Segundo o Código Florestal, considera-se Área de Preservação Permanente (APP) a “área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas” (art. 3º, II).
As Áreas de Preservação Permanente têm incidência sobre imóveis em área rural ou urbana.
A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado (art. 7º, caput, Lei nº 12.651/2012).
Nota-se que a incidência de Áreas de Preservação Permanente em propriedades públicas ou privadas, assim como a obrigação de manter a vegetação, são tanto do proprietário como do possuidor ou mesmo do ocupante a qualquer título.
Caso tenha ocorrido supressão de vegetação situada em Área de Preservação Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, é obrigado a promover a recomposição da vegetação, ressalvados os usos autorizados no Código Florestal, como será abordado. Aliás, essa obrigação possui natureza real e é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural (art. 7º, §§ 1º e 2º, Lei nº 12.651/2012).
Existem duas modalidades de Áreas de Preservação Permanente:
Considera-se Reserva Legal a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos da Lei nº 12.651/2012, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa (art. 3º, III).
Os institutos da Reserva Legal e da Área de Preservação Permanente não se confundem. A primeira é aplicável às propriedades e posses rurais no País, ao passo que a incidência de uma APP ocorre em áreas urbanas ou em áreas rurais que se enquadrem nas espécies elencadas pelo art. 4º ou aquelas instituídas em conformidade com o art. 6º, ambos do Código Florestal.
A Reserva Legal deve ser conservada com cobertura de vegetação nativa pelo proprietário do imóvel rural, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado (art. 17, caput).
Os percentuais da Reserva Legal são definidos de acordo com a região do Brasil.
A Lei do SNUC define unidade de conservação como “o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção” (art. 2º, I).
Cada unidade de conservação é um espaço definido pelas suas características ambientais, em especial seus recursos naturais, em que o manejo deve ocorrer em bases sustentáveis para atender às presentes e futuras gerações.
O regime especial de administração, por sua vez, pressupõe a administração integrada e participativa do Poder Público e da sociedade civil em cada unidade, possibilitando que as normas e regras de seu manejo se definam em bases dialógicas e democráticas.
As unidades de conservação dividem-se em dois grupos:
Fonte: Fabiano Melo. Direito Ambiental. 2ªed. e-book. pgs. 310, 323 e 376.
Reserva Legal nada mais é do que a área localizada na propriedade ou posse rural determinando os percentuais de vegetação que devem ser conservados nessas propriedades, não incluindo a Área de Preservação Permanente.
Já a Área de Preservação Permanente (APP) constituem áreas protegidas, devendo ser conservada a vegetação nativa preservando os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, além de proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.
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