Buscar

Atps de contabilidade avançada II quem tem ?

💡 2 Respostas

User badge image

Danielli Silva

INTRODUÇÃO:

           

            A Atividade Prática Supervisionada (ATPS) da disciplina de Contabilidade Avançada II é componente curricular do Curso de Ciências Contábeis do Centro de Educação a Distância da Universidade Anhanguera Uniderp. A presente atividade irá ajudar o aluno a entender temas como a Avaliação de Investimento em Participações Societárias, os principais pontos de uma Joint Venture, e a aplicabilidade contábil dos juros sobre capital próprio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 18

 

            O objetivo do Pronunciamento CPC 18 é estabelecer a contabilização de investimentos em coligadas e em controladas e definir os requisitos para a aplicação do método da equivalência patrimonial quando da contabilização de investimentos em coligadas, em controladas e em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures).

            Este Pronunciamento deve ser aplicado por todas as entidades que sejam investidoras com o controle individual ou conjunto de investida ou com influência significativa sobre ela. Organização Coligadaé a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa.

            São utilizados neste pronunciamento os seguintes significados;

            Coligada é a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa.

            Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um grupo econômico, em que ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica.

            Método da equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida. As receitas ou as despesas do investidor incluem sua participação nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados abrangentes do investidor incluem a sua participação em outros resultados abrangentes da investida.

            Negócio em conjunto é um negócio do qual duas ou mais partes têm controle conjunto.

            Controle conjunto é o compartilhamento, contratualmente convencionado, do controle de negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle.

            Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um acordo conjunto por meio do qual as partes, que detêm o controle em conjunto do acordo contratual, têm direitos sobre os ativos líquidos desse acordo.

            Investidor conjunto (joint venturer) é uma parte de um empreendimento controlado em conjunto (joint venture) que tem o controle conjunto desse empreendimento.

            Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas.

 

 

OPERAÇÕES BÁSICAS QUE AS PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS ENVOLVEM

           

            Participações Societárias são aplicações de recursos que determinada empresa, doravante denominada investidora, efetua na aquisição de ações ou cotas de outra empresa, doravante denominada investida, com o objetivo de:

ü  Garantir atividade complementar;

ü  Garantir fornecimento de matéria-prima, tecnologia, serviços;

ü  Aumentar participação no mercado;

ü  Manter cliente estratégico.

            OBS.: Geralmente, as atividades da investidora e da investida, de alguma forma, se complementam. Quando o objetivo da aquisição de participação societária for obtenção de retorno pela venda de tais participações, as mesmas serão classificadas como Instrumentos Financeiros.

            Os investimentos em participações societárias podem ser avaliados pelo Método de Custo de Aquisição (MCA) ou Método da Equivalência Patrimonial (MEP)

            A adoção do MEP é prerrogativa e obrigação daquelas empresas que se enquadrem nas condições definidas em lei.

            As empresas observarão segundo sua natureza, as normas da Lei das S.A, legislação fiscal;

            As companhias abertas a Comissão de Valores Mobiliários (CVM);

            Instituições Financeiras o Banco Central do Brasil; e

            Os pronunciamentos do Comitê de Procedimentos Contábeis.

            A Lei 11.941/2009 alterou e simplificou as regras para determinar o método de avaliação que deve ser aplicado às participações societárias. O art. 248 da Lei nº 6.404 passou a ter a seguinte redação:

            Lei 6.404/76, art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo, ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial.

            O CPC 18 determina que: O investimento em coligada e em controlada deve ser contabilizado pelo método de equivalência patrimonial, exceto quando classificado como mantido para venda, conforme o Pronunciamento Técnico CPC 31 –Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada e em raríssimas outras situações.

 

            Classificação das participações societárias – As participações societárias podem ser classificadas em Controladas, Coligadas ou Outras Participações. A classificação das participações depende, basicamente, dos seguintes fatores:

ü  Quantidade e tipo de ações ou cotas que a investidora detém do capital da investida;

ü  Influência da investidora na administração da investida.

 

 

AGIO OU DEFAGIO NA AQUISIÇÃO DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA

 

 

            Quando da aquisição de investimento em sociedade controlada ou coligada, sujeito à avaliação pelo valor de patrimônio líquido, o custo de aquisição deverá ser desdobrado em subcontas distintas da conta que registrar o valor contábil do investimento, de forma a evidenciar:

            a) o valor do investimento em função da participação no patrimônio líquido da sociedade investida apresentado em balanço patrimonial ou balancete de verificação levantado, no máximo, até dois meses antes da data da aquisição;

            b) o ágio ou deságio verificado na aquisição, representado, respectivamente, pela diferença para mais ou para menos apurada entre o custo de aquisição do investimento e o valor contábil do investimento determinado mediante aplicação da porcentagem de participação da sociedade investidora no patrimônio líquido da sociedade investida.

