Leia o trecho a seguir:
“Porque não há facto histórico em si que bastaria extrair dos documentos e ligar a outros factos para constituir uma série cronológica “natural” mas há “inventado e fabricado, com o auxílio de hipóteses e de conjecturas, por um trabalho delicado e apaixonante”. (BOURDÉ; MARTIN, 1983, p. 142).
A citação acima reflete qual posicionamento referente à terceira geração dos Annales?
a.
A fabricação e invenção de fatos pelo historiador, que emite sua opinião como verdadeira.
b.
A existência de um passado dado naturalmente, a qual caberia a interpretação do historiador.
c.
A construção de hipóteses com base na experiência advinda das ciências naturais.
d.
A construção da história por parte do historiador, com base no levantamento de problemáticas.
e.
A importância da ordem cronológica dos fatos históricos e compilação das documentações.
“Porque não há facto histórico em si que bastaria extrair dos documentos e ligar a outros factos para constituir uma série cronológica “natural” mas há “inventado e fabricado, com o auxílio de hipóteses e de conjecturas, por um trabalho delicado e apaixonante”. (BOURDÉ; MARTIN, 1983, p. 142).
A citação acima reflete qual posicionamento referente à terceira geração dos Annales?
a.
A fabricação e invenção de fatos pelo historiador, que emite sua opinião como verdadeira.
b.
A existência de um passado dado naturalmente, a qual caberia a interpretação do historiador.
c.
A construção de hipóteses com base na experiência advinda das ciências naturais.
d.
A construção da história por parte do historiador, com base no levantamento de problemáticas.
e.
A importância da ordem cronológica dos fatos históricos e compilação das documentações.
Respostas
Ed 
há 6 meses
Vamos analisar a citação e as alternativas. O trecho fala sobre a construção da história, enfatizando que os fatos históricos não são simplesmente extraídos dos documentos, mas sim "inventados e fabricados" pelo historiador através de um trabalho cuidadoso e apaixonado. Isso sugere que a história é uma construção interpretativa, não uma simples reprodução de eventos. Agora, vamos às alternativas: a) A fabricação e invenção de fatos pelo historiador, que emite sua opinião como verdadeira. - Essa opção se aproxima da ideia de que o historiador constrói a narrativa, mas não necessariamente que ele emite sua opinião como verdadeira. b) A existência de um passado dado naturalmente, a qual caberia a interpretação do historiador. - Essa opção não reflete a ideia de que a história é uma construção, mas sim que o passado é dado. c) A construção de hipóteses com base na experiência advinda das ciências naturais. - Embora a construção de hipóteses seja mencionada, a citação não fala especificamente sobre ciências naturais. d) A construção da história por parte do historiador, com base no levantamento de problemáticas. - Esta opção reflete bem a ideia de que a história é construída pelo historiador, considerando problemáticas e contextos. e) A importância da ordem cronológica dos fatos históricos e compilação das documentações. - Essa opção não se alinha com a ideia de que a história é uma construção interpretativa. A alternativa que melhor reflete o posicionamento referente à terceira geração dos Annales, conforme a citação, é: d) A construção da história por parte do historiador, com base no levantamento de problemáticas.
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Ed
há 2 anos
A citação apresentada reflete o posicionamento da terceira geração dos Annales que defende a construção da história pelo historiador, com base no levantamento de problemáticas, na construção de hipóteses e conjecturas, e não na existência de um passado dado naturalmente. Portanto, a alternativa correta é a letra d.
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O historicismo, ou mesmo historismo, foi um movimento amplo que figurou de diferentes formas em diferentes contextos. É de suma importância destacar suas características como movimento que fundamentou a prática historiográfica e lançou suas bases.
Sobre as características deste movimento, analise as seguintes afirmativas:
I. Criou a prática historiográfica, delimitando o objeto da história e a postura do historiador.
II. Marcava a diferença entre os fenômenos naturais e histórico, portanto, humanos.
III. Para estes o ser humano é histórico, bem como suas diversas manifestações.
IV. O historicismo reconhecia que o passado tem influência na vida presente.
V. O historicismo fazia um paralelo entre presente, passado e futuro.
a. II e III, apenas.
b. III, IV e V, apenas.
c. I e II, apenas.
d. I, II, III e IV, apenas.
e. I, II, III, IV e V.
