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Cópia de planeamento familiar

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1-Saúde Reprodutiva —> Saúde Reprodutiva é um estado de bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade, em todos os aspectos relacionados com o sistema reprodutivo, suas funções e processos. (PORTUGAL, 2008)
A saúde sexual e reprodutiva é uma componente essencial do direito universal, consagrado na Declaração Universal dos Direitos do Homem;
A saúde sexual e reprodutiva diz respeito tanto a homens como a mulheres;
As normas de direitos humanos obrigam os Estados a respeitar, proteger e concretizar o direito à saúde sexual e reprodutiva, bem como assegurar que os cidadãos têm a oportunidade de participar ativamente no desenvolvimento de políticas de saúde e a tomar decisões individuais - nomeadamente, determinar se e quando ter filhos.
2- Planeamento Familiar
O Planeamento Familiar é o meio de proporcionar informação às pessoas que lhes permita decidir o número de filhos que querem ter e quando os querem ter. Isto implica o acesso a informação sobre métodos de contraceção e serviços de saúde apropriados que permitam a vivência da sexualidade de uma forma saudável, feliz e segura, bem como o planeamento de uma gravidez e parto nas condições mais adequadas.
Planeamento Familiar é uma componente fundamental da prestação integrada de cuidados de saúde.
• Informação e aconselhamento sexual
• Prevenção e diagnóstico precoce das IST
• Prevenção e diagnóstico precoce do cancro do colo do útero
• Prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama
• Prestação do cuidados pré-concepcionais
• Prestação de cuidados no puerpério
• Prevenção do tabagismo e uso de drogas ilícitas
 
2.a- Objetivos do planeamento familiar: 
• Promover a vivência da sexualidade de forma saudável e segura
• Regular a fecundidade segundo o desejo do casal
• Preparar para a maternidade e paternidade responsáveis
• Reduzir a mortalidade e morbilidade materna, perinatal e infantil
• Reduzir a incidência de IST e as suas consequências, nomeadamente a Infertilidade
• Melhorar a saúde e o bem-estar dos indivíduos e da família
2.b- Atividades a Desenvolver
• Informar sobre os benefícios do espaçamento adequado das gravidezes
• Esclarecer sobre as vantagens de regular a fecundidade em função da idade
• Elucidar sobre as consequências da gravidez não desejada
• Informar sobre a anatomia e a fisiologia da reprodução
• Facultar informação completa, isenta e com fundamento científico sobre todos
os métodos contraceptivos
• Acompanhamento clínico, qualquer que seja o método contraceptivo escolhido
• Fornecer, gratuitamente, os contracetivos
2.c- Aconselhamento
O aconselhamento é crucial, em particular, para quem utiliza contracepção pela primeira vez. Permite a escolha informada de um método, mediante esclarecimento objetivo, correto e dirigido às expectativas específicas da pessoa, facilitando uma adesão e continuidade consistentes na utilização do método escolhido.
As informações devem incluir: funcionamento e eficácia método; forma de utilização; efeitos colaterais comuns; riscos e benefícios para a saúde; sinais e sintomas que necessitam de avaliação por um profissional de saúde; informação quanto ao retorno da fertilidade após a suspensão do método; informações sobre prevenção de IST.
2.c.1- Princípios básicos do aconselhamento
Criar empatia. Saber escutar e estabelecer um clima de confiança
• Interagir. Encorajar a pessoa a falar e a colocar questões
• Adequar a informação à pessoa. Saber ouvir e compreender as necessidades
• Evitar informação excessiva. Demasiada informação não permite reter o essencial
• Fornecer o método escolhido. Não havendo razões de carácter médico que o impeçam, o método fornecido deve ser o escolhido pelo/a utente.
• Assegurar que a informação foi compreendida. Resumir os aspectos mais importantes a reter e fornecer, sempre que possível, material informativo impresso. Reavaliar, nas consultas seguintes, a correta utilização do método
• Encorajar o contato com o enfermeiro ou o médico. Se surgirem dúvidas, problemas ou desejo de mudar de contracetivo.
