Fato típico, portanto, pode ser conceituado como ação ou omissão humana, antissocial que, norteada pelo princípio da intervenção mínima, consiste numa conduta produtora de um resultado que se subsume ao modelo de conduta proibida pelo Direito Penal, seja crime ou contravenção penal. Do seu conceito extraímos seus elementos: conduta, nexo causal, resultado e tipicidade.
1º - CONDUTA É o comportamento humano voluntário e consciente dirigido a uma finalidade (Teoria Finalista de Hans Welzel).
2º - RESULTADO Da conduta (ação ou omissão sem a qual não há crime) podem advir dois resultados: Naturalístico (presentes em algumas infrações penais) e o Normativo (presente em todas as infrações penais)
3º - NEXO CAUSAL OU NEXO DE CAUSALIDADE Nexo causal (Relação de causalidade ou nexo de causalidade) é o vínculo entre a conduta e o resultado. O estudo da causalidade busca aferir se o resultado pode ser atribuído, objetivamente ao sujeito ativo, como obra de seu comportamento típico. O nexo de causalidade encontra previsão no nosso ordenamento jurídico, no art. 13, caput, do nosso Código Penal, que dispõe: Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. O Código Penal adotou, em seu art. 13, a Teoria da Equivalência dos antecedentes Causais, também chamada de Teoria da Causalidade Simples ou Teoria da Conditio Sine Qua Non.
4º - TIPICIDADE Para a doutrina tradicional a tipicidade se referia tão somente a Tipicidade Formal (enquadramento do fato a um tipo penal previsto em lei). Deste modo, aquele que subtrai um pacote de bolacha de um supermercado praticava conduta típica, ajustando seu comportamento à norma prevista no art. 155 do CP "subtrair para si ou para outrem coisa alheia móvel".
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