O nosso organismo possui um sistema nervoso com grande capacidade de percepção do ambiente e de nosso meio interno. Para isso, ele conta com células especializadas, os neurônios, que garantem a transmissão de informações por meio da propagação do impulso nervoso.
O impulso nervoso é uma corrente elétrica que rapidamente se propaga pela membrana no neurônio.Esse impulso é fundamental para garantir a comunicação entre essas células nervosas.
→ Como o impulso nervoso propaga-se?
Para que o impulso nervoso seja propagado, é necessário que o neurônio esteja com a membrana em potencial de repouso e que sua superfície interna esteja com carga negativa de 70 a 90 milivolts. Essa fase é conhecida como polarização.
Em repouso, a membrana plasmática do axônio bombeia Na+ para o meio externo e, ao mesmo tempo, transfere íons K+ para o interior da célula. Nesse momento, pode ocorrer também a difusão passiva de sódio para o interior da célula e de potássio para fora. O potássio passa para o meio externo com maior rapidez do que o sódio entra, fazendo com que mais cargas positivas permaneçam fora da célula. São essas ações que determinam o potencial de repouso.
Quando o neurônio sofre estímulo, ocorre uma mudança transitória do potencial de membrana. Nesse momento, acontece a abertura dos canais iônicos e a entrada rápida de Na+, que estava em grande quantidade, no meio extracelular. Quando esse íon entra, ocorre a mudança de potenciale o interior do axônio passa a ser positivo (despolarização).
Esse conjunto de alterações sequenciais que garante a transição de potencial é chamado depotencial de ação. Essa mudança faz com que os canais de Na+ fechem-se e provoca a abertura dos canais de K+. O íon K+ começa a sair por difusão, e o potencial de repouso da membrana retorna ao normal (repolarização).
O impulso nervoso propaga-se rapidamente?
Os eventos de propagação do impulso nervoso ocorrem rapidamente. A mudança do potencial de repouso para o potencial de ação e seu retorno ao repouso demoram aproximadamente 5 ms. Também vale destacar que ocorre em apenas uma parte da membrana e vai propagando-se ao longo do axônio. Ao chegar ao final dessa estrutura, promove a liberação de neurotransmissoresque vão estimular ou inibir outras células.
Para ocorrer um novo estímulo, a célula nervosa deve esperar um período de tempo, chamado de período refratário absoluto, no qual não há nenhuma resposta a estímulos. Depois de um certo período, estímulos fortes podem desencadear o estímulo.
→ Tudo ou nada!
Costuma-se dizer que um impulso nervoso ocorre de acordo com o princípio do tudo ou nada. Isso significa que um impulso não será gerado a não ser que o estímulo possua uma determinada intensidade, o chamado limiar de excitação. Além disso, independentemente da intensidade, o impulso será o mesmo.
O impulso é produzido por um fluxo de partículas carregadas através da membrana, que gera uma corrente elétrica de modo que depende da existência de diferentes concentrações de íons em ambos os lados da membrana celular e na capacidade de transporte ativo para através dessas membranas para gerar uma diferença no potencial eletroquímico dentro e fora da célula.
Isso começa com uma descarga química que causa uma corrente elétrica na membrana da célula pré-sináptica (célula emissora); uma vez que esse impulso nervoso atinge o fim do axônio (a conexão com a outra célula), o próprio neurônio secreta um tipo de compostos químicos (neurotransmissores) que são depositados na fenda ou no espaço sináptico (espaço intermediário entre esse neurônio transmissor e o neurônio) e neurônio pós-sináptico ou receptor).
Estas substâncias secretadas ou neurotransmissores (norepinefrina e acetilcolina, entre outros) são responsáveis por excitar ou inibir a ação da outra célula chamada célula pós-sináptica.
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