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na aplicação da constituição à realidade social, como se dá a interpretação de suas normas e das infraconstitucionais em face daquelas?

Constitucional

💡 2 Respostas

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Paulo Oliveira

Ao depararmos a aplicação da constituição com a realidade social, vimos algumas situações que cabe ressaltar, por exemplo quando tratamos dos direitos sociais garantidos pela constituiçõa que na pratica ocorre a falta de recursos para ser aplicado como esta transcrito na norma constitucional, conforme vimos quando falamos da reserva do possível fatica.

Bom agora enfim a pergunta, porque não tem como falar da realidade social sem entrarmos no que concerne os direitos sociais. A interpretação que damos das normas infraconstitucionais em face das normas constitucionais. É a chamada constitucionalização de diversos ramos do direito. Ou seja, é interpretar de forma que sejam respeitados todos os princípios constitucionais, através disso podemos quebrar vários paradigmas.

A Constituição assume um novo papel de regência das relações privadas e públicas, conferindo uma nova unidade do sistema jurídico. A posição hierárquica da Constituição e sua ingerência nas relações econômicas e sociais possibilitam a formação de um novo centro unificador do sistema, definindo seus verdadeiros pilares e pressupostos de fundamentação. A constitucionalização do Direito proporcionar uma releitura dos velhos institutos e conceitos do âmbito privado e publico, visando à concretização dos valores e preceitos constitucionais.

A Constituição, por ser um sistema de normas, é dotada de coercibilidade e imperatividade e, sendo assim, é perfeitamente suscetível de ser aplicada nas relações de direito publico e privado.

Boa Sorte!

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Júnior Oliveira

A Constituição Federal, lei máxima do País, é inviolável, devendo ser expurgado do ordenamento jurídico todo e qualquer ato normativo que com ela colida.

No entanto, a sua interpretação nem sempre deve ser realizada de forma puramente literal. Isso porque, como se sabe, todo o poder emana do povo (art. 1º, parágrafo único, CRFB/1988), de modo que as leis, embora geralmente elaboradas por representantes eleitos, são, no seu âmago, formulada pelo povo e para o povo.

Desse modo, a hermenêutica constitucional há que se voltar para o povo, para as demandas da realidade político-social daquele dos representados, que são os verdadeiros detentores do poder democrático, o que não quer dizer que essa vontade popular seja sempre seguida; afinal, vontades de contrariem os direitos humanos e as garantias individuais fundametais são ilegítimas e, portanto, violam a Constituição.

Importante ressaltar que o texto da Constituição nunca se contradiz, ainda que sua leitura literal indique isso. Quando um dispositivo da CFRB aparenta colidir com outro, é necessário realizar o que se denomina interpretação sistemática, de modo que se leia o dispositivo dentro de um contexto sistêmico, não simplista. Deve-se portanto ter as regras constitucionais vistas dentro de um todo uniforme, compacto e harmônico.

Em relação às normas infraconstitucionais, estas devem ser compatíveis com o texto da Constituição, sob pena de nulidade, em razão do vício de inconstitucionalidade.

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