 2.c.2-Critérios de Elegibilidade 
	
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2.d- Tipos de Contracetivos
Contraceção hormonal oral
Contraceção hormonal combınada - Adesıvo
Contraceção hormonal combınada - Anel vagınal
Contraceção hormonal – Injetável
Contraceção hormonal – Implante
Dispositivo intra-uterino (DIU)
Preservativo masculino e feminino
Métodos de conhecimento do período fértil ou de auto-observação
Contraceção cirúrgıca
Contraceção de emergência
2.d.1-Contraceção Hormonal Oral
• É muito eficaz, segura e reversível
• Tem outros efeitos benéficos além do contracetivo
• Os efeitos colaterais são ligeiros (geralmente nos primeiros 3 meses de
utilização)
• As complicações e contra-indicações são pouco frequentes
• Exige o compromisso diário da mulher
• Não é recomendada no período da amamentação (com exceção dos progestativos)
• Não protege das IST (mas reduz a incidência da DIP)
• Pode ser utilizada como contracepção de emergência
Existem 2 tipos de contraceção hormonal oral:
Contraceptivo Oral Combinado (COC): contém etinil-estradiol e um progestagénio.
Progestativo Oral (POC): contém só progestagénio
Contraceptivo Oral Combinado (COC): etinil-estradiol e progestagénio: Pode ser monofásico, bifásico ou trifásico. Muito eficaz, segura e reversível. Os contracetivos orais combinados contêm doses reduzidas de hormonas, pelo que podem ser utilizados pela generalidade das mulheres, desde a adolescência até a menopausa. Não havendo razões médicas que justifiquem outra opção, as mulheres mais jovens, em geral, adaptam-se melhor aos contraceptivos com doses mais elevadas de estrogénios.
Eficácia - Taxa de falha: 0,1 a 1 gravidezes em 100 mulheres/ano. Utilização correta, regular e continuada.
Vantagens
o Elevada eficácia contraceptiva
o Não interfere com a relação sexual
o Regulariza os ciclos menstruais
o Melhora a tensão pré-menstrual e a dismenorreia
o Contribui para a prevenção de: DIP e gravidez ectópica; Cancro do ovário e do endométrio; Quistos funcionais do ovário; Doença fibroquística da mama
o Não altera a fertilidade, após a suspensão do método
Desvantagens
o Exige o empenho da mulher para a toma diária da pílula
o Não protege contra as ITS, nomeadamente SIDA e Hepatite B
o Afeta a quantidade e a qualidade do leite materno quando usado durante a amamentação
• Indicações
o Quando se pretende um método contracetivo muito eficaz o Obter outros benefícios além do contraceptivo
 • Contra-indicações – Verificar critério de elegibilidade 
Categoria 4
§ Gravidez
§ Hemorragia genital anormal sem diagnóstico conclusivo
§ Doença cerebrovascular ou coronária
§ Trombose venosa profunda/embolia pulmonar, assim como situação clínica predispondo acidentes tromboembólicos
§ Hipertensão ≥ 160/100 mm Hg
§ Neoplasia hormonodependente
§ Cefaleia tipo enxaqueca
§ Tabagismo em idade ≥ 35 anos
§ < 21 dias pós-parto, mesmo que não amamente
Categoria 3
HTA controlada
Epilepsia e outras doenças cuja terapêutica possa interferir com a pílula
Neoplasia da mama > 5 anos sem evidência de doença
Diabetes Mellitus (com complicações vasculares)
Contraceptivo Oral com Progestagénio (POC): Pode ser usado após o parto. Não interfere com a amamentação.
Eficácia - Taxa de falha: 0,5 a 1,5 gravidezes em 100 mulheres/ano. 
Utilização correta, regular e continuada. 
