutor em relação a uma de suas extremidades. Respostas: a) I = 121,47 [A]; b) R = 1,475 [µΩ]; 410−⋅ [V] ou 4Pa 10251V −⋅−= , [V]. 40 do eixo de um condutor b b22 − [V], sendo ρL o módulo da densidade de carga (em C/m) no cilindro, no plano, ou na linha equivalente de a permissividade elétrica do meio. Determinar: condutor cilíndrico acima; A capacitância entre dois condutores cilíndricos paralelos, mesmo raio b e potenciais b ; entre 2 pontos A e B no espaço livre devido a uma linha infinita de carga com densidade linear constante ρL. Uma linha infinita de carga está paralela a um plano condutor. Determinar o potencial V = 0) e a linha com ρ piεL o= 100 Para a mesma configuração do item (b) determinar a magnitude do campo elétrico h3 400 = [V/m]. : h = distância da linha infinita ao plano condutor.) Uma configuração de carga é constituída por duas cargas pontuais Q1 = +Q e Q2 = −Q, , 0), respectivamente, e um plano condutor aterrado (V = 0) em y )( ) yx2 4 aa + − a . [S/m]) tem a forma de uma cunha c) O valor do potencial no centro do condutor em relação a uma de suas extremidades. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VV:: CCOONNDDUUTTOORREE 5.9) A região entre as placas planas de um capacitor de placas paralelas é constituída por 3 camadas diferentes de dielétricos, dispostas como na figura abaixo ( dielétrico, S = área, a = comprimento). Determinar: a) As capacitâncias individuais dos três capacitores formados (C total resultante (CT); b) As diferenças de potencialexistentes nos dielétricos 1 e 2, isto é V c) As magnitudes dos campos elétricos nos três dielétricos, isto é E d) As magnitudes das densidades de fluxo nos três dielétricos, isto é D Respostas: a) CC 21 == b) VV 21 == d) DD 21 == 5.10) Um arco, carregado com carga distribuída com densidade constante um círculo de raio a. Sabendo apoiadas sobre um plano condutor, porém isoladas deste, determinar o campo elétrico ( obtido no centro do círculo formado pelo arco. Resposta: y o L aE apiε ρ− = . 5.11) A capacitância de um capacitor coaxial de comprimento L e condutores interno e externo de raios a e b, respectivamente, é dada pela expressão: piε = a bln L 2C , onde ε representa a permissividade elétrica do meio entre os condutores. Seja agora a configuração obtida com três cilindros condutores coaxiais, todos de espessura desprezível, comprimento L e raios dielétrico de permissividade dielétrico de permissividade CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO EESS,, DDIIEELLÉÉTTRRIICCOOSS EE CCAAPPAACCIITTÂÂNNCCIIAA A região entre as placas planas de um capacitor de placas paralelas é constituída por 3 camadas diferentes de dielétricos, dispostas como na figura abaixo (ε = comprimento). Determinar: acitâncias individuais dos três capacitores formados (C1, C2 As diferenças de potencial existentes nos dielétricos 1 e 2, isto é V1 e V As magnitudes dos campos elétricos nos três dielétricos, isto é E1, E2 As magnitudes das densidades de fluxo nos três dielétricos, isto é D1 a S 2 o ε , a S C o3 ε = e a S 2C oT ε = ; 2 V ; c) a2 VE1 = , a4 VE 2 = e a3 VE3 = ; a2 Voε e a V D o3 ε = . Um arco, carregado com carga distribuída com densidade constante ρL representa a metade de . Sabendo-se que este arco está em pé, com apenas suas extremidades apoiadas sobre um plano condutor, porém isoladas deste, determinar o campo elétrico ( obtido no centro do círculo formado pelo arco. . (Nota: Adotou-se o plano condutor situado sobre y = 0) A capacitância de um capacitor coaxial de comprimento L e condutores interno e externo de , respectivamente, é dada pela expressão: representa a permissividade elétrica do meio entre os condutores. Seja agora a configuração obtida com três cilindros condutores coaxiais, todos de espessura desprezível, comprimento L e raios a, 2a e 4a. Entre os condutores interno e central existe um elétrico de permissividade ε1 = εo, e entre os condutores central e externo existe um dielétrico de permissividade ε2 = 2εo. 41 A região entre as placas planas de um capacitor de placas paralelas é constituída por 3 ε = permissividade do e C3) e a capacitância e V2; 2 e E3; 1, D2 e D3. representa a metade de com apenas suas extremidades apoiadas sobre um plano condutor, porém isoladas deste, determinar o campo elétrico ( E ) situado sobre y = 0) A capacitância de um capacitor coaxial de comprimento L e condutores interno e externo de representa a permissividade elétrica do meio entre os condutores. Seja agora a configuração obtida com três cilindros condutores coaxiais, todos de espessura . Entre os condutores interno e central existe um , e entre os condutores central e externo existe um CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VV:: CCOONNDDUUTTOORREE a) Determinar os valores das três capacitâncias obtidas com esta configuração; b) Se uma tensão V é aplicada entre os condutores interno que surgirão entre os condutores interno e central (V externo (V2), ambas tomadas em porcentagem de V. Respostas: a) 2ln L2C o1 piε = b) V1 = 66,67% de V e V 5.12) A figura mostra uma concha de metal semi (condutividade σ = 4 S/m). Uma bola de metal de raio a = 0,1 m flutua no centro da concha, ficando a metade mergulhada a) Determinar a resistência total entre a bola e a concha. b) Se uma voltagem V0 = 1 volt for aplicada entre os dois condutores, calcular: • a corrente resultante, • a densidade de corrente na região entre a bola e a concha, supondo função somente de r, • campo elétrico na região Respostas: a) piσ = a 1 2 1R b) I = 2,79 A, 5.13) A figura mostra dois blocos infinitos de dielétricos perfeitos e paralelos, rodeados pelo espaço livre, onde na região 3, Determinar: a) εR3 b) εR2 c) 1E � d) a diferença de potencial através das regiões 2 e 3. Respostas: a) εR3 = 1,339; b) c) z1 a004,8E = d) V = V2 + V3 = 0,106 + 0,300 = 0,406 [V] 5.14) Uma esfera de raio a é feita de um dielétrico homogêneo com permissividade elétrica εR constante. A esfera está centrada na origem no espaço livre. Os campos de potencial no interior e exterior da esfera são expressos, respectivamente, por: 2 cosEr3 V R o int +ε θ −= e a) Mostrar que intE é uniforme (isto é, possui módulo constante). b) Mostrar que oext EE = c) Mostrar que estes campos obedecem a em r = a. Atenção: Cuidado para não esquecer o sinal negativo das expressões acima. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO EESS,, DDIIEELLÉÉTTRRIICCOOSS EE CCAAPPAACCIITTÂÂNNCCIIAA Determinar os valores das três capacitâncias obtidas com esta configuração; Se uma tensão V é aplicada entre os condutores interno e externo, determinar as tensões que surgirão entre os condutores interno e central (V1) e entre os condutores central e ), ambas tomadas em porcentagem de V. , 2ln L4C o2 piε = , 2ln3 L4C o3 piε = ; = 66,67% de V e V2 = 33,33% de V. A figura mostra uma concha de metal semi-esférica de raio b = 1 m cheia de água do mar = 4 S/m). Uma bola de metal de raio a = 0,1 m flutua no centro da concha, ficando a metade mergulhada na água. Pede-se: Determinar a resistência total entre a bola e a concha. = 1 volt for aplicada entre os dois a densidade de corrente na região entre a bola e a concha, supondo função somente de r, campo elétrico na região entre a bola e a concha. Ω= − 358,0 b 1 ; b) I = 2,79 A, r2 ar 444,0J = [A/m2], r2 ar 111,0E = [V/m] A figura mostra dois blocos infinitos de dielétricos perfeitos e paralelos, rodeados pelo espaço z3 a6E �� = V/m e z3 a18P �� = pC/m2. Se d) a diferença de potencial através das regiões 2 e = 1,339; b) εR2 = 1,512; z [V/m]; = 0,106 + 0,300 = 0,406 [V] é feita de um dielétrico homogêneo com permissividade elétrica constante. A esfera está centrada na origem no espaço livre. Os campos de potencial no interior e exterior da esfera são expressos, respectivamente, por: θ +ε −ε +θ−= cos 2 1 r E cosErV R R 2 o 3 oext a é uniforme (isto é, possui módulo constante). zoa para r >> a. Mostrar que estes campos obedecem a todas as condições de fronteira : Cuidado para não esquecer o sinal negativo das expressões acima. 42 Determinar os valores das três capacitâncias obtidas com esta configuração; e externo, determinar as tensões ) e entre os condutores central e esférica de raio b = 1 m cheia de água do mar = 4 S/m). Uma bola de metal de raio a = 0,1 m flutua no centro da concha, [V/m] A figura mostra dois blocos infinitos de dielétricos perfeitos e paralelos, rodeados pelo espaço . Se z2 a24P �� = pC/m2. é feita de um dielétrico homogêneo com permissividade elétrica constante. A esfera está centrada na origem no espaço livre. Os campos de potencial no (Eo = constante) fronteira do dielétrico : Cuidado para não esquecero sinal negativo das expressões acima. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VV:: CCOONNDDUUTTOORREE Respostas: a) +ε = E3E R o int b) (oext cosEE = c) De extE −= De intE ∇−= Logo, de ND 5.15) Um capacitor coaxial de raio interno contém duas camadas dielétricas, sendo uma na região 1 definida por outra na região 2 definida por a) Determinar a capacitância do capacitor coaxial. b) Determinar Dρ e Eρ em = c + (na região 2 próximo a fronteira com a região 1), sabendo (referência) e V = 100 volts em Respostas: a) CC CCC 21 21 + = b) D1 = 107,46 nC/m 5.16) Dado a ( φρ−= a210J 4 sen (a) a região do plano x = 0, limitada por 0 < (b) a região do plano y = 0, limitada por 0 < Atenção: O problema é mais fácil de resolver em co Fazer uma figura ilustrativa para facilitar a visualização. Respostas: a) I = 20 mA; b) 5.17) Sabendo as equações D = isotrópico) a) Demonstrar as seguintes relações para a polarização na fronteira entre 2 dielétricos perfeitos: P P 1R 2R 1t 2t ε ε = partindo das condições de contorno normal b) Determinar a constante dielétrica (ou permissividade elétrica relativa qual a densidade de fluxo elétrico é quatro vezes a polarização. Atenção: Empregar somente as fórmulas dadas acima para resolver os dois itens. Respostas: a) Demonstração; b) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO EESS,, DDIIEELLÉÉTTRRIICCOOSS EE CCAAPPAACCIITTÂÂNNCCIIAA ( )θθ−θ asenacos2 r , portanto 2 E3E R o int +ε = ) zor aEasenacos =θ−θ θ , pois =• cosaa rz extV∇ e r=a, ( rR R o ext senacos2 E3E −θε +ε = intV∇ e r=a, ( )r R o int asenacos2 E3E θ−θ +ε = θ 2N1N D= ⇒ NN intRext EE ε= e de T1T EE = Um capacitor coaxial de raio interno a = 2 cm, raio externo b = 4 cm e comprimento L = 1 m, contém duas camadas dielétricas, sendo uma na região 1 definida por a < outra na região 2 definida por c < ρ < b com εR2 = 4. Sendo c = 3 cm, pede Determinar a capacitância do capacitor coaxial. em ρ = c– (na região 1 próximo a fronteira com a região 2) e em (na região 2 próximo a fronteira com a região 1), sabendo-se que V = 0 em (referência) e V = 100 volts em ρ = a. pF55,202pF 51,77341,274 51,77341,274 = + × = = 107,46 nC/m2, E1 = 6,068 kV/m, D2 = 107,46 nC/m )φρ φ+ a2a cos [A/m2], determinar a corrente que cruza: = 0, limitada por 0 < y < 2 cm e 0 < z < 1 cm, na direção = 0, limitada por 0 < x < 2 cm e 0 < z < 1 cm, na direção O problema é mais fácil de resolver em coordenadas cilíndricas Fazer uma figura ilustrativa para facilitar a visualização. = 20 mA; b) I = 20 mA. PEo +ε= e ED ε= (para um dielétrico linear, homogêneo e Demonstrar as seguintes relações para a polarização na fronteira entre 2 dielétricos 1 1 − − e ( ) ( )1 1 P P 1R2R 2R1R 1n 2n −εε −εε = , partindo das condições de contorno normal 2n1n DD = e tangencial rminar a constante dielétrica (ou permissividade elétrica relativa qual a densidade de fluxo elétrico é quatro vezes a polarização. : Empregar somente as fórmulas dadas acima para resolver os dois itens. a) Demonstração; b) εR = 4/3 43 constante 2 = ; θcos e θ−=• θ senaaz ; ) TN extext EEa +=θ θ ) TN intint EE += 2T ⇒ TT intext EE = = 4 cm e comprimento L = 1 m, < ρ < c com εR1 = 2, e , pede-se: (na região 1 próximo a fronteira com a região 2) e em ρ se que V = 0 em ρ = b = 107,46 nC/m2, E2 = 3,034 kV/m ], determinar a corrente que cruza: < 1 cm, na direção xa− ; < 1 cm, na direção ya− . cilíndricas. (para um dielétrico linear, homogêneo e Demonstrar as seguintes relações para a polarização na fronteira entre 2 dielétricos e tangencial 2t1t EE = . rminar a constante dielétrica (ou permissividade elétrica relativa) εR do material no : Empregar somente as fórmulas dadas acima para resolver os dois itens. