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Caderno de Questões – FGV
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1852. 1852. (FGV/2023/DEFENSORIA PÚBLICA DO RIO GRANDE DO SUL/DPE-RS/ANALISTA – ÁREA: 
PROCESSUAL) Antônio, assistido pela Defensoria Pública, intentou ação em face de Bruno, 
pedindo a condenação deste a lhe pagar duas obrigações derivadas de um contrato que 
ambos haviam celebrado.
Validamente citado, Bruno apresentou a sua peça contestatória, invocando, quanto a uma 
das obrigações cobradas, o instituto da prescrição, além de sustentar, no tocante à outra, 
que havia efetuado o seu pagamento parcial. E, constatando que havia se omitido sobre uma 
parte da narrativa dos fatos, o réu, ainda dentro do prazo de que dispunha para apresentar 
resposta, ofereceu uma segunda contestação, acrescentando tal narrativa.
Tendo sido determinada a intimação de Antônio, pelo órgão da Defensoria Pública, para que 
se pronunciasse, ofertou ele peça de réplica no vigésimo dia útil subsequente à intimação 
pessoal do defensor público.
Entendendo que a segunda contestação de Bruno deveria ser mantida nos autos, por ter 
sido oferecida dentro do prazo legal, mas, por outro lado, que a réplica de Antônio era 
intempestiva, o juiz da causa determinou o seu desentranhamento.
Na sequência, o magistrado proferiu decisão em que rejeitava o pedido de cobrança em 
relação a uma das obrigações contratuais, acolhendo a tese defensiva da prescrição. 
Quanto ao pedido condenatório tendo por objeto a outra obrigação, o juiz determinou o 
prosseguimento do feito, rumo à instrução probatória.
É correto afirmar, nesse quadro, que:
a) a réplica apresentada o foi intempestivamente, já que o prazo em dobro para a Defensoria 
Pública se restringe ao oferecimento de resposta e à interposição de recursos;
b) o juiz não poderia ter julgado antecipadamente uma das pretensões condenatórias, 
pois lhe cabia aguardar a conclusão da instrução probatória para julgar ambos os pedidos;
c) o juiz agiu corretamente ao deixar de determinar o desentranhamento da segunda 
contestação, haja vista a observância do prazo legal para o seu oferecimento;
d) a decisão que, julgando um dos pedidos condenatórios, reconheceu a prescrição, é 
impugnável pelo recurso de agravo de instrumento;
e) a decisão que, julgando um dos pedidos condenatórios, reconheceu a prescrição, não é 
impugnável de imediato, podendo a parte interessada se valer do recurso de apelação após 
o julgamento do segundo pedido.