A) Sim, Alexandre pode propor uma ação judicial de reintegração de posse, uma vez que Luís invadiu parte do imóvel vizinho sem autorização e sem qualquer tipo de contrato que o autorizasse a utilizar a área. A ação de reintegração de posse é uma medida judicial que tem como objetivo garantir que o proprietário retome a posse do imóvel que lhe pertence. Para justificar a ação de reintegração de posse, Alexandre deve apresentar provas que comprovem que ele é o proprietário do terreno invadido por Luís, como por exemplo, a escritura do imóvel ou o registro no cartório de imóveis. Além disso, é importante que Alexandre comprove que Luís invadiu o terreno sem autorização, o que pode ser feito por meio de testemunhas ou documentos que comprovem a invasão. B) As benfeitorias são melhorias realizadas em um imóvel que visam aumentar o seu valor ou a sua produtividade. No caso em questão, Luís realizou benfeitorias no terreno vizinho ao cultivar verduras e construir um galpão. De acordo com o Código Civil, as benfeitorias podem ser classificadas em três tipos: necessárias, úteis e voluptuárias. As benfeitorias necessárias são aquelas que visam evitar a deterioração do imóvel ou garantir a sua segurança, como por exemplo, a realização de reparos no telhado ou na estrutura do imóvel. As benfeitorias úteis são aquelas que visam aumentar a produtividade do imóvel ou facilitar o seu uso, como por exemplo, a construção de um galpão para armazenar ferramentas ou a instalação de um sistema de irrigação. Já as benfeitorias voluptuárias são aquelas que visam apenas o conforto ou a estética do imóvel, como por exemplo, a construção de uma piscina ou a instalação de um jardim. No caso em questão, as benfeitorias realizadas por Luís podem ser consideradas benfeitorias úteis, uma vez que visam aumentar a produtividade do terreno invadido. Como Luís invadiu o terreno sem autorização, ele não tem direito a indenização pelas benfeitorias realizadas. Além disso, Luís também não tem direito a indenização pelos frutos colhidos, uma vez que ele não tinha autorização para cultivar verduras no terreno vizinho.
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