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O Serviço Social tem em sua gênese a Doutrina Social da Igreja e no pensamento de São Tomás de Aquino. Os fundamentos Tomistas e Neotomistas diziam que o Estado deveria respeitar a Igreja. Assim, a gênese do Serviço Social no tomismo traz aos profissionais a perspectiva de conciliação das classes sociais, buscando "enquadrar e consertar" o sujeito "desajustado", colocando-o sob os valores, morais e costumes cristãos, a fim de alcançar a perfectibilidade.
Quando o Serviço Social brasileiro entra em contato com o Serviço Social norte americano, por volta dos anos 1940, ele passa a ser tecnificado, e suas propostas são permeadas pelo caráter conservador da teoria social positivista (de Augusto Comte).
Essa junção do discurso humanista cristão (tomismo) com o suporte teórico técnico-científico positivista a Iamamoto chamará de Arranjo Teórico Doutrinário.
E, só após o movimento de reconceituação, o Serviço Social, perderá (não de uma vez) o seu perfil conservador e conciliador de classes.
Eu não sei se a pergunta é sobre o Código de Ética Profissional, se for isso, são os primeiros Códigos de Ética que trarão esses fundamentos.
O Serviço Social teve 5 Códigos de Ética (1947, 1965, 1975, 1986 e 1993). O primeiro era o mais doutrinário cristão, mas os três primeiros têm muitos traços tomistas e positivistas, apenas a partir do Código de 1986 vai haver o rompimento com conservadorismo. Embora seja nosso primeiro código crítico, ele ainda trazia um Marxismo equivocado e por isso tinha muitos equívocos. O Código de 1993 (que é nosso atual código) é o mais crítico e tem uma percepção madura acerca do Marxismo.
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