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cmo fazer uma análise do poder regulamentar abordando especificamente a polêmica dos chamados decreto autômos praticado pelo chefe do poder executivo?

Utilizando 2 doutrinas no curso de administratrivo faça uma análise comparativa do poder regulamentar abordando espeificamente polêmica dos chamados decretos autõnomos praticados pelo chefe do poder executivo.

💡 2 Respostas

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Jonathan Humberto Freitas Ferreira

bom em sintese geral, é uma excessão a regra, pois de acordo com  o poder regulamentar, os decretos, regulamentos e outras peças utilizadas para explanar de forma a como proceder, não pode inovar na ordem jurídica, ou seja, não pode criar novas leis, nem cargos, nem suprimir. Porém, a de ver que o decreto autonomo carrega todas essas excessões, tendo que ser observado que não irá acarretar despesa, se for a criação de novas funçoes ou orgãos, e tambem poderá excluir funçoes e cargos desde que estejam VAGOS.
olha essa resposta é baseada no artigo 84  CF. espero ter sido claro e agregado de alguma forma conhecimento

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Especialistas PD

O exercício do poder regulamentar, por meio de decretos, permite que o executivo dê fiel execução às leis (art. 84, IV, CF), ou seja, que ele explicite o conteúdo da lei, detalhando seus dispositivos, sem, no entanto, restringir, ampliar ou contrariar suas disposições.

Ocorre que, com o advento da Constituição de 1988, a doutrina passou a indagar acerca de uma outra espécie de decreto, os decretos autônomos, que seriam normas expedidas pelo Executivo com fundamento direto na Constituição, e não em lei. Sobre o tema, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo ensinam que “até a promulgação da EC 32/2001 era francamente predominante na doutrina o entendimento de que a Constituição de 1988 operara completa abolição do decreto autônomo em nosso ordenamento. O texto constitucional somente aludia à expedição de decretos regulamentares, explicitando que tais atos devem assegurar a fiel execução da lei (art. 84, IV). Portanto, o constituinte originário realmente parece ter albergado no direito pátrio somente a figura do decreto de execução.

Todavia, a partir da EC 32/2001, passou a existir autorização expressa no inciso VI do art. 84 da Constituição para a edição de decretos autônomos pelo Presidente da República, específica e unicamente para dispor sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos”. (Direito Administrativo Descomplicado. 21ª ed. pg. 237)

Rafael Carvalho Rezende Oliveira, por sua vez, aponta outras hipóteses de decretos autônomos. Vejamos.

(...) “é possível mencionar três alterações formais à Constituição que instituíram hipóteses de poderes normativos autônomos fora do Poder Legislativo:

a) art. 84, VI, “a”, da CRFB, alterado pela EC 32/2001: dispensa a necessidade de lei para o tratamento da organização da Administração Pública Federal (regra aplicável, por simetria, aos Estados, Distrito Federal e Municípios), matéria agora disciplinada por decreto autônomo, com fundamento de validade no próprio texto constitucional, não havendo necessidade de promulgação de lei prévia;

b) art. 103-B, § 4.º, I, da CRFB, inserido pela EC 45/2004: o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) possui poder normativo, consubstanciado na prerrogativa de “expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências” (o STF, por ocasião do julgamento da ADC 12, considerou constitucional a Resolução 7/2005 do CNJ, editada com fundamento direto na Constituição); e

c) art. 130-A, § 2.º, I, da CRFB, inserido pela EC 45/2004: o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), no exercício de seus poderes normativos, assim como o CNJ, pode “expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências”.

Ao lado das três exceções apontadas e expressamente consagradas na Constituição, é possível admitir outros casos (não expressos) de poder normativo autônomo a partir da consagração do princípio da juridicidade. Em tempos de constitucionalização do ordenamento jurídico, a omissão legislativa não pode servir como um mecanismo fraudulento para impedir a plena efetividade do texto constitucional.

Reconhecidas a superioridade da Constituição e a centralidade dos direitos fundamentais, deve ser admitida a edição de regulamentos autônomos em relação às matérias não sujeitas à reserva legal, quando a Administração Pública tiver como norte o atendimento de objetivos (deveres) constitucionais.” (Curso de Direito Administrativo. e-book. 6ª ed. pg. 315-316)

 

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