A interpretação sistemática considera que a norma não pode ser vista de forma isolada, pois o direito existe como um sistema, de forma ordenada e com certa sincronia.
Segundo Carlos Maximiliano, a interpretação sistematica exige a comparação do "dispositivo sujeito a exegese com outros do mesmo repositório ou de leis diversas, mas referentes ao mesmo objeto”.
"Confronta-se a prescrição positiva com outra de que proveio, ou que da mesma dimanaram, verifica-se o nexo entre a regra e a exceção, entre o geral e o particular, e deste modo se obtém esclarecimentos preciosos. O preceito, assim submetido a exame, longe de perder a própria individualidade, adquire realce maior, talvez inesperado”.
Quanto ao resultado, a interpretação divide-se em declarativa, ampliativa (ou extensiva) e restritiva. A declarativa ocorre quando da interpretação da lei redunda o exato sentido que contém suas palavras, não acrescentando ou limitando os casos que não estão incluídos em seu sentido literal, o que resultaria numa interpretação ampliativa ou limitativa, respectivamente.
Na interpretação sistemática há dois aspectos:
a) o de quando é feita em relação à própria lei a que o dispositivo pertence;
b) o de quando se processa com vistas para o sistema geral do direito positivo em vigor.
No primeiro aspecto temos o caráter geral da lei; o livro, capítulo ou parágrafo onde o preceito se encontra; o sentido tecnológico-jurídico utilizado nas palavras do teor normativo.
No segundo aspecto se procura atender à própria índole do direito nacional com relação às matérias semelhantes à da lei interpretada; ao regime político do país, as últimas tendências do costume, da jurisprudência e da doutrina, no que concerne ao tema do preceito.
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Interpretação Constitucional do Sistema de Seguridade Social II
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Direito Constitucional I
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