Uma das confusões mais comuns na educação física acontece entre os conceitos de iniciação esportiva e de especialização esportiva precoce. Essa segunda concepção é a mais aplicada nos treinamentos esportivos profissionalizantes no Brasil, sobretudo no futebol.
Estudiosos do assunto definem a especialização precoce como um treinamento planejado no qual o atleta, ainda criança, é submetido a picos máximos de esforço a fim de aumentar gradualmente seu desempenho.
Basicamente, diz respeito à atividade esportiva desenvolvida antes da puberdade, marcada por mais de 10 horas de treinamentos semanais e por uma finalidade competitiva.
Assim, devido ao rigor desses treinos, o relacionamento do atleta-mirim com o técnico acontece em tempo praticamente integral.
Em contraposição a esse modelo, a iniciação esportiva se propõe como uma etapa e não como um fim. A ideia é que, antes de se especializar em qualquer esporte, a criança deve ter a oportunidade de experimentar práticas que incitem o desenvolvimento de habilidades motoras variadas.
Essa vivência, então, objetiva uma prática esportiva saudável, e pode ser instigada por meio de jogos e modalidades esportivas diversificadas que envolvam não somente a dimensão motora, mas também habilidades humanas, culturais, sociais, cognitivas e afetivas.
Idade, nível de coordenação motora e grau de maturidade são alguns dos fatores que devem ser levados em consideração, na iniciação esportiva, para a elaboração das atividades a serem desenvolvidas pela criança.
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Fundamentos Metodológicos do Futebol/futsal
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