A questão não é tão simples assim. A resposta acima se amolda à corrente natalista da personalidade, que é/ra adotada pelos civilistas clássicos. No entando, modernamente a doutrina entende que se há direito ao nascituro, entre outros à vida e a alimentos, é porque o nascituro tem personalidade, pois não se pode conceder direitos sem conceber a capacidade de fato ou de direito para tê-los, consoante o pensamento de Chinelatto.
Nesse sentido, para a teoria concepcionista, majoritária hoje, a personalidade começa desde a concepção. O nascituro, tem, pois, legitimidade para pleitear a tutela jurisdicional do Estado e o fará representado por sua gestante, como no caso dos alimentos gravídeos, bem como nos demais direitos da personalidade.
Ocorre que, no tocante aos direitos patrimoniais o seu gozo estará condicionado ao nascimento com vida, no que faz Maria Helena Diniz concluir que o nascituro tem personalidade jurídica formal (direitos da personalidade), mas não tem a material (de gozar de direitos patrimoniais).
Segundo o artigo 2º do Código Civil, "a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro."
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