Vantagens
o Elevada eficácia contraceptiva
o Pode ser utilizado em algumas situações onde os estrogénios estão contra-indicados
o Não parece modificar a quantidade ou a qualidade do leite materno
o Pode contribuir para a prevenção de: DIP; Cancro do ovário e do endométrio; Doença fibroquística da mama o Não altera a fertilidade, após a suspensão do método
Desvantagens
o Exige o empenho da mulher para a toma diária da pílula
o Não protege contra as ITS,
nomeadamente SIDA e Hepatite B
o Associa-se com irregularidades do ciclo menstrual
o Os erros na toma podem resultar em gravidez mais facilmente do que com o COC
Indicações
o Se há contra-indicações para os estrogénios e se pretende um CO o Durante o aleitamento materno, a partir das 6 semanas pós-parto o Obter outros benefícios além do contraceptivo (alívio da dismenorreia)
Contra-indicações – Verificar critério de elegibilidade
Categoria 4
§ Gravidez
§ Hemorragia genital anormal sem diagnóstico conclusivo
§ Neoplasia da mama antes dos 5 anos
§ Neoplasia hormonodependente
o Categoria 3
§ Doença hepática crónica ou em fase ativa
§ Tromboembolismo venoso ou embolia pulmonar em curso
§ Continuar POC em mulheres com doença isquémica cardíaca (Iniciar POC constitui categoria 2)
§ Continuar POC em mulheres com AVC (Iniciar POC constitui categoria 2)
§ Epilepsia e outras doenças cuja terapêutica possa interferir com a pílula
Efeitos Colaterais
Cefaleia (qualquer cefaleia que agrave ou se torne mais frequente com o uso de CO deve ser cuidadosamente avaliada)
Cefaleia tipo enxaqueca (independentemente da idade, se a cefaleia tipo enxaqueca se agravar com os CO, estes devem ser suspensos)
Náuseas e vómitos (são comuns nos primeiros dias, mas desaparecem rapidamente)
Alteração do fluxo menstrual (diminuição na quantidade e duração do fluxo Spotting (nos COC se persistirem por vários ciclos pode substituir-se por uma pílula com maior quantidade de estrogénio; com o POC as irregularidades no ciclo são comuns e sem significado patológico)
Amenorreia (pode ocorrer no POC, ou no COC com baixa dose de estrogénios, a mulher deve ser tranquilizada. Se dúvida fazer TIG) o Mastodínia (dor nas mamas – acontece com frequência, no início da utilização do COC)
Alteração do peso (pode verificar-se aumento do peso)
Depressão (Não há evidência de haver relação direta com a toma de CO)
Quistos foliculares do ovário (no POC, ou no COC com baixa dose de estrogénios pode ocorrer aumento dos folículos ováricos, normalmente desaparecem espontâneamente)
Veias varicosas (em mulheres que tiveram ou têm uma trombose venosa profunda os CO estão contra-indicados)
NOTA —> A mulher deve ser claramente informada sobre a possibilidade do aparecimento das alterações acima referidas e do seu carácter transitório; só assim, ela se sentirá tranquila e não suspenderá o método por sua iniciativa.
História Clínica
o Verificar critério de elegibilidade para as categorias 3 e 4, para o uso de COC e de POC
Exame Físico
o Medição da TA e do peso/altura o Exame mamário
o Exame ginecológico
Início do método
o Preferencialmente no 1o dia do ciclo, ou até ao 5o dia da menstruação (não necessita de método suplementar)
o Na COC: Tomar o comprimido diariamente e à mesma hora, durante 21 dias. Interromper 7 dias. Recomeçar nova
embalagem.
o Na POC: Tomar o comprimido diariamente e à mesma hora. Recomeçar nova embalagem sem interrupção
Advertências
Esquecimento (nas COC e nas POC)
Paragem (não há vantagens)
Precauções (em caso de diarreia ou vómitos associar outro método) 
Interações medicamentosas (ex: antibióticos)
	Vigilância 
	Fazer em casa slide 25
	
2.d.2-Contraceção Hormonal Combinada – Adesivo —> Eficácia, segurança e reversibilidade parecem ser sobreponíveis às dos COC. Requer utilização contínua de um pequeno adesivo (sistema transdérmico). Não exige o compromisso diário da mulher, mas deve ser regularmente substituído, a cada 7 dias. Não protege das IST. Podem ocorrer irregularidades menstruais.
Eficácia – Aproximadamente igual à dos COC, se a utilização for consistente e a substituição do sistema for efetuada atempadamente. A eficácia diminui em mulheres com peso ≥ 90 kg.
Vantagens:
Não interfere com a relação sexual e não necessita de motivação diária;
 Após a suspensão do método, o retorno à fertilidade é imediato
Desvantagens:
Não protege contra as ITS, nomeadamente SIDA e Hepatite B
Afeta a quantidade e a qualidade do leite materno quando usado durante amamentação
Indicações:
Mulheres que querem contracepção hormonal combinada, mas não toleram ou não querem os CO
Contra-indicações – Os critérios clínicos de elegibilidade para o início e continuação do método são iguais aos dos COC.