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VV:: CCOONNDDUUTTOORREE CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO EESS,, DDIIEELLÉÉTTRRIICCOOSS EE CCAAPPAACCIITTÂÂNNCCIIAA Anotações do Capítulo V 44 CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVII:: EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE PPOOIISSSSOONN EE DDEE LLAAPPLLAACCEE 45 Capítulo VI EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE 6.1 – IMPORTÂNCIA DAS EQUAÇÕES DE POISSON E LAPLACE Veja no quadro abaixo uma comparação de 2 procedimentos usados para a determinação da capacitância de um capacitor. Os passos do primeiro são baseados nos conceitos teóricos dos capítulos 2 até 5, os quais dependem inicialmente do conhecimento da distribuição de carga, grandeza esta de difícil obtenção prática. Por outro lado, o segundo procedimento apresenta uma situação mais realística, a qual requer primeiramente a obtenção do potencial através das equações de Poisson ou Laplace. Estas equações e este novo procedimento são abordados neste capítulo. Quadro - Procedimentos para cálculo da Capacitância de um Capacitor Passo ou Etapa Procedimento I – Antigo Procedimento II – Novo Considera-se conhecida a (expressão da) densidade superficial de carga ρS de um dos condutores do capacitor (Nota: Se a carga deste condutor não for positiva, trabalhar com o módulo de ρS). Considera-se conhecida a expressão que fornece o potencial V em todos os pontos do capacitor, incluindo a diferença de potencial 0V entre os 2 condutores. (i) Calcula-se a carga do condutor: dSQ SS ρ∫= Calcula-se o vetor E � no dielétrico: VE ∇−= �� (ii) Calcula-se o vetor D � no dielétrico: QSdDS =∫ • �� (Gauss) Calcula-se o vetor D � no dielétrico: ED �� ε= (iii) Calcula-se o vetor E � no dielétrico: ε= /DE �� Calcula-se a densidade ρS em um condutor (de preferência o condutor positivo): condutora superfície naNS DD � ==ρ (iv) Calcula-se a ddp 0V entre os condutores: LdEVV A B AB0 �� •∫−== Calcula-se a carga total no condutor escolhido: dSQ SS ρ∫= (v) Calcula-se, finalmente, a capacitância do capacitor: 0V QC = Calcula-se, finalmente, a capacitância do capacitor: 0V QC = 6.1.1 – Equação de Poisson ∇−= ε= ρ=∇ • VE ED D v �� �� �� ⇒ ( )[ ] vV ρ=∇−ε∇ • �� ⇒ ( )[ ] vV ρ−=∇ε∇ • �� Se a permissividade ε for constante, obtemos: ε ρ −=∇∇ vV. ou ε ρ −=∇ v2V Poisson 6.1.2 – Equação de Laplace Se ainda a densidade volumétrica ρv for nula (dielétrico perfeito), obtemos: 0V2 =∇ Laplace Nota: ∇∇=∇ .2 = divergência do gradiente = (div.)(grad.) = Laplaciano ou “nabla 2” CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVII:: EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE PPOOIISSSSOONN EE DDEE LLAAPPLLAACCEE 46 6.2 – TEOREMA DA UNICIDADE “Se uma resposta do potencial satisfaz a equação de Laplace ou a equação de Poisson e também satisfaz as condições de contorno, então esta é a única solução possível.” 6.3 – EXEMPLOS DE SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE LAPLACE A seguir serão mostrados vários exemplos de solução da Equação de Laplace para problemas unidimensionais, isto é, onde V é função somente de uma única variável. Os tipos de exemplos possíveis são: 1. V = f(x), sendo x coordenada cartesiana (válido também para V = f(y) e V = f(z)) 2. V = f(ρ), sendo ρ coordenada cilíndrica 3. V = f(φ), sendo φ coordenada cilíndrica(válido também se φ é coordenada esférica) 4. V = f(r), sendo r coordenada esférica 5. V = f(θ), sendo θ coordenada esférica Ex.1: Cálculo de V = f(x), sendo x coordenada cartesiana 0V2 =∇ ⇒ 0 x V 2 2 = ∂ ∂ ⇒ 0 dx Vd 2 2 = Integrando 1a vez: A dx dV = Integrando 2a vez: BAxV += onde A e B são as constantes de integração que são determinadas a partir de condições de contorno (ou de fronteira) estabelecidas para a região em análise. Condições de contorno: x = constante ⇒ superfície plana Sejam: == == 22 11 xxemVV xxemVV Substituindo acima, obtemos A e B como: 12 12 xx VVA − − = e 12 1221 xx xVxVB − − = Logo: 12 1221 12 12 xx xVxV x xx VVV − − + − − = Suponha agora que as condições de contorno sejam estabelecidas da seguinte maneira: ==== ==== dxxemVVV 0xxem0VV 2o2 11 Assim, temos: d VA o= e 0B = ⇒ x d VV o= (0 ≤ x ≤ d) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVII:: EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE PPOOIISSSSOONN EE DDEE LLAAPPLLAACCEE 47 Etapas de cálculo da capacitância C do capacitor de placas // formado: (i) xo ad VVE � �� −=∇−= (ii) xo ad V ED � �� ε −=ε= (iii) d V DDD o dx0xns ε ====ρ == ��� (iv) S d VSdSQ ossS ε =ρ=ρ∫= (v) o o o V d/SV V QC ε== ⇒ d SC ε= (Mesmo resultado obtido na seção 5.8) Ex.2: Cálculo de V = f(ρρρρ), sendo ρρρρ coordenada cilíndrica 0 d dV d d10V2 = ρ ρ ρρ ⇒=∇ (ρ ≠ 0) Integrando 1a vez: A d dV = ρ ρ Re-arrajando e integrando 2a vez: BlnAV +ρ= Condições de contorno: ρ = constante ⇒ superfície cilíndrica =ρ= =ρ= a em VV (refer.)b em 0V o (b > a) Daí, obtém-se A e B e substituindo acima: ( ) ( )a/bln /blnVV o ρ = (a < ρ < b) Etapas de cálculo da capacitância C do capacitor coaxial formado: (i) ρρρ ρ=ρ ρ−− = ρ∂ ∂ −=∇−= a1)a/bln( V /b /b )a/bln( aV a VVE o 2 o (ii) ρρ ε =ε= a 1 )a/bln( V ED o (iii) )a/bln(a V D o ans ε ==ρ =ρ (= densidade superficial no condutor interno c/ carga +Q) (iv) ∫ piε=ρ=ρ= s oss La2)a/bln(a VSdSQ (v) )a/bln( L2 V QC o piε == (Mesmo resultado obtido na seção 5.8, Ex. 2) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVII:: EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE PPOOIISSSSOONN EE DDEE LLAAPPLLAACCEE 48 Ex. 3: Cálculo de V = f(φφφφ), sendo φφφφ coordenada cilíndrica 0V2 =∇ ⇒ 0 d Vd1 2 2 2 =φρ (ρ ≠ 0) Fazendo ρ ≠ 0 ⇒ 0 d Vd 2 2 = φ Integrando 1a vez: A d dV =φ Re-arrajando e integrando 2a vez: BAV +φ= Condições de contorno: φ = constante ⇒ superfície semi-plana radial nascendo em z α=φ= =φ= em VV 0 em0V o Daí, obtém-se A e B e substituindo acima: φ α = oVV Nota: Calcular a capacitância do capacitor formado por dois planos finitos definidos por: φ = 0, a < ρ < b, 0 < z < h (Adotar V = 0) φ = α, a < ρ < b, 0 < z < h (Adotar V = Vo) Desprezar os efeitos das bordas. (Resposta: a bln α ε = hC ) Ex. 4: Cálculo de V = f(r), sendo r coordenada esférica 0 dr dV r dr d r 10V 22 2 = ⇒=∇ (r ≠ 0) Integrando 1a vez: A dr dV r2 = Re-arranjando e integrando 2a vez: B r AV +−= Condições de contorno: r = constante ⇒ superfície esférica == == ar em VV (refer.) b r em0V o (b > a) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVII:: EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE PPOOIISSSSOONN EE DDEE LLAAPPLLAACCEE 49 Daí, obtém-se A e B e substituindo acima: b 1 a 1 b 1 r 1 VV o − − = Etapas de cálculo da capacitância C do capacitor esférico formado: (i) r2 o r a r 1 b 1 a 1 V a r VVE − − − = ∂ ∂ −=∇−= (ii) r2 o a r 1 b 1 a 1 V ED − ε =ε= (iii) ( ) 2oarns a 1 b 1 a 1 VD − ε ==ρ = (= densidade superficial no condutor interno c/ carga +Q) (iv) ∫ pi − ε =ρ= s 2 2 o s a4 a 1 b 1 a 1 VdsQ (v) b 1 a 1 4 V QC o − piε == (Mesmo resultado obtido na seção 5.8, Ex. 3) Ex. 5: Cálculo de V = f(θθθθ), sendo θθθθ coordenada esférica 0V2 =∇ ⇒ 0 d dV sen d d senr 1 2 = θ θ θθ (r ≠ 0, θ ≠ 0, θ ≠ pi) Fazendo r ≠ 0, θ ≠ 0 e θ ≠ pi: 0 d dV sen d d = θ θ θ Integrando 1a vez: A d dV sen = θ θ Re-arrajando e integrando 2a vez: ( )[ ] B2tglnAV +θ= Condições de contorno: θ = constante ⇒ superfície cônica α=θ= pi=θ= em VV 2 em0V o (α < pi/2) Daí, obtém-se A e B e substituindo acima: ( )[ ] ( )[ ]2/tgln 2/tglnVV o α θ = CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVII:: EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE PPOOIISSSSOONN EE DDEE LLAAPPLLAACCEE 50 Nota: Calcular a capacitância do capacitor formado por dois cones finitos definidos por: θ = pi/2, 0 < r < r1, 0 < φ < 2pi (Adotar V = 0) θ = α, 0 < r < r1, 0 < φ < 2pi (Adotar V = Vo) Desprezar os efeitos das bordas. (Resposta: ( )[ ]2tg r2C 1 α piε− = ln ) 6.4 – EXEMPLO DE SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE POISSON Exemplo: A região entre dois cilindros condutores coaxiais com raios a e b, conforme mostrado na figura abaixo, contém uma densidade volumétrica de carga uniforme ρV . Se o campo elétrico E e o potencial V são ambos nulos no cilindro interno, determinar a expressão matemática que fornece o potencial V na região, entre os condutores assumindo que sua permissividade seja igual à do vácuo. Solução: Equação de Poisson: o v2 V1V ε ρ ρ ρ ρρ −= ∂ ∂ ∂ ∂ ⋅=∇ Integrando pela 1a vez: ρ ρ ε ρ ρ ρ ε ρ ρ ρ A 2 V A 2 V o v 2 o v +⋅−= ∂ ∂ ⇒+⋅−= ∂ ∂ (01) Porém, sabe-se que: EE −= ∂ ∂ ⇒ ∂ ∂ −==⇒ ∂ ∂ −=⇒∇−= ρρρ ρ V V VV EaEE (02) Substituindo (02) em (01), temos: ρ ρ ε ρ ρ A 2 V o v +⋅−=−= ∂ ∂ E (03) 1a Condição de Contorno (Obtenção de A): 0 =E para ρ = a. (04) Substituindo (04) em (03), temos: 2 o v o v 2 A A 2 0 a a a ⋅ ε ρ =⇒−⋅ ε ρ = (05) Substituindo (05) em (01), temos: ρε ρρ ε ρ ρ 2 o v o v 22 V a ⋅+⋅−= ∂ ∂ (06) Integrando pela 2a vez: B 222 V 2 o v 2 o v +⋅+⋅−= ρ ε ρρ ε ρ lna (07) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVII:: EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE PPOOIISSSSOONN EE DDEE LLAAPPLLAACCEE 51 2a Condição de Contorno (Obtenção de B): 0V = para ρ = a. (08) Substituindo (08) em (07), temos: aaaaa a lnln 2 o v2 o v2 o v 2 o v 24 B B 222 0 ⋅−⋅=⇒+⋅+⋅−= ε ρ ε ρ ε ρ ε ρ (09) Substituindo(09) em (07), temos: aaaa ln 24 ln 24 V 2 o v2 o v2 o v2 o v ⋅ ε ρ −⋅ ε ρ +ρ⋅ ε ρ +ρ⋅ ε ρ −= ( ) [ ]V ln 24 V 2 o v22 o v ρ ⋅ ε ρ +ρ−⋅ ε ρ = a aa (10) 6.5 – SOLUÇÃO PRODUTO DA EQUAÇÃO DE LAPLACE Suponha o potencial seja função das variáveis x e y de acordo com a seguinte expressão: XY)y(f)x(fV == onde )x(fX = e )y(fY = (01) Aplicando a equação de Laplace, obtemos: 0V2 =∇ ⇒ 0 y V x V 2 2 2 2 = ∂ ∂ + ∂ ∂ (02) (01) → (02): 0 y YX x XY 2 2 2 2 = ∂ ∂ + ∂ ∂ (03) Dividindo (03) por XY: 0 y Y Y 1 x X X 1 2 2 2 2 = ∂ ∂ + ∂ ∂ Separando os termos somente dependentes de x dos termos somente dependentes de y, escrevemos: 2 2 2 2 dy Yd Y 1 dx Xd X 1 −= (04) Como )x(fX = e )y(fY = , então para que a equação (04) seja verdadeira, cada um dos membros de (04) deve resultar em uma mesma constante. Chamando esta constante de α2, temos: 2 2 2 dx Xd X 1 α= (05) 2 2 2 dy Yd Y 1 α−= (06) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVII:: EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE PPOOIISSSSOONN EE DDEE LLAAPPLLAACCEE 52 Re-escrevendo (05) e (06) temos: X dx Xd 2 2 2 α= (07) Y dy Yd 2 2 2 α−= (08) Solução da equação (07) pelo Método de Dedução Lógica: Basta responder a seguinte pergunta: “Qual é a função cuja segunda derivada é igual a própria função multiplicada por uma constante positiva?” Solução 1: Função trigonométrica hiperbólica em seno ou co-seno. Assim: xhBxhAX α+α= sencos (09) Solução 2: Função exponencial. Assim: x'x' eBeAX α−α += (10) Solução da equação (08) pelo Método de Dedução Lógica: Basta responder a seguinte pergunta: “Qual é a função cuja segunda derivada é igual a própria função multiplicada por uma constante negativa?” Solução 1: Função trigonométrica em seno ou co-seno. Assim: yDyCY α+α= sencos (11) Solução 2: Função exponencial complexa. Assim: yj'yj' eDeCY α−α += (12) Nota: Veja no Anexo I a solução da equação diferencial (07) por série infinita de potências. Solução final da equação (01): Substituindo (09) e (11) em (01), obtemos finalmente: ( )( )yDyCxhBxhAXYV α+αα+α== sencossencos (13) sendo que as constantes A, B, C e D são determinadas pelas condições de contorno do problema. Exemplo: Calcule o potencial na região interna da calha retangular da figura. São conhecidos todos os potenciais nos contornos metálicos da calha. Observe que temos, neste caso, V = f(x) f(y). Partir da expressão (13) obtida acima. Solução: Pela figura temos as condições de contorno: (i) V = 0 em x = 0, (ii) V = 0 em y = 0, (iii) V = 0 em y = d, 0 < x < c (iv) V = Vo em x = c, 0 < y < d CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVII:: EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE PPOOIISSSSOONN EE DDEE LLAAPPLLAACCEE 53 Aplicando as condições (i) e (ii) em (13) obtemos A = C = 0 e chamando BD = V1, chegamos a: yxhVyxhBDXYV 1 αα=αα== sensensensen (14) e aplicando a condição (iii), V = 0 em y = d, temos: dxhV0 1 αα= sensen ⇒ ( )…,2,1,0nd n = pi =α (15) Substituindo α de (15) em (14): d yn d xnhVV 1 pipi = sensen (16) Para a condição (iv) é impossível escolher um n ou V1 de modo que V = Vo em x = c, para cada 0 < y < d. Portanto, deve-se combinar um número infinito de campos de potenciais com valores diferentes de n e valores correspondentes de V1, isto é, V1n. Assim, genericamente devemos ter: d yn d xnhVV n1 0n pipi =∑ ∞ = sensen 0 < y < d (17) Aplicando agora a última condição de contorno (iv), V = Vo em x = c, 0 < y < d, obtemos: d yn d cnhVV n1 0n o pipi =∑ ∞ = sensen 0 < y < d (18) ou d ynbV n 0n o pi =∑ ∞ = sen 0 < y < d (19) onde, d cnhVb n1n pi = sen (20) A equação (19) pode representar uma série de Fourier em seno para f(y) = V(y) = Vo em 0 < y < d (região de interesse) e f(y) = V(y) = –Vo em d < y < 2d, repetindo a cada período T = 2d. O gráfico desta função é mostrado na figura abaixo. Sendo a função ímpar, o coeficiente bn é dado por: dy d yn sen)y(f T 2b T 0y n pi ∫= = n=0,1,2,3,... ou ( ) dy d yn senV d 1dy d yn senV d 1b o d2 dy o d 0y n pi −∫+ pi ∫= == Resolvendo as integrais, obtemos: ímparnpara n V4b on pi = (21) e parnpara0bn = CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVII:: EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE PPOOIISSSSOONN EE DDEE LLAAPPLLAACCEE 54 Substituindo bn de (21) em (20) e isolando V1n chegamos a: d cnhn V4V on1 pi pi = sen (22) Finalmente, substituindo (22) em (17) obtemos a expressão para o potencial como: d yn d xnh d cnhn V4V o ímpar 1n pipi pi pi ∑= ∞ = sensen sen 0 < x < c, 0 < y < d (23) ou, d cnhn d yn d xnhV4V ímpar 1n o pi pipi ∑ pi = ∞ = sen sensen 0 < x < c, 0 < y < d (24) 6.6 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 6.1) Num meio uniforme de permissividade ε existe uma distribuição de cargas com densidade volumétrica ρv(r) = k, ocupando uma região esférica oca definida, em coordenadas esféricas, por a ≤ r ≤ b. Assumindo que o potencial seja zero em r = a, determinar pela equação de Laplace/Poisson, o campo elétrico ( )rE� e o potencial V(r) dentro das regiões: a) 0 ≤ r ≤ a; b) a ≤ r ≤ b; c) r ≥ b. Nota: Pode-se usar a Lei de Gauss para obter a segunda condição de contorno para E � . Respostas: a) ( ) 0r =E� e V(r) = 0; b) ( ) r2 3 r r 3 k r aE −⋅= a ε � e ( ) −+⋅ − = 2 3 r2 r 3 k rV 232 aa ε ; c) ( ) r2 33 r3 k r aE − ⋅= ab ε � e ( ) +− − ⋅ ε = 2 3 2r3 k rV 2233 a3bab . 