Como a parte superior do braço humano está no mesmo nível do coração, as medidas de pressão sanguínea feitas nesse resultam em valores próximos dos que ocorrem perto do coração, isto é, não há diferença significativa de pressão hidrostática.
Durante um ciclo completo de bombeamento do coração, a pressão no coração e no sistema circulatório passa por um máximo (quando o coração se contrai, e se esvazia de sangue) e por um mínimo (quando coração relaxa e se enche de sangue das veias).
O esfigmomanômetro é um instrumento utilizado para medir estes extremos de pressão de forma indolor e não invasiva. Seu uso se baseia no fato de que o fluxo sanguíneo nas artérias não é sempre laminar. Quando as artérias são constringidas e a taxa de fluxo sanguíneo é maior, o fluxo torna-se turbulento. Esse fluxo turbulento é ruidoso e pode ser ouvido com um estetoscópio.
O fato do braço conter apenas um osso torna mais fácil comprimir a artéria branquial lá localizada.
No esfigmomanômetro o aumento de pressão num saco de ar amarrado em volta do braço é medido usando um manômetro. A pressão no saco é inicialmente aumentada até que a artéria branquial seja totalmente fechada. A pressão no saco é então vagarosamente reduzida, enquanto um estetoscópio é utilizado para ouvir o ruído na artéria branquial sob o saco. Quando a pressão está pouco abaixo da pressão sistólica (máximo de pressão) produzida pelo coração, a artéria abrirá brevemente. Porque esta é apenas parcialmente aberta, a velocidade do fluxo é alta e o fluxo turbulento e desta forma ruidoso, similar a uma batida repetitiva.
Enquanto a pressão no saco diminui, a artéria permanece aberta durante maiores porções do ciclo do coração mas ainda está fechada durante a porção da pressão diastólica (mínimo de pressão) do ciclo. Desta forma, sons são ouvidos, mas interrompidos por períodos de silêncio. Quando a pressão no saco alcança a pressão diastólica, a artéria permanece aberta durante um ciclo inteiro do coração. Nessa pressão o fluxo ainda é turbulento e ruidoso (particularmente na pressão diastólica), mas o som é contínuo. Desta maneira, ambas as pressões, diastólica e sistólica, podem ser medidas sem a técnica de cateterismo, onde se insere um cateter na artéria para medir a pressão diretamente dentro da artéria.
As pressões no sanguíneas são normalmente apresentadas como a razão sistólica/diastólica. Leituras típicas para uma pessoa adulta em repouso estão em torno de 120/80 em torr e 16/11 em kPa. O limite para altas pressões sanguíneas (hipertensão) é usualmente definido em 140/90 em torr e 19/12 em kPA. Pressões acima deste nível requerem atenção médica, porque alta pressão sanguínea prolongada pode levar a danos sérios no coração ou outros orgãos antes que uma pessoa perceba qualquer problema. Nos últimos anos tem aumentado a ênfase em programas controle de pressão que atingem grande parte da população para descobrir pessoas com alta pressão não detectada.
Texto traduzido e adaptado de “Physics”, J.W. Kane and M.M. Sternheim, John Wiley and Sons(1983) páginas 274-275.
Fonte: (http://www.fisica.ufmg.br/fmsfdist/equacao_bernoulli/bernoulli_esfigmomanometro.htm )
Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre Biofísica.
A turbulência fisiológica ocorre nas porções proximais da aorta e da artéria pulmonar, devido à alta velocidade do fluxo sanguíneo, da natureza pulsátil do fluxo, da alteração súbita do diâmetro do vaso e do grande diâmetro do vaso, todos fatores que geram condições apropriadas para a formação de um fluxo turbulento.
A pressão sistólica depende do débito sistólico, da velocidade de ejeção e da distensibilidade das artérias. A pressão diastólica depende da pressão alcançada na sístole, da resistência periférica e do tempo de duração da diástole.
A pressão arterial média (PAM) não é igual a média entre as pressões sistólicas e diastólicas, porque existe variações nas fases do ciclo cardíaco. A pressão diastólica representa 60% da PAM, portanto, a pressão sistólica representa 40% da PAM.
Os fatores que afetam a Pressão de Pulso (ou Pressão Diferencial, é a diferença entre a pressão sistólica e a pressão diastólica) são: o débito sistólico, a distensibilidade total da árvore arterial e a ejeção ventricular (menor importância).
Portanto, para se determinar a pressão sistólica e a pressão diastólica, basta obter a pressão arterial média, sendo que 60% do valor representa a pressão diastólica e o restante é a pressão sistólica.
Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre Biofísica.
A turbulência fisiológica ocorre nas porções proximais da aorta e da artéria pulmonar, devido à alta velocidade do fluxo sanguíneo, da natureza pulsátil do fluxo, da alteração súbita do diâmetro do vaso e do grande diâmetro do vaso, todos fatores que geram condições apropriadas para a formação de um fluxo turbulento.
A pressão sistólica depende do débito sistólico, da velocidade de ejeção e da distensibilidade das artérias. A pressão diastólica depende da pressão alcançada na sístole, da resistência periférica e do tempo de duração da diástole.
A pressão arterial média (PAM) não é igual a média entre as pressões sistólicas e diastólicas, porque existe variações nas fases do ciclo cardíaco. A pressão diastólica representa 60% da PAM, portanto, a pressão sistólica representa 40% da PAM.
Os fatores que afetam a Pressão de Pulso (ou Pressão Diferencial, é a diferença entre a pressão sistólica e a pressão diastólica) são: o débito sistólico, a distensibilidade total da árvore arterial e a ejeção ventricular (menor importância).
Portanto, para se determinar a pressão sistólica e a pressão diastólica, basta obter a pressão arterial média, sendo que 60% do valor representa a pressão diastólica e o restante é a pressão sistólica.
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