Efeitos colaterais
Reação alérgica ou irritação no local da aplicação 
Alterações padrão menstrual
Cefaleias, náuseas e vómitos
Tensão mamária
2.d.3- Contraceção Hormonal Combinada – Adesivo —> Eficácia, segurança e reversibilidade parecem ser sobreponíveis às dos COC. Requer utilização contínua de um anel vaginal na vagina. Não exige o compromisso diário da mulher, mas deve ser regularmente substituído na data correta. Não protege das IST. Podem ocorrer irregularidades menstruais.
Eficácia – Aproximadamente igual à dos COC, se a utilização for consistente e a substituição do anel for efetuada atempadamente.
Vantagens
A utilização é prática. Não necessita de motivação diária
Após a suspensão do método, o retorno à fertilidade é imediato
Desvantagens
Não protege contra as ITS, nomeadamente SIDA e Hepatite B
Afeta a quantidade e a qualidade do leite materno quando usado durante a amamentação
Indicações
Mulheres que querem contracepção hormonal combinada, mas não toleram ou não querem os CO
Contra-indicações – Os critérios clínicos de elegibilidade para o início e continuação do método são iguais aos dos COC.
Efeitos colaterais
Alterações padrão menstrual
Cefaleias
Corrimento vaginal inespecífico
2.d.4-Contraceção Hormonal – Injetável—> Muito eficaz, segura e reversível. É de longa duração. Pode ser usada em qualquer idade. Não tem os efeitos colaterais do estrogénio. Tem efeitos benéficos em certas situações clínicas (ex:epilepsia). Não protege das IST. Podem ocorrer irregularidades menstruais.
Eficácia – depende da correta utilização (0,0 a 1,3 gravidezes por 100 mulheres/ano)
Vantagens
Não tem os efeitos secundários dos estrogénios
Pode ser usada durante o aleitamento
Não tem efeitos significativos sobre os fatores da coagulação
Desvantagens
Atraso de alguns meses no retorno à fertilidade o Aumento de peso
Não protege contra as IST
Indicações
Quando é necessário um método de grande eficácia e, por qualquer razão, os CO e o DIU não são desejáveis
Contra-indicações – Verificar critério de elegibilidade
2.d.5-Contraceção Hormonal – Implante —> Muito eficaz, segura e reversível. É de longa duração. Pode ser usada em qualquer idade. Não tem os efeitos colaterais do estrogénio. O retorno à fertilidade é imediato após a remoção do implante. Não protege das IST. Podem ocorrer irregularidades menstruais.
Eficácia – 0,0 a 0,07 gravidezes por 100 mulheres/ano)
Vantagens
Não tem os efeitos secundários dos estrogénios
Pode ser usada durante o aleitamento
Melhora a dismenorreia
Não tem efeitos significativos sobre os fatores da coagulação
Desvantagens
Irregularidades do ciclo menstrual
Cefaleias, cloasma, náuseas, variações de humor
Ligeiro aumento de peso
Necessita de um profissional treinado para a inserção e remoção
 Dispendioso
Indicações
Quando é necessário um método de grande eficácia e, por qualquer razão, os CO e o DIU não são desejáveis
Contra-indicações – Verificar critério de elegibilidade
2.d.6- Dispositivo Intra-Uterino (DIU) —> Muito eficaz, seguro e reversível. É de longa duração. Não protege das IST, nem é aconselhável a mulheres com risco aumentado de contrair IST. Pode ou não ter conteúdo hormonal.
Eficácia – 0,1 a 2 gravidezes por 100 mulheres/ano (A eficácia é maior nas mulheres com filhos e nas menos jovens)
Vantagens
Não tem efeitos sistémicos (com exceção dos DIU com conteúdo hormonal) 
Efeito de longa duração
Pode ser usada durante o aleitamento
Contribui para a redução da incidência de gravidez ectópica
Desvantagens
Necessita de um profissional treinado para a colocação
Indicações
Mulheres que necessitam de um método seguro e em que a contraceção hormonal
está contra-indicada (ou não desejam)
Fumadoras com mais de 35 anos
Contra-indicações – Verificar critério de elegibilidade
Complicações
Expulsão
Infeção pélvica o Gravidez
2.d.6- Preservativo —> Protege das IST, para além de evitar a gravidez. A eficácia depende da correta utilização. Quem utiliza preservativo deve ser informado/a sobre a possibilidade de recurso à contraceção de emergência.
