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Aposentadoria híbrida Isabella Monteiro Gomes Por que devo estudar esse tema e o que preciso compreender? §3º do art. 48 da Lei 8213/1991: § 3º Os trabalhadores rurais de que trata o § 1o deste artigo que não atendam ao disposto no § 2o deste artigo, mas que satisfaçam essa condição, se forem considerados períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao benefício ao completarem 65 anos de idade, se homem, e 60 anos, se mulher. (Incluído pela Lei nº 11,718, de 2008) Art. 48 da Lei 8213/1991: § 1o Os limites fixados no caput são reduzidos para sessenta e cinquenta e cinco anos no caso de trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a do inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11. § 2o Para os efeitos do disposto no § 1o deste artigo, o trabalhador rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido, computado o período a que se referem os incisos III a VIII do § 9o do art. 11 desta Lei. Carência: Carência: 180 contribuições mensais Renda mensal inicial RMI = 70% do salário-de-benefício, mais 1% deste, por grupo de 12 contribuições, não podendo ultrapassar 100% do salário-de- benefício. Aposentadoria híbrida ANTES EC 103/2019: Idade: 65 anos, se homem e 60 anos, se mulher; 180 meses de carência Comprovação do trabalho rural e tempo de contribuição do trabalho urbano RMI = 70%SB +1% para cada grupo de 12 meses Aposentadoria híbrida e EC 103/2019 Necessário adequar às novas regras: 65 anos de idade, se homem e 62 anos de idade, se mulher; Tempo de contribuição: 15 anos para mulheres e 20 anos para homens; Carência: 180 meses; Regulamentada no Decreto 3048/1999. Aposentadoria híbrida: Decreto 3048/1999 Art. 57. Os trabalhadores rurais que não atendam ao disposto no art. 56 (aposentadoria por idade) mas que satisfaçam essa condição, se considerados períodos de contribuição sob outras categorias de segurado, farão jus ao benefício ao atenderem os requisitos definidos nos incisos I e II do caput do art. 51. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020). Aposentadoria híbrida: Decreto 3048/1999 Art. 51. A aposentadoria programada, uma vez cumprido o período de carência exigido, será devida ao segurado que cumprir, cumulativamente, os seguintes requisitos: I - sessenta e dois anos de idade, se mulher, e sessenta e cinco anos de idade, se homem; e II - quinze anos de tempo de contribuição, se mulher, e vinte anos de tempo de contribuição, se homem. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020). Renda mensal inicial: EC 103/2019 RMI = 60% SB + 2% a cada ano que exceda 20 anos de tempo de contribuição para homens, e que exceda 15 anos para as mulheres. Regra de transição e aposentadoria híbrida: Art. 18. O segurado de que trata o inciso I do § 7º do art. 201 da Constituição Federal filiado ao Regime Geral de Previdência Social até a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional poderá aposentar-se quando preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos: I - 60 anos de idade, se mulher, e 65 anos de idade, se homem; e II - 15 anos de contribuição, para ambos os sexos. § 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a idade de 60 anos da mulher, prevista no inciso I do caput, será acrescida em 6 meses a cada ano, até atingir 62 anos de idade. Regra de transição: art. 18 da EC 103/2019 Art. 18. O segurado de que trata o inciso I do § 7º do art. 201 da Constituição Federal filiado ao Regime Geral de Previdência Social até a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional poderá aposentar-se quando preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos: I - 60 anos de idade, se mulher, e 65 anos de idade, se homem; e II - 15 anos de contribuição, para ambos os sexos. § 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a idade de 60 anos da mulher, prevista no inciso I do caput, será acrescida em 6 meses a cada ano, até atingir 62 anos de idade. Regra de transição: art. 18 da EC 103/2019 § 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a idade de 60 anos da mulher, prevista no inciso I do caput, será acrescida em 6 meses a cada ano, até atingir 62 anos de idade. 