O NO foi descoberto como um fator liberado das células endoteliais que causava vasodilatação e
foi então chamado de fator de relaxamento derivado do endotélio. O NO é um gás solúvel que é
produzido não somente pelas células endoteliais, mas também por macrófagos e alguns neurônios no cérebro. Ele age de uma maneira parácrina em células-alvo através da indução do
monofosfato cíclico da guanosina, que, por sua vez, inicia uma série de eventos intracelulares
levando a uma resposta, tal como relaxamento das células musculares lisas vasculares. Por causa da meia-vida do NO in vivo ser somente de segundos, o gás age somente em células muito
próximas de onde ele é produzido.
O NO é sintetizado a partir da L-arginina pela enzima óxido nítrico sintase (NOS). Existem três
tipos diferentes de NOS: endotelial (eNOS), neuronal (nNOS) e induzida (iNOS). A
eNOS e a nNOS são constitutivamente expressas em baixos níveis e podem ser ativadas
rapidamente por um aumento no Ca2+ citoplasmático. A iNOS, em contraste, é induzida quando
os macrófagos e outras células são ativados pelas citocinas (p. ex., TNF, IFN-γ) ou produtos
microbianos.
O NO tem ações duplas na inflamação: ele relaxa o músculo liso vascular e promove a
vasodilatação, contribuindo então para a reação vascular, mas ele também pode ser um inibidor
do componente celular das respostas inflamatórias. O NO reduz a agregação e adesão
plaquetárias, inibe várias características da inflamação induzida pelos mastócitos e inibe
o recrutamento de leucócitos. Por causa dessas ações inibitórias, acredita-se que a produção de
NO é um mecanismo endógeno para o controle das respostas inflamatórias.
O NO e seus derivados são microbicidas e, assim, o NO é um mediador da defesa do hospedeiro
contra a infecção (discutido anteriormente). Altos níveis de NO induzido pela iNOS são
produzidos pelos leucócitos, principalmente neutrófilos e macrófagos, em resposta aos micróbios.
Fonte: Patologia - Robins, 8ª Edição
Diferente dos neurotransmissores comuns, o Óxido Nítrico não é armazenado em vesículas e não apresenta nenhum mecanismo específico de liberação. É um neurotransmissor apenas produzido quando há necessidade. Outra diferença é que o NO não se limita a receptores específicos e pode agir livremente.
No cérebro, o Óxido Nítrico é produzido pela emissão de glutamato por um neurônio transmissor. Entretanto, sua função exata do Óxido Nítrico no cérebro ainda não é completamente confirmada. É sugerido que ele desempenha um papel no aprendizado e formação de memórias de longo prazo.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.
Compartilhar