FRAUDES NA EXECUÇÃO
Consistem em alienações ou onerações fraudulentas de bens para terceiros, em prejuízo à tutela executiva.
São atos contrários à boa-fé processual. E implicam na limitação da disponibilidade de bens do devedor.
- Espécies de fraudes:
Fraude contra credores e
Fraude à execução.
1. FRAUDE CONTRA CREDORES
Instituto de direito material – CC, arts. 158-165
Transferência de bens levada a efeito pelo devedor insolvente, não havendo processo em curso.
Devedor já insolvente se desfaz do patrimônio, ou se coloca em situação de insolvência.
Obs.: Mas se já há ação judicial contra ele, e depois se desfaz do patrimônio = fraude à execução.
- Vício social do negócio jurídico. Não recai sobre o consentimento do individuo, e sim sobre terceiros (credores).
- Pressupostos:
Objetivo – insolvência
Subjetivo – consilium fraudis ou scientia fraudis (terceiro tenha ciência a insolvência).
Scientia fraudis: ciência do terceiro acerca da insolvência do devedor. Transmissão onerosa: credor deve provar.
- Transmissão gratuita: presunção absoluta de fraude.
- Meio processual de reconhecimento: ação pauliana ou revocatória.
- Consequência:
- art. 159, CC: invalidade do negócio (anulação);
- parte da doutrina processual: ineficácia do negócio (Beneficia somente o autor da ação pauliana).
- Prazo: 4 anos (decadencial).
Material sobre o assunto:
https://www.passeidireto.com/arquivo/16382162/processo-civil-iv
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