60 anos de idade2019 60,5 anos de idade2020 61 anos de idade2021 61,5 anos de idade2022 62 anos de idade2023 Regra de transição: art. 18 da EC 103/2019 Aplicável à aposentadoria híbrida: §3º do art. 257 da IN PRES/INSS n. 128/2022 RESUMO – REGRAS APLICÁVEIS Identificamos três regras possíveis para aposentadoria híbrida: Regra anterior à EC 103/2019 Regras adaptadas em razão da EC 103/2019 Regra de transição do art. 18 da EC 103/2019 OBSERVAÇÕES: Tema 1007 – STJ Tese firmada: O tempo de serviço rural, ainda que remoto e descontínuo, anterior ao advento da Lei 8.213/1991, pode ser computado para fins da carência necessária à obtenção da aposentadoria híbrida por idade, ainda que não tenha sido efetivado o recolhimento das contribuições, nos termos do art. 48, § 3o. da Lei 8.213/1991, seja qual for a predominância do labor misto exercido no período de carência ou o tipo de trabalho exercido no momento do implemento do requisito etário ou do requerimento administrativo.(Acórdão publicado em 04/09/2019) OBSERVAÇÕES: Comprovação do tempo rural: imprescindível (...)1. A Lei nº 11.718/2008, ao alterar o Art. 48, da Lei 8.213/91, possibilitou ao segurado o direito à aposentadoria por idade, mediante a soma dos lapsos temporais de trabalho rural com o urbano. 2. O Art. 106, da Lei nº 8.213/91, dispõe que a comprovação do exercício de atividade rural será feita, no caso de segurado especial em regime de economia familiar, por meio de um dos documentos elencados. 3. Não havendo nos autos documentos hábeis, contemporâneos ao período que se quer comprovar, admissíveis como início de prova material, é de ser extinto o feito sem resolução do mérito, face a ausência de pressuposto de constituição e desenvolvimento válido do processo. (...) (AC 51323273720214039999; TRF 3ª Região; 10ª Turma; Data 24/05/2023; Data da publicação 31/05/2023) OBSERVAÇÕES: Deve haver contribuição referente ao tempo rural? IN PRES/INSS nº 128/2022: Art. 220. Considera-se período contributivo: § 2º Para fins de concessão da aposentadoria híbrida, prevista no art. 257, o período de exercício de atividade como segurado especial, ainda que não recolha facultativamente, é considerado contributivo. (...) 2. Contudo, é possível a transformação do benefício para aposentadoria híbrida, pois na data da concessão já se encontravam vigentes os §§ 3º e 4º do art. 48 da Lei 8.213/91, incluídos pela Lei 11.718/2008, que regulam a aposentadoria por idade com mescla de tempo urbano e rural, razão pela qual a autarquia poderia ter analisado a situação da parte autora objetivando conceder o melhor benefício possível, ainda que não expressamente requerido. 3. O fato de o segurado não ter retornado às lides rurais ou de não estar desempenhando tais atividades quando efetuou o requerimento administrativo não obsta, por si só, o deferimento da aposentadoria híbrida, uma vez implementado o requisito etário (60 anos de idade para a mulher e 65 anos para o homem) e (continua no próximo slide....) (...) e sendo a soma do tempo de serviço urbano e rural superior ao da carência exigida para a concessão do benefício de aposentadoria por idade, na forma do art. 48, §§ 3º e 4º, da Lei nº 8.213/1991, incluído pela Lei nº 11.718/2008. Súmula 103 desta Corte e precedentes do STJ. 4. Os períodos de atividade rural anteriores à edição da Lei 8.213/91 podem ser considerados, para fins da carência necessária à obtenção da aposentadoria de que trata o art. 48, § 3º, sem o recolhimento de contribuições. 5. Os requisitos para a concessão do benefício devem estar implementados à data do requerimento, bem como o cálculo da rendamensal inicial deve considerar os elementos então disponíveis. (...) (AC 50257095220144047100; TRF 4ª REGIÃO; SEXTA TURMA; Data 17/05/2017; Data da publicação 19/05/2017) OBSERVAÇÕES: O tempo rural anterior à Lei 8213/1991 conta como carência? (...) Os períodos de trabalho rural e urbano podem ser somados para obtenção da carência exigida para fins de aposentadoria por idade híbrida, desde que alcançado o requisito etário (...) - No cômputo da carência do benefício híbrido é possível contar o tempo de atividade rural exercida em período remoto e descontínuo, ainda que não tenha sido efetivado o recolhimento de contribuições (Tema Repetitivo n. 1.007 do STJ). - A comprovação do exercício da atividade rural deve ser feita por meio de início de prova material, a qual possui eficácia probatória tanto para o período anterior quanto para o posterior à sua data de referência, desde que corroborado por robusta prova testemunhal (REsp Repetitivo n. 1.348.633 e Súmula n. 149 do STJ). - Conjunto probatório suficiente à comprovação do período de atividade pesqueira debatido. Benefício devido.(...) (AC 50579693320234039999; TRF 3ª REGIÃO; 9ª Turma; Data 19/05/2023; Data da publicação 24/05/2023) CONCLUSÃO E PRÓXIMA ETAPA Referências das imagens são obrigatórias!