Preservativo Masculino
Eficácia – 5 a 10 gravidezes por 100 mulheres/ano
Vantagens
Proteção contra as IST
Fomenta o envolvimento masculino na contraceção e na prevenção de IST
Pode contribuir para minorar situações de ejaculação precoce
Desvantagens
Reações alérgicas ao látex (raro) o Pode romper ou ficar retido
Pode interferir no ato sexual
Aconselhamento
Abertura da embalagem
Colocação do preservativo no início do ato sexual
Precauções
Tipo de lubrificantes usados
Preservativo Feminino
Eficácia – 5 a 15 gravidezes por 100 mulheres/ano
Vantagens
Proteção contra as IST
Pode ser colocado a qualquer momento antes da penetração do pénis
É mais resistente que o preservativo masculino
Pode ser mais fácil de usar em casos de disfunção eréctil
Desvantagens
Dificuldade de utilização o Mais dispendioso
Aconselhamento
Colocação do preservativo
2.d.7- Métodos de conhecimento do período fértil ou de auto-conhecimento
 —> Implica conhecer as modificações fisiológicas ao longo do ciclo menstrual e cumprir as regras do método específico escolhido. Requer a cooperação dos dois parceiros. Não tem qualquer efeito colateral ou risco para a saúde. Não protege das IST. Estes métodos implicam um período de acompanhamento em que a mulher aprende a identificar a fase potencialmente fértil.
Tipos de método: Método do Calendário (Ogino-Knauss); Observação de sinais e sintomas (Temperatura basal; Muco; Sintotérmico)
Eficácia – 2 a 25 gravidezes por 100 mulheres/ano 
Vantagens
Não tem efeitos colaterais, nem riscos para a saúde
Ajuda a mulher a conhecer o seu corpo
É imediatamente reversível
Pode ser usado para evitar a gravidez, mas também para engravidar
Desvantagens
Pode requerer um longo período de abstinência
Geralmente são necessários pelo menos 3 a 6 ciclos para aprender a identificar o período fértil o Difícil de utilizar em ciclos menstruais irregulares
Não protege das IST
Método do Calendário:
1-Período fértil é calculado com base nas premissas:
A mulher tem uma ovulação por mês, aproximadamente 14 dias antes da
menstruação seguinte
O óvulo é viável entre 1 a 3 dias após a ovulação e o espermatozóide pode ser fecundante 3 a 5 dias após a ejaculação.
Calcula-se o período fértil (considerando a duração dos ciclos menstruais anteriores) subtraindo 11 dias ao número de dias do ciclo mais longo e 18 dias ao número de dias do ciclo mais curto.
2- Observação de sinais e sintomas e conhecimento do período fértil:
Método da temperatura
Período fértil é calculado com base nas premissas:
Temperatura Basal (verifica-se um aumento na temperatura basal, após a ovulação, provocado pela progesterona e que define a segunda fase do ciclo mulher)
A mulher deve avaliar a sua temperatura em repouso, antes de se levantar e registar. Deve ser medida diariamente à mesma hora e sempre no mesmo local (vaginal, retal ou oral).
No dia da ovulação verifica-se um aumento da temperatura, que se mantém até ao início da menstruação seguinte.
Este método só identifica o fim do período fértil, pelo que implica abstinência sexual desde a menstruação até ao 3o dia de temperatura elevada.
Método do muco cervical
Período fértil é calculado com base nas premissas:
As características do muco cervical variam ao longo do ciclo, aumentando em volume e elasticidade
O período fértil inicia-se no 1o dia em que o muco se torna filante e transparente, prolongando-se pelo menos 3 dias
A mulher deve observar diariamente o muco vaginal. Na fase não fértil o muco tem pouca elasticidade. No período de fertilidade máxima a elasticidade pode atingir os 15 a 20 cm.
Método sintotérmico
A mulher identifica os dias férteis e inférteis relacionando os métodos da temperatura basal e do muco cervical. Pode ainda associar outros fatores coo, tensão mamária ou “dor” ovulatória. Já existem equipamentos que facilitam a identificação do período fértil da mulher e aplicações informáticas que ajudam a calcular o período fértil.