6.2) Na região interna entre os planos z = 0 e z = 2a foi colocada uma carga uniformemente distribuída com densidade volumétrica ρv. Na região externa aos planos, o meio é somente o vácuo. Determinar a distribuição de potenciais para: a) A região interna entre os planos definida por a2z0 ≤≤ ; Nota: A primeira condição de contorno é obtida fixando a referência de potencial zero em z = 0. A segunda condição de contorno é obtida verificando onde o campo elétrico é nulo, baseando-se na simetria da configuração de cargas. b) A região externa entre os planos definida por a2z ≥ . Nota: As condições de contorno devem ser obtidas partindo dos resultados do item anterior. Respostas: a) −⋅ − = a 2 zzV o v ε ρ ; b) ( )aa 2zV o v −⋅ − = ε ρ CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVII:: EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE PPOOIISSSSOONN EE DDEE LLAAPPLLAACCEE 55 6.3) Dados os campos de potencial ]V[yx3V −=′ e ( ) ]V[cos7r25V 2 θ−=′′ , pede-se: a) Verificar se estes campos de potencial satisfazem a Equação de Laplace; b) Determinar, para cada campo de potencial acima, a densidade volumétrica de carga no ponto P(0,5 ; 1,5 ; 1,0) no espaço livre. Respostas:a) V′ satisfaz (dielétrico perfeito) e V ′′ não satisfaz a Equação de Laplace; b) ρv = 0 (dielétrico perfeito) para V′ e ρv = –283,97 [pC/m3] para V ′′ . 6.4) Seja ( )[ ] BA += 2tg θlnV a expressão algébrica para o cálculo do potencial elétrico no dielétrico entre dois cones condutores coaxiais, sendo θ o ângulo medido a partir do eixo dos cones e A e B duas constantes. Sejam estes cones condutores definidos por θ = 60o e θ = 120o, separados por um espaço infinitesimal na origem. O potencial em P(r=1, θ = 60o, φ= 90o) é 50 V e o campo elétrico em Q(r=2, θ = 90o, φ= 120o) é θa �50 [V/m]. Determinar: a) O valor do potencial V no ponto Q; b) A diferença de potencial Vo entre os dois cones; c) O ângulo θ no qual o potencial elétrico é nulo. Respostas: a) VQ = – 4,93 [V]; b) Vo = 109,86 [V]; c) θ = 87,18o. 6.5) Suponha que o espaço livre seja preenchido com uma carga distribuída com densidade volumétrica de carga ρV = kεox [C/m3]. Sejam os valores do quadro abaixo e 6106 k ⋅= . Pede-se: a) Determinar as expressões matemáticas de V(x) e E(x); b) Completar os valores de V(x) e E(x) no quadro. Respostas: a) x1500 6 kx)x(V 3 + − = e 1500 2 kx)x(E 2 −= ; b) 6.6) A figura mostra um capacitor de placas paralelas, com dois dielétricos (regiões) de permissividades relativas εR1 e εR2. Pede-se: a) Os valores das diferenças de potenciais V10 e V20, nas 2 regiões, em função da tensão da bateria Vo; b) As expressões matemáticas de V1(x) e V2(x) nas 2 regiões, determinadas a partir da equação de Laplace e condições de contorno apropriadas. Respostas: a) 3 V V o10 = e 3 V2 V o20 = ; b) x3 V xV o1 d =)( e )x2 3 V xV o2 dd −= ()( x [mm] V(x) [V] E(x) [V/m] 0 0 5 10 – 1200 15 x [mm] V(x) [V] E(x) [V/m] 0 0 –1500 5 7,375 –1425 10 14,0 –1200 15 13,125 –825 CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVII:: EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE PPOOIISSSSOONN EE DDEE LLAAPPLLAACCEE 56 6.7) Um capacitor é constituído de duas placas planas condutoras situadas em φ = 0 e φ = α. As placas são limitadas pelos cilindros ρ = a e ρ = b e pelos planos z = 0 e z = h. Se a diferença de potencial entre as placas condutoras for Vo, pede-se: a) Determinar a expressão matemática do potencial V na região, partindo da equaçao de Laplace; b) Determinar a expressão matemática da capacitância; c) Dizer se é possível obter a mesma expressão da capacitância do item anterior, partindo da Lei de Gauss empregando uma superfície gaussiana. Justificar sua resposta; d) Determinar a separação que conduz a mesma capacitância do item (b) quando as placas são colocadas numa posição paralela, com o mesmo dielétrico entre elas. Nota: Assumir a permissividade do dielétrico como sendo a do vácuo. Respostas: a) φ α oVV = ; b) a bh ln⋅= α ε oC ; c) Não é possível obter uma superfície gaussiana para a solução pela Lei de Gauss, pois em qualquer plano radial (φ = cte), D não é constante (D = f (ρ)), apesar de ser normal à estes planos; d) ( ) ( )[ ]ablnabd α−= 6.8) Num dispositivo o potencial elétrico é função somente da variável z, possuindo uma região com densidade volumétrica de carga ρv = ρo(z/z1) e condições de fronteira dadas por E = 0 em z = 0 e V = 0 em z = z1. Determinar para qualquer ponto nesta região: a) O potencial elétrico V, b) O campo elétrico E� . Respostas: a) ( )313 1 o zz z6 V − ε ρ− = ; b) z2 1 o az z2 E ε ρ = 6.9) a) Desenvolver as equações de Poisson e Laplace para um meio linear, homogêneo e isotrópico. b) Sendo v = campo vetorial qualquer e f = campo escalar qualquer, demostrar a seguinte identidade vetorial: ( ) ( ) ( )fvvfvf ••• ∇+∇=∇ Sugestão: Usar o sistema de coordenadas cartesianas para facilitar sua demonstração. c) De que maneira deve a permissividade elétrica (ε) variar em um meio não-homogêneo sem carga, de modo que a equação de Laplace continue válida? Sugestão: Iniciar pelo desenvolvimento do item (a), supondo ε variando espacialmente (com a distância). Usar também a identidade vetorial do item (b). Respostas: a) Equação de Poisson: ερ−=∇ /V v2 , Equação de Laplace (ρv = 0): 0V2 =∇ ; b) Demonstração; c) Fazendo na identidade vetorial acima f = ε e Vv ∇= e tomando 0V2 =∇ (Laplace), obtém-se ( ) 0E =•ε∇ , logo E⊥ε∇ e a permissividade elétrica (ε) deve variar somente numa direção perpendicular ao campo elétrico ( )E . 6.10) a) Demonstrar, partindo da equação de Laplace, que a capacitância C de um capacitor esférico formado por 2 superfícies condutoras esféricas de raios a e b (b > a), separadas por um dielétrico de permissividade elétrica ε, é dada por: ba 11 4C − piε = CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVII:: EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE PPOOIISSSSOONN EE DDEE LLAAPPLLAACCEE 57 b) Determinar a capacitância, CESFERA, de um capacitor esférico isolado formado por uma esfera de cobre de raio 9 cm, no vácuo. c) Se uma camada de um dielétrico uniforme (com εR = 3) de espessura d é colocada envolvendo a esfera de raio 9 cm do item (b), determinar d tal que a nova capacitância total equivalente seja 2 × CESFERA. Atenção: Note que a configuração final é de 2 capacitores esféricos dispostos em série. Respostas: a) Demonstração; b) CESFERA = 4piεoa = 10 pF (b → ∞); c) d = 27 cm. 6.11) Dada a equação diferencial de segunda ordem 0X'xX2"X =−+ , considere uma solução na forma de série infinita de potências, e calcule os valores numéricos dos coeficientes a2 até a6 desta série, sendo a0 = 1 e a1 = –2. Atenção: Como X é função somente de x, fazer ∑ ∞ = = 0n n n xX a . Respostas: a2 = 1/2, a3 = 1/3, a4 = –1/8, a5 = –1/12, a6 = 7/240. 6.12) Sabendo-se que uma solução produto para a Equação de Laplace em duas dimensões é dada por 111 YXV = , onde 1X e 1Y são funções somente de x e y, respectivamente, verificar se cada uma das 5 funções dadas a seguir satisfaz ou não à equação de Laplace, justificando sua resposta. a) 11a YXV −= ; b) 1b YV = ; c) yYXV 11c += ; d) 11d YX2V = ; e) 2211e yxYXV −+= Respostas: (a) e (b) não satisfazem a Equação de Laplace. Observe que 12X∇ e 12Y∇ não são solucionáveis, já que não se sabe suas expressões matemáticas. Assim, não se pode afirmar que ( ) 0YX 112 =−∇ para (a), e nem que 0Y12 =∇ para (b); (c), (d) e (e) satisfazem a Equação de Laplace, já que ( ) 0YX 112 =∇ (dado) e também ( ) 0y2 =∇ e ( ) 022yx 222 =−=−∇ . CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVII:: EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE PPOOIISSSSOONN EE DDEE LLAAPPLLAACCEE 58 Anotações do Capítulo VI CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIII:: CCAAMMPPOO MMAAGGNNÉÉTTIICCOO EESSTTAACCIIOONNÁÁRRIIOO 59 Capítulo VII CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO 7.1 – LEI DE BIOT-SAVART O campo magnético d H � produzido pelo elemento de corrente contínua Ld � I no ponto P (ver figura) é: 2R4 I pi × = RaLdHd �� � ⇒ ∫ pi × = 2R4 I RaLdH �� � (A/m) onde I dL K dS J dv � � � = = (ver figura) dL dK I= = densidade superficial de corrente (A/m) dS dJ I= = densidade (volumétrica) de corrente (A/m2) Exemplo: Calcular o campo magnético H � num ponto P devido a um filamento retilíneo infinito com corrente I. Solução: ( ) ( ) 2/3222/322 zz zadz z )aza(adz Hd +ρpi ρ = +ρpi −ρ× = φρ 4 I 4 I ����� ( ) ( ) +∞ ∞− φφ∞+ ∞− +ρρpi ρ = +ρ ∫ pi ρ = 2/12222/322 z az z adz H �� � 4 I 4 I φ piρ = aH � � 2 I 7.2 – LEI CIRCUITAL DE AMPÈRE (CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO) “A integral de linha de H ao longo de qualquer percurso fechado é exatamente igual à corrente enlaçada pelo percurso”. A expressão matemática é dada por: � � H dL• =∫ I (I = corrente total enlaçada, sentido convencional) Amperiana (def.): É um percurso (caminho) especial com as seguintes propriedades: (i) É um percurso fechado; (ii) Em cada um de seus pontos H� é tangencial ou H� é normal ao percurso. Assim, se 0LdHLdH =⇒⊥ • ; (Neste caso H� é normal à amperiana) se dLHLdHLd//H =⇒ • (Neste caso H� é tangencial à amperiana) (iii) Em todos os pontos onde Ld//H , a magnitude de H� é constante. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIII:: CCAAMMPPOO MMAAGGNNÉÉTTIICCOO EESSTTAACCIIOONNÁÁRRIIOO 60 Cálculo de H � , aplicando a lei circuital de Ampère (e amperiana), para alguns casos especiais: a) Condutor retilíneo ∞∞∞∞ com corrente I ∫ = enlaçadaILdH �� . I=φρ∫ φ pi =φ φφ adaH 2 0 �� . ⇒ I=φ∫ρ pi φ dH 2 0 piρ =φ 2 IH ⇒ φ piρ = aH � � 2 I b) Película plana ∞∞∞∞ com corrente com densidade superficial uniforme xxaKK � � = ∫ = enlaçadaILdH �� . dyKLdH x L 0 A D D C C B B A ∫=∫+∫+∫+∫ �� . LK0LH0LH xyy =+++ ⇒ 2KH xy = Nota: Forma geral para obtenção do campo H � devido a uma película plana ∞ com corrente uniforme: naK2 1H � �� ×= ( H� independe da distância) onde na � é versor normal ao plano orientado para o lado que se deseja obter H� . Ex.: Acima do plano da figura anterior: ( ) yyxyxzxx HaK21aK21aaK21H ������ =−=−=×= Atenção: Provar que o campo magnético H � na região entre 2 superfícies infinitas condutoras e paralelas com densidades de corrente uniformes iguais e de sentidos opostos é dado por: naKH ��� ×= ( H� = 0 nas regiões externas às 2 superfícies) c) Linha de transmissão coaxial com corrente total +I uniformemente distribuída no condutor central e –I no condutor externo ∫ = enlaçadaILdH �� . onde φ= aHH �� e φφρ= adLd �� Para uma amperiana circular de raio ρ, tal que: ρ < a ⇒ 2a2 H pi ρ =φ I (no condutor central) a < ρ < b ⇒ piρ =φ 2 H I (no dielétrico) b < ρ < c ⇒ 22 22 c cI b2 H − ρ− piρ =φ (condutor externo) ρ > c ⇒ 0H =φ (fora: blindagem magnética) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIII:: CCAAMMPPOO MMAAGGNNÉÉTTIICCOO EESSTTAACCIIOONNÁÁRRIIOO 61 d) Solenóide de comprimento ∞∞∞∞ com uma distribuição superficial de corrente φ= aKK a �� Para o solenóide infinitamente longo e a amperiana retangular ABCD temos: ∫ = enlaçadaILdH �� . ⇒⇒⇒⇒ dLKLdH a d 0 A D D C C B B A ∫∫∫∫∫ =+++ �� . ⇒⇒⇒⇒ dK000dH a=+++ Portanto: aKH = ⇒⇒⇒⇒ zaaKH �� = Se o solenóide for de comprimento finito d com N espiras nas quais flui uma corrente I, temos: d Ka NI = ⇒ zad H � � NI = (Bem dentro do solenóide) e) Toróide ideal com distribuição superficial de corrente zaaKK �� = em 0z,o =−ρ=ρ a , sendo ρρρρo o raio médio e a o raio da seção transversal do anel toroidal ∫ = enlaçadaILdH �� . (Lei circuital de Ampère) Para uma amperiana circular de raio ρ, tal que: ρ < ρo – a ⇒ 0H =φ (fora do anel) ρo – a < ρ < ρo + a ⇒ ρ −ρ =φ ao aKH Vetorialmente: φφ ρ −ρ = aKH oa �� a ρ > ρo + a ⇒ 0H =φ (fora do anel) Se este toróide possuir N espiras nos quais flui uma corrente I, temos: ( )a NI −ρpi = o a 2 K ⇒ φ piρ = a 2 H � � NI (Bem dentro do toróide) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIII:: CCAAMMPPOO MMAAGGNNÉÉTTIICCOO EESSTTAACCIIOONNÁÁRRIIOO 62 7.3 – ROTACIONAL Seja um vetor (ou campo vetorial) qualquer expresso por: zzyyxx aAaAaAA ���� ++= Definição: A componente do rotacional de A � na direção da normal (versor na � ) de uma área ∆S é dado por: ( ) S LdA limaA.rot 0S n ∆ •∫ =• →∆ �� �� onde Ld � representa o vetor diferencial de comprimento integrado ao longo do perímetro da área ∆S Para determinar uma expressão matemática para o rotacional no sistema de coordenadas cartesianas, seja o vetor A� aplicado no vértice da área ∆S = ∆y∆z que se situa mais próximo da origem, ou vértice 1 da figura mostrada ao lado. Neste caso, pela definição acima, temos: ( ) zy LdA limaA.rot 12341 0zy x ∆∆ ∫ • =• →∆∆ �� �� Desenvolvendo separadamente ∫ • 12341 LdA �� , temos: LdALdA 1 4 4 3 3 2 2 112341 ���� •∫+∫+∫+∫=∫ • zAyz z A Azy y AAyALdA z y y z zy 12341 ∆−∆ ∆ ∂ ∂ +−∆ ∆ ∂ ∂ ++∆≅∫ • �� zy z A y ALdA yz 12341 ∆∆ ∂ ∂ − ∂ ∂ ≅∫ • �� Substituindo acima, obtemos, no limite, a componente do rotacional de A � na direção do eixo x: ( ) ∂ ∂ − ∂ ∂ =• z A y A aA.rot yzx �� Semelhantemente, obtemos as componentes do rotacional de A � nas direções dos eixos y e z, isto é: ( ) ∂ ∂ − ∂ ∂ =• x A z A aA.rot zxy �� (ver figura) ( ) ∂ ∂ − ∂ ∂ =• y A x A aA.rot xyz �� (ver figura) Combinando os 3 componentes (na forma vetorial), chegamos ao vetor que representa o rotacional de A � , sendo expresso por: CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIII:: CCAAMMPPOO MMAAGGNNÉÉTTIICCOO EESSTTAACCIIOONNÁÁRRIIOO 63 z xy y zx x yz a y A x A a x A z A a z A y AA.rot ��� � ∂ ∂ − ∂ ∂ + ∂ ∂ − ∂ ∂ + ∂ ∂ − ∂ ∂ = Para o vetor campo magnético zzyyxx aHaHaHH ���� ++= e usando a notação de rotacional com o vetor nabla, pode-se escrever: HH.rot ��� ×∇= Em coordenadas cartesianas, e somente neste sistema de coordenadas, o rotacional de um vetor pode ser obtido através do seguinte determinante: zyx zyx HHH z/y/x/ aaa H ∂∂∂∂∂∂=×∇ ��� �� Nota: Ver no FORMULÁRIO GERAL as outras expressões do rotacional ( H�� ×∇ ) nos sistemas de coordenadas cilíndricas e esféricas. Aplicando novamente a definição do cálculo da componente do rotacional na direção do eixo x, porém agora para o vetor campo magnético, e considerando a lei circuital de Ampère, obtemos: ( ) x 0zy 12341 0zy x J zylimzy LdH limaH.rot =∆∆ ∆ = ∆∆ ∫ • =• →∆∆→∆∆ xI �� �� onde ∆Ix = corrente envolvida pelo percurso 12341, ou corrente que atravessa a área ∆Sx = ∆y∆z. De maneira análoga, obtém-se: ( ) yy JaH.rot =• �� ( ) zz JaH.rot =• �� Daí, concluímos que o rotacional do vetor campo magnético resulta (na magnetostática) no vetor densidade de corrente, ou seja: JH ��� =×∇(Forma pontual da lei circuital de Ampère) Propriedades do operador rotacional: 1) A divergência do rotacional de qualquer função ou campo vetorial é sempre nula. ( ) 0A =×∇•∇ ��� Seja, por exemplo, HA �� = . Da expressão JH ��� =×∇ chegamos a 0J =•∇ �� . 2) O rotacional do gradiente de qualquer função ou campo escalar é sempre nulo. ( ) 0f =∇×∇ �� Seja, por exemplo, f = -V. Da expressão V∇−= ��E chegamos a 0E =×∇ �� . CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIII:: CCAAMMPPOO MMAAGGNNÉÉTTIICCOO EESSTTAACCIIOONNÁÁRRIIOO 64 7.4 – TEOREMA DE STOKES Pela definição de rotacional, temos: ( ) nS aHSLdH � �� �� •×∇≈ ∆ ∫ • ∆ ( ) SaHLdH nS ∆•×∇≈∫ • ∆ ����� ( ) SHLdH S ����� ∆•×∇≈∫ • ∆ Somando a circulação de todos os ∆S da superfície S, chegamos na expressão matemática do teorema de Stokes: ( ) C S H dL H dS• = ∇× •∫ ∫ �� � � � � Notas: 1 - O contorno C envolve a superfície S. Os vetores dL � (de C) e dS � devem satisfazer a “regra da mão direita” (com o polegar apontando dS � e os outros dedos apontando dL � ); 2 - O teorema de Stokes é válido para qualquer campo vetorial, e não somente o campo H � . 7.5 – FLUXO MAGNÉTICO (ΦΦΦΦ) E DENSIDADE DE FLUXO MAGNÉTICO ( B� ) A densidade de fluxo magnético B � é definida para o vácuo de permeabilidade magnética µo (sendo µo = 4pi ×10-7 H/m ) e o campo magnético H � , como: HB o �� µ= (Unidade: Wb/m2) Nota: B � é definido em outros meios somente a partir da seção 8.6 desta apostila. O fluxo magnético Φ que atravessa uma área S é obtido integrando B � sobre a área S, isto é: Φ = •∫ � � B dSS (Unidade: Wb) Exemplo: Calcular o fluxo magnético Φ entre o condutor interno (raio ρ = a) e o condutor externo (raio ρ = b) de uma linha coaxial de comprimento L no vácuo. Solução: φ piρ = aH � � 2 I na região a < ρ < b φ piρ µ =µ= aHB � �� 2 I φφ ρ piρ µ ∫∫=∫=Φ adzdaSdB bL0 S ���� .. 2 I a a b 2 IL ln pi µ =Φ [Wb] CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIII:: CCAAMMPPOO MMAAGGNNÉÉTTIICCOO EESSTTAACCIIOONNÁÁRRIIOO 65 Analogias entre as equações da eletrostática e da magnetostática ELETROSTÁTICA MAGNETOSTÁTICA 1) Densidade de fluxo elétrico ED o �� ε= (no vácuo) 1) Densidade de campo magnético HB o �� µ= (no vácuo) 2) Fluxo elétrico SdDS �� •=ψ ∫ 2) Fluxo magnético SdBS �� •=Φ ∫ 3) Lei de Gauss da eletrostática intST QSdD =•=ψ ∫ �� 3) Lei de Gauss da magnetostática 0dSBS =•∫ � 4) Divergência da densidade de fluxo elétrico vD ρ=•∇ �� 4) Divergência da densidade de fluxo magético 0B =•∇ �� 5) Rotacional do campo elétrico 0E =×∇ �� 5) Rotacional do campo magnético JH ��� =×∇ 6) Circulação do campo elétrico 0LdE =•∫ �� 6) Circulação do campo magnético SdJILdH S ���� •==• ∫∫ 7.6 – POTENCIAIS ESCALAR E VETOR MAGNÉTICOS O potencial escalar magnético Vm é definido, analogamente ao potencial eletrostático, a partir de: mVH ∇−= �� (Unidade de Vm: A ou Aespira) Esta expressão é definida somente na região onde 0J = � . (Por quê?) Outras expressões (obtidas por analogia com o potencial eletrostático): 0Jem0Vm 2 ==∇ �� (Equação de Laplace para materiais homogêneos magnetizáveis) LdHV abab,m �� •−= ∫ (Depende de percurso específico para ir de “b” até “a”) O potencial vetor magnético A � é um campo vetorial tal que: � � � B A= ∇ × que satisfaz � � ∇ • =B 0 (Unidade de A � : Wb/m) Outras expressões (obtidas por analogia com o potencial eletrostático): ∫ pi µ = R4 LdA � � I (Comparar com ∫ piε ρ = R4 dLLV . Note que a direção de A � é a mesma de Ld � ) JA2 ��� µ−=∇ (Comparar com a Equação de Poisson ε ρ −=∇ v2V � ) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIII:: CCAAMMPPOO MMAAGGNNÉÉTTIICCOO EESSTTAACCIIOONNÁÁRRIIOO 66 Exemplo: Para a região entre o condutor interno (raio ρ = a) e o condutor externo (raio ρ = b) da linha (ou cabo) coaxial do exemplo anterior, calcular: (a) Vm por mVH ∇−= �� (b) LdHV P fRe mP �� •∫−= (c) A � por BA ��� =×∇ Solução: (a) mVH ∇−= �� ⇒ φφ φ∂ ∂ ρ −= piρ a V1 a 2 I m �� ⇒ pi −=φ 2 I d dVm ⇒ C 2 IVm +φ pi −= Adotando Vm = 0 em φ = 0 (referência), obtemos C = 0 ⇒ φ pi −= 2 IVm Seja um ponto P(a < ρ <b, φ = pi/4, z) situado na região entre os condutores (dielétrico) do cabo coaxial. Este pode ser atingido de várias maneiras, partindo da referência, mantendo os mesmos valores de ρ e z, e deslocando-se de um ângulo φ = ±2npi+pi/4, isto é, φ = pi/4, 9pi/4, 17pi/4, ..., no sentido anti-horário, ou, φ = -7pi/4, -15pi/4, ... no sentido horário. Assim, o potencial VmP, com relação a referência de potencial zero em φ = 0, possui múltiplos valores em P, dependendo do percurso usado para chegar até P. Por exemplo: pi pi −= 42 IVmP ou pi pi −= 4 9 2 IVmP ou pi− pi −= 4 7 2 IVmP , etc... Daí, pode-se concluir que o potencial escalar magnético representa um campo não- conservativo. Lembre-se que o potencial eletrostático entre 2 pontos não depende do percurso ou caminho entre estes, representando assim um campo conservativo. (b) Adotando Vm = 0 em φ = 0 (referência), o potencial no ponto P(a < ρ <b, φ, z) é: LdHV P fRe mP �� •∫−= ⇒ φ∫ pi −=φρ• piρ∫ −= φ =φ φφ φ =φ d 2 I ada 2 IV 00 mP �� ⇒ φ pi −= 2 IVmP (c) BA � �� =×∇ ⇒ φφ ρ piρ µ= ρ∂ ∂ − ∂ ∂ a 2 I a A z A z �� ⇒ piρ µ= ρ∂ ∂ − 2 IAz Integrando: ∫∫ ρ ρ∂ pi µ−=∂ 2 IA z ⇒ C2 IAz +ρ pi µ −= ln Tomando Az = 0 em ρ = b (referência), obtemos: b2 IC ln pi µ = ⇒ ρpi µ = b 2 IAz ln Vetorialmente: zzz a b 2 I aAA �� � ρpi µ == ln Atenção: Note que A � tem o mesmo sentido de za � (sentido da corrente no condutor central pois ρ < b). Também A � decresce com o aumento de ρ desde ρ = a até ρ = b. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIII:: CCAAMMPPOO MMAAGGNNÉÉTTIICCOO EESSTTAACCIIOONNÁÁRRIIOO 67 7.7 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 7.1) a) Demonstrar que o campo magnético H� num ponto P devido a um filamento retilíneo de comprimento finito (extremidades A e B), com corrente I no sentido indicado, é dado por: ( ) φαα piρ aH � � 4 21 sensen += I , sendo: α1, α2 = ângulos positivos medidos conforme indicados, φa � = vetor unitário que define o sentido do campo no pto P, ρ = menor distância, na perpendicular, do ponto P ao segmento AB ou ao seu prolongamento. b) A partir da expressão de H� acima, determinar seus valores nos pontos C(0, 4, 0), D(3, 4, 0) e E(-3, 4, 0), se o filamento for colocado sobre o eixo x, com suas extremidades A e B posicionadas, respectivamente, em (-3, 0, 0) e (3, 0, 0). c) A partir da expressão de H� acima, determinar seus valores nos mesmos pontos C, D e E, com o filamento sobre o eixo x, porém,agora com sua extremidade A posicionada na origem e sua extremidade B estendendo ao infinito. Respostas: a) Demonstração; b) zC 40 3 aH pi I = [A/m], zD 208 133 aH pi I = [A/m], zE 208 133 aH pi I = [A/m]; c) zC 16 aH pi I = [A/m], zD 10 aH pi I = [A/m], zE 40 aH pi I = [A/m]; 7.2) Um filamento de corrente muito longo está situado sobre a reta x = 5 e z = 0, possuindo uma corrente de 20pi [A], orientada no sentido positivo do eixo y. Determinar o campo magnético H � (na forma vetorial) nos seguintes pontos: a) O(0,0,0); b) P(0,0,5); c) Q(5,0,5); d) S(5,5,5). Respostas: a) zO 2 aH = [A/m]; b) zxP aaH += [A/m]; c) xQ 2 aH = [A/m]; d) xS 2 aH = [A/m]. 7.3) Uma corrente filamentar I, no vácuo, sobre o eixo z, flui no sentido positivo do eixo. Seja um percurso retangular ABCDA sobre o plano z = 0, com vértices nos pontos A(a,a,0), B(-a,a,0), C(-a,-a,0) e D(a,-a,0). Determinar, para este percurso e utilizando o menor caminho, os seguintes valores: a) VmAB ; b) VmBC ; c) VmCD ; d) VmDA ; e) VmAB + VmBC + VmCD + VmDA → Concluir a respeito do valor obtido; f) VmAC por 2 caminhos (via B e depois via D) → Comparar os valores e concluir a respeito. Respostas: a) 4 IVmAB = ; b) 4 IVmBC = ; c) 4 IVmCD = ; d) 4 IVmDA = ; e) IVVVV mDAmCDmBCmAB =+++ = corrente enlaçada; f) 2 IV 1mAC = ≠ 2 IV 2mAC −= ⇒ Logo o sistema não é conservativo. 7.4) Encontre a indução magnética no centro de um triângulo equilátero de lado a, conduzindo uma corrente I. Resposta: a 2 I9 B o pi µ = . CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIII:: CCAAMMPPOO MMAAGGNNÉÉTTIICCOO EESSTTAACCIIOONNÁÁRRIIOO 68 7.5) Um toróide no espaço livre com seção transversal retangular é formado pela interseção dos planos z=0 e z=3 [cm] e os cilindros ρ=5 [cm] e ρ=7,5 [cm]. Uma densidade superficial de corrente flui na superfície interna do toróide sendo dada por z300aK �� =int [A/m]. Determinar: a) O valor total da corrente Itotal na superfície interna do toróide; b) As densidades superficiais de corrente (forma vetorial) nas outras 3 superfícies do toróide, identificando-as por extK � , topoK � e baseK � ; c) O campo magnético H� dentro do toróide; d) O fluxo magnético total Φ total que circula dentro do toróide. Respostas: a) Itotal = 30pi [A]; b) zext 200aK −= [A/m], ρρ aK 15 topo = [A/m], ρρ aK 15base −= [A/m]; c) φρ aH 15 = [A/m]; d) Φ total = 0,23 [µWb]. 7.6) Calcular o campo magnético H� no ponto P da figura, admitindo que os fios são muito longos. Resposta: z 1 2 1 2 I aH +⋅= pia 7.7) Dado z2y2x2 z1xzy1x2yz aaaH )()( +−++= � a) Determinar ∫ • dLH ao longo do contorno quadrado indo de P(0, 2, 0) a A(0, 2+b, 0) a B(0, 2+b, b) a C(0, 2, b) a P(0, 2, 0); b) Determinar H×∇ ; c) Mostrar que ( )xH×∇ = ∆ •∫ →∆ S0S dLH lim em P. Respostas: a) ∫ • dLH 3 248 4 32 bbb −−−= ; b) z22y2x2 )zzy2( )zyz2( )y)1x(2( aaaH −++++−=×∇ ; c) Demonstração (Notar que ∆S = b2 e que em P, x = 0, y = 2, z = 0). 