Um policial militar no dia de folga na a frente de sua casa, discute com um transeunte...

não sera responsabilisado

A responsabilização do Policial Militar dependerá da análise de diversos fatores, tais como:

• O policial estava ou não em legítima defesa quando atirou?
• Se estava em legítima defesa, o policial agiu com excesso ou somente repeliu a injusta ameaça?
• Qual foi a intenção do policial ao atirar? Matar? Lesionar?
• Qual foi o resultado da conduta? O transeunte morreu? Foi lesionado? Lesionado como?
• A arma estava devidamente registrada?

Se após a análise desses fatores ficar provado que o Policial agiu em excesso, poderá sim ser responsabilizado nas esferas:

• Cível

Aqui, a responsabilidade decorre dos danos morais e materiais que o transeunte sofreu

• Penal

- Não há legítima defesa quando a injusta agressão é repelida de forma desproporcional;
- Se o Policial não pretendia repelir injusta agresssão, mas sim lesionar ou matar o transeunte, responderá por Lesão Corporal ou Homicídio, conforme sua intenção.

• Administrativa

- O art. 6º, II, do Estatuto do Desarmamento, embora permita o porte de armas pelos Policiais Militares, não os exime do dever de registrá-las. Portanto, se a arma do avô não fora transferida para o Policial segundo as normas administrativas, caberá sim punição nessa esfera. Além disso, a legislação não permite o porte, mesmo pelos Policiais, de toda e qualquer arma de fogo. Há limitações. Se descumpridas, caberá responsabilidade.