Em geral, entende-se a História como o desenvolver cronológico de fatos que rumam para um fim específico e, muitas vezes, acredita-se que estamos rumo a uma melhora. No âmbito da filosofia, Hegel encontrou na ideia de devir, o mecanismo de transformação de um estado de coisas para o seguinte, o que preconizava uma melhora geral da sociedade. Os historicistas, por sua vez, desenvolveram outros constructos teóricos para pensar os mecanismos de transformação da sociedade.
Sobre isso, analise as afirmativas a seguir:
I. Os historicistas concordavam com Hegel acerca da ideia de devir histórico.
II. Os historicistas não acreditavam na ideia de progresso rumo à melhora.
III. Era essencial para os historicistas analisar as multiplicidades e descontinuidades.
IV. Os historicistas acreditavam que as sociedades permaneciam as mesmas.
V. Diferentemente dos iluministas, não aplicavam a categoria 'humanidade'.
a. IV e V, apenas.
b. V apenas.
c. II e III, apenas.
d. I e II, apenas.
e. II, III e V, apenas.
A Escola Metódica ganhou força na Alemanha do século XIX, bem como teve representantes na França. Em ambos os casos, o desenvolvimento da corrente esteve ligada à valorização do sentimento nacional, bem como ao estabelecimento de normativas para o fazer historiográfico.
Neste sentido, analise as asserções a seguir: I. A Escola Metódica encontrou suas bases em disciplinas como a história das religiões, filologia e na crítica bíblica. II. A profissionalização da História e do historiador aconteceram no contexto de formação do Estado-nação. Sobre essas asserções, assinale a alternativa correta:
a. A asserção I é verdadeira, mas a asserção II é falsa.
b. As asserções I e II são falsas.
c. As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
d. A asserção I é falsa, mas a asserção II é verdadeira.
e. As asserções I e II são verdadeiras, e a II não é uma justificativa da I.
A Revolução Francesa marcou não apenas o fim da Idade Moderna, mas lança as bases para um novo olhar sobre a escrita da história, agora desvinculada do poderio da Igreja e do Estado absolutista. O olhar sobre a história modifica-se e emergem duas correntes distintas de interpretação da história, uma delas estava vinculada aos valores da Revolução Francesa e fazia frente ao historicismo.
Sobre esta corrente é possível afirmar que:
a. Vinculava-se à nobreza e exaltava o período medieval como auge da história.
b. Ficava longe das especulações filosóficas e selavam um compromisso com o passado.
c. Era resistência e defendia os valores da Igreja, em detrimento do humanismo.
d. Se apegava às tradições, concedendo espaço em suas narrativas à nobreza.
e. Desejava promover uma ruptura com o passado, mirando na ideia de futuro e progresso.
Leia a citação a seguir: “Para White, a História tem a pretensão de ser uma reconstrução objetiva do passado, mas o processo de produção do conhecimento do passado por meio da História é um procedimento literário, interpretativo, e não se um empirismo objetivo ou de uma teoria social. Assim, as explicações são narrativas do porquê e como os eventos aconteceram, na qual se veem suposições do historiador sobre as razões ou as causas do ocorrido. Nessa perspectiva, a História é um tipo específico de discurso, uma representação do passado, assim como as fontes utilizadas pelo historiador também o são.” (ZANIRATO, 2011, p.98)
A citação acima explicita qual crítica de White e qual foi a resposta encontrada pela terceira geração dos Annales?
a. A de que a historiografia seria calcada na realidade, por isso os procedimentos de escrita da história resistiram as mudanças.
b. A de que a história é uma forma de litária, por isso os Annales continuaram realizando os mesmos métodos dos seus antecessores.
c. A de que a história se aproximaria da literatura, assim os Annales precisaram repensar o fazer historiográfico.
d. A de que a história faria uma análise do discurso, por isso os Annales deixaram de lado os métodos dos seus antecessores.
e. A de que a história seria uma teoria social, por isso os Annales procuraram se aproximar das ciências sociais.
Assim como sua antecessora, a terceira geração dos Annales, prezou pela ampliação dos suportes documentais e dos objetos. Se a Escola Metódica versava sobre a história das elites, a terceira geração dos Annales defendeu 'a história vista de baixo', o que recai na história do homem comum.