7.8) Seja uma espira circular de raio ρ = a, situada no plano z = 0, na qual circula uma corrente I no sentido anti-horário. Determinar no ponto P(0,0,h): a) O campo magnético H� ; b) O potencial magnético Vm, supondo a referência de potencial zero no infinito. Respostas: a) ( ) ( ) z2/3z2/3 a2a2H ��� 22 2 22 2 ah aI az aI + = + = ; b) + −= 22m ah hIV 1 2 CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIII:: CCAAMMPPOO MMAAGGNNÉÉTTIICCOO EESSTTAACCIIOONNÁÁRRIIOO 69 7.9) Determinar no ponto P da figura abaixo, as contribuições para a intensidade do campo magnético H � causadas por I (sentido anti-horário) para: a) A seção semi-circular de raio a; b) Os 2 condutores horizontais de comprimento l, c) O condutor vertical de comprimento 2a, d) Repetir o item (b) supondo l >> a, e) Repetir o item (c) supondo l >> a. Respostas: a) za4 IH � � a = ; b) za 2 IH � � 22 ala l +pi = ; c) za 2 IH � � 22 all a +pi = ; d) za2 IH � � api = ; e) za2 IH � � 2l a pi = 7.10) Dado φθ θ+θ= ar180a r10H 2 ��� cos sen , no espaço livre, determinar: a) H �� ×∇ ; b) a corrente que sai da superfície cônica θ = 30o, 0 ≤ φ ≤ 2pi, 0 ≤ r ≤ 2, usando um dos lados do teorema de Stokes; c) usando o outro lado do teorema de Stokes, verificar o resultado anterior. Respostas: a) φθ θ+θ−θ θ =×∇ ar30a360a180H r ����� sen cos sen cos2 ; b) 1o lado: A19593360SdHS −=pi−==•×∇∫ I ��� ; c) 2o lado: A19593360LdH −=pi−==•∫ I �� 7.11) Três superfícies infinitas de corrente localizam-se, no vácuo, da seguinte maneira: xa100 A/m em z = 0, xa50− A/m em z = 4 m, e xa50− A/m em z = –4 m. a) Sendo Vm = 0 em P(1, 2, 3), ache Vm em Q(1,5; 2,6; 3,7). b) Sendo 0A = em P(1, 2, 3), ache A em Q(1,5; 2,6; 3,7). Sugestão: Use a componente apropriada de AB ×∇= e o seu conhecimento acerca da direção do vetor A . Respostas: a) A30V100y50V mQm =⇒−= ; b) ( ) m/Wba0,44Aa150z50A xQxoo µ−=⇒µ+µ−= 7.12) Partindo da identidade vetorial ( ) AAA 2∇−•∇∇≡×∇×∇ , e utilizando coordenadas cartesianas, mostre zz 2 yy 2 xx 22 aaaA AAA ∇+∇+∇≡∇ , podendo A ser um vetor qualquer. Resposta: Demonstração. 7.13) Demonstre que o potencial vetor magnético para dois fios compridos, retos e paralelos, que conduzem a mesma corrente I, em sentidos opostos, é: L 1 2o r rln 2 I aA � � pi µ = , onde r2 e r1 são as distâncias dos fios ao ponto desejado e La � é o vetor unitário paralelo aos fios. Resposta: Demonstração. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIII:: CCAAMMPPOO MMAAGGNNÉÉTTIICCOO EESSTTAACCIIOONNÁÁRRIIOO 70 Anotações do Capítulo VII CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIIIII:: FFOORRÇÇAASS EE CCIIRRCCUUIITTOOSS MMAAGGNNÉÉTTIICCOOSS,, MMAATTEERRIIAAIISS EE IINNDDUUTTÂÂNNCCIIAA 71 Capítulo VIII FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA 8.1 – FORÇA SOBRE UMA CARGA EM MOVIMENTO BvQF ��� ×= (Unidade da força: N) Se ambos os campos elétrico e magnético estão presentes, a força sobre uma carga pontual Q, chamada força de Lorentz, é: ( )BvEQF ���� ×+= em N, ou ( )BvEf v ���� ×+ρ= em N/m3 8.2 – FORÇA SOBRE UM ELEMENTO DIFERENCIAL DE CORRENTE ( ) ( ) ( ) BdtvIBvIdtBvdQFd ������� ×=×=×= ⇒ BLIdFd ��� ×= Para um condutor retilíneo, com .cteB = � , obtemos: BLIF ��� ×= Módulo da força F � : θ= senLIBF onde θ é o ângulo entre os vetores L � e B � Sentido da força F � : Regra do produto vetorial, indo de L � para B � . Nota: Caso os vetores L � e B � sejam perpendiculares (θ =90o), pode-se usar a conhecida “Regra dos 3 dedos da mão esquerda” para obter o sentido de F � . Assim, com o dedo indicador apontando B � e o dedo médio apontando L � (ou I), obtém-se o dedo polegar apontando o sentido de F � . Exemplo: Determinar as forças de repulsão entre 2 condutores filamentares retilíneos longos e paralelos, separados por uma distância d por onde fluem correntes I iguais e opostas. Solução:Os sentidos das forças estão indicados na figura. As duas forças possuem mesmo módulo, o qual é obtido do seguinte modo (no vácuo): LBF I= onde d2 HB oo pi µ=µ= I Logo: L d2 F o I I pi µ= ⇒ d2L F o pi µ = 2I [N/m] CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIIIII:: FFOORRÇÇAASS EE CCIIRRCCUUIITTOOSS MMAAGGNNÉÉTTIICCOOSS,, MMAATTEERRIIAAIISS EE IINNDDUUTTÂÂNNCCIIAA 72 8.3 – FORÇA ENTRE ELEMENTOS DIFERENCIAIS DE CORRENTE Densidade do fluxo magnético no ponto 2 devido ao elemento diferencial de corrente no ponto 1: 2 12 R11 o2o2 R4 aLdI HdBd 12 pi × µ=µ= �� �� Relembrando, a força diferencial em um elemento diferencial de corrente é expressa por: BLIdFd ��� ×= Substituindo B � por 2Bd � , e 22 LdILId �� = , a quantidade diferencial da força diferencial no elemento diferencial de corrente no ponto 2 torna-se: ( ) 2222 BdLdIFdd ��� ×= Substituindo 2Bd � : ( ) 2 12 R11 o222 R4 aLdI LdIFdd 12 pi × µ×= �� �� ( ) 2 12 R1 2 21 o2 R aLd Ld 4 IIFdd 12 �� �� × × pi µ= ⇒ ∫ ∫ × × pi µ= 2 12 R1 2 21 o2 R aLd Ld 4 IIF 12 �� �� Nota: A segunda integral é necessária para obter o campo magnético em 2 devido à corrente no ponto 1. Pelo demonstrado, é melhor dividir o problema de calcular a força magnética em duas partes: primeiro calcula-se o vetor campo magnético, e depois calculamos a força. 8.4 – TORQUE EM UMA ESPIRA INFINITESIMAL PLANA Para a espira infinitesimal retangular da figura e da definição de torque ( FrT ��� ×= ) , obtém-se: BSdTd ��� ×= I (Unidade de T� : Nm) Definindo o momento magnético diferencial da espira como: Sdmd �� I= (Unidade de m� : Am2) podemos escrever o torque na espira como sendo: BmdTd ��� ×= De uma maneira geral, para B � constante em toda área S, temos: BmBST ����� ×=×= I Notas: • As equações acima são também válidas para qualquer forma de espira de corrente, como por exemplo a espira circular. • O torque na espira ( T� ) atua de tal maneira a alinhar o momento magnético ( m� ) produzido pela espira com o campo magnético externo ( B� ). CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIIIII:: FFOORRÇÇAASS EE CCIIRRCCUUIITTOOSS MMAAGGNNÉÉTTIICCOOSS,, MMAATTEERRIIAAIISS EE IINNDDUUTTÂÂNNCCIIAA 73 8.5 – A NATUREZA DOS MATERIAIS MAGNÉTICOS Existem 3 tipos de momentos magnéticos em um átomo causados por: 1o) Rotação (spin) do elétron em torno de seu próprio eixo: spinm � 2o) Rotação do núcleo em torno de seu próprio eixo: núcleom � 3o) Movimento circular (órbita) do elétron em torno do núcleo: orbm � Dependendo da combinação desses momentos magnéticos pode-se classificar 6 tipos diferentes de material, conforme mostrado na seguinte tabela. CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL MOMENTOS MAGNÉTICOS B µµµµR VALORES USUAIS ALGUNS EXEMPLOS E COMENTÁRIOS 1 – Diamagnético 0mm spinorb =+ �� Bint < Bapl, Bint ≅ Bapl µR < 1, µR ≅ 1 H, He, NaCl, Cu, Au, Si, Ge, S, grafite, gases inertes. 2 – Paramagnético pequenospinorb mm =+ �� Bint > Bapl, Bint ≅ Bapl µR > 1, µR ≅ 1 K, O, Al, Be, tungstênio, terras- raras, vários sais. 3 – Ferromagnético orbspin mm �� >> Bint >> Bapl µR >> 1 103<µR <106 Fe, Co, Ni, ligas. Domínios magnéticos fortes 4 – Antiferromagnético orbspin mm �� >> Bint ≅ Bapl µR ≅ 1 Óxido de magnésio. Momentos adjacentes se opõem e cancelam 5 – Ferrimagnético orbspin mm �� > Bint > Bapl µR > 1 10<µR <103 Ferrites. Momentos adjacentes desiguais paralelos e opostos 6 – Superparamagnético orbspin mm �� > Bint > Bapl µR > 1 1 < µR < 10 Fitas magnéticas de gravação. Matriz não magnética. 8.6 – MAGNETIZAÇÃO E PERMEABILIDADE MAGNÉTICA Magnetização M � é definido como sendo o momento magnético total por unidade de volume, isto é: v mlimm v 1limM total 0v vn 1i i0v ∆ =∑ ∆ = →∆ ∆ =→∆ � �� (Unidade: A/m – mesma unidade de H) onde n é o número de dipolos magnéticos por unidade de volume ∆v A lei circuital de Ampère relaciona o campo magnético H � com a corrente de condução I que produz este campo, isto é: ∫ •= LdH �� I Por analogia, pode-se também relacionar o campo M � com uma corrente, Im, que produz este campo, sendo esta corrente chamada de corrente de magnetização. ∫ •= LdM �� mI A lei circuital de Ampère em termos da corrente total, IT, é expressa por: ∫ •µ = LdB o � � TI onde: IT = I + Im = soma das correntes de condução e de magnetização µo = 4pi×10-7 = permeabilidade magnética do vácuo (unidade: H/m) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIIIII:: FFOORRÇÇAASS EE CCIIRRCCUUIITTOOSS MMAAGGNNÉÉTTIICCOOSS,, MMAATTEERRIIAAIISS EE IINNDDUUTTÂÂNNCCIIAA 74 Substituindo as correntes pelas suas expressões com integrais, obtemos a seguinte expressão geral que relaciona os 3 campos B � , H � e M � em qualquer tipo de meio: MHB o �� � += µ ⇒ ( )MHB o ��� +µ= (Análoga a PED o ��� +ε= ) Para um meio linear e isotrópico, pode-se relacionar M � linearmente com H � por: HM m �� χ= (Análoga a EP oe �� εχ= ) sendo χm chamada de susceptibilidade magnética (constante adimensional). Substituindo M � na expressão geral, e arranjando os termos, obtemos a conhecida relação: HB �� µ= onde: oRµµ=µ = permeabilidade magnética absoluta (unidade: H/m) mR 1 χ+=µ = permeabilidade magnética relativa (constante adimensional) Nota: Por analogia com JH ��� =×∇ , pode-se chegar a: mJM ��� =×∇ e ( ) To JB ��� =µ×∇ . 8.7 – CONDIÇÕES DE CONTORNO PARA O CAMPO MAGNÉTICO Aplicando a lei de Gauss do campo magnético ao pequeno cilindro da figura e fazendo ∆h→0: 0SdBS =•∫ �� ⇒ 0SBSB 2n1n =∆−∆ ⇒ 2n1n BB = Logo, a componente normal da densidade de fluxo magnético é contínua, isto é, não se altera. Aplicando a lei circuital de Ampère ao pequeno circuito fechado da figura, fazendo ∆h→0, temos: enlaçadaILdH =•∫ �� ⇒ LKLHLH 2t1t ∆=∆−∆ ⇒ KHH 2t1t =− Logo, a componente tangencial do campo magnético sofre uma descontinuidade de K, isto é, altera- se de K quando existe uma distribuição superficial de corrente na fronteira entre os 2 meios. Em forma vetorial, a expressão para o campo magnético acima é dada por: ( ) KaHH 12n21 ���� =×− (Nota: 12na� = versor normal à fronteira dirigido da região 1 para a 2) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIIIII:: FFOORRÇÇAASS EE CCIIRRCCUUIITTOOSS MMAAGGNNÉÉTTIICCOOSS,, MMAATTEERRIIAAIISS EE IINNDDUUTTÂÂNNCCIIAA 75 Se não existe distribuição de corrente na fronteira, isto é, se K = 0, obtém-se: 2t1t HH = Logo, a componente tangencial do campo magnético é contínua, isto é, não se altera quando não existe uma distribuição superficial de corrente (K) na fronteira entre os 2 meios. 8.8 – CIRCUITO MAGNÉTICO A análise de circuitos magnéticos é feita por analogia com circuitos elétricos de corrente contínua constante. O quadro abaixo indica a analogia entre as equações desses circuitos. CIRCUITO ELÉTRICO CIRCUITO MAGNÉTICO 1) Intensidade de campo elétricoVE ∇−= �� 1) Intensidade de campo magnético mVH ∇−= �� 2) Diferença de potencial elétrico ∫ •= B A AB LdEV �� 2) Diferença de potencial magnético ∫ •= B A AB,m LdHV �� 3) Lei de Ohm, forma pontual EJ �� σ= 3) Densidade de fluxo magnético HB �� µ= 4) Corrente elétrica ∫ •= S SdJ �� I 4) Fluxo magnético Φ = •∫ � � B dSS 5) Resistência (R) S LR σ = 5) Relutância (ℜ) S L µ =ℜ 6) Lei de Ohm IV R= 6) Lei de Ohm para circuitos magnéticos Φℜ=mV 7) Lei de Kirchhoff das malhas ∫ =• 0LdE �� 7) Lei circuital de Ampère ∫ =• enlaçadaILdH �� ou ∫ =• NILdH �� Exemplo: Seja um toróide de núcleo de ar, de área de seção reta S = 6 cm2, raio médio rm = 15 cm, envolvido por um enrolamento com N = 500 espiras onde circula uma corrente I = 4 A. Calcular a intensidade do campo magnético H no interior do toróide. Solução 1: Usando a equação do circuito elétrico análogo: LHNFmm =Φℜ== I Wb/Aesp1025,1 106104 10152 S r2 S L 9 47 2 o m o ×= ×××pi ××pi = µ pi = µ =ℜ −− − Wb106,1 1025,1 4500NFmm 6 9 −×= × × = ℜ = ℜ =Φ I 23 4 6 m/Wb1067,2 106 106,1 S B − − − ×= × × = Φ = CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIIIII:: FFOORRÇÇAASS EE CCIIRRCCUUIITTOOSS MMAAGGNNÉÉTTIICCOOSS,, MMAATTEERRIIAAIISS EE IINNDDUUTTÂÂNNCCIIAA 76 m/Aesp2120 104 1067,2BH 7 3 o = ×pi × = µ = − − Solução 2: Usando a lei circuital de Ampère: ∫ =• enlaçadaILdH �� ⇒ INr2H m =pi× ⇒ mr2 NH pi = I ⇒ m/Aesp2120 10152 4500H 2 =××pi × = − Exemplo: Seja um toróide de núcleo de aço-silício (figura abaixo) de área de seção reta S = 6 cm2, raio médio rm = 15 cm, com um entreferro ar� = 2 mm, o qual está envolvido por um enrolamento com N = 500 espiras. Calcular a corrente I que deve circular no enrolamento para que a densidade de fluxo magnético em todo o núcleo seja B = 1 Wb/m2. Solução: Escrevendo a equação do circuito elétrico análogo: Φℜ+Φℜ== araçoNFmm I ou, ar,maço,m VVNFmm +== I ou, araraçoaço LHLHNFmm +== I Daí, N LHLH araraçoaço + =I Fazendo Baço = B = 1 Wb/m2 e levando na curva do aço-silício (ver figura acima) obtemos: 200Haço = Aesp/m Fazendo Bar = B = 1 Wb/m2, obtemos: CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIIIII:: FFOORRÇÇAASS EE CCIIRRCCUUIITTOOSS MMAAGGNNÉÉTTIICCOOSS,, MMAATTEERRIIAAIISS EE IINNDDUUTTÂÂNNCCIIAA 77 5 7 o ar ar 109577,7 104 1BH ×= ×pi = µ = − Aesp/m Logo, ( ) A56,3 500 002,0109577,7002,015,02200 5 = ××+−×pi× =I Nota: Se desejarmos considerar o aumento da área da seção transversal por onde passa o fluxo no ar (devido ao espalhamento de fluxo quando o mesmo passa do ferro para o ar), utiliza-se o fator de espraiamento k, fazendo ferroar kSS = , sendo k > 1. 8.9 – ENERGIA DE UM CAMPO MAGNETOSTÁTICO A energia total armazenada no campo magnetostático no qual B � é relacionado linearmente com H � é obtida por: ∫ •= volH dvHB2 1W �� [J] (Análoga a: ∫ •= volE dvED2 1W �� ) Notas: a) Fazendo HB �� µ= , ou µ = BH � � obtemos: ∫ µ= vol 2 H dvH2 1W ou ∫ µ = vol 2 H dv B 2 1W b) A densidade de energia (em J/m3) é dada por: µ =µ=•= 2 2H B 2 1H 2 1HB 2 1 dv dW �� 8.10 – AUTO-INDUTÂNCIA E INDUTÂNCIA MÚTUA Auto-indutância ou indutância própria ou simplesmente indutância, L, de um circuito fechado (espira ou bobina) é definida como a razão entre o fluxo total enlaçado pelo circuito (Λ) e a corrente (I) que produz este fluxo. (Ver figura). II Φ = Λ = NL (Unidade: Henry, H) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIIIII:: FFOORRÇÇAASS EE CCIIRRCCUUIITTOOSS MMAAGGNNÉÉTTIICCOOSS,, MMAATTEERRIIAAIISS EE IINNDDUUTTÂÂNNCCIIAA 78 Nota: A equação da indutância pode também ser obtida a partir da energia no campo magnético (WH) devido a corrente I que flui no circuito fechado. Assim, temos: 2I HW2L = ⇒ 2IL 2 1WH = Indutância mútua, M, entre 2 circuitos fechados é definida como a razão entre o fluxo total enlaçado pelos 2 circuitos e a corrente que produz este fluxo. (Ver figura). 