A emancipação serve apenas no espaço civil do direito? e no penal ?
O menor emancipado deve ter no mínimo 16 anos e não mais que 18 anos completos, até porque a partir dos 18 anos de idade a pessoa passa a ser adulta.
Não obstante, deve se ter em mente o enunciado do artigo 5ª do Código Civil de 2002, que por sua vez leciona:
Art. 5º - A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único - Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Notamos que o referido dispositivo legal explana três modalidades de emancipação:
Ainda mais, uma vez operada na forme da lei, a emancipação se torna irrevogável.
Deve se ter em mente que o menor emancipado, a partir da data da sentença de emancipação devidamente registrada no cartório de registro, não passa a ser um adulto, mas sim passa de uma incapacidade relativa ou total, para uma situação de plena capacidade civil, podendo assim gozar de direito e de deveres.
Quando emancipado, o menor passa a participar das relações civis com segurança de seus atos jurídicos, dando eficácia e segurança aos negócios jurídicos realizados entre as partes e terceiros envolvidos na relação. Passa a não existir a necessidade da representação legal para que o menor possa firmar suas transações comerciais, atos de consumo, e demais atos que antes necessitava de autorização de seu representante, devendo ser assistido.
No entanto é preciso observar que essa capacidade não exclui a obrigatoriedade do cumprimento da legislação vigente, pois onde estiver delimitada a idade de agir em 18 anos, ainda que emancipado o jovem não poderá exercer os atos atinentes a maioridade.
Referência
BRASIL. Lei de nº. 10.406 de 10 de janeiro de 2002. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm.
BRASIL. Lei de nº. 9.503 de 23 de setembro de 1997. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm.
BRASIL. Lei de nº. 8.069 de 13 de julho de 1990. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm.
BRASIL. Lei de 12.015 de 07 de agosto de 2009. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12015.htm.
BRASIL. Constituição da República Federativa de 1988. São Paulo: Saraiva, 2013;
BRASIL. Lei de nº. 6.015 de 31 de dezembro de 1973. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6015.htm.
https://andersonmaiaalmeida.jusbrasil.com.br/artigos/111757461/emancipacao-as-duvidas-de-uma-juventude-transviada
Primeiramente, temos que falar sobre a capacidade civil. A capacidade civil poderá ser Capacidade de Direito ou de Gozo e Capacidade de Fato. A capacidade de gozo Consiste na capacidade de contrair direitos; todos os indivíduos possuem tal capacidade visto que de acordo com o. Art. 1º C.C. “ Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.” Esta, também pode ser chamada de capacidade de gozo ou de aquisição. A capacidade de direito surge com o nascimento e termina com a morte. A capacidade de Fato é a aptidão para praticar pessoalmente os atos da vida civil, ou seja, é a possibilidade de praticar atos com efeito jurídico, adquirindo, modificando ou extinguindo relações jurídicas.
Agora, diante o exposto, podemo responder que uma pessoa emancipada está habita a exercer todos os direitos relativos a capacidade de fato, ou como vc disse na pergunta "exercer todos os direitos de uma pessoa maior". Porque toda pessoa tem faculdade de adquirir direitos, mas nem toda pessoa tem o poder de usá-los pessoalmente e transmiti-los a outrem por ato de vontade. E quando ela se emancipa ocorre o que chamamos de antecipação da capacidade civil de fato. É uma oportunidade que temos devido ao nosso legislador ter criado esta regra. Simplesmente por isso. Mas também não é simples assim, deve-se seguir esse procedimento:
OBRIGATORIEDADE DE REGISTRO DA EMANCIPAÇÃO: Quando a emancipação é concedida pelos pais ou por um deles na falta do outro ou judicialmente, só produz efeito depois de registrada.
PERÍODO EM QUE A EMANCIPAÇÃO PODE SER CONCEDIDA: A emancipação pode ser concedida entre 16 e 18 anos.
CARTÓRIO ONDE DEVE SER REGISTRADA A EMANCIPAÇÃO: No Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais do 1º Subdistrito da Sede da Comarca do domicilio do (a) emancipado (a).
"E no penal?" O Código Penal, o Código de Processo Penal, e o Estatuto da Criança e Adolescente não permitem que um menor, mesmo que emancipado, responda criminalmente por seus atos, uma vez que é inimputável.
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Boa Sorte!
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