A CF de 1988 tornou a Assistência Social uma política pública de caráter universal, acessível a quem dela necessitar, independentemente de prévia contribuição. Assim como as demais políticas sociais, a Assistência Social experimentou um avanço significativo a partir da Constituição de 1988, sendo desenhada com um perfil universalista e abrangente, com vistas ao enfrentamento das diversas expressões da questão social presentes na sociedade. Tal avanço, não se pode esquecer, se deu graças às lutas da população e dos movimentos organizados e num momento histórico de democratização em que se iniciou no país o desenho de um modelo abrangente de atendimento público, aos moldes dos Estados de Bem-Estar Social. No entanto, tal movimento foi engolido pela investida neoliberal já nos primeiros anos da década de 1990, quando houve o total desmonte dos direitos e políticas sociais, que passaram a ser submetidas aos interesses do grande capital. Nesse sentido, apesar de apresentar, na teoria, importantes programas e projetos para o enfrentamento da questão social, na prática a política de assistência social acaba, muitas vezes, sendo usada para atender a interesses particulares, com caráter assistencialista, clientelista e de favor, a despeito de se constituir enquando direito de cidadania garantido na Constituição e na legislação brasileira.
Fonte: texto elaborado por Camila Franciscato de Bastos.
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Política Setorial de Assistência Social
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