11 II 12212 12 NM Φ=Λ= (Unidade: Henry, H) Nota: Em termos de energia mútua, temos: ( ) ( )dvHH1dvHB1M vol 21 vol 2112 ∫ •µ=∫ •= ���� 2121 IIII onde: 1B � , 1H � = campo que resulta de I1 (com I2 = 0) 2H � = campo que resulta de I2 (com I1 = 0) Na obtenção de M21, o lado direito da expressão acima não varia, pois o produto escalar é comutativo. Portanto, 2112 MM = Exemplo: A figura mostra 2 solenóides coaxiais de raios r1 e r2, r1 < r2, com n1 e n2 espiras/m. Determinar (em H/m) as auto-indutâncias L1 e L2 e as indutâncias mútuas M12 e M21. Solução: Da seção 7.2, e sendo N = no espiras, n = no espiras/m: zz ana NH �� � � II == bem dentro do solenóide 0H = � fora do solenóide Assim, para o solenóide 1 (interno) temos: >ρ <ρ= = 1 1z1z 1 1 r r para para 0 ana N H �� � � 1 1 I I Similarmente, para o solenóide 2 (externo) temos: >ρ <ρ= = 2 2z2z 2 2 r r para para 0 ana N H �� � � 2 2 I I CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIIIII:: FFOORRÇÇAASS EE CCIIRRCCUUIITTOOSS MMAAGGNNÉÉTTIICCOOSS,, MMAATTEERRIIAAIISS EE IINNDDUUTTÂÂNNCCIIAA 79 a) Cálculo de L1 e M12 em H/m (supondo I2 = 0): 111 III 11111 1 nNL Φ=Φ=Λ= � onde 2110110111 rnSHSB piµ=µ==Φ 1I Logo: 21 2 10 1 rn L piµ= � [H/m] 111 III 12212212 12 nNM Φ=Φ=Λ= � onde 211011011112 rnSHSB piµ=µ==Φ=Φ 1I Logo: 2121012 rnn M piµ= � [H/m] b) Cálculo de L2 e M21 em H/m (supondo I1 = 0): 222 III 22222 2 nNL Φ=Φ=Λ= � onde 2220220222 rnSHSB piµ=µ==Φ 2I Logo: 22 2 20 2 rn L piµ= � [H/m] 222 III 21121121 21 nNM Φ=Φ=Λ= � onde 21201201221 rnSHSB piµ=µ==Φ 2I Logo: �� 122 1210 21 MrnnM =piµ= [H/m] Atenção: Adotando agora n1 = 50 espiras/cm e n2 = 80 espiras/cm; r1 = 2 cm e r2 = 3 cm, para os 2 solenóides coaxiais da figura, calcular os valores numéricos de L1 e L2 e M12 e M21. m/mH5,39L250104L 12271 =⇒×pi×××pi= − m/mH4,227L380104L 2 227 2 =⇒×pi×××pi= − m/mH2,63MM28050104MM 2112272112 ==⇒×pi××××pi== − CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIIIII:: FFOORRÇÇAASS EE CCIIRRCCUUIITTOOSS MMAAGGNNÉÉTTIICCOOSS,, MMAATTEERRIIAAIISS EE IINNDDUUTTÂÂNNCCIIAA 80 8.11 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS 8.1) Assume-se que o material ferromagnético da figura possui permeabilidade constante igual a µ. Sendo S1 = S2 = S3 = S = a área da seção reta em qualquer parte do núcleo, �1, �2 e �3 = os comprimentos médios do braço esquerdo, braço central e braço direito, respectivamente (com �1 = �3 = 2 � e �2 = �), determinar: a) A indutância L2 da bobina de N2 espiras do braço central; b) A indutância mútua M21 entre as duas bobinas. Respostas: a) �2 S N L 2 2 2 µ = ; b) �4 S NN M 2121 µ= . 8.2) Um condutor retilíneo muito longo estende-se sobre o eixo y, possuindo uma corrente I1, no sentido indicado. Um condutor de forma retangular rígida, com corrente I2 no sentido ABCDA, é posicionado no plano xy ao lado do condutor retilíneo, conforme mostrado na figura. Determinar: a) Os vetores forças sobre cada um dos lados do condutor retangular; b) O vetor força resultante sobre o condutor retangular; c) O fluxo total devido a I1 que atravessa o condutor retangular; d) A indutância mútua entre os 2 condutores. Respostas: a) x21oAB a 2 b aF pi µ II −= , y 21o BC 2 2 aF ln pi µ II = , x 21oCD a 4 b aF pi µ II = , y 21oDA 2 2 aF ln pi µ II −= ; b) x21oR a 4 b aF pi µ II −= ; c) 2 2 b1o ln pi µ I =Φ ; d) 2 2 b M o12 ln pi µ = . 8.3) Duas placas infinitas, formadas de materiais magnéticos homogêneos, lineares e isotrópicos, de espessuras 3 e 4 [mm], localizam-se no vácuo conforme a figura abaixo. Se �a z tem a direção indicada e � � � �H a a a1 2 3= + +x y z [kA/m] na região (1), ache o ângulo entre o campo vetorial � H e o vetor unitário �a z nas regiões (1), (2), (3) e (4). Respostas: θ1 = θ4 = 36,70o, θ2 = 56,14o; θ3 = 65,91o. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIIIII:: FFOORRÇÇAASS EE CCIIRRCCUUIITTOOSS MMAAGGNNÉÉTTIICCOOSS,, MMAATTEERRIIAAIISS EE IINNDDUUTTÂÂNNCCIIAA 81 8.4) Um condutor filamentar infinito situa-se sobre o eixo z e conduz uma corrente I1 no sentido za � + . Um segmento reto de condutor sólido se estende de PA(–�, l, 0) a PB(+�, 1, 0). Determinar: a) O campo magnético H� gerado pelo condutor infinito em um ponto genérico sobre o segmento condutor; b) O valor diferencial de força dF que surge devido ao campo magnético H� do item (a) atuando em um ponto genérico no segmento condutor quando este conduz uma corrente I2 no sentido xa � + ; c) O torque resultante totalT � sobre o segmento condutor em relação ao ponto P0 (0, 1, 0). Respostas: a) ) )( 1(x 2 xI 2 xy1 + − = pi aa H ; b) z2 21o 1(x 2 xdxII adF )+ = pi µ ; c) ( ) y21ototal arctg II aT �� − − = pi µ . 8.5) Um eletroimã com a armadura de ferro em forma de ∪ produz força suficiente para manter uma barra de ferro suspensa. Seja µR = 1800 para o ferro da armadura e da barra, e os ampères-espiras aplicados à bobina NI = 1 [kA]. O comprimento médio total ao longo da armadura e da barra é de 1 [m] com uma seção transversal de 0,1 [m2]. Uma lâmina de cobre de 1 [mm] entre a armadura e a barra previne o contato ferro-a-ferro. Adotando µcobre = µo, determinar: a) fluxo magnético produzido pelo eletroimã; b) A massa da barra de ferro (g = 9,8 m/s2). Respostas: a) Φ = 0,0492 [Wb]; b) m = Φ2/(µo g S) = 1965,6 [Kg]. 8.6) Uma espira condutora circular de raio a está localizada sobre o plano z = 0 e nela circula uma corrente I na direção φ+ a � . Para um campo uniforme ( ) 2aaBB yxo ��� += , calcular a magnitude (módulo) e a direção (vetor unitário) do torque na espira. Respostas: Io 2BaT pi= � ; ( ) 2aaa yxT ��� +−= . 8.7) Seja uma bobina solenoidal (solenóide) de N espiras, com núcleo de ar, raio da seção reta igual a a e comprimento do núcleo igual a �. a) Determinar, usando a Lei Circuital de Ampère, a expressão que fornece o campo magnético resultante no interior do solenóide; b) Determinar, utilizando a definição de indutância, a expressão que fornece a indutância própria da bobina solenoidal. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIIIII:: FFOORRÇÇAASS EE CCIIRRCCUUIITTOOSS MMAAGGNNÉÉTTIICCOOSS,, MMAATTEERRIIAAIISS EE IINNDDUUTTÂÂNNCCIIAA 82 Respostas: a) � � �H a= NI z ; b) L No = µ pi2 2 a � . 8.8) Um toróide, que possui seção transversal quadrada, é limitado pelas superfícies z = 0, z = 20 [mm], ρ = 30 [mm] e ρ = 50 [mm]. A superfície em ρ = 30 [mm] conduz uma corrente distribuída cuja densidade superficial é � �K a= −10 z [kA/m]. Determinar: a) As densidades superficiais de correntes correspondentes às outras três superfícies, isto é ( ) � K ρ=50 , ( ) � K z=0 e ( ) � K z=20 ; b) O campo magnético �H no interior do toróide; c) A energia total armazenada (WH) no interior do toróide, cuja permeabilidade relativa é µR = 20. Respostas: a) ( ) z50 6aK �� = =ρ [kA/m], ( ) ρ= ρ= aK �� 300 0z [A/m] e ( ) ρ= ρ−= aK �� 300 20z [A/m]; b) � �H a= − 300 ρ φ [A/m]; c) WH = 72,6 [mJ]. 8.9) A figura mostra uma bobina com N = 400 espiras enrolada num núcleo de material ferromagnético formado com 2 materiais diferentes: (1) ferro fundido e (2) aço fundido. Determinar a corrente I na bobina, se a densidade de fluxo magnético no ferro fundido é B1 = 0,5 T. Nota: Ver em anexo as curvas B-H destes materiais. Resposta: I = 2,41 A 8.10) Determinar o módulo da intensidade de campo magnético no interior de um material para o qual: a) a densidade de fluxo magnético é 4 mWb/m2 e a permeabilidade relativa é 1,008; b) a suscetibilidade magnética é –0,006 e a magnetização é 19 A/m; c) temos 8,1×1028 átomos/m3, cada átomo possui um momento de dipolo de 4×10-30 A.m2 e χm = 10-4. Respostas: a) H = 3.160 [A/m]; b) H = 3.170 [A/m]; c) H = 3.240 [A/m]. 8.11) Em um certo material magnético φρ= a5H 3 A/m e µ = 4×10-6 H/m. Determinar, para ρ = 2 m: a) J ; b) mJ c) TJ Respostas: a) . za80J = [A/m2]; b) zm a6,174J = [A/m2]; c) zT a6,254J = [A/m2] CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIIIII:: FFOORRÇÇAASS EE CCIIRRCCUUIITTOOSS MMAAGGNNÉÉTTIICCOOSS,, MMAATTEERRIIAAIISS EE IINNDDUUTTÂÂNNCCIIAA 83 CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo VVIIIIII:: FFOORRÇÇAASS EE CCIIRRCCUUIITTOOSS MMAAGGNNÉÉTTIICCOOSS,, MMAATTEERRIIAAIISS EE IINNDDUUTTÂÂNNCCIIAA 84 8.12) a) Usando a lei circuital de Ampère, demonstrar que o campo magnético H� produzido por uma lâmina de corrente com densidade superficial de corrente K � uniforme é expresso por: NaK2 1H � �� ×= sendo: Na � = versor normal à lâmina orientado para o lado desejado b) Uma espira retangular condutora está posicionada sobre o plano z = 0 conforme mostra a figura ao lado, sendo seus vértices em A(1,2,0), B(3,2,0), C(3,6,0) e D(1,6,0). Uma pequena corrente I circula no sentido anti- horário na espira, que está submetida a uma densidade de fluxo magnético B � produzido por 2 lâminas de corrente x1 a400K �� = A/m em z = 3 m, e z2 a300K �� −= A/m em y = 0, no espaço livre. Determinar: b.1) O campo vetorial total B� sobre a espira devido as 2 lâminas de corrente; b.2) As forças resultantes sobre os 4 lados da espira e força total resultante; b.3) O torque total resultante T� em relação ao centro da espira, usando a fórmula FrT ��� ×= . (Nota: Supor as forças aplicadas nos centros de cada lado da espira); b.4) O torque total resultante T� , usando a fórmula BST � �� ×= I . Respostas: a) Demonstração; b.1) xoyo a150a200B ��� µ+µ= b.2) 0F = � , CDzoAB Fa400F ��� −=µ= I , BCzoDA Fa600F ��� −=µ= I ; b.3) yoxo a1200a1600T ��� II µ+µ−= ; b.4) yoxo a1200a1600T ��� II µ+µ−= (igual ao obtido no item anterior) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMOCCaappííttuulloo VVIIIIII:: FFOORRÇÇAASS EE CCIIRRCCUUIITTOOSS MMAAGGNNÉÉTTIICCOOSS,, MMAATTEERRIIAAIISS EE IINNDDUUTTÂÂNNCCIIAA 85 Anotações do Capítulo VIII CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIXX:: CCAAMMPPOOSS VVAARRIIÁÁVVEEIISS NNOO TTEEMMPPOO EE AASS EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE MMAAXXWWEELLLL 85 Capítulo IX CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL 9.1 – A LEI DE FARADAY Haverá uma força eletromotriz, fem, ou tensão induzida, em qualquer uma das seguintes situações: 1. Um caminho fechado estacionário é enlaçado por um fluxo magnético variável no tempo; 2. Um caminho (fechado) se movimenta com relação a um fluxo magnético estacionário; 3. Um caminho (fechado) móvel enlaçado por um fluxo magnético variável no tempo (1 + 2). A lei de Faraday quantifica esta fem estabelecendo que ela é proporcional a taxa de variação de fluxo que atravessa o caminho fechado (que não precisa ser condutor), sendo expressa por: dt dΦ −=fem [V] (para um caminho fechado) (01) ou, dt dN Φ−=fem [V] (para um caminho fechado com N espiras - bobina) (02) Nota: O sinal menos das equações acima provém da lei de Lenz a qual indica que a fem está numa direção (ou possui uma polaridade) tal a produzir um fluxo magnético de oposição à variação do fluxo original. A fem induzida é definida como uma tensão induzida num caminho fechado, sendo expressa por: ∫ •= LdE ��fem (03) Substituindo ∫ •=Φ S SdB �� em (01) e igualando com (03): ∫ •∫ −=•= SC SdB dt dLdE ����fem (04) onde C = contorno da área S ao redor do qual a integral de linha é calculada, S = área limitada pelo contorno C onde a integral de superfície é calculada. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIXX:: CCAAMMPPOOSS VVAARRIIÁÁVVEEIISS NNOO TTEEMMPPOO EE AASS EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE MMAAXXWWEELLLL 86 Nota: Na equação (04), o sentido de Ld � deve sempre concordar com o sentido de Sd � de acordo com a regra da mão direita ou do saca-rolhas (ver figura ao lado). Os dedos indicam a direção do caminho fechado, ou de Ld � , e o polegar indica a direção de Sd � . Adota-se para a fem o mesmo sentido de Ld � . Se o valor da fem for negativo, então seu sentido real (ver figura) é o contrário daquele de Ld � . Vamos agora separar a análise da fem em 3 partes, calculando: (1) a contribuição para a fem total por um campo magnético que varia dentro de um caminho fechado estacionário - fem variacional ou de transformador, (2) a contribuição para a fem total por um caminho ou contorno que se move sob a ação de um campo magnético constante - fem de velocidade ou de gerador, (3) a fem total, correspondendo a soma de (1) e (2). 