2.d.8-Contraceção Cirúrgica
A laqueação de trompas e a vasectomia são métodos contraceptivos para mulheres e homens que não desejam ter mais filhos
São muito eficazes, cómodos e permanentes
Qualquer dos procedimentos é simples
Não são conhecidos efeitos colaterais a longo prazo
Não tem efeitos negativos sobre o desejo e a resposta sexual
A vasectomia só é efetiva 20 ejaculações, ou 3 meses, após a cirurgia
Não protege das IST
Laqueação de Trompas —> Este procedimento consiste em fazer um corte ou bloqueio das trompas uterinas, com vista a impedir a fecundação do óvulo. Pode ser feito de várias maneiras: através de um laparotomia, laparoscopia, colocação de clips de titânio, colocação de anéis plásticos, entre outros.
Eficácia – 0,5 a 1,8 gravidezes em 100 mulheres/ano. Depende do método utilizado. A laqueação pós-parto é um dos métodos mais eficazes, ao contrário da colocação de anéis ou “clips”.
 Vantagens
Um único procedimento permite uma contracepção segura, eficaz e definitiva
Não tem efeitos colaterais ou riscos para a saúde, a longo prazo
Pode melhorar o desejo e a resposta sexual, uma vez que elimina o receio de uma gravidez não desejada
Não interfere com a amamentação
Pode ser realizada no pós-parto, aproveitando o mesmo período de internamento 
Em alguns serviços pode ser realizada em regime de ambulatório
Desvantagens
Requer exame físico e um procedimento cirúrgico por profissional treinado
Reverter o método é difícil, caro e não disponível em todos os serviços
Podem surgir algumas complicações imediatas (embora raras) como infecção ou hemorragia, lesão de órgãos internos e acidentes anestésicos
Quando comparada com a vasectomia, a laqueação de trompas é um procedimento mais dispendioso e que apresenta mais risco de complicações
Nos casos raros de falha do método, há maior risco de gravidez ectópica do que quando do que quando a mulher não utiliza um método contraceptivo o Não protege das IST
Vasectomia—> É um procedimento cirúrgico simples e rápido. Consiste na interrupção cirúrgica dos tubos (canal deferente) responsáveis pelo transporte dos espermatozoides do testículo para a uretra. Trata-se de um método seguro, com baixa taxa de complicações, com rápida recuperação. Após a cirurgia continua a haver ejaculação, embora o ejaculado não contenha espermatozoides.
Eficácia – 0,15 gravidezes por 100 homens/ano; <1 gravidez por mulher/ano
 Vantagens
Um único procedimento permite uma contracepção segura, eficaz e definitiva
Não tem efeitos colaterais ou riscos para a saúde, a longo prazo
Pode melhorar o desejo e a resposta sexual, uma vez que elimina o receio de uma gravidez não desejada
Não interfere com o ato sexual
Pode ser realizada com anestesia local, em regime de ambulatório
Comparada com a laqueação de trompas, é ligeiramente mais eficaz, mais segura, mais simples de realizar e com menos custos
A eficácia pode ser avaliada a qualquer momento (espermograma)
 Desvantagens
Requer exame físico e um procedimento cirúrgico por profissional treinado
Reverter o método é difícil, caro e não disponível em todos os serviços
Podem surgir algumas complicações imediatas (embora raras) como infecção, hemorragia ou hematoma do escroto
Dor e edema do escroto são comuns na primeira semana pós-operatório
Não é imediatamente eficaz (as primeiras 20 ejaculações podem conter espermatozoides) 
Não protege das IST
2.d.9- Contraceção de Emergência
É o único método que pode ser utilizado após a relação sexual, para prevenir a gravidez
Poderia prevenir a maior parte das gravidezes não desejadas que ocorrem, se um maior
número de mulheres tivesse acesso a essa opção
Reduzindo o número de gravidezes não desejadas, pode diminuir o número de interrupções da gravidez por opção da mulher
Existe evidência científica de que é eficaz e segura, para todas as mulheres
Não é abortiva. Não tem efeitos teratogénicos
Pode ser uma oportunidade privilegiada para o início de um método contraceptivo continuado e eficaz
As contra-indicações para a CO continuada não se aplicam na CE