            O ágio ou deságio computado na ocasião da aquisição do investimento deverá ser contabilizado com a indicação do fundamento econômico que o determinou, enquadrado entre os seguintes:

            a) diferença para mais (ágio) ou para menos (deságio) entre o valor de mercado de bens do ativo e o valor contábil desses mesmos bens na sociedade investida;

            b) diferença para mais (ágio) ou para menos (deságio) pela expectativa de rentabilidade baseada em projeção do resultado de exercícios futuros;

            c) fundo de comércio, intangíveis e outras razões econômicas

            Já a amortização do ágio ou do deságio computado por ocasião da aquisição do investimento poderá ser efetuada pela sociedade investidora com observância dos seguintes critérios:

  • Diferença entre o valor de mercado e o valor contábil dos bens do ativo da sociedade investida - a amortização será feita na proporção em que a realização dos bens for ocorrendo na sociedade coligada ou controlada através de depreciação, amortização ou exaustão, ou por baixa em decorrência de alienação ou de perecimento;
  • Expectativa de rentabilidade baseada em projeção do resultado de exercícios futuros - a amortização feita no prazo e na extensão das projeções que o determinaram ou quando houver baixa em decorrência de alienação ou de perecimento do investimento antes de haver terminado o prazo para amortização;
  • Fundo de comércio, intangíveis e outras razões econômicas - a amortização será feita no prazo estimado de utilização, de vigência ou de perda de substância ou quando houver baixa em decorrência de alienação ou de perecimento do investimento antes de haver terminado o prazo para amortização.

            O saldo não amortizado do ágio ou do deságio deverá ser apresentado no ativo permanente, adicionado ou deduzido, respectivamente, do valor do investimento a que se referir.

            Se, por ocasião da primeira avaliação do investimento pelo método de equivalência patrimonial, o patrimônio líquido da sociedade coligada ou controlada fosse negativo, o valor de aquisição do investimento seria contabilizado como ágio.

 

 

 

JOINT VENTURE

 

            A Joint Venture é um instrumento jurídico que estabelece as regras de relacionamento entre duas ou mais empresas, sem interferir na estrutura societária, restringindo-se aos aspectos operacionais. Normalmente é celebrada entre duas empresas visando a troca ou transferência de tecnologia, experiências e realização de operações de forma conjunta.

            É uma parceria entre agentes econômicos com competências diversas com o intuito de unir forças e criar uma sinergia mútua para a realização de um empreendimento comum ou ampliar oportunidades de negócios em benefício dos parceiros.

            As visões positivas de uma joint-venture são:

            a) não há participação societária, mas tão somente um relacionamento operacional, com prazo determinado, que pode ser prorrogado segundo vontade das partes;

            b) a empresa menos desenvolvida recebe apoio da mais desenvolvida por aporte de tecnologia, conhecimento e acesso a novos mercados, etc;

            c) obrigam a empresa a ajustar-se a uma nova realidade e adotar praticas de gestão mais eficazes;

            d) ensinam a compartilhar conhecimentos e experiências.

            Já visões negativas são:

            a) a empresa não tem cultura para conviver com terceiros no seu processo de administração;

            b) o parceiro não é bem escolhido, criando riscos de investimentos sem retorno;

            c) abertura da empresa a terceiros sem uma garantia de continuidade;

            d) a joint-venture não agrega nada de especial a empresa.  

            A celebração de uma joint-venture requer um amplo levantamento prévio das partes, conhecendo profundamente o processo que justifica a joint-venture, especialmente quando se trata de transferência de tecnologia. Todavia, a joint-venture dá a oportunidade das partes se conhecerem melhor antes de partir para uma etapa de participação societária.

            Muitas vezes a joint-venture é feita sem nenhum intuito de participação societária futura.  O intuito da mesma é bastante complexo e envolve diversas temáticas, tais como regras próprias e específicas. Além disto, apesar do termo joint venture não possuir uma tradução literal para o nosso idioma, podemos defini-lo como a formação de uma parceria entre agentes econômicos com competências diversas com o intuito de unir forças e criar uma sinergia mútua para a realização de um empreendimento comum ou ampliar oportunidades de negócios em benefício dos parceiros.