9.1.1 – Fem devido a um campo que varia dentro de um caminho fechado estacionário Passando a derivada para dentro da integral de superfície do lado direito de (04), obtemos: ∫ •∂ ∂ −=•∫= S Sd t BLdE � � ��fem (Equação de Maxwell, forma integral) (05) Usando o teorema de Stokes e transformando a integral de linha fechada em integral da superfície envolvida pela linha, Sd t BSdE SS � � ��� • ∂ ∂ ∫−=•×∇∫ Igualando os integrandos, chegamos a: t BE ∂ ∂ −=×∇ � �� (Equação de Maxwell, forma pontual) (06) Notas: (a) As equações (05) e (06), chamadas de equações de Maxwell nas formas integral e pontual, respectivamente, são obtidas da lei de Faraday aplicada a um caminho ou circuito fechado. (b) Se B� não é função do tempo, as equações (05) e (06) reduzem as equações eletrostáticas: 0LdE =•∫ �� 0E =×∇ �� Exemplo: Seja um campo magnético simples o qual aumenta exponencialmente com o tempo dentro de uma região cilíndrica ρ < b e expresso por zkto aeBB �� = , sendo Bo uma constante. Determinar a fem e o campo elétrico E� induzidos num contorno circular (espira) de raio ρ = a, a < b (ver figura abaixo), situado no plano z = 0. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIXX:: CCAAMMPPOOSS VVAARRIIÁÁVVEEIISS NNOO TTEEMMPPOO EE AASS EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE MMAAXXWWEELLLL 87 Solução: Tomando φφ= aEE �� (adotando o sentido anti-horário) na espira, e aplicando a equação (05) obtemos: 2aafem pi−=pi= φ ktoekBE2 Logo, obtemos na espira de raio ρ = a 2afem pi−= ktoekB (sentido real é horário) aktoekB2 1E −=φ (sentido real é horário) Genericamente, as expressões de fem e E� para qualquer ρ, ρ < b, são dadas por: 2fem piρ−= ktoekB φρ−= aekB2 1E kto �� Nota: Refaça este exercício usando a equação de Maxwell na forma pontual (06). 9.1.2 – Fem devido a um campo estacionário e um caminho móvel O fluxo que atravessa a superfície contida pelo caminho fechado em um tempo t é: BydSB ==Φ A partir da lei de Faraday (fem adotada no sentido anti-horário), obtemos : d dt dyB dt d −= Φ −=fem ⇒ Bvd−=fem (07) Para uma carga Q movendo-se a uma velocidade v� em um campo magnético B� , tem-se: BvQF ��� ×= ⇒ BvQ F �� � ×= ⇒ BvEm ��� ×= (08) onde mE � representa um campo elétrico de movimento (que gera fem) Assim, temos: ( ) LdBvLdEm ����� •×∫=•∫=fem (09) No caso do condutor que se move sob a ação do campo magnético (figura acima), obtemos: ( ) ( ) dxBvadxBvLdE d 0 xm ∫−=−•×∫=•∫= �����fem ⇒ Bvd−=fem (= equação (07) acima) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIXX:: CCAAMMPPOOSS VVAARRIIÁÁVVEEIISS NNOO TTEEMMPPOO EE AASS EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE MMAAXXWWEELLLL 88 9.1.3 – Fem total devido a um campo variável e um caminho móvel Se a densidade de fluxo magnético está também variando com o tempo, então nós devemos incluir ambas as contribuições, a fem de transformador (05) e a fem de movimento (09), resultando em: ( ) LdBvSd t BLdE S ���� � �� •×+• ∂ ∂ −=•= ∫∫∫fem (10) Nota: Tanto a expressão (10) acima pode ser usada em qualquer situação para calcular a fem, como também pode-se usar a expressão (01). Se o circuito envolver N espiras, sob a ação do fluxo Φ, o valor final da fem deve ser multiplicado por N. 9.2 – CORRENTE DE DESLOCAMENTO A forma pontual da lei circuital de Ampère, JH ��� =×∇ (11) apesar de adequada para aplicação em situações com campos magnéticos estacionários é inadequada para aplicação em condições variáveis no tempo. Demonstração da validade desta afirmativa: Tomando a divergência de ambos os lados de (11): JH ����� •∇=×∇•∇ Mas sabemos que 0)Hrot(div =� , resultando: 0J =•∇ �� (12) Porém, a equação da continuidade (seção 5.2) afirma que: t J v ∂ ρ∂ −=•∇ �� (13) Para que haja igualdade entre (12) e (13) é necessário que: 0 t v = ∂ ρ∂ o qual representa uma limitação irreal para campos variáveis no tempo. Tornando a expressão (11) compatível para qualquer situação: Adicionando um termo desconhecido G � a (11), temos: GJH ���� +=×∇ (14) Tomando novamente a divergência de ambos os lados: GJH ������� •∇+•∇=×∇•∇ CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIXX:: CCAAMMPPOOSS VVAARRIIÁÁVVEEIISS NNOO TTEEMMPPOO EE AASS EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE MMAAXXWWEELLLL 89 Fazendo 0)Hrot(div =� , resulta em: 0GJ =•∇+•∇ ���� Da equação da continuidade(13), tt G vv ∂ ρ∂ = ∂ ρ∂ −−=•∇ �� De Dv �� •∇=ρ , temos: ( ) t D t DG ∂ ∂ •∇= ∂ •∇∂ =•∇ � � �� �� Daí, chegamos a: t DG ∂ ∂ = � � (15) Substituindo (15) em (14), chegamos finalmente a: t DJH ∂ ∂ +=×∇ � ��� (Lei circuital de Ampère, forma pontual) (16) Fazendo t DJd ∂ ∂ = � � (17) sendo dJ � chamada de densidade de corrente de deslocamento. Substituindo (17) em (16): dJJH ���� +=×∇ (18) Semelhantemente a corrente de condução, pode-se determinar a corrente de deslocamento por: Sd t DSdJI S d S d � � �� • ∂ ∂ ∫=•∫= (19) Integrando (16) sobre uma superfície S, para obtenção da forma integral da lei circuital de Ampère: Sd t DSdJSdH SS � � ����� • ∂ ∂ ∫+•∫=•×∇∫ Aplicando o teorema de Stokes ao primeiro membro da expressão acima, chegamos a: Sd t DLdH S � � �� • ∂ ∂ ∫+=+=•∫ III d (Lei circuital de Ampère, forma integral) (20) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIXX:: CCAAMMPPOOSS VVAARRIIÁÁVVEEIISS NNOO TTEEMMPPOO EE AASS EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE MMAAXXWWEELLLL 90 9.3 – EQUAÇÕES DE MAXWELL EM FORMA PONTUAL OU DIFERENCIAL As quatro equações básicas de Maxwell são as seguintes: (1) � � � ∇ × = −E B t ∂ ∂ (Lei de Faraday, forma pontual) (21) (2) � � � � � � ∇ × = + = +H J D t J J d ∂ ∂ (Lei de Ampère, forma pontual) (22) (3) � � ∇ • =D vρ (Lei de Gauss do cpo. elétrico, forma pontual) (23) (4) � � ∇ • =B 0 (Lei de Gauss do cpo. magnético, forma pontual) (24) Equações auxiliares: (5) � � D E= ε (25) (6) � �B H= µ (26) (7) EJ �� σ= (27) (8) vJ �� ρ= (28) Equações envolvendo campos de polarização e magnetização: (9) � � �D E Po= +ε (29) (10) ( )� � �B H Mo= +µ (30) Para materiais lineares: (11) � �P Ee o= χ ε (31) (12) � �M Hm= χ (32) Equação da força de Lorentz (13) ( )BvEfff vME ������ ×+ρ=+= (força por unidade de volume) (32) 9.4 – EQUAÇÕES DE MAXWELL EM FORMA INTEGRAL As quatro equações básicas de Maxwell são as seguintes: (1) � � � � E dL B t dSS• = −∫ •∫ ∂ ∂ (Lei de Faraday, forma integral) (33) (2) � � � � H dL D t dSS• = + ∫ •∫ I ∂ ∂ (Lei de Ampère, forma integral) (34) (3) � �D dS dvS vvol•∫ = ∫ ρ (Lei de Gauss do cpo. elétrico, forma integral) (35) (4) � �B dSS •∫ = 0 (Lei de Gauss do cpo. magnético, forma integral) (36) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIXX:: CCAAMMPPOOSS VVAARRIIÁÁVVEEIISS NNOO TTEEMMPPOO EE AASS EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE MMAAXXWWEELLLL 91 Condições de contorno entre 2 meios ou regiões quaisquer: Componentes tangenciais: (5) Et1 = Et2 (37) (6) Ht1 – Ht2 = k (Se k = 0, então: Ht1 = Ht2) (38) Componentes normais: (7) Dn1 – Dn2 = ρS (Se ρS = 0, então: Dn1 = Dn2) (39) (8) Bn1 = Bn2 (40) Condições de contorno entre 2 regiões se a região 2 for condutora perfeita (σ = ∞): Componentes tangenciais: (9) Et1 = 0 (41) (10) Ht1 = k (42) Componentes normais: (11) Dn1 = ρS (43) (12) Bn1 = 0 (44) 9.5 – EXEMPLOS DE CÁLCULO DA INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA Como visto na seção 9.1, quando um circuito se movimenta ( 0v ≠ ) e B varia com o tempo ( 0tB ≠∂∂ ), a fem induzida total (representada nas figuras pelo símbolo ν) no circuito é dada por: ( ) Sd t B s dB v •• ∂ ∂ −×=+= ∫∫ �tm femfemfem (caso geral) (45) sendo femm e femt as fem(s) de movimento e de transformador, respectivamente. A equação (45) será usada nos exemplos a seguir que apresentam grau de dificuldade crescente. Exemplo 1: Espira – sem movimento e com variação de B (ver figura). Seja tcosBB 0 ω= na espira fixa de área A da figura. Fazendo 0v = em (1), obtemos: tsenBASd t B s 0 ωω= ∂ ∂ −== •∫tfemfem [V] (Nota: Sd tomado no mesmo sentido de B ) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIXX:: CCAAMMPPOOSS VVAARRIIÁÁVVEEIISS NNOO TTEEMMPPOO EE AASS EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE MMAAXXWWEELLLL 92 Exemplo 2: Espira – com movimento e sem variação de B (ver figura). Seja a espira formada com o condutor deslizante conforme figura. Se 0 t B constante B = ∂ ∂ ⇒= . Substituindo em (45), obtemos: ( ) �� vBdB v −=×== •∫mfemfem [V] (Nota: �d tomado de acordo com Sd ou B ) Exemplo 3: Espira– com movimento e com variação de B (ver figura anterior). Na figura anterior, faça tcosBB 0 ω= . Assim 0v ≠ e 0tB ≠∂∂ na equação (45) acima. Cálculo da femm devido a velocidade do condutor (fem de movimento) – 1a parcela de (45): ( ) tcosBvvBdB v 0 ω−=−=×= •∫ ���mfem (Nota: �d de acordo com Sd ou B ) Cálculo da femt devido a variação temporal de B (fem de transformador) – 2a parcela de (45): tsenBtsenBASd t B s 00 ωω=ωω= ∂ ∂ −= •∫ xfemt � Cálculo da fem total: tsenBtcosvB 00 ωω+ω−=+= �� xfemfemfem tm ( ) ( )δ+ωω+= tsenvB 220 xfem � onde ( )xω−=δ − vtan 1 e x = comprimento instantâneo da espira Exemplo 4: Tira condutora móvel – sem variação de B ( 0tB =∂∂ ) (ver figura). Seja a espira fixa formada com a tira deslizante da figura. Se 0 t B constante B = ∂ ∂ ⇒= Substituindo em (45), obtemos: ( ) �� vBdB v −=×= •∫mfem (Nota: �d tomado de acordo com Sd ou B ) (Aplicação: Gerador de disco de Faraday) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIXX:: CCAAMMPPOOSS VVAARRIIÁÁVVEEIISS NNOO TTEEMMPPOO EE AASS EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE MMAAXXWWEELLLL 93 Exemplo 5: Tira móvel – com variação de B . Na figura anterior faça tcosBB 0 ω= Cálculo da femm devido ao movimento da tira – 1a parcela de (45): ( ) tcosvBvBdB v 0 ω−=−=×= •∫ ���mfem Cálculo da femt devido a variação temporal de B – 2a parcela de (45): tsenBAtsenBSd t B s 010 ωω=ωω= ∂ ∂ −= •∫ �xfemt Cálculo da fem total: tsenBtcosvB 010 ωω+ω−=+= �� xfemfemfem tm ( ) ( )δ+ωω+= tsenvB 2120 xfem � onde ( ))(vtan 11 xω−=δ − Exemplo 6: Espira rotativa – sem variação de B (gerador CA) – (ver figura). Seja a figura representativa de um gerador CA elementar (com uma única espira), onde temos: (a) vista em perspectiva, com a espira em posição vertical, (b) vista da seção transversal perpendicular ao eixo, com a espira numa posição qualquer. Seja θ o ângulo entre v e B medido no sentido anti-horário, sendo θ = 0 para a espira na posição vertical (considerar como instante t = 0). Se 0 t B constante B = ∂ ∂ ⇒= De (45) e �d tomado de acordo com Sd (regra do saca-rolhas): ( ) θ=×= •∫ senvB2dB v ��mfem Como θ = ωt e v = ωR tsenBR2 ωω= �mfem Como �R2 = A = área da espira tsenBA ωω=mfem CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIXX:: CCAAMMPPOOSS VVAARRIIÁÁVVEEIISS NNOO TTEEMMPPOO EE AASS EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE MMAAXXWWEELLLL 94 Exemplo 7: Espira rotativa – com variação de B (figura anterior). Seja tsenBB 0 ω= na figura anterior (sendo a freqüência ω de oscilação deste campo igual a velocidade angular ω de rotação da espira). Quando 0 e 0B0t =θ=⇒= (espira na posição vertical) De (45) e �d consistente com Sd (regra da mão direita ou do saca-rolhas), obtemos: )t2cos1(BRtsenB R2 020 ω−ω=ωω= ��mfem )t2cos1(B RtcosBR2 020 ω+ω−=ωω−= ��tfem t2cosBR2 0 ωω−=+= �tm femfemfem Notas sobre o exemplo 7: a) A componente CC (estacionária ou independente do tempo) da fem, existente tanto em femm como em femt, desapareceu na fem total (ν); b) A fem total é função do dobro da freqüência angular ω (expressa em rad/s) que representa tanto a freqüência (ω) de rotação da espira como também a freqüência (ω) de variação temporal do campo magnético. EXERCÍCIOS PROPOSTOS: 9.1) Partindo das equações de Maxwell no espaço livre (vácuo), determinar: a) O campo magnético �H a partir de x)nyt( cosA aE �� −ω= . b) O campo elétrico �E a partir de zy )nztsen()nzt( cosy aaB ��� −ω+−ω= Nota: A, ω e n são constantes e oon εµω= Respostas: a) [ ] [ ] zoz o )t( cos)nyt( cos n A)ny( cos)nyt( cosAn aaH �� � ω−−ω ωε −=−−ω ωµ −= ; b) [ ] [ ] xx oo )t( cos)nzt( cos n y)nz( cos)nzt( cosny aaE �� � ω−−ω ω =−−ω ωεµ = . 9.2) a) Uma espira quadrada de lado � = 1 [m] tem seu plano normal a um campo magnético �B . Determinar a fem máxima induzida na espira nas seguintes condições: a.1) A espira é mantida estacionária enquanto o campo magnético varia de acordo com B = B0cos2pift sendo f = 159 [Hz] e B0 = 3 [mT]; a.2) O campo é mantido fixo em B = B0 = 3 [mT] enquanto a espira gira a uma rotação constante f = 159 [rot./s], cortando o fluxo magnético devido a B. b) Na figura ao lado, a corrente induzida no circuito II, à direita, será no sentido horário ou anti-horário, quando a chave do circuito I é fechada? Justificar sua resposta com os conceitos já estudados. Respostas: a.1) femmax ≈ 3 [V]; a.2) femmax ≈ 3 [V]; CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIXX:: CCAAMMPPOOSS VVAARRIIÁÁVVEEIISS NNOO TTEEMMPPOO EE AASS EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE MMAAXXWWEELLLL 95 b) Quando a chave é fechada; uma corrente flui no sentido horário no Circuito I, produzindo um fluxo que entra no laço do Circuito I e sai no laço do Circuito II. Pela Lei de Lenz, a corrente induzida no laço do Circuito II deve produzir um fluxo em oposição ao fluxo indutor, isto é, entrando no laço do Circuito II. Então, a corrente induzida no Circuito II deve fluir no sentido horário. 