Quais as diferenças entre os contratos de corretagem e e os contratos de comissão e mandato?

Não podem serem confundidos, pois o corretor não representa o comitente. Também não se confunde com a comissão porque o corretor tem como obrigação apenas aproximar as partes enquanto o comissário contrata em seu próprio nome.

Portanto, para se identificar um contrato de corretagem, é necessário ter a INTERMEDIAÇÃO como seu elemento primordial.

O que diferencia objetivamente as três modalidades contratuais é a necessidade ou não de haver uma intermediação.

No contrato e corretagem, o corretor não possui poderes de representação do comitente, tendo como única obrigação realizar a aproximação entre as partes interessadas.

CC/02, art. 722. Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a outra em virtude de mandato, de prestação de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas.

Já na comissão, temos que o comissário contrata em nome próprio, mas à conta do comitente:

CC/02, art. 693. O contrato de comissão tem por objeto a aquisição ou a venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta do comitente.

E, por fim, ambos não se confundem com o mandato, hipótese em que o mandatário contrata ele mesmo em nome de terceiro, representando esse terceiro.

CC/02, art. 653. Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.