Como mostra Noll (2008, p. 229-235), contudo, não é possível fazer uma relação tão direta entre a pronúncia chiante e a vinda da corte portuguesa a...
Como mostra Noll (2008, p. 229-235), contudo, não é possível fazer uma relação tão direta entre a pronúncia chiante e a vinda da corte portuguesa ao Brasil, apesar de ser possível pensar que há alguma relação entre elas. Seus argumentos, muito resumidamente, são: 1. Por volta do início do século, a pronúncia portuguesa chiante era criticada no Brasil e vista com maus olhos; 2. Existe nenhuma outra característica do português europeu que tenha passado ao português brasileiro com a vinda da corte, e seria no mínimo surpreende que apenas a pronúncia chiante tenha tido esse privilégio; 3. O encontro –sc– é realizado como [ʃs] em Portugal, mas não no Brasil, onde ele é realizado como [s]; 4. Encontramos uma mesma pronúncia chiante em Belém do Pará sem a presença de portugueses.
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