Para alguns doutrinadores, a Interpretação Extensiva é um gênero do qual são espécies a interpretação extensiva, stricto sensu, e a interpretação analógica. Qual seria, então, a diferença entre interpretação extensiva e interpretação analítica?
A diferença reside basicamente no fato de que a interpretação analógica (erroneamente dita "analítica", na questão) é, necessariamente, feita a luz da presença de uma fórmula casuística à qual se seguirá uma fórmula genérica. A interpretação extensiva, embora igualmente amplie o alcance da lei, prescinde deste contexto legal em que fórmula casuística necessariamente antecede uma expressão genérica. É importante não confundir interpretação analógica com analogia. A primeira é interpretação, enquanto a segunda não o é. Analogia é uma forma de autointegração da norma quando, na presença de um fato semelhante a um fato típico, mas que ele propriamente não tem tipificação, aplica-se a lei que atende ao caso tipificado. Em matéria penal, a aplicação da analogia é restrita, só podendo ser utilizado em bonam partem, nunca em malam partem. Ela é inadmissível na hipótese de prejudicar o réu. Isto porque em Direito Penal o que não for expressamente proibido, é permitido.
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Direito Penal Teoria e Execução das Penas
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