A parcela do papel-moeda emitido que se encontra sob a forma de encaixe do sistema bancário, embora esteja em circulação, não preenche as condições convencionadas. Esta parcela representa uma reserva técnica que dá condições de liquidez aos bancos. Para que possam corresponder aos saques de seus depositantes. Mas os depositantes, efetivamente, contam é com o total de seus depósitos a vista como meios de pagamento, somados obviamente aos saldos de papel-moeda que se encontram em seu poder. Além dos encaixes bancários, todos os demais ativos financeiros também não preenchem as três condições citadas. Eles proporcionam rendimentos a seus detentores – e a moeda, por definição, não. Ademais, embora possam ter, como de fato têm, alta liquidez, esta não é absoluta: para se transformarem em meio de pagamento, cada um deles precisa ser resgatado e transformado em moeda convencional – papel-moeda ou depósitos a vista.
Diferentemente do que ocorre com os ativos financeiros não monetários ou quase-monetários, os monetários têm liquidez absoluta. Sua função não é a de proporcionar rendimentos a seus detentores, mas a de ser por estes utilizados como meios de pagamento. Por isso é que as expressões meios de pagamento e ativos monetários são equivalentes. Os ativos não-monetários não são meios de pagamento, embora possam constituir reservas com as quais seus detentores contam para liquidarem transações que tenham realizado no passado. Mas, para tal, na data em que proceder à liquidação, eles darão baixa na aplicação financeira correspondente, transformando-a em disponibilidades monetárias para os pagamentos devidos, sob a forma de papel-moeda ou de depósitos a vista no sistema bancário.
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