As duas últimas décadas do século XX assistiram à desmontagem do "Estado do Bem-Estar Social", expressão que se referia a uma concepção de Estado entendido como responsável por garante a todos os cidadãos direito político, renda mínima, alimentação, saúde, habitação e educação. Essa concepção foi substituída pela ascensão da mentalidade neoliberal, que tem por características: a) Busca por uma economia livre de empecilhos e intervenções do Estado, assim, crendo plenamente nas teorias de Adam Smith sobre a mão invisível do mercado, portanto, quanto mais autônomo e livre o setor econômico, melhor seria para se garantir leis trabalhistas adequadas e crescimento econômico. b) Menor intervenção do Estado na economia, porém mantendo-se atento as perspectivas do mercado, diminuição de gastos públicos, principalmente em setores de assistencialismo a população, além de redução nas políticas trabalhistas. c) Compreensão da necessidade de maior intervenção do estado na economia, bem como melhorias garantidas em lei da condição dos trabalhadores, assim, a partir do trabalho e crescimento econômico, se garantiria a prosperidade e equilíbrio político. d) Intervenção do Estado apenas em aspectos econômicos, analisando dados, restringindo irregularidades e ampliando a garantia de qualidade de vida dos trabalhadores a partir de proporcionar melhores condições de segurança no trabalho além da liberdade de expressão e liberdades individuais. e) Crença nas estruturas tradicionais do liberalismo, ao modelo aplicado na década de 20 e na busca por uma modernização tecnológica no cenário industrial e produtivo.