            Sublinha-se ainda que a constituição de uma joint venture pode ou não resultar na criação de uma nova pessoa jurídica, sendo possível que os participantes do negócio comum definam a melhor estratégia para lograr o resultado esperado.

            As joint ventures podem ser nacionais ou internacionais, sendo assim classificadas de acordo com a nacionalidade dos participantes co-ventures.

            Como o próprio nome diz, a joint venture nacional é formada por participantes da mesma nacionalidade. Por outro lado, a joint venture internacional é composta por co-ventures de nacionalidades diversas, em que um deles é uma empresa estrangeira que se associa com a do país onde deseja executar o projeto.

            Destaca-se que a joint venture internacional ou transnacional é uma excelente opção de parceria, haja vista o know-how da empresa estrangeira no seu mercado de atuação. Fator este que poderá ser aproveitado pela empresa local, especialmente a capacidade tecnológica, empresarial e financeira da primeira.

            Importante frisar que a definição de joint venture internacional não é pacífica entre os doutrinadores, vez que tal instituto está diretamente relacionado às relações econômicas internacionais, área bastante dinâmica e repleta de peculiaridades.

            Diante das imprecisões a respeito de uma definição clara e precisa do termo joint venture, a melhor alternativa é não classificá-la em nenhum instituto de direito interno e considerá-la, como explanado acima, um mecanismo de cooperação entre empresas que não possui uma forma jurídica específica.

 

 

APLICABILIDADE CONTÁBIL DOS JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO

 

 

TOPICOS A SEREM EXPLICADOS

EXPLICAÇÃO E EXEMPLO

Custo de Oportunidade do Capital Próprio

Leva em consideração o retorno de outras oportunidades para o uso dos fundos em avaliação.

Juros sobre o Capital Próprio

Os Juros sobre o Capital Próprio (JSCP) constituem-se numa espécie de remuneração do capital do sócio e/ou acionista pelo capital investido no empreendimento, sem prejuízo da distribuição dos lucros que tem direito. A Remuneração do Capital Próprio, seria a garantia dado ao investidor pelo capital emprestado

Legislação aplicável e base de cálculo

Os juros sobre o capital próprio foram definidos pela lei 9249/95.

Procedimentos para o cálculo

1) Primeiro, determina-se a remuneração da TJLP no ano em curso pro-rata; 2) Multiplica-se esta taxa pelo valor do Patrimônio Liquido da empresa menos as reservas de realização; 3)Depois calcula-se quanto é 50% do lucro do período e 50% dos lucros acumulados e, de um destes dois, escolhe-se o maior;4) depois de escolhido o valor, o mesmo é comparado ao do item 2 e escolhe-se o menor; 5) O valor calculado será o valor de juros sobre o capital a ser constituído pela empresa.

Limites para a dedutibilidade

Os juros sobre o capital próprio são dedutíveis da base de calculo do IR e CSL, isto é, eles são classificados como se fossem uma despesa e reduzem o valor de IR e CSL a pagar.

 Equipe que realizou a Atividade Prática Supervisionada

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

ü  MIRANDA, Maria B.; MALUF, Clovis A. O Contrato de Joint Venture como Instrumento Jurídico de Internacionalização das Empresas. Portal de e-governo, inclusão digital e sociedade do conhecimento. Disponível em: <http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/28558-28576-1 PB.pdf>. Acesso em: 26 maio 2013.

ü  Livro Texto da Disciplina - PEREZ JUNIOR, José Hernandez; OLIVEIRA, Luis Martins de. Contabilidade avançada: texto e testes com as respostas. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

ü   COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 18 (R2)  Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 28 (IASB – BV 2012)

Avaliação de Investimentos em Participações Societárias, CONTABILIDADE AVANÇADA I –7º Termo de Ciências Contábeis Profª MSc. Maria Cecilia Palácio 
0
Dislike0
User badge image

Jackeline Silva

Pelo método de custo



0
Dislike0

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

✏️ Responder

SetasNegritoItálicoSublinhadoTachadoCitaçãoCódigoLista numeradaLista com marcadoresSubscritoSobrescritoDiminuir recuoAumentar recuoCor da fonteCor de fundoAlinhamentoLimparInserir linkImagemFórmula

Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.

User badge image

Outros materiais

Outros materiais