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ALGUEM SABE ESSA RESPOSTA?

CASO CONCRETO Pedro, Paulo e José, estudantes de direito acabaram de ler no jornal que Maria Aparecida, uma ex-empregada doméstica e portadora de "retardo mental moderado", foi detida em flagrante em abril de 2004, quando tinha 23 anos, após tentar furtar um xampu e um condicionador que, juntos, custavam 24 reais, e ficou presa por mais de um ano. Ela foi encaminhada ao Cadeião de Pinheiros, onde dividia uma cela com mais 25 presas. A jovem sofria surtos, não dormia à noite, urinava na roupa, o que provocou um tumulto, que foi encerrado com o lançamento de uma bomba de gás lacrimogêneo dentro da cela. Diante do desespero de Maria Aparecida, uma das presas jogou água em seu rosto, e a mistura do gás com a água fez com que ela perdesse a visão. Aos gritos de dor, ela foi transferida para local destinado as presas ameaçadas de morte, e ainda, agredida várias vezes com cabo de vassoura. Somente após sete meses de prisão, foi realizada uma audiência, e ela foi transferida para a Casa de Custódia de Franco da Rocha, em São Paulo, onde foi atestada a perda da visão de seu olho direito. A advogada contratada pela irmã de Maria Aparecida entrou com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo, que foi negado. Apelou, então, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), o qual a concedeu, em maio de 2005, liberdade provisória, após 13 meses de prisão, sofrimento e perda de sentido, por causa de 24 reais. Pedro afirma que o juiz aplicou corretamente a lei, visto que a conduta da manicure constitui crime contra o patrimônio (art. 155 do CP). Paulo discorda, sustentando que a condenação foi injustificada, pois o ato praticado não é considerado como verdadeiro crime pelo Estado e pela Sociedade, visto o pequeno valor dos objetos. José sustenta que a condenação é totalmente injusta, já que se trata de um furto de valor insignificante. Afirma, ainda, que as autoridades deveriam se preocupar com as desigualdades sociais e que Maria é a verdadeira vítima da sociedade.Segundo Miguel Reale, são três as dimensões pelas quais o fenômeno do direito deve ser considerado (direito como fato, norma e valor). Examine o caso concreto apresentado correlacionando a postura dos três estudantes -os com as dimensões do fenômeno do direito acima citadas.

💡 3 Respostas

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Carlos André Lopes

      Analisando Fato, Norma e Valor Não hei de discordar das três conclusões. Porem concluo que caberia o principio da insignificância, pois trata-se de um objeto de pequeno valor e manter em prisões (o réu)  decorrentes destes tipos de furto, além de gastos, podem causar resultados irreversíveis e o acumulo de processos que causam lentidão a nossa justiça, por um valor insignificante, caberia aplicações de penas para crimes obsoletos, multa ou alternativas.

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Marilia Costa

A população sente a ineficiência da norma, a omissão da autoridade em aplicá-la e a inexistência de estrutura adequada à aplicação da lei. Estes fatos geram insegurança o que leva a população a desacreditar na justiça e ter certeza que os crimes vão ficar impunes e, portanto, não adianta denuncia-los.  

Objetivas: D e D

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murilo luiz teixeira martins

alguem tem esta resposta     .CASO CONCRETO FALTA JUSTIÇA ONDE SOBRA VIOLÊNCIA: Varas criminais de áreas com alto índice de homicídios têm cada vez menos processos (O Globo, 19 mar. 2013, p. 20). Varas criminais situadas em algumas das regiões mais violentas do Rio de Janeiro estão encolhendo. Estatísticas do Tribunal de Justiça revelam que, em 29 delas, o número de novos processos instaurados em 2005 foi inferior ao do ano anterior. Há casos, como o da 3ª Vara Criminal de Volta Redonda, em que o movimento processual caiu tanto que já ameaça a sobrevivência da unidade. "Como a população está descrente, ela já não procura a polícia quando há crime. Além disso, as investigações são feitas de forma precária. O Ministério Público fica vendido. Não adianta denunciar, se o réu acaba absolvido" lamenta o juiz titular da Vara Criminal de Queimados. As leis penais existem e estão em vigor, mas a população, como no caso concreto acima, não faz uso delas. Analise o problema da descrença da população a partir da ótica dos efeitos negativos produzidos pela norma, relacionando-os à produção da sensação de impunidade.         QUESTÕES OBJETIVAS 1. Revista Época do dia 03.02. 2007 noticia: "Justiça solta acusado de tráfico por falta de provas. A polícia não investigou nada e ainda por cima tentou passar por cima da minha decisão, afirmou desembargador". Ainda: "Mais um perigoso bandido volta às ruas hoje. Acusado de tráfico, M. B. da Silva, de 28 anos, obteve ontem um habeas-corpus, concedido pelo desembargador X, da 5ª Câmara Criminal. Atribuiu sua decisão à falta de investigação por parte da Polícia Civil". Esta situação revela uma problemática relacionada a: (A) efeitos positivos da norma, como o controle social; (B) crise estrutural do judiciário, por falta de um órgão nacional de planejamento e controle; (C) efeitos negativos da norma, como sua eficácia; (D) efeitos negativos da norma, como omissão da autoridade à aplicação da lei. 2. A toda norma jurídica sempre se associa um efeito social. Cabe à Sociologia Jurídica investigar os fatores da eficácia e também da ineficácia. Em relação à ineficácia da norma é possível levantar as hipóteses, EXCETO: (A) a inoportunidade da lei. (B) pressões sociais espontâneas maiores que as sanções. (C) Não-correspondência a necessidades do grupo social. (D) Conformidade com interesses do grupo total.

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