Eu creio que a quebra do sigilo telefônico abrange muitos procedimentos como a tomada de conhecimento sobre os números de telefones que foram discados e recebidos, o horário das ligações efetuadas e recebidas, o tempo de conversação, o local de onde ou para onde foram efetuadas as chamadas, e o mais importante que é o acesso ao conteúdo (a conversa) entre as pessoas e neste último caso é que indubitavelmente se verifica uma relevante intromissão na vida privada.
A interceptação telefônica parece estar mais relacionada com o art. 5º, inciso X, da Constituição pois quando há uma interceptação telefônica, invade-se a intimidade e a vida privada do indivíduo por tomar conhecimento de informações particulares da vida alheia, mas também pode ocorrer interceptação acidental como acontece nas "linhas cruzadas".
A diferença mais significativa talvez seja realmente em relação ao momento pois acredito que a interceptação telefônica se dá exatamente durante o período de cconversação enquanto que a quebra do sigilo telefônico é mais ampla, abrangendo o acesso a todas as ligações realizadas, recebidas e as que vierem a ser realizadas ou recebidas durante o prazo de investigação
Leia mais: http://jus.com.br/duvidas/7787/diferenca-entre-interceptacao-telefonica-e-quebra-de-sigilo-telefonico#ixzz3uUIW1Fcs
DISTINÇÃO ENTRE INTERCEPTAÇÃO E QUEBRA DE SIGILO DE DADOS TELEFÔNICOS
Preliminarmente, temos que distinguir “violação das comunicações telefônicas” de “quebra de sigilo de registros de dados telefônicos”. O primeiro, corresponde à interceptação da comunicação propriamente dita, captação da conversa alheia, eis que ocorre no momento real e imediato, por intermédio de gravações ou escutas. Já a quebra de sigilo de registros e dados telefônicos corresponde à obtenção de registros existentes na companhia telefônica sobre ligações já realizadas, dados cadastrais do assinante, data da chamada, horário, número do telefone chamado, duração do uso, valor da chamada, etc. ESPERO TER AJUDADO.
A interceptação telefônica é medida cautelar probatória por meio da qual um terceiro capta o áudio da conversa telefônica entre dois outros interlocutores sem o conhecimento destes. A interceptação está sujeita à cláusula de reserva de jurisdição, ou seja, somente ordem judicial pode determinar essa medida.
A quebra de sigilo de dados telefônicos se refere à possibilidade de acesso aos registros telefônicos, ou seja, o histórico das chamadas realizadas pelo número investigado. A quebra de sigilo telefônico não se submete aos requisitos e limites da lei 9296/96, e nem se sujeita em absoluto à cláusula de reserva de jurisdição, já que pode ser determinada por CPI.
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