A obrigação natural, porém, possui quase todos os caracteres da obrigação civil, quais sejam: elemento subjetivo (credor e devedor), objetivo (a prestação) e vínculo jurídico, embora incompleto, pois carece da exigibilidade. Dessa forma, quando adimplida voluntariamente a dívida, ainda que em virtude de erro do devedor, ter-se-á pagamento válido, que poderá ser retido pelo credor. Não se trata, portanto, de liberalidade.
Já na obrigação moral, não há vínculo jurídico. Assim, quando cumprida, não se tem o adimplemento de uma dívida. Entretanto, importa destacar que é vedado demandar a restituição desse cumprimento sob o argumento de que não se estava compelido ao mesmo.
Não podemos confundir a obrigação natural com a obrigação nula. A primeira é uma obrigação válida, ainda que incompleta. A segunda obrigação não produz efeitos na esfera jurídica.
Obrigações naturais: permite que o devedor não a cumpra e não dá o direito ao credor de exigir sua prestação na justiça. Entretanto, se o devedor realizar o pagamento da obrigação, não terá o direito de requerê-la novamente, pois não cabe o pedido de restituição. (Ex: Dívidas de jogos - apostas).
Obrigações morais: é aquela que encontra seu principal fundamento nas normas morais, que por sua vez residem na consciência de cada indivíduo, podendo este cumpri-las ou não, sem sofrer nenhum tipo de sanção objetiva em caso de descumprimento.
Obrigações nulas: quando o objeto é impossível, a obrigação é nula. A impossibilidade é física quando atenta contra as "leis da natureza". Em contrapartida, a jurídica ocorre quando o ordenamento jurídico proíbe certo ato.
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