Sobre a história do cotidiano analise as afirmativas a seguir:
I. A história do homem comum preconiza que outros tipos de vestígios do passado sejam usados.
II. Leva-se em consideração a visão que as pessoas constroem sobre o seu próprio passado.
III. A contagem da população é ponto de partida para compreender como a mentalidade popular.
IV. Um dos exemplo para o estudo da história do cotidiano, são os estudos de Michel de Certeau.
V. As práticas cotidianas são estudadas pela sociologia, cabe a história as colocar em ordem cronológica.
a. I, II e IV, apenas.
b. I e II, apenas.
c. III, IV e V, apenas.
d. IV e V, apenas.
e. II e III, apenas.
Na obra “O mediterrâneo e o mundo mediterrâneo na época de Felipe II”, publicada pela primeira vez em 1949, Fernand Braudel não concede protagonismo a figura do rei Felipe II, mas ao próprio mar mediterrâneo. Para isso, o autor escolhe pensar as implicações da paisagem natural no comportamento das sociedades e apesar de se propor a pensar o período de 1550 à 1600, acaba retrocedendo alguns anos em razão de sua proposta de abordagem. Esta proposta está fortemente ancorada por um suporte metodológico da geografia, que o permite inclusive elaborar a sua noção de temporalidades.
Sobre as temporalidades é correto dizer que:
a. A longa duração, quase análoga ao tempo da natureza, em relação ao tempo das conjunturas e a curta duração.
b. São os eventos de média duração que determinam o ritmo da longa duração e da temporalidade de curta duração.
c. O tempo das conjunturas, de caráter cíclico, manifestada pelas décadas, mantém primazia sobre a longa duração.
d. Cabe ao historiador se dedicar ao estudo dos eventos da curta e média duração, em detrimentos dos de longa duração.
e. A longa duração pode ser estudado pela geografia, enquanto cabe ao historiador o estudo do tempo das conjunturas.
A hegemonia da Escola Metódica, já estabelecida na Alemanha e na França, mostrava sinais de crise já no começo do século XX. A contestação dos paradigmas teórico-metodológicos encontrou lugar no discurso de Henri Berr, através das publicações da Revue de synthèse historique, por volta de 1900.
Identifique o escopo das publicações de Berr neste período.
a. Prezava pela história-ciência, defendendo os valores nacionais e políticas, Henri Berr procurou formar uma escola em torno de si.
b. Tentava salvar o que restava da Escola Metódica, continuando a aplicar seu métodos, essencialmente na valorização do documento.
c. Fazia oposição à Escola dos Annales, especialmente no que se refere aos estudos econômicos e sociais, preferindo os políticos.
d. Fazia a história das representações sociais, nos quais os grupos sociais ressignificam as suas vivências e fazem novas leituras da realidade.
e. Prezava pela história-síntese, levando em consideração todas as dimensões da realidade, como aspectos econômicos e as mentalidades.
O predomínio das ciências naturais, que buscavam compreender as leis que regiam a natureza, se mostrava presente no século XIX. Frente à isso, os conhecimentos válidos procuravam prezar por um caráter lógico-matemático ou mesmo por um aspecto mecanicista.
Diante disso, como as ciências humanas se comportaram?
a. Deixaram de existir e tornaram-se um ramo da biologia.
b. Fizeram frente ampla contra a existência das ciências naturais.
c. Tentaram aplicar estes princípios e descaracterizaram seu objeto.
d. Tentaram aplicar estes princípios ou estabelecer métodos próprios.
e. Emanciparam-se do desejo de participar do rol de ciências.
Uma das correntes históricas mais influentes na historiografia brasileira foi a Escola dos Annales, que teve como fundadores Marc Bloch e Lucien Febvre. A Escola dos Annales, vinculada a criação da Revista, contrapôs o elitismo e o trato metodológico da Escola Metódica, isso em um contexto de profundas transformações da sociedade ocidental. Neste sentido, identifique os eventos históricos marcantes para o surgimento da Escola dos Annales.
Identifique os eventos históricos marcantes para o surgimento da Escola dos Annales.
a. Primeira Guerra Mundial e Grande Depressão.
b. Segunda Guerra Mundial e Nazifascismo.
c. Primeira Guerra e Segunda Guerra Mundial.
d. Segunda Guerra Mundial e Grande Depressão.
e. Primeira Guerra Mundial e Primavera dos Povos.
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