9.3) a) Junto a uma superfície condutora perfeita temos os campos de uma onda eletromagnética expressos por: E = 8 [V/m] e H = 2,8 ⋅ −10 3 [A/m]. Determinar os valores das densidades de carga e de corrente na superfície do condutor. b) Em uma certa região do espaço livre o campo elétrico vale xo tcos z senE)t( aE �� ωβ= sendo Eo o valor máximo do campo elétrico, ω a frequência [rad/s], t o tempo [s], β um parâmetro [rad/m] e z a distância [m]. b.1) Determinar 2 expressões para �H( )t nesta região partindo das equações de Maxwell; b.2) A partir destas 2 expressões de �H( )t calcular também o valor numérico de βω . Respostas: a) ρS = 8εo [C/m2] e K = 2,8 ⋅ −10 3 [A/m]; b.1) y o o tsenz cos E aH � � ω⋅β ωµ β −= e y oo tsenz cos E aH � � ω⋅ββ ωε −= ; b.2) 8 oo 103c1 ×== εµ =β ω [m/s] = velocidade da luz. 9.4) Duas bobinas A e B, de 300 e 600 espiras respectivamente, são colocadas lado a lado. Pela bobina A, faz-se circular uma corrente de 1,5 [A], produzindo um fluxo de 0,12 [mWb] nesta bobina e um fluxo de 0,09 [mWb] na bobina B. Calcular: a) A auto-indutância da bobina A; b) A indutância mútua entre as bobinas A e B; c) O valor médio da fem induzida em B quando se interrompe a corrente de A num tempo de 0,2 [s]. Respostas: a) LA = 24 [mH]; b) M = 36 [mH]; c) femB = 0,27 [V]. 9.5) Um condutor retilíneo longo conduz uma corrente expressa por: i = 100 sen(400t), onde t é o tempo. Determinar a fem (por unidade de comprimento) induzida por este condutor sobre uma linha telefônica próxima, constituída por dois cabos paralelos ao condutor, conforme mostra o esquema. Resposta: [ ]fem t � = −2 77 400, cos mV m . 9.6) Uma bobina (primário) de 2000 espiras está enrolada sobre um núcleo de ar de 100 [cm] de comprimento e 2 [cm] de diâmetro. Outra bobina (secundário) está enrolada sobre a bobina primária. Admitindo que a corrente na bobina primária varia de 0 a 10 [A] em 0,01 segundo e que não haja fluxo disperso, determine: a) O número de espiras que a bobina secundária deve possuir para que a fem induzida nesta seja de 2 [V]; CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIXX:: CCAAMMPPOOSS VVAARRIIÁÁVVEEIISS NNOO TTEEMMPPOO EE AASS EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE MMAAXXWWEELLLL 96 b) O valor médio da fem induzida na bobina secundária, admitindo que ela possui 1100 espiras e o núcleo é de ferro, apresentando uma permeabilidade relativa constante e igual a 115. Respostas: a) N2 = 2533 espiras; b) fem2 = 100 [V]. 9.7) Uma espira quadrada possui os vértices em (0; 0; 0), (0,2; 0; 0), (0,2; 0,2; 0) e (0; 0,2; 0) em t = 0. A espira é um condutor perfeito exceto em um de seus lados, onde existe um pequeno resistor de 100 [Ω] e está se movendo através do campo ( )[ ]B a= ⋅ −5 6 10 28 cos t y z� [µT] com uma velocidade constante de 40 �a x [m/s]. Calcular: a) A tensão induzida (fem) na espira em função do tempo; b) A potência dissipada (PR) no resistor em função do tempo; c) O torque (T) produzido na espira em função do tempo. Respostas: a) ( ) ( )[ ]t106cos4,0t106cos 103fem 888 ⋅−−⋅⋅−= [µV]; b) ( )°−⋅= 5,78t106cos 1,142P 82R [W]; c) T = 0. 9.8) Num fio infinito, situado sobre o eixo y, circula uma corrente I no sentido +�a y . Uma espira quadrada de lado a, situa-se no plano xy, com seu lado paralelo e próximo do fio, mantido inicialmente a uma distância h do fio. Calcular a fem induzida na espira, se: a) A espira permanece imóvel e a corrente do fio é I = Imsenωt; b) A espira se afasta do fio com velocidade constante e igual a v e a corrente do fio é constanteII m == . Respostas: a) + pi ωωµ −= h aha ln 2 tcos I fem mo ; b) ( )ahh va2 +pi µ = 2 Ifem mo . 9.9) Um anel de 3 voltas, com 0,5 [m2] de área, situado no ar, tem um campo magnético uniforme normal ao plano do anel. a) Se a densidade de fluxo variar de 5 [mT/s] qual é a fem que aparece nos terminais do anel? b) Se a fem nos terminais do anel for de 100 [mV], qual será a taxa de variação do campo magnético? Respostas: a) fem = –7,5 [mV]; b) dB dt = −66 6, [mT/s]. 9.10) Calcular o valor máximo da corrente no fio infinito da figura a fim de que o valor eficaz da corrente na resistência de 0,05 [Ω] da espira retangular seja igual a 0,1 [A]. Resposta: Im = 13,73 [A]. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIXX:: CCAAMMPPOOSS VVAARRIIÁÁVVEEIISS NNOO TTEEMMPPOO EE AASS EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE MMAAXXWWEELLLL 97 9.11) A figura abaixo mostra um condutor retilíneo, longo e estreito, de comprimento � , conectado através de fios condutores flexíveis a um voltímetro e executando um movimento harmônico simples no plano yz, sendo submetido a um campo magnético variável dado por xmax atcosBB �� ω= . O eixo z é uma posição de equilíbrio do condutor o qual vibra no plano yz (entre y = –b e y = +b), com uma velocidade dada por ymax atcosvv �� ω= . a) Determinar a fem induzida no condutor, desprezando a contribuição dos fios flexíveis. b) Indicar, na figura, o sentido da corrente resultante no instante ω pi = 2 t segundos. Respostas: a) tBt2Bv maxmaxmax ωω+ω−= senlcosfem ; b) Sentido anti-horário.9.12) Considere uma região cilíndrica infinitamente longa contendo um campo alternado dado em coordenadas cilíndricas como zo a)tcos(BB �� α+ω= em ρ ≤ a e 0B = � em ρ > a, sendo oB e α constantes, e ω a freqüência angular. Isto significa que B � é espacialmente constante sobre a área do círculo de raio ρ e oscila harmonicamente no tempo, como acontece com um solenóide infinito ideal onde circula corrente alternada. Determinar o campo elétrico induzido E � , devido a este campo magnético alternado B � , na região: a) ρ ≤ a , isto é, internamente a região cilíndrica ou ao solenóide infinito ideal de raio a; b) ρ > a, isto é, externamente a região cilíndrica ou ao solenóide infinito ideal de raio a; Respostas: a) )t(senB 2 1E o α+ωωρ=φ para ρ ≤ a; b) )t(senB 2 1E o α+ωρ ω=φ 2 a para ρ > a. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO CCaappííttuulloo IIXX:: CCAAMMPPOOSS VVAARRIIÁÁVVEEIISS NNOO TTEEMMPPOO EE AASS EEQQUUAAÇÇÕÕEESS DDEE MMAAXXWWEELLLL 98 9.13) A figura ao lado mostra uma barra condutora (formada por três segmentos) situada sobre dois trilhos condutores paralelos conectados a um voltímetro. Toda a configuração está submetida a uma densidade de fluxo magnético B � . Calcular a fem induzida em cada uma das seguintes situações: a) za2B �� = µT, xa6v �� = m/s; b) zt60 ae2B �� − = µT, 0v =� m/s; c) zt60 ae2B �� − = µT, xa6v �� = m/s. Dizer também qual é o sentido da corrente induzida em cada situação justificando sua resposta. Respostas: Para concordar com o vetor B � , adota-se o sentido anti-horário para a fem (e, portanto, para a corrente resultante). Após o cálculo da fem, chega-se a: a) 2,1−=fem µV. Logo a corrente será no sentido horário. b) t60e9,0 −=fem µV. Logo a corrente será no sentido anti-horário. c) t60e3,0 −−=fem µV. Logo a corrente será no sentido horário. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO RREEFFEERRÊÊNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRÁÁFFIICCAASS 99 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. HAYT JR, Willian, BUCK, J.A. “Eletromagnetismo”, McGraw-hill Interamericana, 7a Edição, 2008. (Livro texto) 2. EDMINISTER, Joseph, “Eletromagnetismo”, Coleção Schaum, Editora Bookman, 2 a Edição, 2006. (Livro de Exercícios) 3. GUIMARÃES, G.C., Apostila de Exercícios Resolvidos de Eletromagnetismo, ano 2001. 4. QUEVEDO, C.P., “Eletromagnetismo”, Edições Loyola, São Paulo, 1993. 5. COREN, R.L., “Basic Engineering Electromagnetics”, Prentice-Hall International Editions, 1989. 6. KRAUS, J.D., “Electromagnetics”, McGraw Hill, 1999. 7. MARTINS, N., “Introdução à Teoria da Eletricidade e do Magnetismo”, Editora Edgard Blücher Ltda, 1973. 8. REITZ, J.R., MILFORD, F.J., CHRISTY, R.W., “Fundamentos da Teoria Eletromagnética”, Editora Campus, 1982. 9. KIP, A.F., “Fundamentos de Eletricidad y Magnetismo”, McGraw-Hill, 1972. 10. SCHWARZ, S.E., “Electromagnetics for Engineers”, Saunders College Publishing, 1990. 11. SHADOWITZ, A., “The Electromagnetic Field”, Dover Publications, Inc., New York, 1975. 12. MACEDO, A., “Eletromagnetismo”, Editora Guanabara S.A., Rio de Janeiro, 1988. 13. ULABY, Fawwaz T., “Eletromagnetismo para Engenheiros”, Editora Artmed - Bookman, 2007. 14. PAUL, Clayton R., “Eletromagnetismo para Engenheiros”, Editora LTC, 2006. CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO RREEFFEERRÊÊNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRÁÁFFIICCAASS 100 Anotações Gerais CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO AAnneexxoo II:: SSOOLLUUÇÇÃÃOO DDEE EEQQUUAAÇÇÃÃOO DDIIFFEERREENNCCIIAALL PPOORR SSÉÉRRIIEE IINNFFIINNIITTAA DDEE PPOOTTÊÊNNCCIIAASS 101 Anexo I SOLUÇÃO DE EQUAÇÃO DIFERENCIAL POR SÉRIE INFINITA DE POTÊNCIAS Este anexo pretende mostrar que a solução da equação diferencial (01) abaixo, ou da equação (07) da seção 6.5 (resolvida naquele lugar pelo Método da Dedução Lógica), pode ser feita por um método mais longo, porém mais potente e abrangente: a Substituição por Série Infinita de Potências. X dx Xd 2 2 2 α= (01) Supondo que a solução procurada X seja representada por uma série infinita de potências de x: ∑ ∞ = = 0n n nxaX (02) Substituindo (02) em (01), efetuando as derivações, obtém-se: ( ) ∑∑ ∞ = ∞ = − α=− 0n n n 2 0n 2n n xaxa1nn (03) Se as duas séries infinitas de potências são iguais, estão os coeficientes correspondentes de mesma potência de x das duas séries devem ser iguais, termo a termo. Assim, 0 2 2 aa12 α=×× ; 1 2 3 aa23 α=×× ; ..., ( )( ) n22n aa)1n2n α=++ + (04) Os coeficientes pares podem ser expressos em função do coeficiente 0a , enquanto que os coeficientes ímpares podem ser escritos em função de 1a , conforme mostra o quadro: Coeficientes pares Coeficientes ímpares 0 2 0 2 2 a!2 a 12 a α = × α = α α = × α = 1 3 1 2 3 a !3 a 23 a 0 4 2 2 4 a!4 a 34 a α = × α = α α = × α = 1 5 3 2 5 a !5 a 45 a 0 6 4 2 6 a!6 a 56 a α = × α = α α = × α = 1 7 5 2 7 a !7 a 67 a ... ... 0 n n a!n a α = (n par) α α = 1 n n a !n a (n ímpar) Substituindo estes coeficientes de volta na série de potências original (02), obtém-se: CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO AAnneexxoo II:: SSOOLLUUÇÇÃÃOO DDEE EEQQUUAAÇÇÃÃOO DDIIFFEERREENNCCIIAALL PPOORR SSÉÉRRIIEE IINNFFIINNIITTAA DDEE PPOOTTÊÊNNCCIIAASS 102 ∑∑ ∞ = ∞ = α α + α = ímparn 1n n n 1 parn 0n n n 0 x!n a x !n aX ou, ( ) ( ) ∑∑ ∞ = ∞ = α α + α = ímparn 1n n 1 parn 0n n 0 !n xa !n x aX (05) Reconhecendo que a primeira e a segunda série do segundo membro de (05) são, respectivamente, o co-seno hiperbólico e o seno hiperbólico, expressos por (06) e (07), ( ) ( ) ( ) ⋅⋅⋅+ α + α += α =α ∑ ∞ = !4 x !2 x1 !n x xcosh 42 parn 0n n (06) ( ) ( ) ( ) ⋅⋅⋅+ α + α +α= α =α ∑ ∞ = !5 x !3 x x !n x xsenh 53 ímparn 1n n (07) chega-se a equação (08): xsenhaxcoshaX 10 α α +α= (08) Fazendo 0aA = e α= /aB 1 , chega-se a solução final (09) mostrada abaixo. xsenhBxcoshAX α+α= (09) Deve-se observar que as constantes A e B são calculadas em termos das condições de contorno estabelecidas para o problema. As funções hiperbólicas de (09) podem ser escritas em termos de exponenciais, ou seja, 2 ee xcosh xx α−α + =α (10) 2 ee xsenh xx α−α − =α (11) Assim, substituindo (10) e (11) em (09), obtém-se a expressão final (12) em termos de exponenciais, onde foram selecionadas novas constantes arbitrárias 'A e 'B . x'x' eBeAX α−α += (12) Atenção: O aluno deve exercitar a utilização do método aqui apresentado (Substituição por Série Infinita de Potências), resolvendo agora a equação diferencial (08) da seção 6.5, mostrada novamente em (13). Y dy Yd 2 2 2 α−= (13) CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO AAnneexxoo IIII:: CURVAS B-H DE VÁRIOS MATERIAIS FERROMAGNÉTICOS 103 Anexo II CURVAS B-H DE VÁRIOS MATERIAIS FERROMAGNÉTICOS Este anexo tem o objetivo de apresentaras curvas de magnetização ou curvas B-H de quatro materiais ferromagnéticos diferentes a serem utilizadas em problemas do capítulo VIII, ou seja: A – Curva de magnetização do ferro fundido, B – Curva de magnetização do aço fundido, C – Curva de magnetização do aço-silício, D – Curva de magnetização da liga ferro-níquel. Figura 1 - Curvas B – H para H < 400 A/m Atenção para as divisões usadas na figura 1: Eixo B (eixo vertical) = 0,02 T por cada divisão (menor divisão) Eixo H (eixo horizontal) = 5 A/m por cada divisão (menor divisão) D C B A CONCEITOS TEÓRICOS E EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE ELETROMAGNETISMO AAnneexxoo IIII:: CURVAS B-H DE VÁRIOS MATERIAIS FERROMAGNÉTICOS 104 Figura 2 - Curvas B – H para H > 400 A/m Atenção para as divisões usadas na figura 2: Eixo B (eixo vertical) = 0,02 T por cada divisão (menor divisão) Eixo H (eixo horizontal) = 50 A/m por cada divisão (menor divisão) B C D B C D A