São conceitos jurídicos indeterminados e subjetivos. Mesmo assim, alguns juristas tentam delimitá-lo. No entender do eminente jurista Marco Aurélio Greco, o pressuposto relevância está presente quando é necessária uma norma de nível legal. Se um decreto, por exemplo, for suficiente para resolver o problema, o grau de relevância para a edição de medida provisória não teria sido atingido.
A urgência é mais concreta e entende-se que esse pressuposto está caracterizado quando é impossível se esperar o tempo do processo legislativo ordinário.
Malgrado, contudo, todavia, entretanto, numa sociedade que anda a passos largos, em uma realidade dinâmica, a medida provisória em tese se torna um ato normativo necessário. Porém, num ordenamento que respalda o Estado Democrático de Direito, esse instituto deve ser admitido com muita cautela.
Em razão justamente da abstração e amplitude "lato sensu" do art. 62, o Chefe do executivo detinha um poder altamente discricionário concedido pelo Constituinte Originário.
A EC 32/01, com o intuito de enrijecer o poder de edição de medida provisória, terminou fazendo concessões inadmissíveis, algumas vezes inconstitucionais, além de limitar menos que deveria as matérias a serem tratadas por medida provisória e dando azo a permanência deste poder discricionário concedido ao Chefe do Executivo e muitas vezes utilizado de forma transversa ao proposto pelo PCO. Diante de uma interpretação sistemática da Constituição Federal, a medida provisória, na prática, teria sido o que se propôs a ser: um ato emergencial, excepcional e provisório. Inobstante o discorrido, a M.P. continua a ser utilizada na contramão do Estado Democrático de Direito e passando em brancas nuvens pelo Guardião da Carta Magna, o STF, que diante de flagrante vício de ilegalidade teria por obrigação interceder sem com isso ferir o Princípio da Tripartição dos Poderes.
Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nossos conhecimentos sobre Direito Constitucional III.
O entendimento dessa questão é que nesses casos o Presidente da República, de acordo com a Constituição Federal de 1988, poderá adotar medidas provisórias (MP), com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
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