Magna Carta, ou Magna Carta Libertatum, foi um documento de 1215 que limitou o poder dos monarcas ingleses, especialmente do Rei João.
O documento é um marco histórico, vez que representou o fim do poder absoluto. Segundo os termos da Magna Carta, João deveria renunciar a certos direitos e respeitar determinados procedimentos legais, bem como reconhecer que a vontade do rei estaria sujeita aos ditames da lei.
Por representar limitação de poderes do monarca, que agora deveria obedecer os ditames da lei, e criar condições para o surgimento de liberdades e direitos civis posteriormente conquistados, a Magna Carta é considerada o embrião do conceito moderno de constituição.
O documento, no entanto, não pode ser considerado uma constituição.
Nas palavras de Canotilho, temos três elementos para uma constituição ideal: escrita, divisão do Estado e garantias de liberdade aos cidadãos, senão vejamos Canottilho:
“a constituição deve consagrar um sistema de garantias da liberdade (esta essencialmente concebida no sentido do reconhecimento de direitos individuais e da participação do cidadão nos atos do poder legislativo através do parlamento)”.
Por esse motivo, faltam elementos para que o documento seja de fato uma constituição. Apesar de ser o embrião e ter possibilitado o surgimento destes, a carta de 1215 não trazia em seu âmago garantias de liberdades, mas apenas garantias aos Senhores feudais de que suas propriedades seriam respeitadas pelo Rei e dentro mais não fora escrito por um Parlamento legitimado. Logo, podemos notar que as regras expressas estavam ligadas a propriedade dos feudos e não a garantias individuais dos cidadãos.
Podemos então concluir que o documento de 1215 não é marco da primeira constituição.
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