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Modelo Keynesiano simplificado?

Explicar melhor o modelo adotado pelo Keynes.

💡 5 Respostas

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Celso Lemos

Modelo Keynesiano Simples de Determinação de Renda

Partamos de algumas hipóteses simplificadoras:

- Economia sem "lado monetário";
- Preços fixos;

O MKS é um modelo que analisa o comportamento do Mercado de Bens. Nele, a demanda é o elemento central na determinação do nível de atividade de uma economia.

Em uma Economia Fechada e sem Governo

1. Y = C + I

2. Função Consumo

O Consumo (C) é uma função linear da renda => C = F (Y), composta da soma do Consumo Autônomo (Ca) com o produto entre a propensão marginal ao consumo (c) e a renda (Y), conforme abaixo:

C = Ca + c.Y

- O Consumo Autônomo é a parcela do consumo que não depende diretamente da renda;
- A propensão marginal ao consumo é um número entre zero e um, excluídos estes. Este número indica a parcela da renda dedicada ao consumo e indica o impacto de uma variação na renda sobre o gasto com consumo.

O gráfico da função consumo é uma reta, ascendendo, e cortando o eixo vertical (C) na altura Ca.

3. Função Poupança

Aqui, a Poupança (S) é uma função da renda => S = F (Y), composta da soma do Consumo Autônomo Negativo (- Ca) com o produto entre a propensão marginal a poupar (s) e a renda (Y), conforme abaixo:

S = -Ca + s.Y

S = Montante poupado
Ca = Consumo Autônomo
s = Propensão marginal a poupar
Y = Renda

- A propensão marginal a poupar é um número entre zero e um, excluídos estes. Este valor, somado à propensão ao consumo, resulta em um => s = 1 - c

S = -Ca + (1 - c).Y

4. Função Investimento

A Função Investimento é autônoma (I = Ia).

Resumindo:

1) Y = C + I
2) C = Ca + c.Y
3) S = -Ca + s.Y
4) I = Ia

Substituindo (2) e (4) em (1), teremos:

Y = Ca + c.Y + Ia
Y - c.Y = (Ca + Ia) - a soma entre Ca e Ia é igual a A (soma dos fatores autônomos)
Y (1 - c) = A

Y / (1 - c) = A - aplicando "Δ" (delta), como a variação da renda e a variação dos fatores autônomos, temos:

ΔY = 1/(1-c) . ΔA => 1/(1-c) é chamado de "α" (alpha). Com isso, chegamos à fórmula:

ΔY = α . ΔA

ΔY = variação da renda
α = multiplicador dos gastos autônomos
ΔA = variação dos gastos autônomos

A propriedade que se pode extrair daqui é o chamado Efeito Multiplicador do Gasto: uma variação em um componente de gasto (ΔA) promove uma variação mais que proporcional na renda (ΔY).

- Quanto maior a propensão ao consumo (c), maior será o "α".
- s = 1-c, sempre vale lembrar. Então é possível fazer a equação levando em conta ou a propensão ao consumo ou a propensão a poupar.
- Portanto, quanto maior a propensão a poupar (s), MENOR será o "α".

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Andre Smaira

As noções iniciais básicas do modelo keynesiano consistem nas hipóteses de que a renda (produto) é determinado pela demanda agregada (Consumo, Investimento e Gasto do Governo), o nível de preços é constante e não existem restrições pelo lado da oferta para a expansão do produto. Dessa forma, como a demanda agregada determina o produto, a curva de oferta agregada é horizontal, visto que os preços são fixos. Com efeito, a variável de ajuste da economia, diferente do modelo clássico, são as quantidades, em que as empresas produzem justamente o necessário para atender a demanda. A partir dessas hipóteses surgem elementos como a importância dos estoques no ajustamento da produção pelas empresas, do multiplicador keynesiano mostrando os efeitos multiplicadores do gasto sobre o nível do produto e a importância do gasto governamental como forma de deslocar a demanda agregada e elevar o produto de equilíbrio.

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Andre Smaira

As noções iniciais básicas do modelo keynesiano consistem nas hipóteses de que a renda (produto) é determinada pela demanda agregada (Consumo, Investimento e Gasto do Governo), o nível de preços é constante e não existem restrições pelo lado da oferta para a expansão do produto. Dessa forma, como a demanda agregada determina o produto, a curva de oferta agregada é horizontal, visto que os preços são fixos. Com efeito, a variável de ajuste da economia, diferente do modelo clássico, são as quantidades, em que as empresas produzem justamente o necessário para atender a demanda. A partir dessas hipóteses surgem elementos como a importância dos estoques no ajustamento da produção pelas empresas, do multiplicador keynesiano mostrando os efeitos multiplicadores do gasto sobre o nível do produto e a importância do gasto governamental como forma de deslocar a demanda agregada e elevar o produto de equilíbrio.

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