“O presidencialismo teve origem nos Estados Unidos, surgindo como resultado do trabalho dos legisladores que elaboraram a Constituição de 1787.
A despeito de não ter sido cunhado a partir de uma obra teórica que houvesse elaborado o sistema previamente, é inegável a influência da obra “Do Espíritos das Leis” teve sobre os constituintes norte-americanos, de forma que vários conceitos defendidos naquela obra foram levados em consideração para a criação do sistema.
O surgimento resultou da necessidade que existia entre as treze colônias recém-independentes de fortalecerem os laços existentes entre si para por termo a problemas comuns que somente poderiam ser resolvidos de forma conjunta. A criação de manutenção de um exército comum, a adoção de uma única moeda e o estabelecimento de regras para o comércio e as relações internacionais passava pela criação de um governo central com autoridade e poder para assumir a coordenação de tais funções.
Por outro lado, da experiência da vivência sob o regime da coroa britânica fez surgir nos norte-americanos repulsa pelo regime monárquico. Idealizou-se que o novo sistema de governo tornasse possível a aplicação de ideais democráticos como liberdade, igualdade e soberania popular e obstasse a concentração de todos os poderes do Estado na mão de um único indivíduo, o que resultou no acolhimento da teoria das separações dos poderes.
Malgrado a rejeição pela monarquia, Paulo Bonavides vê na figura do Presidente uma reminiscência republicana do rei da Inglaterra e das prerrogativas de que dispunha. Entende o referido autor que o presidencialismo surgiu a partir de adaptações da monarquia parlamentarista inglesa que teria sido modificada até resultar em novo modelo de organização do poder político.” (Fonte: http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,sistema-presidencialista-de-governo,50259.html)
“Desde a primeira Constituição, datada de 1891, o Brasil adotou o sistema de governo presidencialista. O regime foi mantido na Constituição de 1988 e ainda confirmado por plebiscito em 1993. A maioria da população optou por conservar tanto a forma de governo republicana como o sistema presidencialista, só interrompido por um breve período parlamentarista, entre 1961 e 1963, durante o mandato do presidente João Goulart.” (Fonte: https://www.senado.gov.br/noticias/Especiais/eleicoes2010/historia/presidencialismo-nasceu-com-a-republica-e-foi-confirmado-por-plebiscito-em-1993.aspx)
Mais recentemente, nosso presidencialismo evoluiu para o que a doutrina chama de presidencialismo de coalizão. Bruno André Blume explica esse modelo da seguinte forma:
“No Brasil, o sistema de governo surgido da Constituição de 1988 veio a ser chamado de presidencialismo de coalizão – expressão do cientista político Sérgio Henrique Abranches – justamente pela forma como o presidente precisa se portar perante o Congresso Nacional.
O presidencialismo de coalizão surge pelos seguintes motivos. O primeiro motivo é o multipartidarismo, a existência de vários partidos políticos diferentes representados no Congresso. Em sistemas com muitos partidos em constante disputa, fica muito difícil para um partido sozinho alcançar uma maioria no parlamento. O segundo fator-chave é a separação das eleições para o Executivo e o Legislativo, o que dá a chance do eleitor escolher um presidente de um partido e representantes parlamentares de outros partidos.
Como muitas leis e votações são imprescindíveis para que o Poder Executivo possa colocar em prática suas bandeiras políticas e promessas de campanha, surge a necessidade do presidente e seu partido criarem alianças com outros partidos políticos representados no Congresso. É assim que surge uma coalizão de apoio ao presidente. Essas coalizões são, na verdade, muito mais comuns em sistemas parlamentaristas do que em sistemas presidencialistas, mas se tornaram um traço típico do sistema de governo brasileiro.” (Fonte: https://www.politize.com.br/presidencialismo-sistemas-de-governo/)
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Direito Administrativo e Direito Constitucional
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